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14 abr 2010

O MELHOR CAMINHO


HORA CERTA

Este XXIII Fórum da Liberdade foi 10. Se os anteriores foram excelentes pelos temas escolhidos, esta última edição tem muito a comemorar. Simplesmente, porque chegou na hora certa, como foi possível perceber durante todo o dia de ontem, pelo forte interesse que milhares de jovens mostraram com vistas ao entendimento sobre o melhor caminho para o crescimento e o desenvolvimento do nosso país.

SUPERLOTAÇÃO

Durante todo o dia de ontem, o Salão de Convenções da PUC sempre esteve repleto. Em todos os painéis do Fórum da Liberdade ficou comprovada a enorme curiosidade da platéia de jovens quanto aos temas apresentados e debatidos. E, particularmente, nas apresentações do presidente do BC, Henrique Meirelles, no início da tarde, e no painel de encerramento, às 19h, com a presença do ex-presidente da Bolívia, Jorge Quiroga, do presidente do CA do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau Jonhanpeter, e do ex-presidente Fernando Henrique, aí foi uma loucura total. Muita gente precisou ficar de pé e muitos tiveram que sentar no chão devido à superlotação do salão.

CAPITALISMO

Pelos constantes aplausos da platéia, que festejavam as colocações dos palestrantes, não tive dúvida de que todos saíram do evento convencidos de o caminho certo é o capitalismo. Entenderam, enfim, que sem capitalismo não há democracia. E que sem democracia não há liberdade. Esta sensação foi total e inconfundível. Felizmente.

HENRIQUE MEIRELLES

Henrique Meirelles, além de mostrar que é um técnico consagrado mundo afora, foi muito elegante. Em nenhum momento criticou a política econômica do governo, que peca por não propor as reformas que o país necessita, com urgência. Mas, para bom entendedor, o recado foi dado: o esforço que BC precisa fazer, através da política monetária, para compensar as dificuldades impostas pela péssima política econômica do governo, que só faz aumentar as despesas de governo.

SURPRESAS

Volto a dizer aquilo que já repeti aqui várias vezes: o presidente Lula realmente surpreendeu os agentes econômicos do Brasil e do mundo, por não fazer o que o PT prometera para a economia do Brasil durante a campanha.Mas não surpreendeu, minimamente, na área política, a considerar que todas decisões aprovadas nas reuniões do Foro de São Paulo, que consta na cartilha bolivariana vêm sendo postos em prática, paulatinamente. De forma firme, gradual e segura.

JORGE GERDAU

É impressionante o carinho que Jorge Gerdau desfruta em todas as camadas sociais, de todas as idades. A maneira simples, a credibilidade que passa e a confiança que Jorge desperta diante das platéias é incrível. Defensor do liberalismo, o empresário foi uma figura de destaque muito positivo no Fórum da Liberdade. Com razão.

FERNANDO HENRIQUE

Hoje, mais do que nunca, o ex-presidente FHC é muito aplaudido. Antes e depois de ser ouvido, o que é sempre difícil para um ex-governante. FHC chamou a atenção quanto aos destinos da América Latina, com a adesão ao programa bolivariano - Socialismo do Século XXI, já em vigor em Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador, Nicarágua, etc. E mostrou preocupação pelo interesse do atual governo em seguir no mesmo caminho.Ou seja: o recado é um só: votar para evitar o sucesso do programa.

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12 abr 2010

OLHANDO PARA O FUTURO


ECONOMIA SENSÍVEL

A economia, aqui e em qualquer lugar, é algo extremamente sensível. Qualquer coisa que ainda não aconteceu, mas que de alguma forma tem boa probabilidade de acontecer já basta para mexer com os nervos e influenciar o comportamento sempre irrequieto dos seus agentes.

BALANÇO É PASSADO

Esta preocupação, entretanto, ocorre basicamente com perspectivas futuras. Portanto, quando um balanço econômico de um país ou empresa é apresentado, salvo alguma grande surpresa que possa conter, os nervos não são atacados. Tudo porque ao olhar para um balanço estamos olhando somente para o passado, para algo que já aconteceu. Ora, se o importante é olhar para frente, para o que está por acontecer, com o propósito de tirar proveito dos acontecimentos futuros é preciso conhecer a probabilidade das ocorrências futuras.

QUESTÃO DE TEMPO

Assim como ninguém desconhecia que a maioria dos países do planeta estavam gestando uma grande bolha de crédito, que num determinado momento acabaria estourando, como de fato ocorreu, a tragédia dos desabamentos no RJ, por exemplo, também era uma questão de tempo. Tempo, aliás, nos dois sentidos: prazo e chuva mais intensa.

CURVAS SENOIDAIS

Para quem acompanha a economia, cujo desempenho gráfico se apresenta em curvas senoidais, já é sabido que, mais dia menos dia a China vai sentir o peso do grande crescimento que vem obtendo. Pode até demorar. Mas é inevitável a diminuição do ritmo. E quando isto ocorrer a cobra vai fumar e uma fumaça negra se espalhará mundo afora.

TESTANDO A RESISTÊNCIA

Não se trata de otimismo ou pessimismo, gente. Nem de desejo de bons ou maus acontecimentos. O fato é que a economia, em algum momento, face a constante exigência dos seus agentes que sempre querem mais, acaba sofrendo. Como se tivessem sempre testando a resistência da corda. Um hora ela acaba cedendo.

BRIC

O Brasil, que neste momento está saboreando um crescimento razoável, acima da expectativa de muita gente, deve grande parte deste desempenho à crise mundial. Sim, porque foi ela que fez o mundo olhar com atenção para os países que integram o BRIC, que se tornaram ilhas seguras no meio da borrasca.

PERSPECTIVA RUIM

Porém, olhando para o futuro, para uma data ainda incerta, a perspectiva, infelizmente, não é tão boa para o Brasil. Explico: do jeito que o governo está levando o barco, com forte aumento de despesas, incentivo ao mercantilismo e exacerbado estatismo, o resultado não é nada bom. Por imprevidência, e improvidência, vamos ter encrenca mais adiante. Das grossas...

UM FATO

Um fato comprometedor? Pois, entre tantos que poderiam ser mostrados neste momento, vejam este, por exemplo: O governo capta dinheiro no mercado e paga a taxa Selic, não? Mas, por outro lado empresta, via BNDES, uma soma incrível de recursos com taxas abaixo da Selic. Isto sem levar em conta o custo da inadimplência e o custo operacional do Banco. Ou seja: está formando uma bolha que mais dia menos dia explode.

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09 abr 2010

PROVA DE SOLIDARIEDADE


ROYALTIES

Duas semana atrás, todos devem estar bem lembrados, o governador-chorão, do RJ, incendiou o povo carioca pedindo que fossem às ruas, numa demonstração nada solidária, para se manifestar, agressivamente, contra os demais Estado do país que só estão querendo uma justa distribuição equitativa dos royalties do petróleo. Por óbvio e justo, como o petróleo pertence à União, não há um ou outro Estado produtor. Há, isto sim, um país produtor.

IRONIA DO DESTINO

Por ironia do destino, nesta lamentável e indesejável tragédia que está atingindo em cheio boa parte do povo do RJ, o que não está faltando é uma espontânea solidariedade vinda de brasileiros de todos os Estados. Solidariedade, repito, humana e sem qualquer restrição.

O MAU GESTOR

No entanto, mesmo considerando que nem todas as calamidades podem ser evitadas, o fato é que o governador-Paspalhão Cabral não disponibilizou as elevadas somas de dinheiro provenientes dos royalties para tentar diminuir as tragédias. Um mau gestor, portanto, que precisa ser responsabilizado.

RECADO AO CHORÃO

Insisto que os brasileiros de todos os Estados jamais deixariam de ajudar o pobre povo do RJ atingido pela calamidade. Que sirva de alerta, governador Chorão Cabral, que para tentar amenizar o sofrimento dos atingidos, nenhum brasileiro está impondo restrições ou exigindo compensações. Coisa que o senhor fez, infelizmente, de forma grosseira e lamentável.

ESPERTO

Além do mais, o que todos estão vendo é que além de Chorão o governador do RJ é pra lá de esperto. Mostrando uma incrível capacidade para fazer cálculos e dimensionar prejuízos, o malandro já estimou em R$ 200 milhões o estrago a ser custeado pela União. Ou seja: está transformando a tragédia em resultado financeiro para seu Estado. Pode?

EVENTOS IMPORTANTES

Na próxima semana dois grandes eventos acontecem em Porto Alegre.Nos dias 11 e 12, no Sheraton Hotel, o Instituto Mises Brasil promove, pela primeira vez no Brasil um seminário exclusivo sobre a Escola Austríaca de Economia. Será uma discussão dos desafios da Ciência Econômica no século XXI. (www.seminario-ea.com.br) E, nos dias 12 e 13, na PUC, no XXIII Fórum da Liberdade, serão discutidos seis temas importantes para entender o mundo: Capitalismo, Socialismo, Intervencionismo, Inflação, Investimento Estrangeiro e Político e Idéias.

PRÊMIO LIBERDADE DE IMPRENSA

Como, em 2007, fui agraciado com o primeiro troféu Liberdade de Imprensa, que me foi entregue durante o XX Fórum da Liberdade, entendi que a distinção era importante, tanto para o escolhido quanto para quem escolhia. Se o primeiro precisava ser merecedor, sem falsidades e puxa-saquismo, o segundo, por ser uma entidade séria não poderia mostrar arrependimento posterior pela escolha feita. No entanto, pelas atitudes das últimas diretorias do IEE, é notório o constrangimento quanto aos ganhadores do Prêmio Liberdade de Imprensa. Bem diferente do que acontece com todos os recebedores do Prêmio Libertas, que são nominados a cada Fórum da Liberdade para que jamais sejam esquecidos. Lembro que o escolhido deste ano para receber o troféu Liberdade de Imprensa é Marcel Granier, presidente da RCTV, da Venezuela, emissora que foi cassada por Hugo Chávez. Espero que Granier não caia no esquecimento do IEE e venha a ser lembrado, nas edições futuras, por ter sido agraciado.

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08 abr 2010

PACTO COM O DIABO ?


DIREITO LEGÍTIMO

Os políticos que têm mandatos nos Poderes Legislativos Federal, Estaduais e Municipais, segundo comentários aqui e ali, teriam firmado um pacto com o Diabo para obterem o direito legítimo, definido pelo Inferno, de praticar saques contra a sociedade.

PROCESSO DO DIABO

Ao tomar conhecimento da séria intriga, o próprio Diabo já teria reagido com grande indignação, e disposto a processar duplamente todos os legisladores comprometidos com a causa acima: por falsidade ideológica e por estarem usando o seu nome em vão.

AMBIENTE INFERNAL

Segundo o Diabo, o Inferno é para gente ruim, mas não desse tipo. Para deixar bem claro, o Inferno não abre suas portas para quem pratica safadezas que transcendem certos limites fixados. Ou seja: gente muito perigosa, como é o caso de vários parlamentares, na concepção dos demônios pode comprometer o ambiente infernal.

RAPIDEZ

Na edição de ontem os leitores/assinantes perceberam o afinco, a dedicação e o empenho dos deputados do RS para aprovar despesas. Coisa aliás, repetida a todo momento em vários cantos do país. Principalmente quando é para benefício próprio. Quando é para votar algum aumento de despesa pública, em qualquer parlamento do país, os políticos agem sempre com grande rapidez.

FICHA SUJA

Já quando é preciso votar, e aprovar, algum projeto que dê ao eleitor uma melhor transparência sobre a vida pregressa dos candidatos a cargos eletivos, como é o caso do Projeto Ficha Limpa, aí nada acontece. O que se impõe como uma necessidade inadiável é sempre empurrado para frente. Para até sei lá quando.

DEMOCRACIA ?

O curioso é que diante de tanta desfaçatez muita gente ocupa os microfones, e escreve nas colunas de jornais, afirmando que em democracia tudo é lento. Como assim? Lento significa andar no caminho certo? Nada disso, gente.

DEMOCRACIA !

Democracia é outra coisa. É manifestação constante. Com exigência de comportamento dos representantes de acordo com o que a sociedade exige. Não é o Diabo, portanto, que precisa estabelecer os limites da safadeza permitida. Democracia é o povo decidindo, imediatamente, o que quer.

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07 abr 2010

AS TRAGÉDIAS


RIO DE JANEIRO

Em meio à lamentável tragédia que vive o Rio de Janeiro, outras tragédias estão acontecendo em vários pontos do país, porém sem o mesmo destaque dos sacrifícios que os atingidos ainda terão pela frente.

RIO GRANDE DO SUL

Uma dessas tragédias, por exemplo, está estampada hoje nos jornais do RS. Mesmo não havendo o quadro triste que mostra desaparecimento de pessoas e/ou escombros devidos à destruição física de casas e ruas, as finanças do povo gaúcho, já fortemente abaladas, foram atingidas por mais uma desgraça.

O VERDADEIRO HERDEIRO

Embora alguns jornais digam que caberá ao próximo governador a administração da conta resultante dos projetos aprovados na semana anterior, o correto é dizer, alto e bom som, que o verdadeiro herdeiro da desgraça é o povo do RS, que vai precisar pagar mais esta enorme despesa.

ESTADO CAMBALEANTE

De repente, de um dia para outro, sem que nada tenha mudado na vida das pessoas que vivem no RS, eis que aparece uma conta de R$ 800 milhões para ser paga ao Tesouro do Estado, a cada ano.Insisto: não é uma despesa única. É despesa que se repete a cada ano, com saques mensais. Uma enorme tragédia para um Estado já cambaleante, sem capacidade de investimento.

SÓ NO BRASIL

Esta catástrofe inapelável, porque já aprovada no parlamento gaúcho, é o retrato do Brasil como um todo, infelizmente. Daí a razão incontestável de quem um dia afirmou que duas coisas só existem no nosso país: a jabuticaba e a vontade de fazer besteira.

DISPOSIÇÃO INCRÍVEL

Esta incrível disposição que os nossos políticos têm para aumentar despesas e dificultar o desenvolvimento é simplesmente ímpar e total. Se despendessem somente 10% dessa força estúpida, usando meramente a lógica de raciocínio, para fazer as reformas que o país necessita, já seria muito bom.

ESPERANÇA MORTA

Atitudes como esta que os governantes do RS tomaram servem para explicar porque a esperança, que o ditado insiste que é a última coisa que morre, já morreu faz tempo no Brasil. Já perdi a conta dos anos que se passaram desde seu sepultamento. Como ninguém presta homenagem póstuma a esta senhora há quem imagine que uma dia ela ressuscitará. Sinceramente? Não vai.

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06 abr 2010

REVENDO POSIÇÕES


JORNAIS E REVISTAS

Alguns jornais e revistas de países de primeiro mundo já estão revendo suas opiniões a respeito do Brasil. Ainda que continuem elogiando a nossa política macroeconômica, cujo papel para o enfretamento da crise financeira mundial foi determinante, o novo propósito é de informar seus leitores que boa parte do sucesso de Lula se deve à herança econômica deixada pelo governo anterior.

TRAJETÓRIA

Entretanto fazem questão de dizer que as loas proferidas ao nosso presidente e sua forma de governar foram precipitadas. E já começam a se perguntar sobre o destino do nosso país depois que tomaram conhecimento da trajetória petista-nacionalista-comunista que estamos trilhando, ao lado de vários países identificados com o estilo bolivariano de governar.

EL PAÍS

O jornal El País, da Espanha, por exemplo, foi o primeiro a se penitenciar publicamente. Nos últimos meses, em diversos artigos publicados falou dos equívocos que cometeu por não conhecer a fundo a realidade política e econômica do Brasil, principalmente quanto à preferências pelo neocomunismo latino, como consta no PNDH3.

THE ECONOMIST

A revista britânica - The Economist - na edição desta semana diz aos seus leitores o quanto errou por ter elogiado apressadamente, ao longo de 2009, o governo petista. Depois que seus repórteres e comentaristas foram mais a fundo, a revista precisou admitir que fora vítima de um terrível engano. Para corrigir o equivoco a revista publicou um artigo onde põe em dúvida o futuro do Brasil diante do crescimento do Estado na economia, com o papel mais forte assumido por empresas estatais após a crise. A pressão para reinventar estatais, segundo a correta observação do The Economist, demonstra que este governo ignora o sucesso da privatização.

WALL STREET JOURNAL

Já o Wall Street Journal de ontem, através da sua editoria de finanças, assinalou que o entusiasmo pelo Brasil dever ser contido, embora diga que o Brasil melhorou em relação ao que era em meados da década de 90, quando hiperinflação alimentou caos nacional. O crédito por controlar os preços, entretanto, deve ir para o ex-presidente FHC, cujo governo implementou o Plano Real.

CANAL LIVRE

Um dos momentos mais melancolicos do programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, foi quando o presidente lamentou pelo fim da CPMF. Pensei que ali estava o grande momento para os entrevistadores romperem o silencio até então muito constrangedor. Nada.

SLÊNCIO DOS COMPROMETIDOS

O silêncio ficou ainda mais comprometedor porque na semana anterior foram ao ar várias reportagens mostrando o elevado peso dos impostos sobre os medicamentos. E nem isso conseguiu fazer com que os maus entrevistadores reagissem. Deixaram claro que só gritam, e bem alto, quando as autoridades estão ausentes, bem longe das câmeras. Ora, uma vez constatado que qualquer remédio, pelo efeito tributário, custa 50% menos em Portugal, por exemplo, qual a razão para falar ou reeditar a CPMF? Será que a elevada carga tributária sobre os medicamentos não basta para impedir que se fale nesse indecente Imposto para a Saúde? Algo há com esses entrevistadores. Ficaram mudos.

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