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29 abr 2009

COLLOR, O SENSATO


VOTEI NO COLLOR

Nunca neguei ter votado no Collor e não tenho nenhum problema em afirmar isso. Hoje, no entanto, não consigo entender como ele conseguiu ganhar aquela eleição, uma vez que seus eleitores simplesmente não existem. Sumiram. Ou preferem mentir para não se comprometer com alguma coisa.

SÓCIOS PREJUDICADOS

A propósito: da mesma forma com que não encontro eleitores do Collor também nunca encontro aqueles que passaram seus sócios para trás, em qualquer tipo de negócio. Todos com o quais tenho a oportunidade de falar são, sempre e inevitavelmente, as vítimas. Que coisa...

POSIÇÃO

Mas, deixando isso pra lá, o fato é que o agora senador Collor foi o único a se posicionar, de forma categórica, contra a entrada da Venezuela no MERCOSUL. Parabéns, senador.

EXPULSÃO

Melhor ainda seria se o senador Collor fosse mais longe. Por exemplo: propor a expulsão do Paraguai como país membro do ridículo MERCOSUL. Até porque o bispo-presidente do Paraguai detesta cumprir contratos. Começando por Itaipu e pelas expulsões de agricultores brasileiros.

ASPECTOS POLÍTICOS

A Venezuela até já tem um acordo de livre comércio com o Mercosul. Mas Chávez quer mais: quer que seu país seja um membro efetivo do Bloco. E, de viva voz já deixou bem claro que não quer concentrar as negociações apenas no aspecto comercial. Quer ressaltar, com todo vigor, os aspectos sociais e políticos. Que tal?

PORTA ABERTA

Com a recente vitória de Rafael Correa, do Equador, o qual é pupilo ardente de Chávez, depois que a Venezuela for confirmada, a porta estará aberta para a entrada triunfante dos países comunistas nada disfarçados: Equador, Bolívia, Nicarágua e Cuba, por enquanto.

MEDIDA MORALIZADORA

Ainda sobre o senador Collor é importante que todos saibam que partiu dele a proposta aprovada pela Comissão de Infraestrutura, a qual preside, que a partir de agora os indicados para integrar as agência de regulação precisam apresentar uma série de documentos antes não exigidos, para comprovar condições técnicas e morais para exercer a função. Todos vão precisar fornecer certidões negativas do Fisco e revelar se tem parentes em empresas do setor relativo à agência para a qual está sendo indicado e se é réu ou autor em ação judicial. Alguém é contra?

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28 abr 2009

A CRISE E A COPA DO MUNDO


DOIS INGREDIENTES

O Brasil como um todo, o Estado do RS e sua capital, Porto Alegre, em particular, estão diante de duas enormes oportunidades, ou ingredientes, para crescer e se desenvolver: 1- a possibilidade de sediar jogos da Copa do Mundo de 2014; 2- a crise mundial que aí está.

OPOSIÇÃO RETRAÍDA

Para tirar o máximo proveito de ambas, e dar o salto que o país , RS, e a Capital gaúcha precisam, basta que seus governos exponham todos os projetos arrojados à sombra da Copa e da crise. Com toda a certeza não haverá parcela da oposição suficientemente corajosa para votar contra.

CONDENADO

Político que não vê o futebol como coisa séria, preferindo ser contrário à construção de estádios e tudo aquilo que facilite e atraia a movimentação dos torcedores, residentes e visitantes, está condenado ao inferno. Sem passagem pelo purgatório. Um excomungado, com certeza.

INTER E GRÊMIO

Aí estão, portanto, dois meios estupendos para facilitar a apreciação rápida de tudo aquilo que em todos os Parlamentos levam muito tempo para serem analisados e aprovados. Isto quando a aprovação acontece. Vide, por exemplo, a aprovação das obras dos estádios do Inter e do Grêmio, no RS. Barbada.

CRISE

Nada tem sido mais repetido no mundo todo de que Crise é Oportunidade. Então, gente, o negócio é aproveitar esta que aí está, embora muitos estejam convencidos de que aqui ela será menos drástica. Ainda assim ela pode ajudar em todas as decisões que determinem mais atração de capital, mais empregos e mais desenvolvimento.

INFERNO

Da mesma forma como acontece quando o assunto é Copa do Mundo, quem for contrário a projetos que tornem a crise menos hostil é anti-social e indesejável. Nem no inferno querem gente assim. Lá, até eles são considerados péssimas companhias.

ATÉ OS XIITAS

Portanto, se os governantes, de todos os níveis, mostrarem um mínimo espírito empreendedor, a hora é agora. Tenho convicção de que até os xiitas do meio ambiente não encontram campo fértil e favorável para negar o que geralmente negam.

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27 abr 2009

CONVERSA INFORMAL COM ALEMÃES


DOIS ASSUNTOS

Quando já estava me despedindo da Feira de Hannover, na sexta feira, 24, na Alemanha, participei de um almoço informal que reunia empresários e investidores alemães. No meio da conversa dois assuntos vieram à tona: 1- o peso dos tributos no Brasil e na Alemanha; e,2- as falcatruas das passagens aéreas que a mídia, felizmente, não para de expor.

CARGA ELEVADA

Depois que informei a nossa carga tributária que beirava os 40% do PIB, um deles, bem mais interessado disse que na Alemanha o peso também é altíssimo. Por isso muitas empresas, em busca de maior competitividade, estão caindo fora de lá procurando países menos gananciosos.

DOADOR COMPULSÓRIO

Aproveitei o momento de atenção para informar que no Brasil eu sou um doador compulsório de dinheiro para o governo. E que os alemães, sim, pagam impostos. Como o meu interlocutor franziu o cenho, dando clara demonstração de não ter entendido, expliquei:

COMPRA EFETIVA

- Para vocês, aqui na Alemanha, o pagamento de impostos corresponde à compra efetiva desta maravilhosa infra-estrutura que se vê e que está disponível além de todos os serviços sociais. Vocês realmente pagam pelo que recebem, embora até tenham o direito de discutir o valor que pagam.

POUCI EM TROCA

Eu, lá no Brasil, como recebo muito pouco em troca, não estou pagando impostos, mas fazendo uma doação de dinheiro ao governo. Doação, como se sabe, não tem compromisso de contrapartida. Só que no Brasil o donativo, a contribuição é compulsória.

DESAPONTADO

Percebi que o meu interlocutor ficou muito despontado. E de forma disfarçada anotou o que eu disse. Deu-me a impressão de que ele estava riscando o nosso país dentre àqueles com possibilidades de investir. Será?

CIDADANIA

Isto que o tempo não permitiu falar sobre as falcatruas das passagens aéreas. Imaginem se tivesse falado. Mas ainda assim percebi, nas entre linhas, que os alemães gostariam de saber quando o povo brasileiro irá assumir a sua condição de cidadão e partir para cima dos safados. Se perguntarem isso, o que devo dizer?

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24 abr 2009

UMA REFORMA BEM FEITA


EFEITO DA CRISE

A atual crise mundial, que atacou o mundo todo, está mostrando um efeito menor no Brasil, principalmente porque o nosso setor financeiro está sólido e pouco comprometido com créditos de difícil recuperação.

EFEITO DA REFORMA

É sabido que foi o setor financeiro mundial falho que levou o mundo todo a esse desespero econômico. E é sabido também que este não é o nosso caso, felizmente. Essa lição de casa nós já fizemos. E as regras impostas na ocasião estão mostrando agora, mais do que nunca, os seus importantes efeitos.

REPUTAÇÃO

Se o fato não nos faz ficar fora da crise, ao menos é graças a ele, ao nosso sistema financeiro, que estamos gozando de boa reputação no mundo todo. Aqui em Hannover, por exemplo, em todas as oportunidades em que o Brasil aparece ou é citado não há quem não faça esta observação.

FALANDO DO DESCONHECIDO

Aí no Brasil não foram poucas vezes em que ouvi e li o pessoal da mídia dizer e repetir, sem conhecer minimamente o assunto, quase que diariamente, que o melhor negócio do mundo é ter um banco comercial. Ser banqueiro.

ARRISCADO

Banco, como qualquer outra atividade, antes de tudo precisa ser bem administrado e dentro de regras rígidas. Caso contrário pode quebrar. E o que não falta neste momento é banco quebrado nos EUA e em muitos outros países.

MERCADO INTERNACIONAL

Se a crise está muito longe do fim, como afirma o FMI, e o Brasil pode ter crescimento negativo neste ano, como prognosticou ontem o seu presidente, uma das razões é que o mercado internacional está mais fechado e reduzido. E, por conseqüência, os preços das commodities internacionais caíram muito.

DEDUÇÃO LÓGICA

Ora, se a correta reforma no sistema financeiro mostra o quanto estamos melhores, imaginem o quanto de melhor estaria o país caso fizesse as reformas da Previdência, Trabalhista, Tributária e Fiscal. Aí, o provável é que a crise não chegaria aqui nem pelos jornais. Nem em forma de notícias.

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23 abr 2009

CONGRESSO DE COMÉRCIO EXTERIOR


MERCOSUR

A empresa alemã Niedersachsen Global, aproveitando o que a Feira de Hannover oferece em termos de concentração de expositores, investidores e visitantes, realizou o 6º Congresso Exterior da Baixa Saxônia num dos Pavilhões do Parque, com o tema voltado para o nosso continente: Mercosur: O mercado Comum da América Latina. O objetivo, por ser um programa a ser apresentado para o mundo todo, tinha interesse muito mais voltado para a Europa, Alemanha e o próprio Mercosul.

CURIOSO

A convite do presidente da Câmara Brasil-Alemanha de Indústria e Comércio no RS, André Meyer da Silva , que também é vice-presidente do Sinmetal-RS, fui ao evento cheio de curiosidade. Queria saber: 1- o que seria dito; 2- quem falaria; 3- quantas pessoas estariam interessadas nos assuntos da nossa pobre região sul-americana; e, 4- o quanto haveria de verdade nas apresentações.

BUROCRACIA

Depois das boas vindas feitas pelo conselheiro da Deutsche Messe e do Primeiro Ministro da Baixa Saxônia, o primeiro a falar, objetivamente, foi Ludwig Georg Braun, presidente da Iniciativa América Latina, da Federação das Indústrias Alemãs. Como é conhecedor da nossa região iniciou dizendo que a América Latina é uma oportunidade maravilhosa para fazer investimentos. Quanto à burocracia, sempre discutida nessas ocasiões tratou de amenizar dizendo que a doença também se faz presente em todos os países (cada um à sua maneira).

A MENTIRA

O Uruguai não se fez presente, embora tivesse confirmado. Pelo Paraguai, a grande piada do Congresso, falou o assessor econômico do Ministério da Indústria e Comércio, Guillermo Sosa. Imaginando, talvez, que a platéia fosse composta só de empresários e investidores ingênuos e despreparados mentiu à vontade dizendo que o Paraguai oferece várias frentes para a iniciativa privada, nacional e estrangeira.

A REALIDADE

Ora, todos nós sabemos, por exemplo, que grande parte da soja paraguaia é produzida por brasileiros. E que o governo está querendo expulsar de lá. Isto sem falar do contrato de Itaipu que o atual governo quer rasgar. Sobre isso o assessor não falou. E nem precisava, suponho.

BRASIL E ARGENTINA

Pelo Brasil falou André Meyer, que mostrou as reais oportunidades de investimentos na região sul diante dos programas existentes e promissores. E pela Argentina, com o tema: - O Grande Potencial Argentino ? teve à frente o embaixador Guillermo Nielsen. Embora a sua apresentação tenha sido muito boa pela visão de mundo que tem, ainda assim teve dificuldades em explicar o conhecido protecionismo argentino, do qual se diz totalmente contrário, como me confidenciou após a sua apresentação.

POUCO CONVIDATIVO

A Venezuela não participou do evento porque ainda não faz parte do Mercosul. Mas acabou sendo comentada pelo que está contaminando a América Latina. Todos os presentes mostraram que querem distância do ditador Hugo Chávez e seu país. E o que mais ouvi, de muitas bocas, é que o ambiente latino, a exceção do Brasil que está gozando de boa reputação aqui na Alemanha, não é nada convidativo para investir, pois o ideal comunista, já espalhado, está deixando tudo muito arriscado. Bingo.

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22 abr 2009

VIAGEM À FLÓRIDA


FERIADO

Devido ao feriado aí no Brasil, o artigo que publiquei ontem, 21, no site, aqui em Hannover, está sendo enviado hoje, 22, um pouco antes do de hoje. Mesmo com vários assuntos sobre a Feira não posso deixar de fazer um comentário sobre a farra das passagens aéreas, proporcionadas pelos nossos políticos e outros do mesmo tipo. Aí vai:

EM FORMA DE HISTÓRIA

Muitas vezes é melhor escrever um comentário, ou uma opinião, em forma de uma breve história, o que pode ajudar o leitor a ter melhor esclarecimento sobre o assunto abordado. Imaginando que isso funcione proponho que acompanhe o seguinte relato:

CONSULTA FAMILIAR

Uma família comum, composta de marido, esposa e uma filha de 15 anos resolveram, no início deste ano, em legítima consulta familiar, decidir como deveriam gastar as economias feitas no ano anterior.

PRIORIDADES

O marido propôs a troca do carro; a esposa preferiu trocar o refrigerador e o fogão; e a filha disse que queria conhecer a Disney, na Flórida, EUA. Como a poupança não atenderia todos os pleitos, a família empurrou a decisão para mais adiante, embora tenha estabelecido como prioridades aquilo que melhor atendesse aos desejos da família toda.

REDUÇÃO DO IPI

Agora, em abril, com a redução do IPI proporcionada pelo governo sobre veículos, refrigeradores e fogões, o casal entendeu que chegara o melhor momento para comprar o que haviam decidido lá no início do ano.

EDUCAÇÃO

A filha, mesmo com seus quinze anos, mas já mostrando preparo e atenção ao que estava acontecendo no país disse aos pais que, ao fazerem as compras pretendidas, mesmo com a redução do IPI, praticamente a metade daquilo que desembolsariam seria entregue ao governo. E este, por sua vez, entregaria parte desse dinheiro para políticos e ocupantes de todos os Poderes, para gastarem em farras absurdas e incalculáveis. Inclusive na forma de passagens aéreas para amigos, parentes e assemelhados.

A RESPOSTA

Os pais, atônitos diante da correta explicação da filha, perguntaram o que deveriam fazer para não entregarem suas economias para gente tão safada. A resposta da garota foi pronta e imediata: - Ora, o melhor é irmos todos para a Flórida, passando pela Disney. Lá, ao menos, o nosso dinheiro não irá para bolsos de gente tão desonesta. SÍNTESE - A viagem está marcada para o próximo final de semana. Com um detalhe: os melhores lugares do avião já estavam reservados para as famílias de vários políticos. Maravilha.

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