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06 out 2011

ÁFRICA SEM ELEFANTES


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VISITA CONCLUÍDA
Do aeroporto de Johannesburg, África do Sul, nas primeiras horas da manhã de hoje, cumpro duas tarefas: escrevo este editorial e dou por concluída a visita a este belo país. Que, aliás, se preparou muito bem para a realização da Copa de 2010.
OBRAS
Mais: se a África é o continente dos elefantes, eles, rigorosamente, não são vistos através das obras realizadas para o Mundial. Todos os equipamentos estão sendo muito bem utilizados e os fartos alargamentos das ruas, avenidas e estradas são as maiores e melhores heranças, indiscutivelmente.
ESTÁDIOS
Quanto aos estádios que visitei o que mais me impressionou não foram os seus interiores. O verdadeiro show está nas obras realizadas no lado externo, integrando lojas, hotéis e belos acessos. Tudo muito limpo e extremamente agradável para passear.
PREOCUPAÇÃO
Tenho receio de que muito pouco disso veremos aí no Brasil. Até porque ESTÁDIO, em praticamente todos os cantos do país, é sinônimo de sujeira em sua volta, além da escuridão e do isolamento nos dias sem jogos.
NOTÍCIAS DO BRASIL
Entretanto, antes de embarcar e enquanto o tempo permite, passo os olhos nas notícias mais recentes do Brasil. Uma delas informa que ao longo das últimas duas décadas, o SETOR DE SERVIÇOS elevou sua parcela de absorção do estoque de trabalhadores formais do país, passando de 66,2% em 1990 para 71,8% em 2010.
AUTOMAÇÃO
Considerando que a indústria há muito tempo deixou de ser empregadora, graças à fantástica automação, repito mais uma vez o que venho dizendo: as afirmações de que as importações de bens de consumo significam exportações de empregos não passa de uma lenda.
EMPREGOS
Chamo mais uma vez, portanto, a atenção de que IMPORTAR VEÍCULOS, por exemplo, é aumentar os empregos no Brasil. Empregos para pessoal de vendas, de manutenção, de operários da construção (novas lojas), etc. Só um governo estúpido não percebe que a maioria das indústrias é de capital intensivo e não de mão de obra intensiva. Assim, ao dificultar as importações, o governo provoca mais desemprego.