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13 abr 2009

A CAMINHO DE HANNOVER


EUROPA

Hoje escrevo de Paris, para onde viajei na semana passada com destino a Hannover, Alemanha, para participar da maior feira de subcontratação industrial que acontece na próxima semana, de 20 a 24.

FEIRA DE HANNOVER

Como a Alemanha está mergulhada de corpo inteiro na crise creio ser uma boa oportunidade para ver de perto o que as empresas alemãs, brasileiras e do mundo todo estão fazendo para tentar sobreviver no difícil mercado internacional.

ADAPTADO

Depois de já ter participado por oito ou nove vezes da Feira de Hannover, neste ano resolvi antecipar a viagem. Assim chegarei à cidade-feira já ambientado com a situação econômica européia.

PARIS

É óbvio que a crise não é mostrada nas ruas, parques e principais monumentos de Paris. O grande número de turistas do mundo todo que passam por aqui conseguem disfarçar as dificuldades vividas pelo povo francês.

RESTAURANTES

Se os pontos mais badalados, como Champs Elysée, Jardins de Tuilieries (Louvre) e Notre Dame continuam sendo disputados pelos turistas, por centímetros quadrados, a situação, segundo os donos de restaurantes de Paris, não é boa: para eles o movimento caiu em torno de 10%. No interior a queda chega a 40% ou 50%.

CLIMA

A primavera parisiense mostra um clima gostoso: sol e nuvens e temperatura entre 10 e 20 graus. Um convite para quem quer passear e curtir os cafés.

NOTÍCIAS DAÍ

Pela magnífica internet acompanhei a triste notícia de que o Procurador de Justiça, Gilberto Thums, simplesmente jogou a toalha na questão que envolve as escolas itinerantes do MST, no RS. VITÓRIA? De tantas notícias que mereceriam comentários, esta é a que mais preocupa. Ela informa que o MST ganhou mais uma batalha. A meu entender venceu a guerra.

COVARDIA

Em síntese: nada mais resta daquele gaúcho que um dia fez a Revolução Farroupilha. O novo habitante do RS se destaca mais pela covardia. A prova está na total falta de apoio ao correto Procurador Tuhms. Depois desse triste desfecho ninguém mais poderá lamentar qualquer invasão do MST. Afinal eles estão e são governo. Viva!

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09 abr 2009

GOVERNO SEM TRANSPARÊNCIA


ALIMENTADO A ESPECULAÇÃO

Quanto menor a transparência nas atitudes de um governo, maior será a especulação da sociedade sobre as decisões tomadas pelos seus ocupantes. Pois é dentro dessa lógica que está sendo analisada a surpreendente saída, demissão, ou o que for, do presidente do Banco do Brasil, Antonio de Lima Neto, ontem.

POSSESSO

Ora, Lula e os petistas têm como norma jamais explicar corretamente os seus atos, coisa aliás muito antiga e bem de acordo com a ideologia do partido. O curioso é que o presidente ainda se acha no direito de ficar possesso quando a sociedade, sem informações corretas, reage com desconfiança. E é justamente aí que seu mau humor fica insuportável.

EMPRESA ABERTA

Não nutro qualquer sentimento por Antônio Lima Neto, agora já ex-presidente do BB. Contudo, como o BB é uma empresa de capital aberto, mesmo sendo controlada pelo governo seus acionistas têm todo o direito de saber tudo que acontece por lá.

FATO RELEVANTE

E a saída de um presidente de empresa aberta é fato pra lá de relevante. Só que Lula e seus colaboradores, de forma infantil deram uma explicação ridícula e esfarrapada para o afastamento de Lima Neto. Assim, sem a mínima transparência, o governo só pode alimentar as especulações.

UM HOMEM SEM DEFEITOS

Em síntese: para Lula, partido político ruim nunca é o seu; e sujeito muito despreparado e indesejado nunca é ele. O homem jamais admite que possa ter tomando alguma decisão pouco ou nada recomendável. Inclusive num momento sensível como este, em meio a uma forte crise.

SABE TUDO

Esta necessária humildade de qualquer governante, em hipótese alguma pode ser esperada por parte do presidente (e sua equipe), que prefere adotar em todas as oportunidades uma postura arrogante, muito típica dos sabe-tudo.

GASTOS ABSURDOS

Vejam, por exemplo, que ainda no amanhecer dessa séria crise, cujos efeitos desastrosos ainda estão sendo melhor avaliados, o seu governo preferiu o caminho de elevar ainda mais os incríveis gastos correntes, principalmente com contratações de servidores.

DÉFICIT BRUTAL

O que só a parcela da sociedade pensante sabe, mas pouco diz, e que Lula não aceita em hipótese alguma, é que esta prática somada a tantas outras que aumentam o déficit das contas do Tesouro e ferem os mínimos princípios de uma boa administração. Nem nos medíocres compêndios que tratam do assunto se vê absurdos do tipo.

SOFREDOR

Lula já mostrou o quanto se escandaliza quando uma empresa toma a difícil decisão de demitir pessoal. Sofre como um ignorante como se não soubesse de onde saem os recursos para o pagamento da folha de pessoal.

EM ÁRVORES OU RIOS

Como nunca administrou coisa alguma que fosse própria, Lula entende que o dinheiro dos contribuintes nasce em árvores ou em rios. E que a sociedade só tem o direito de ganhar algum dinheiro desde que o mesmo seja destinado para pagar impostos, que por sua vez devem ser transformados imediatamente em bem estar dos seus diretos colaboradores. Os privilegiados.

DISPUTA

Vamos ser bem claros, gente: o que estamos assistindo nada mais é do que uma férrea disputa de gastos entre os Poderes. No final todos sempre saem premiados, mas será melhor reconhecido aquele que mais rombos der no lombo dos idiotas pagadores de impostos. Lula, como se vê, não quer perder a disputa de jeito algum. Nem a dos gastos nem a da arrogância. Viva!

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08 abr 2009

SHOW DE OBAMA


ALTA POPULARIDADE

Nesta primeira longa viagem que o presidente americano, Barack Obama, fez à Europa e Oriente Médio, ao Iraque principalmente, já deu para observar o quanto é respeitado e festejado por onde passa. O que parecia ser um sentimento exclusivo do povo americano já começa a se repetir em vários lugares do mundo.

NA FRANÇA

Entre os países ocidentais, o vestibular aconteceu mesmo foi na França, na última semana, para a reunião de cúpula da OTAN, em Estrasburgo. Apesar do quebra-quebra havido por lá, até os rebeldes estudantes franceses, que sempre se mostraram muito avessos aos EUA, lhe renderam boas homenagens.

NO BRASIL

Com tanta manifestação de carinho, e após os elogios que o presidente americano fez a Lula, até os estudantes brasileiros, sempre ensinados a detestar os americanos (mesmo depois de visitar a Disney e tentar um emprego nos EUA), também vão ter o mesmo comportamento dos franceses. Imagino que sim.

REVOLTADOS

Os ocupantes do Senado, agora mais revoltados pela forma com que se estão sendo vistos depois que a imprensa denunciou e comprovou os gastos absurdos que há muito fazem com dinheiro público, em benefício próprio, resolveram se vingar. E a vingança escolhida foi dura: gastar ainda mais.

AUMENTAR AS DESPESAS

Como o povo é sabidamente pacífico (eles sabem bem disso) e não gosta de se expor (também sabem disso), a ordem vinda do Senado é simples: saquear o povo para nunca mais serem tratados dessa forma. A única coisa que ainda pode mudar é a forma, que até pode ser mais oculta. Viva.

NÃO ACREDITO

Como o assunto continua rendendo notícia também coloco minha colher na panela, pois não posso acreditar que a direção do Sport Clube Internacional teria impedido que a intérprete e primeira-dama de Porto Alegre, Isabela Fogaça, se apresentasse na festa dos 100 anos do Clube para cantar - Porto Alegre é Demais -, a pedido da governadora Yeda Crusius.

DUPLO ERRO

Antes de tudo, se verdade fosse, representaria um erro duplo: Primeiro, porque seria inadmissível a aceitação de que alguém pudesse se intrometer numa festa privada, do Internacional; Segundo, porque seria uma descortesia imensa para com Isabela Fogaça, caso realmente tivesse sido convidada para interpretar a música de seu marido, José Fogaça (considerada Hino de Porto Alegre). Me nego a acreditar. Até que a direção do Inter confirme tudo que está sendo dito.

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07 abr 2009

O MERCADO INTERNO PARA SEMPRE


ENTREVISTA

Ontem, ao zapear a minha TV, ainda que não tenha conseguido assistir desde o início, acompanhei uma parte da entrevista concedida pelo nosso ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, para o programa de televisão BBC World News, de Londres.

MINUCIOSO

A entrevista foi bastante longa, com perguntas insistentes de um entrevistador, cujo nome não registrei, mas que foi sempre muito minucioso sobre a situação econômica do Brasil diante da crise mundial.

COMÉRCIO INTERNACIONAL

Amorim foi bastante enfático ao declarar que seremos menos atingidos, comparativamente, devido à nossa baixa participação relativa no comércio internacional, que ficou muito vulnerável.

MAIOR EXPOSIÇÃO

É óbvio que a entrevista saiu depois da importância que o Brasil e outros países emergentes ganharam com a última e mais importante reunião do G-20. Deduz-se que a partir de agora essa exposição vai ser cada vez mais intensa. Até porque muita gente quer saber mais dos emergentes.

CUSTO-PAÍS

Quando perguntado sobre o elevado custo que os excessivos planos assistencialistas criados pelo governo Lula representam para o Brasil, Amorim falou, falou e, obviamente, não convenceu.

COMPETITIVIDADE

Ora, como se sabe é impossível para alguém que tenha um pouco de juízo acreditar que isto seja uma vantagem. Como a competitividade é a palavra mágica para manter e atrair investimentos, programas assistencialistas só condenam o Brasil a ficar só com o mercado interno.

PROTECIONISMO

Quanto maior for o custo-país, menor a competitividade. Isto significa que o Brasil vai continuar protecionista pelas elevadas barreiras alfandegárias ou não alfandegárias que vai continuar adotando. Gritamos contra o protecionismo que sempre praticamos. Assim vamos continuar dizendo ao mundo que o nosso mercado interno é suficiente. Viva!

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06 abr 2009

A NOVA ORDEM DO SÉCULO XXI


A CAMINHO

Pela forte repercussão mundial que teve a reunião do G-20 na semana passada, quando a França nem acreditava que ela seria bem sucedida, agora já dá para apostar que uma ordem econômica mundial está mesmo a caminho.

IMPRESSÃO FAVORÁVEL

A primeira impressão que o mundo teve depois do encontro é que as reuniões do G-7 ficaram esvaziadas. Parecem não ter mais sentido uma vez que os grandes países emergentes ganharam mais respeito e fortes condições para contribuir para um final feliz da economia mundial.

EXPECTATIVAS

É lógico que por enquanto estamos diante somente das expectativas dos resultados propostos pela carta compromisso assinada no final do encontro. Porém, como os participantes firmaram a disposição de fazer o que for necessário para alcançar os objetivos abaixo colocados, é preciso dar um crédito de confiança:COMPROMISSOS ? 1- restabelecer a confiança, o crescimento e o emprego;2-reparar o sistema financeiro para restaurar o crédito;3- reforçar a regulação financeira para reconstruir a confiança;4- financiar e reformar as instituições financeiras internacionais para superar esta crise e evitar crises futuras;5- fomentar o comércio internacional e rechaçar o protecionismo;6- construir uma recuperação inclusiva, ecológica e sustentável;

PRÓXIMA REUNIÃO

Como já está marcada a próxima reunião do G-20 para o final deste ano de 2009, nesse meio tempo já será possível verificar o quanto das promessas foram cumpridas e se a economia mundial ficou mais aliviada da recessão que já atingiu muitos países.

CALCANHAR DE AQUILES

Algumas propostas, no entanto, não serão tão simples de serem cumpridas rapidamente. Uma delas, por exemplo, é o fim do sigilo bancário e dos paraísos fiscais. Muitas reuniões e discussões ainda precisarão ser feitas até que algo realmente aconteça.

SEM BOLHA

Entretanto, o que dá para afirmar dentro do novo panorama proposto é que não vamos contar com a presença de uma nova bolha no mercado de crédito. Como ela é o satanás da vez, a economia mundial não ficará tão acelerada como aconteceu nos últimos anos. Ou seja: sem bolha o crescimento será menor. Será do tamanho da lógica e da confiança.

ACIMA DA MÉDIA

Isto não significa, obviamente, que alguns países não possam ter crescimento acima da média mundial. Afinal, este comportamento depende das oportunidades que eventualmente aparecem e do aproveitamento daqueles que estão mais atentos e que ainda se mostram mais capazes para aproveitar a deixa.

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03 abr 2009

UMA REUNIÃO E TANTO


G-20

O dia de ontem, 02 de abril, vai ficar na história. Pela disposição com que os chefes de Estado se dispuseram a enfrentar a maior crise dos últimos 80 anos.

MAIS CONFIANÇA

É certo que ainda precisam ser testadas as medidas e os aportes financeiros anunciados ontem, em Londres. Mas é inegável que a reunião acabou distribuindo mais confiança no futuro. Aliás, as bolsas de valores, por si só, dizem tudo.

CRÍTICAS

Ninguém se surpreendeu pelo fato do neo-ditador, Hugo Chávez, que não foi convidado a participar do encontro, muito mais por não ter educação, ter criticado os assuntos discutidos e as decisões tomadas. Afinal, Chávez quer e pretende ver o fim do mundo.

ABRA OS OLHOS

O presidente Lula, que teve o seu dia de glória pelos afagos que recebeu de Obama, foi as nuvens. Tomara que os elogios recebidos o façam enxergar melhor as coisas que acontecem na América Latina.

PAGAMENTO

Sem querer tirar o brilho dos olhos dos convencionais, uma coisa é preciso deixar clara: a conta dos trilhões vai precisar ser paga. O prazo vai depender da resposta que a economia mundial vai dar. Mas uma dia os títulos emitidos precisarão ser honrados.

REFORMAS

Aqui no Brasil, para melhor aproveitar o interesse dos países desenvolvidos saírem da crise, precisamos das encantadas reformas. Sem elas não vamos acompanhar outros países que já fizeram a lição de casa. Atenção, portanto, federações e outras entidades. Vamos insistir mais do que nunca.

AVALIAÇÕES DE CONHECIMENTO

Mudando de assunto, fiquei satisfeito com o que disse a Secretária da Educação do RS, Mariza Abreu, na palestra que fez nesta semana no Tá na Mesa da Federasul: serão feitas avaliações de conhecimento periódicas para os professores como principal determinante para a progressão de carreira, em lugar do tempo de serviço. O tema da sua palestra: Gestão da educação no RS: desafios e reformas. Gostei.

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