Frase do dia
Evitar os impostos é a única atividade que atualmente contém alguma recompensa.
- John Keynes
ANARCOCAPITALISMO
A vitória de Javier Milei como presidente da Argentina, vem despertando enorme curiosidade sobre o que, enfim, significa ser um ANARCOCAPITALISTA, como se autodeclara o economista e novato na política que ganhou a nítida preferência dos sofridos eleitores no nosso vizinho país.
JEFFREY TUCKER
Pois, antes que os leitores/assinantes caiam na rede das infelizes e equivocadas narrativas produzidas pelo grande universo de profissionais da MÍDIA ABUTRE, eis o que diz o economista americano, defensor da Escola Austríaca e do libertarianismo, Jeffrey A. Tucker, em artigo publicado ontem, 30/11, pelo Instituto Rothbard.
FUSÃO DOS TERMOS ANARQUISMO E CAPITALISMO
Em primeiro lugar, segundo entende e defende Tucker, a sociedade não precisa de uma entidade entrincheirada de compulsão e coerção legalizada/institucionalizada chamada de ESTADO para que desfrute da aplicação dos direitos de propriedade e dos contratos, assim como da defesa e da sociedade comercial em geral. A fusão dos termos ANARQUISMO E CAPITALISMO não configura um plano para a ordem social, mas sim uma PREVISÃO DAQUILO QUE ACONTECERIA numa comunidade civilizada na AUSÊNCIA DO ESTADO.
MITO UM
MITO UM: NÃO É -DE DIREITA- ao contrário do que dizem o New York Times, o Guardian e mil outros veículos. A “DIREITA” NA PRÚSSIA era pela UNIDADE ENTRE A IGREJA, O ESTADO E OS NEGÓCIOS. A “DIREITA" NA FRANÇA era pelo DIREITO DIVINO DA MONARQUIA DE GOVERNAR. A “DIREITA” NOS EUA SE ENCONTRA EM TODOS OS LUGARES DA HISTÓRIA AMERICANA, mas dificilmente se mostra coerente em PROL DA LIBERDADE como um princípio primeiro da vida sociopolítica. A noção de “ANARCOCAPITALISMO” está fora do binário esquerda/direita.
MITO DOIS
MITO DOIS: a parte “anarco” nada tem a ver com Antifa ou caos. O uso do termo anarquismo, aqui, significa apenas a abolição do estado e a substituição dele por relações de propriedade, por ação voluntária, por direito privado e por execução de contratos conforme fornecida pela livre iniciativa. Não significa ausência de lei, de normas; significa o direito como uma extensão da evolução humana e da evolução social em vez de uma imposição a partir de cima. A ordem é a filha da liberdade, não a sua mãe, disse Proudhon; e os anarcocapitalistas concordariam.
MITO TRÊS
MITO TRÊS: nem todo mundo que proclama ser “anarcocapitalista” fala por essa escola de pensamento, nem de longe. A designação representa um ideal amplo, com milhares de aplicações interativas e uma enorme diversidade de pontos de vista internos, como em qualquer outro campo ideológico. Estou ciente de que alguns que se colocaram a favor dos confinamentos COVID e da vacinação compulsória, assim como de outros que continuam encontrando maneiras de justificar guerras e esquemas de redistribuição em massa, por exemplo. Milei, assim, não deve ser responsabilizado por cada coisa já dita ou escrita por um adepto autodenominado.
AYN RAND
O termo ANARCOCAPITALISMO tem origem na obra do economista americano Murray Rothbard, que foi fortemente influenciado no seu libertarianismo pela romancista Ayn Rand na década de 1950. Porém, à medida que Rothbard examinava de perto a obra de Rand, ele passou a suscitar dúvidas sobre a instituição que Rand insistia ser necessária e essencial — ou seja, o próprio estado. Se devemos ter direitos de propriedade, por que só o estado possui a permissão de violá-los? Se devemos ter autopropriedade, por que o estado é a única instituição autorizada a esmagar e atropelar as pessoas por meio do alistamento militar (conscrição), da segregação e de outras formas? Se buscamos a paz, por que queremos um estado para incitar a guerra? E assim por diante.
ESPAÇO PENSAR+
No ESPAÇO PENSAR+ de hoje: FLÁVIO DINO, UM DOS PIORES INIMIGOS DA LIBERDADE E DOS DIREITOS DOS BRASILEIROS, por J.R.Guzzo. Confira aqui: https://pontocritico.com/espaco-pensar
RACIONALIDADE
Sob o ponto de vista filosófico, a RACIONALIDADE é uma -CARACTERÍSTICA HUMANA- que envolve a CAPACIDADE DE PENSAR DE FORMA LÓGICA E OBJETIVA. Pelo fato de estar relacionada à RAZÃO, AO PENSAMENTO CRÍTICO E À BUSCA POR SOLUÇÕES BASEADAS EM EVIDÊNCIAS, a RACIONALIDADE é uma CARACTERÍSTICA DISTINTIVA da espécie humana e como tal é vista como uma CAPACIDADE FUNDAMENTAL que nos diferencia dos outros animais.
LIMITAÇÕES COGNITIVAS
Vale destacar, no entanto, que a RACIONALIDADE não é sinônimo de perfeição ou infalibilidade. Ou seja, os seres humanos estão sujeitos a limitações cognitivas e emocionais, o que pode levar a erros de julgamento e comportamentos irracionais.
VÍTIMAS DE PRECONCEITO
Portanto, a considerar as afirmações, propostas e/ou decisões que vem sendo tomadas pelos participantes e apoiadores do governo Lula, uma coisa é mais do que certa e notória: o USO DA RAZÃO, além de INEXISTENTE, está conseguindo produzir, de forma escancarada no vasto ambiente dos demais animais, um sentimento de enorme indignação. Ou seja, os animais -NÃO HUMANOS- com RAZÃO, que estão se dizendo VÍTIMAS DE PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO. Em coro, afirmam que a IRRACIONALIDADE TEM LIMITE. Como tal não aceitam, em hipótese alguma, serem comparados com -seres humanos- do tipo que apoiam as causas petistas-comunistas.
DESONERAÇÃO
Ontem, por exemplo, fiquei sabendo que os revoltados animais -NÃO HUMANOS- foram às ruas e florestas para protestar contra a ABSURDA DECLARAÇÃO feita pelo péssimo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, repetindo o seu líder Lula, ao declarar, estupidamente, que as DESONERAÇÕES não geram empregos para o país. Fazendo uso de IMENSA IRRACIONALIDADE, que de resto é absolutamente intolerável até entre os NÃO HUMANOS, o ministro não consegue entender que a volta da ONERAÇÃO tem o claro poder de GERAR UM IMENSO DESEMPREGO.
ESPAÇO PENSAR+
No ESPAÇO PENSAR+ de hoje: OUTRA VITÓRIA DO AMOR! FLÁVIO DINO NO STF, por Percival Puggina. Confira aqui: https://pontocritico.com/espaco-pensar
DÍVIDA GLOBAL RECORDE
Ainda que muita gente não goste e muito menos acredite numa eventual possibilidade de haver um COLAPSO FINANCEIRO MUNDIAL, o fato é que sobram ingredientes para tanto. Vejam, por exemplo, que segundo estudos recentes realizados pelo respeitado IFF - Instituto de Finanças Internacionais, ao final do terceiro trimestre de 2023 a DÍVIDA GLOBAL atingiu a cifra recorde de 307,4 TRILHÕES DE DÓLARES. Como o ritmo é crescente, o IFF estima que até o final do ano a DÍVIDA GLOBAL chegue ao assustador nível de 310 TRILHÕES DE DÓLARES, ou seja, um aumento de mais de 25% em cinco anos.
PRATO CHEIO
Só por aí já temos um PRATO CHEIO de conhecidos ingredientes que faz qualquer cidadão dotado de alguma racionalidade a entender claramente que a encrenca é pra lá de séria. Mais ainda nos países cujas administrações que preferem o CAMINHO DO POPULISMO, cuja característica principal é AUMENTAR DESVAIRADAMENTE A DÍVIDA PÚBLICA, tarefa esta que sempre vem acompanhada de um PRAZEROSO AUMENTO DA CARGA TRIBUTÁRIA.
DÍVIDA IMPAGÁVEL
Com base nestas características, os BANCOS CENTRAIS e os GOVERNOS fazem uso da ILUSÃO MONETÁRIA COLETIVA, manobra -criminosa- que leva a imensa maioria dos cidadãos a acreditar que o DINHEIRO EVITA QUALQUER COLAPSO. Como tal, tratam de emitir MOEDA e/ou TÍTULOS DA DÍVIDA. Isto por si só explica, não apenas o aumento recorde da DÍVIDA GLOBAL, como, principalmente, a certeza de que boa parte já tida e havida como IMPAGÁVEL.
AUMENTO DA DÍVIDA
Segundo o IFF, dois terços do AUMENTO DA DÍVIDA do último trimestre vieram dos MERCADOS DESENVOLVIDOS, liderados pelos Estados Unidos, Japão, França e Reino Unido. Os mercados emergentes China, Índia, Brasil e México também registraram aumentos acentuados. Embora os índices globais de dívida em relação ao PIB tenham se mantido estáveis, eles chegaram a 255% nos mercados emergentes (32 pontos percentuais acima do mesmo período de cinco anos atrás) impulsionados pela Rússia, China, Arábia Saudita e Malásia. Mais: a DÍVIDA GOVERNAMENTAL teve o maior aumento no terceiro trimestre, acrescentando que os DÉFICITS ORÇAMENTÁRIOS permanecem BEM ACIMA dos níveis anteriores à PANDEMIA em muitos países.
INEXISTÊNCIA
Já destinei vários editoriais expondo boas razões para que os BANCOS CENTRAIS, bem antes de se tornarem instituições INDEPENDENTES, precisam ser vistos, analisados e pensados sob a ótica da INEXISTÊNCIA.
ARGUMENTOS DE LULA
Pois, para fazer eco a este importante tema, o pensador/economista André Burger, escreveu um ótimo texto que inicia dizendo, com todas as letras, que não raro o presidente Lula vem a público para argumentar que um BANCO CENTRAL não atrelado a política econômica do governo não contribui com as ações para o desenvolvimento de forma efetiva.
- Se por um lado existe algum consenso no -mainstream econômico- da importância dessa INDEPENDÊNCIA para que o BANCO CENTRAL não se torne refém de políticas expansionistas de governos com dificuldade ou desinteresse em controlar o gasto público, por outro lado se sabe que a INDEPENDÊNCIA DO BANCO CENTRAL não é suficiente para manter seus administradores fora da influência dos governantes. Isso ficou explícito com a pandemia de COVID-19, quando -BANCOS CENTRAIS DE INDEPENDÊNCIA RECONHECIDA- como dos EUA, Europa e Suíça, se curvaram as demandas de expansão monetária dos respectivos governos. Assim, atropelaram a primeira das funções dos bacens – preservar o poder aquisitivo da moeda.
DESCUMPRIMENTO DA TAREFA PRINCIPAL
Claro que isso aconteceu em um cenário extremo, mas mostra que, mesmo independentes, descumpriram sua principal tarefa. Então o que esperar de BANCOS CENTRAIS com menos tradição e autonomia como o brasileiro e o argentino? A discussão sobre independência do banco central coloca o Brasil mais atrás naquilo que realmente importa em política econômica. Nada que surpreenda. É comum estarmos atrasados em temas econômicos. Há ainda quem queira implantar políticas econômicas marxistas e, pior, lhes dão atenção na academia, na mídia e nos parlamentos.
JAVIER MILEI
Com a vitória de JAVIER MILEI para a presidência da Argentina, a discussão deixa de ser a independência e passa a ser a EXISTÊNCIA DO BANCO CENTRAL. Claro que há uma imensa massa de economistas ou interessados no assunto que afirmam ser uma proposta absurda que comprova a loucura de pautar um governo com as ideias liberais de Milei. O argumento comum é que os principais países têm bancos centrais, são mais de 210 no mundo; logo, sua existência é necessária. Ora, isso não passa de um argumento por exemplificação: se a maioria é assim então deve ser bom ou necessário.
SENHORIAGEM
Sabemos que nem sempre o senso comum ou o status quo são parâmetros para as políticas mais adequadas. Especialmente em economia. O senso comum keynesiano pós Segunda Guerra se mostrou danoso no longo prazo. Os ajustes necessários para a recuperação dessas políticas levaram décadas. Portanto, antes de descartarmos o argumento do fim do banco central, deveríamos verificar se é válido e pode beneficiar a economia de diversos países. A moeda foi criada há mais de 3 mil anos na China. É resultado da atividade comercial como aprimoramento do escambo. Sua origem é privada e posteriormente foi encampada pelo estado que percebeu a oportunidade de lucrar com a senhoriagem (diferença entre o custo para produzir uma moeda e o seu valor de face) e seu monopólio. O primeiro banco com funções de banco central foi o Banco da Suécia em 1668 e a seguir o Banco da Inglaterra em 1694, criado para financiar a guerra contra a França. De qualquer modo, foram mais de 2.800 anos sem bancos centrais e sua criação sempre teve como propósito principal o financiamento do governo e não o interesse do indivíduo. Ao longo dos anos, os bancos centrais aumentaram seu poder e restringiram o desenvolvimento e a competição da atividade bancária.
O REGULADO REGULANDO O REGULADOR
ELIMINAR O BANCO CENTRAL, um sacrilégio para muitos economistas, se faz necessário num país como a Argentina. O Banco Central da República Argentina (BCRA), criado em 1935, tem entre seus objetivos preservar o poder de compra da moeda nacional, como todo banco central. Nessa tarefa falhou de forma absoluta. Entre 1961 e 2021 a inflação média anual foi de 163% ao ano. Ou seja, em 60 anos, o BCRA fez qualquer coisa, menos cuidar daquilo para o qual foi criado: preservar o valor do dinheiro.
Com esse desempenho não surpreende que a Argentina tenha, hoje, estimados 40% da população na pobreza, pois o imposto inflacionário nesses 60 anos foi de 1,575 x 1025 vezes, um número impossível de ser lido (dados do FMI). Mas não é apenas o BCRA que tem péssimo desempenho. Mesmo o banco central americano, o Federal Reserve Board (FED), criado em 1913 e considerado exemplo de autonomia do executivo americano, tem um desempenho reprovável quando falamos de preservação do poder de compra do dólar. A inflação americana entre 1820 e 1910 foi em média de 0,45% ao ano. Entre 1910 e 2000, portanto sob a gestão do FED, foi de 3,31% ao ano. Ou seja, em 90 anos sem banco central, o poder de compra do dólar americano foi mais preservado que nos 90 anos subsequentes, com a existência de banco central.
Pelo lado da teoria econômica, temos vasta bibliografia que defende a devolução da atividade do banco central ao mercado como forma de preservar o valor da moeda, dar estabilidade à taxa de juros e gerar competição na atividade bancária. Entre esses economistas estão os da Escola Austríaca, liderados por Ludwig von Mises e o Prêmio Nobel, Friedrich Hayek. Atualmente, economistas como Robert Murphy e Lawrence White desenvolvem estudos sobre uma economia sem bancos centrais. Há ainda críticos
internos ao sistema como Axel Weber, ex-presidente do Deutsche Bundesbank (Banco Central da Alemanha), que manifesta dúvida sobre as consequências de longo-prazo de políticas monetárias dos bancos centrais como o quantitative easing. Mesmo autores não economistas, mas atentos as flutuações econômicas, têm se manifestado criticamente a existência dos bancos centrais, como Nassim Taleb. A rejeição ao papel dos bancos centrais aumenta se nos concentrarmos apenas nas economias em desenvolvimento ou subdesenvolvidas. Nesses países, Brasil e Argentina entre eles, os bancos centrais têm atuado muito além da sua função precípua de controlar a inflação. São instrumentos do governo para o desenvolvimento econômico. Diversos economistas mostram como é danosa a atividade dos bancos centrais ao criar mecanismos artificiais para fomentar a atividade econômica em detrimento do mercado. Entre esses críticos vale citar Deepak Lal, Steve Hanke e o Prêmio Nobel, Paul Romer.
Outro aspecto que também merece cuidado no papel dos bancos centrais é o da regulação e fiscalização da atividade bancária. Os bancos centrais atuam como agência reguladora da atividade. O resultado é o que vemos em todas as agências reguladoras: o regulado regulando o regulador, ou seja, os bancos passam a deter um poder junto ao banco central que inverte a relação, normalmente em prejuízo do consumidor de serviços bancários. Resultando em menos competição e inovação na atividade bancária,
com deficiência do serviço.
Concluo que, antes de acusar Javier Milei de maluco por propor a extinção do banco central, devemos avaliar o efetivo papel dessa instituição nos diversos países e verificarmos a quem favorece a sua existência. Fica claro, olhando detalhadamente, que o beneficiário é o governo, os políticos e os próprios bancos. O banco central é pouco relevante para o indivíduo pagador de impostos. Na verdade, é danoso.
Como me disse há uns trinta anos Alberto Benegas Lynch (h), tido como mentor de Milei: “O papel do banco central é colocar no mercado a quantidade de moeda que o mercado demanda. Se colocar mais, haverá inflação. Se colocar menos, haverá deflação. Então, por que precisamos de banco central se o seu funcionamento adequado irá apenas imitar o que o mercado faz?”.
ESPAÇO PENSAR+
No ESPAÇO PENSAR+ de hoje: GOVERNO SEM JUÍZO DÁ PREJUÍZO, por Percival Puggina. Confira aqui: https://pontocritico.com/espaco-pensar
Formado em Administração, o comunicador de PENSAMENTO LIBERAL, nome de grande credibilidade na comunidade gaúcha, com ideias próprias e firmes, é defensor da economia de mercado e do fim de qualquer subsídio por parte do governo.
Gilberto Simões Pires iniciou sua carreira na área de comunicação em 1986, no Rádio. A seguir atuou como comentarista econômico na TVE (Mercado em Ação); na TV Guaíba (Câmera 2); no Grupo RBS (Rádio Gaúcha, RBS TV e Jornal Zero Hora); na TV Pampa (Pampa Boa Noite).
Após, na Rede Bandeirantes Porto Alegre, ancorou os programas -PRIMEIRO PLANO- na Band AM, e CONTROLE REMOTO na Band TV.
Por oito anos ancorou Programa -PONTOCRITICO.COM- no canal 20 da NET e, desde 2009, escreve diariamente a E-OPINION LIBERAL - PONTOCRITICO.COM- .
Em ambientes associativos é membro efetivo do Clube de Editores e Jornalistas de Opinião e coordenador da Sociedade Pensar+.
EQUIPE EDITORIAL
Editor: Gilberto Simões Pires
Assinaturas: Lúcia Pedroso
Para Anunciar: Cristina Sacks