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12 nov 2009

FÁBRICA DE BOLSAS


REPERCUSSÃO

Diante da forte repercussão produzida pelo Apagão, tanto aqui quanto no exterior, é impossível deixar o assunto de lado . Principalmente, depois que os nossos governantes saíram falando por aí deixando um rastro de arrogância e estupidez. A hora, portanto, é de comentar os impropérios.

DENTRO DOS CONFORMES

O presidente Lula, chefe da turma, como já era esperado, negou que a falta de energia que atingiu 18 Estados na noite de terça-feira tenha sido um apagão elétrico. Maravilha, não? Pois é, gente. Uma declaração, aliás, dentro dos conformes e na linha adotada pelos maus administradores, que nunca admitem culpa pelos seus atos.

MISTURA ESCABROSA

Afinal, o que poderia se esperar de um governo que já provou, de todas as formas, que é extremamente corrupto? Caso fosse só corrupto, o prejuízo já seria enorme para a sociedade. Contudo, além de corrupto demonstra ser muito incompetente. Esta mistura escabrosa resulta em catástrofe. Algo simplesmente incalculável.

UMA CAUSA

O interessante é que governo passou todo o dia de ontem, 11, estudando qual a mentira que deveria ser aplicada ao pobre povo brasileiro, que acredita em tudo que Lula diz. Estavam, obviamente, à cata de uma causa capaz de eximir o governo da responsabilidade pelo Apagão.

A MENTIRA ESCOLHIDA

E a mentira encontrada pelos incompetentes, revelada às 19h, na coletiva concedida pelo ministro Edson Lobão, foi climática. Raios, ventos e chuvas atingiram as torres de transmissão e deixaram 40% do território brasileiro às escuras. Nenhum outro motivo. Boa esta, não? O curioso é que esses petistas, no Apagão de 2001, (governo FHC), não aceitaram o clima como justificativa. Na ocasião foi a falta de chuvas que deixou os reservatórios vazios e sem condições de fazer girar as turbinas do sistema elétrico.

FAZER DA MENTIRA A VERDADE

Bem, o que vai acontecer daqui para frente já é mais do que sabido: o governo vai repetir à exaustão a mentira adotada, até que a mesma ganhe cara de verdade. Isto este governo sempre fez com grande maestria. Principalmente, diante de uma sociedade pronta para aceitar e acreditar em tudo o que o presidente fala.

INDÚSTRIA DE BOLSAS

Os mais esclarecidos sabem que, na medida em que os gastos governamentais aumentam, os investimentos diminuem. Principalmente, depois que Lula se dedicou com afinco ao seu projeto industrial: o de produzir bolsas. De todos os tipos e tamanhos. A última Bolsa produzida, que já está na expedição da fábrica, pronta para ser lançada no mercado é a Bolsa Celular. Como as demais bolsas já lançadas, esta também conta com a característica das demais: o assistencialismo. Ah, com um detalhe muito importante: as bolsas que Lula produz são para toda vida. E mesmo que falte energia, a fábrica não para. Principalmente, depois que o ministro da Justiça(?) disse que o Apagão foi um MICROINCIDENTE. Ainda bem! Ufa!

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11 nov 2009

A COBRA PICOU O DONO


ENCONTRO DA IMPRENSA

A imprensa latino-americana como um todo, incluindo aí, por óbvio, os meios de comunicação do Brasil, mostrou neste último encontro da SIP - Sociedade Interamericana de Imprensa, em Buenos Aires, que foi picada pela cobra que criaram no seu próprio cativeiro.

INTERESSES

A coisa é muito simples, gente: quando os meios de comunicação se curvam aos interesses de regimes que se apresentam com propostas ditatoriais deve ter em mente que os ditadores, tão logo ganhem força, não mais admitem receber críticas da mídia.

PUXA-SAQUISMO

O que se viu, e o que ainda se vê com muita clareza, em vários países latinos, são atitudes de puxa-saquismo impressionante aos governantes que chegaram ao poder. Movidos pelos interesses de faturamento, através de polpudas verbas publicitárias, os meios de comunicação simplesmente se calaram no momento em que deveriam estar gritando. E o resultado aí está.

ATITUDES CONHECIDAS

Na Venezuela, mais que sabido, quando não há as costumeiras ameaças feitas por Chávez, uma ou outra emissora é tirada do ar. No Equador, idem. Em Cuba só existe imprensa oficial. E, na Argentina, o casal Kirchner dificulta, quando não impede, a circulação dos jornais locais.

POR AQUI

Aqui no Brasil, a situação ainda é um pouco melhor. Não chegou ao estágio dos neo-comunistas latinos. Mas, não se sabe até quando. O Estadão, como é bom lembrar, já está há mais de cem dias sob censura. O que pode se admitir é que o caminho a ser trilhado é por aí.

LIBERDADE

Como acompanhei, mesmo à distância, os temas discutidos na SIP, embora os representantes da mídia tenham deixado bem claro que estão preocupadíssimos com a falta de liberdade de imprensa, sugiro que leiam, ATENTAMENTE, Os Cadernos do Cárcere, de Antonio Gramsci.Lá está, no capítulo que fala do controle dos meios de comunicação, que a imprensa deve ser oficial. Palavras de Gramsci: Onde existe liberdade, não existe Estado. Que tal?

APAGÃO

Hoje não se fala outra coisa que não seja sobre o fantástico Apagão, que deixou às escuras mais de 50 milhões de brasileiros. No momento em que o país está sendo considerado Como A Bola da Vez, isto não é bom. Não é nada bom. Quem são os responsáveis? Quem?

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10 nov 2009

PESQUISA REVELADORA


MENOS LIBERDADE

Em termos relativos, a minha luta diária em busca de maior liberdade para os brasileiros tem resultado num grande fracasso. Esta impressão ficou muito clara depois que tomei conhecimento da pesquisa divulgada ontem, realizada em 27 países, a pedido da BBC.

GOSTO PELA INTERVENÇÃO

Embora deva acreditar nos dados revelados pela pesquisa, por ser um estudo científico, não deixo de ficar muito triste quando noto que 64% dos brasileiros entrevistados defendem mais controle do governo sobre as principais indústrias do país.

MAIS REGULAÇÃO

A tristeza aumenta ainda mais quando leio que 87% dos entrevistados querem o governo regulando os negócios no país. E choro profundamente ao saber que 89% querem que o Estado seja mais ativo promovendo a distribuição de riquezas.

MENOS CAPITALISMO

A importante pesquisa revela, em última análise, que os brasileiros simplesmente não gostam do capitalismo, do livre mercado. Todos têm celulares, frequentam supermercados, usam a internet, correm para comprar automóveis, frequentam shopping centers, sabidamente símbolos do capitalismo, mas exigem a presença do Estado como regulador.

O MUNDO ESTÁ MELHOR QUE O BRASIL o

Chama a atenção, inclusive, que 35% dos brasileiros disseram que o capitalismo tem muitos problemas e que é preciso um novo sistema econômico. A média mundial (27 países pesquisados) que pensa da mesma maneira é bem inferior: 23%. Aliás, na comparação com a média mundial, os brasileiros superaram em todos os pontos:apenas 8% dos brasileiros opinaram dizendo que o sistema funciona bem e mais regulação o tornaria menos eficiente. A média mundial ficou em 11%. Para outros 43% dos entrevistados brasileiros, o livre mercado tem alguns problemas, que podem ser resolvidos através de mais regulação ou controle. A média mundial foi de 51%.

MAIS À ESQUERDA

Tomando por base as comparações acima, que demonstram a cabeça muito atrasada do nosso povo, é bom lembrar que a discussão não é apenas brasileira, mas latino-americana. Segundo Steven Kull, diretor do Programa sobre Atitudes em Políticas Internacionais (Pipa, na sigla em inglês), com sede em Washington, o nosso continente está -mais à esquerda- em relação a outras regiões do mundo. Alguma novidade nisso?

ENTREVISTADOS

A pesquisa ouviu 835 entrevistados entre os dias 2 e 4 de julho, nas ruas de Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

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09 nov 2009

O MURO E O REGIME


20 ANOS

Hoje, 9 de novembro, boa parte do mundo está comemorando o 20º aniversário da queda do muro de Berlim, cujos festejos se iniciaram na semana passada, principalmente em frente ao Portão de Brandenburgo.

ECONOMIA DE MERCADO

A primeira atitude que os governantes europeus tomaram, tão logo caiu o muro, foi tratar de incluir, o mais rápido possível, os países do leste à Comunidade Européia, transformando aquele Bloco numa economia de mercado.

BLOCO LATINO

Como a queda do muro Berlim simbolizava o fim do regime comunista da URSS, ao mesmo tempo em que muita gente festejava o acontecido, um grupo de esquerdistas latinos, muito revoltados, contrariados e querendo manter acesa a chama do comunismo, resolveu fundar um novo bloco comunista, o qual foi batizado Foro de São Paulo.

EM ATA

Isto veio a ocorrer, de fato, em julho de 1990, no Brasil, na cidade de São Paulo. A iniciativa do encontro, como consta também em ata, partiu do ditador Fidel Castro e do presidente Lula. De novo: não é uma especulação, gente. As atas estão aí para não deixar qualquer dúvida.

O PROPÓSITO

O evento que deu origem à fundação do Foro de São Paulo, recebeu o nome de Encontro Latino-Americano de Partidos e Organizações de Esquerda. E o tema da conferência, como consta em ata, não deixava qualquer dúvida quanto ao seu propósito: O que foi perdido no Leste-Europeu será reconquistado na América Latina.

POUCA IMPORTÂNCIA

Com os olhos voltados para a nova ordem de liberdade e democracia que chegava, sem restrições, em todos os cantos da Europa, ninguém deu muita importância ao que pregavam os comunistas latinos.

20 ANOS DO FSP

Partindo da mesma lógica, no próximo ano, mais precisamente em julho de 2010, os povos da América Latina vão celebrar os 20 anos do Foro de São Paulo e suas conquistas. Uma comemoração, enfim, pela chegada definitiva do velho comunismo, outrora praticado na Cortina de Ferro, ou URSS.

URSAL

Antes disso, a cidade de Porto Alegre, vai sediar a primeira grande festa do comunismo latino, com a volta triunfante do Fórum Social Mundial. Penso que o momento será importante para a fundação definitiva e consagradora da URSAL ? União das Repúblicas Socialistas da América Latina.

PERDA DA LIBERDADE

Pois é, gente. Enquanto alguns vibram pela importante conquista da liberdade, outros, de forma inexplicável, querem perdê-la. E, ainda por cima, mostram grande felicidade ao mergulhar nas trevas do subdesenvolvimento, da miséria e das ditaduras. Triste, não?

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06 nov 2009

O PROBLEMA É O CÂMBIO?


PADRÃO ÚNICO

Na reunião do G-20, que acontece hoje na Escócia, o governo brasileiro vai propor a adoção de um padrão único de gestão do câmbio por todas as maiores economias do mundo.

FLUTUANTE

Caso os participantes concordem, a escolha deverá recair entre o câmbio administrado e o câmbio flutuante. Mesmo que Lula e sua turma tenham criticado de todas as formas a adoção do câmbio flutuante, em 1999, no governo FHC, o modelo a ser defendido por Henrique Meirelles será o flutuante. Curioso, não?

DORES CAMBIAIS

Depois que o Brasil foi descoberto em meio aos escombros da crise, e se tornou a Bola da Vez porque já havia tomado os remédios para a cura das doenças de origem macroeconômica, as dores cambiais passaram a incomodar.

CAUSAS

Essas dores tem como causa o seguinte descompasso: entre o que entra de dólares de investidores que querem aproveitar a onda de crescimento do país, somada às nossas ainda tímidas exportações, e subtraídas as ridículas importações, típicas de um país que ainda carrega o mau pensamento nacionalista.

CONSEQUÊNCIAS

A consequência é que na hora da liquidação do câmbio só há um comprador de dólares: o Banco Central. Como só existe um comprador, tudo acontece através dos leilões de compra. Como não há importadores pesados para competir com ofertas de compra, não há mercado cambial por aqui.

CÂMBIO ADMINISTRADO

Daí esse choro interminável dos exportadores, que passam, através da mídia, a velha ladainha de que para vender lá fora basta um câmbio favorável (pra eles). Assim fica clara a preferência pela volta do câmbio administrado.

ANTES DE TUDO

O que não é dito, infelizmente, é que exportar não é só uma questão de preço de moeda. Antes de buscar o cliente e fechar o câmbio é preciso verificar o peso dos tributos, da burocracia, da logística, etc., por exemplo. A competitividade começa por aí e termina no fechamento da fatura cambial.

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05 nov 2009

SETOR LIVRE E RENTÁVEL


OS QUATRO SETORES

Engana-se quem imagina que na economia só existem três setores. Pois, além do Primeiro Setor (público), do Segundo Setor (privado) e do Terceiro Setor (ONGs ? Organizações Não Governamentais), há um potente e promissor Quarto Setor.

SETOR CRIME

Este Quarto Setor, para quem ainda não sabe, compreende tudo aquilo que está à margem da lei. Em outras palavras, o Setor Crime, cujos atos praticados independem de categoria, tipo, atitude e de valores.

ATENÇÃO ESPECIAL

Como o Setor Crime está presente em todos os lugares do planeta, para tentar impedir o avanço dos atos ilícitos os governantes se esforçam para melhorar a segurança dando atenção especial para dois pontos principais: policiamento e penalidade.

INCENTIVO AO CRIME

No Brasil, infelizmente, não é assim. Além de um policiamento frágil, e muitas vezes envolvido com atos criminosos, as penalidades, quando aplicadas para os poucos que conseguem ser presos, estão mais identificadas como programas de incentivo ao crime.

MAIOR CRESCIMENTO

Com isso, o Quarto Setor, ou Setor Crime, é o que apresenta maior crescimento no país. É incomparável, gente, o desempenho do Crime em relação a qualquer outro Setor. Com um detalhe: o Crime está permeado em todos os demais Setores e fora deles.

NO SETOR PÚBLICO

Ultimamente, o Crime tem crescido muito mais no ambiente do Setor Público. É ali que a corrupção se instalou com força total e descomunal em todos os níveis. Não há um dia sequer que a imprensa não descubra uma falcatrua. E mesmo assim, os envolvidos não são penalizados. Nem são obrigados a devolver o que foi, comprovadamente, roubado diante das câmeras.

VIVA O QUARTO SETOR!

Como grassa um forte desinteresse na correção e/ou diminuição de todo tipo de atos ilícitos, a sociedade como um todo vem contribuindo, abertamente, e cada vez com mais intensidade, para o crescimento do Quarto Setor. Desde o contrabando (de qualquer tamanho), pirataria, falsificação, sonegação, pequenos roubos, tráfico de drogas, etc.

ESCUDO

E, quando alguém se insurge e resolve aplicar a lei, coisa rara, um escudo salvador é acionado pelo infrator: os direitos humanos. Pronto. Aí está um santo remédio para ficar livre de qualquer ameaça, que dirá de uma ridícula pena. Viva o Quarto Setor! Além de promissor é o mais rentável!

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