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05 out 2011

GRÉCIA E BRASIL - NA MESMA ROTA


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GOVERNO FROUXO
A Grécia, o mundo todo sabe, chegou à beira da falência por uma única causa: o governo grego, além de muito frouxo se mostrou extremamente gastador do dinheiro público. Pois, para desespero de quem tem algum discernimento, o governo brasileiro, por questões ideológicas, está trilhando a mesma rota do mal experimentado pela Grécia. Basta observar a irresponsável gastança pública.
NA CONTRAMÃO
Enquanto o governo brasileiro não se convence de que dirige criminosamente na contramão, o que antecipa a existência de uma forte colisão mais à frente, o governo da Grécia, por pura necessidade, já anunciou que precisa mudar de rota.
REDUÇÃO DO DÉFICIT PÚBLICO
Ontem, por exemplo, o governo grego adotou uma imposição necessária de desemprego técnico para 30.000 funcionários públicos até o final de 2011, numa drástica tentativa de reduzir o déficit público no país.
AQUI, JAMAIS
Tão logo li esta notícia lamentei que esta importante atitude jamais será tomada no Brasil. Primeiro, por absoluta falta de coragem. Segundo, porque servidor público jamais é demitido no Brasil. E, terceiro, porque também é proibida a redução salarial.
O FATOR DESEMPENHO
Os gregos, não por vontade, mas por pura necessidade, se deram conta de que a economia tanto pode crescer como encolher. Dependendo do desempenho das atividades, admissões ou demissões se impõem, pouco importando se no setor privado ou público.
NEM AÍ
Mesmo sabendo disso, os governantes brasileiros não estão nem aí: mesmo que a economia entre em recessão, a responsabilidade é entregue, exclusivamente, ao setor privado, aos consumidores e aos contribuintes em geral. Que tratem de renunciar ao consumo, pois os salários dos servidores, e seus fantásticos aumentos conquistados em movimentos grevistas corporativos, precisam ser pagos. Com detalhe cruel: os prêmios não são entregues só aos servidores que estão na ativa. Os aposentados, abrigados pela injusta lei da integralidade salarial, também recebem proventos com todos os aumentos obtidos pelos que estão na ativa. Pode?
EMPREGO DE UM...
Isto tudo, mais uma vez, significa o seguinte: para que um funcionário público se mantenha empregado (com supersalários e seus efeitos de encadeamento) vários empregos da iniciativa privada precisam, necessariamente, ser sacrificados. Não importa quem paga a conta de quem.