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09 out 2007

NA MEDIDA CERTA


SEM PRECIPITAÇÃO

Antes de manifestar opinião sobre o pacote fiscal apresentado pelo Governo do RS tratei de estudar bem o assunto. Agora, sem qualquer precipitação, ainda assim continuo com a mesma conclusão inicial: estamos, mais uma vez, diante das velhas e indecentes formas que todos os governos do RS já se acostumaram a propor. Todas elas sempre defendendo o propósito de acabar com os rombos das contas públicas do Estado.

ENÉSIMA VEZ

O pacote apresentado desta vez, pelo atual Executivo do RS à Assembléia, pela enésima vez volta a propor como pretende pagar as sempre crescentes despesas públicas. E, mais uma vez, sem querer vender um só prego, mesmo que eles continuem furando os pneus dos veículos da sociedade riograndense.

PONTAPÉ NO TRASEIRO

O povo gaúcho já se acostumou a coisas do tipo. Na maioria das vezes a indecência tributária acontece em forma de bloco, no final de cada ano. Desta feita a única mudança é que o pontapé no traseiro da sociedade está vindo com alguma antecedência. Em outubro.

IDEOLOGIA

Se a venda de ativos públicos, que dão prejuízos, é impossível de ser realizada por questões ideológicas, menos possível ainda tem sido a necessária dispensa de pessoal, principalmente de CCs. Todos os governos têm se acovardado de maneira impressionante diante da diminuição de despesas. E também não tratam de esclarecer a sociedade que estas negativas mais promovem a manutenção do desperdício.

REDUÇÃO DE CUSTOS

Várias questões de redução de custos poderiam ser discutidas. Por exemplo: como se explica a existência de uma Secretaria de Obras do Estado, se o governo não tem um centavo para fazer qualquer obra? Esta pasta poderia ficar temporariamente desativada até que houvesse alguma recuperação da capacidade de investimento. Mas isto não é possível nem cogitado.

AUMENTO DE IMPOSTOS

Enfim, para quem se debruçou sobre as medidas apresentadas pelo governo, uma coisa ficou clara: só o que está bem detalhado e pronto para ser colocado em pratica é o aumento de impostos. Tudo aquilo que pode representar alguma redução de custos, que nada tem de ousado, ainda depende de uma série de estudos e exames e procedimentos. Tudo para não acontecer.

ESTUPIDEZ

O curioso é que alguns péssimos comunicadores, ao invés de tratar o assunto com inteligência, ainda escrevem e falam sem conhecimento algum sobre o assunto. Como é o caso do colunista Paulo Santana, que escreveu na sua coluna de ZH do último domingo a seguinte pérola de estupidez:

o Rio Grande do Sul só está nesta aflição administrativa, econômica, financeira e estadual porque é obrigado todos os anos a pagar uma prestação de dí

Santana, de forma lamentável, não questiona em momento algum porque e como aconteceu tal endividamento. Nem o que foi feito com os empréstimos que hoje precisam ser pagos. Entende, simplesmente, que o problema é a dívida e não o que foi feito com ela. Pode? É muita burrice consentida.

NA MEDIDA

Se o povo não reagir desta vez é porque gosta mesmo de imposto. Aí o governo estará com toda a razão. Terá feito um pacote na medida certa. Na medida da estupidez do povo do RS. Vamos cair fora? Já!

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08 out 2007

SEMANA DE ANIVERSÁRIO


SELO COMEMORATIVO

Estamos na semana de aniversário do

ANO VII

Desta vez, além das mudanças já apresentadas no mês passado, no alto da página consta um selo (ou carimbo) comemorativo informando a entrada no -

Ano VII

-, assim como o número de 45 mil assinantes que recebem, por e-mail, a web-letter. Espero que gostem.

LINHA INTACTA

Nestes seis anos de existência, desde a criação do

HOMENAGENS

Para homenagear os leitores e assinantes, e agradecer com todas as letras aos grandes e impecáveis colaboradores (Cristina, Lúcia e Trautmann) e de forma especial os escolhidos anunciantes que têm oportunizado a existência desta e-liberal opinion com seus importantíssimos banners publicitários, nada melhor do que publicar, durante a semana, alguns textos do saudoso guru e inspirador Roberto Campos.

ROBERTO CAMPOS

Divulgar textos de Roberto Campos não é só um compromisso. É um grande prazer. Lendo e saboreando os escritos de Campos temos muito a ganhar. Nunca saem de moda e representam os nossos anseios mais justos. De novo: a homenagem que presto, pois, a Roberto Campos, inspirador deste meio de comunicação, é o mínimo que posso fazer por quem sempre teve os olhos e mente sempre muito abertos.

TEXTO DO GURU

É reconhecida a proficiência brasileira em três coisas: no futebol, no Carnaval e na busca de bodes expiatórios. Globalização e neoliberalismo são os bodes que nunca saem da moda no Brasil. Aquele, inocente. Este, inexistente. Falar na ameaça do neoliberalismo em país de moeda inconversível, com 40% do PIB sugados por impostos e dívida do governo, só pode ser masturbação de socialistas nostálgicos. E a globalização não deve ser julgada pelo que não é. Ela não é uma invenção maldosa do capitalismo moderno. Houve episódios de fragmentação e ondas de globalização no decorrer da História.

CONTRAPESO

As globalizações mais importantes foram no Império Romano e da belle époque do liberalismo, entre 1860 e a I Guerra Mundial, quando, além do livre movimento de mercadorias e capitais, havia circulação de pessoas. A atual globalização não é uma conspiração americana para manter sua hegemonia. Os EUA são hegemônicos simplesmente porque ganharam a II Guerra Mundial, pelo colapso do socialismo e por liderar a nova revolução tecnológica. A globalização convive com movimentos de integração regional, com a União Européia, precisamente como contrapeso à dominação americana.PERIGOS? A Globalização também não é responsável pelo desnível industrial nem pela pobreza da periferia. Ao contrário, foi a globalização comercial e tecnológica que permitiu o salto tecnológico dos Tigres Asiáticos e o alívio da pobreza na China, que quinze anos atrás exportava menos que o Brasil e hoje exporta quatro vezes mais. Ainda fala-se, no Brasil, dos perigos da desnacionalização em virtude da abertura comercial, mas as reais dificuldades de nossa indústria são advindas das nossas dificuldades internas que nada tem a ver com a globalização ou liberalismo, como tributação asfixiante e juros resultantes de déficits fiscais que poderiam ser definitivamente corrigidos com reformas adequadas.

FALTA DE CARÁTER

A atitude sensata para o Brasil é administrar com competência a nossa inserção na economia globalizada. Isolarmo-nos da revolução tecnológica para proteger empregos é suicídio, porque a perda da competitividade geraria estagnação, destruindo empregos. Como diz o economista hindu J.K. Metha, da Universidade de Allahabad, que o subdesenvolvimento é, principalmente, falta de caráter, e não escassez de recursos ou de capital.

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05 out 2007

A TRANSFORMAÇÃO EM ANDAMENTO


PROPÓSITOS

Nenhum governante de qualquer país deste mundo é capaz de promover mudanças de uma hora para outra. A não ser nos casos de invasão, ou pelo efeito das guerras, onde o vitorioso trata de implementar imediatamente seus propósitos.

CONTINUIDADE

Portanto, em condições normais de democracia, onde os governantes são substituídos de acordo com a vontade dos eleitores, as mudanças só podem acontecer a longo prazo. Isto tudo, naturalmente, se houver a continuidade do mesmo líder no governo e/ou permaneçam por muito tempo seus objetivos e a aplicação da cartilha de seu partido.

CONSTRUÇÃO

A construção dos processos que mudam as atitudes, comportamentos e propósitos de um povo depende exclusivamente da firmeza da disciplina ideológica imposta pelo governante. E para tanto o tempo é importante para a formação das novas gerações para que pensem de acordo com a vontade dos líderes. Todos devem ser bem educados e preparados para o novo regime.

MATÉRIA PRIMA

Quanto pior for a matéria-prima humana, em termos de conhecimento e escolaridade, melhor será para a cooptação e/ou a necessária lavagem cerebral (já em andamento) dos envolvidos no processo de transformação sócio-político-cultural. O que no Brasil já é um prato cheio, diga-se de antemão.

MELHOR PRODUTO

Considere-se também que o caríssimo programa Bolsa Família caiu como uma luva para que tal processo surta um brutal efeito em termos de prazos. Que já serão bem mais curtos do que se imaginava. Aí está, pois, o grande produto que poderá levar o atual governo a atingir seus objetivos com grande rapidez. Sem qualquer ameaça de ser interrompido.

EXEMPLO VENEZUELANO

Já sei que escrever sobre esta lógica, que está sendo implementada, sempre gera alguma desconfiança. Muitos entendem que há exageros, visão distorcida e excesso de preocupação. No entanto, os venezuelanos também pensavam assim até perceberem que as atitudes de Chávez eram mesmo para valer. Coisa que agora já não tem volta.

PAGAR PARA VER

Gente: uma coisa é certa. Ajudado pelos resultados que estão sendo colhidos com a boa administração da macroeconomia do Brasil, muita gente está vibrando e deixando de lado tudo isto que está vindo por trás. Uma forma hábil e inteligente que o governo encontrou para arrancar aplausos e concordância daqueles que ainda vão perder muito. É pagar para ver.

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04 out 2007

CHERIAL KILLER


CRIMINOSO

A excelente matéria publicada pela revista Veja, sobre a vida do bandido Che Guevara, embora rica em muitos detalhes merece algumas considerações. Quando o filme Diário de Motocicleta foi apresentado nas salas de cinema do Brasil cheguei a escrever um artigo comentando que, além de estúpido o Cherial Killer era também um péssimo motociclista.

AMOR CEGO

Na ocasião, lembro bem, até fui muito repreendido por algumas viúvas do assassino, incluindo aí gente de todos os sexos, que se mostravam perdidamente apaixonados pelo sanguinário. Sentimento que certamente impedia e ainda impede melhor conhecimento sobre suas barbáries. Amor cego, portanto.

LEITURA

Recomendo a leitura da reportagem. Mais: sugiro que a leitura seja feita, em voz alta, para as crianças e para os adultos, durante o café da manhã, o almoço e o jantar. Por muitos dias e várias vezes por dia, se possível. Só assim seria possível exorcizar a torta admiração por alguém que só soube cometer crimes. Hediondos.

ADORAÇÃO POR BANDIDOS

Chego a arriscar que toda a covardia e resignação quanto às atitudes dos políticos safados que ocupam os cargos públicos do Brasil, é muito parecida com a paixão devotada a Che. Ou seja, os brasileiros, por não reagirem aos safados dão demonstração clara de que adoram bandidos.

IDENTIFICAÇÃO DE CARÁTER

Alguns, mais ardorosos, chegam a mostrar comportamento de tal forma doentio que fazem questão de tatuar no próprio corpo a cara do FARSANTE. Uma identificação pura de caráter, sem dúvida.

TRANSFORMAÇÃO ACELERADA

É importante que matérias como esta que a Veja está divulgando sejam bem exploradas e repercutidas. Como estamos em processo avançado e inegável de transformação da sociedade brasileira, onde o ensino praticado nas escolas públicas identifica claramente que em poucos anos já estaremos vivendo dentro de regime social-comunista instalado, é bom saber que nos espera.

DEVOTOS DE UM ASSASSINO

Sob o forte e competente comando do Foro de São Paulo, os aliados do Castrismo, do Chavismo e do Lulismo estão crescendo de forma impressionante. O movimento é tão forte que já elegeu diversos presidentes de países da América Latina, como Nicaragua, Bolívia, Equador e Argentina. Todos falando a mesma língua. A língua revolucionária.E, por incrivel que possa parecer, para alguns menos avisados, são todos devotos do grande mártir, mito e santo Che Guevara. Devotos de um assassino. É dose.

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03 out 2007

AS ATITUDES DE FEIJÓ


CHE

O meu assunto de hoje deveria discorrer sobre a excelente matéria publicada pela revista Veja, que está tratando da vida do guerrilheiro sanguinário Che Guevara. Mas, considerando a importância do Pacote Fiscal enviado pelo Governo do RS à Assembléia Legislativa, o qual precisa de comentários urgentes, deixo o assunto Che-Bandido para amanhã.

ATITUDES FIRMES

Depois de eleito, o vice-governador do RS, Paulo Afonso Feijó, por vários meses foi bastante criticado por grande parte da imprensa gaúcha. Muitas vezes, pelas suas atitudes firmes e intransigentes, teve até sua imagem usada por chargistas com motivos de desconsideração e chacota. Tudo porque Feijó se mostrava sempre aberto, claro, franco e sincero. Principalmente quando o assunto era aumento de impostos.

RETIRO

A impressão que foi passada à sociedade, pela imprensa, sugeria que todos adorariam que o RS tivesse uma carga maior de ICMS. Feijó, poucos meses depois de derrotada a tentativa de aumento dos impostos (final de 2006), percebendo a interpretação que estavam dando às suas atitudes se recolheu. Fez um retiro passando a dar menos entrevistas.

MUDOS

Muitos empresários, que precisavam apoiar Paulo Feijó com forte determinação e vigor, para tentar manter alguma competitividade, por incrível que pareça não o fizeram com firmeza. Talvez, por discordarem da forma muito dura com que Feijó atuava, ficaram mudos.

VILÃO

Os consumidores, por sua vez, que deveriam sair em passeatas prestigiando o vice-governador, para que pudessem vir a comprar mais produtos e serviços com menos impostos, também não atuaram. Passa uma idéia de que estariam mais satisfeitos caso Feijó tivesse sido derrotado. Incrível, não? Pois é. Este foi o papel que a imprensa conseguiu com suas reportagens: transformar Feijó em vilão.

MEU APOIO

Volto a afirmar que continuo apoiando e parabenizando a governadora Yeda Crusius pelos importantes esforços que vem fazendo para alguma recuperação deste falido Estado do RS. Porém, muito, mas muito antes de apoiar qualquer aumento de impostos, preciso ver esgotadas todas as formas possíveis e imaginárias de redução de custos do Estado do RS.

LOTAR O PLENÁRIO

Que sejam, em primeiro lugar, aprovadas todas as medidas que venham a desonerar dramática e radicalmente as contas públicas. Todas as formas, enfim, que permitam a volta do sentimento de orgulho de ser gaúcho. Do jeito que as coisas estão, de sã consciência ninguém pode ter tal sentimento. A não ser os privilegiados que nunca são ameaçados.

CONVOCAÇÃO

Se alguém ainda quiser ver o RS um pouco mais perto de ser um Estado bem sucedido, que siga os passos de Paulo Feijó. Caso contrário os protestos e reuniões contra o aumento da carga tributária continuarão a ser feitos só dentro dos gabinetes. E aí, como se sabe, não funciona. Precisamos, todos aqueles que não querem mais impostos, lotar o plenário da Assembléia. Eu vou.

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02 out 2007

ESTADO PAQUIDÉRMICO


BORDOADAS

Toda vez que escrevo sobre a imperiosa necessidade que temos em diminuir o tamanho do Estado Paquidérmico (União, Estados e Municípios), cujos resultados seriam altamente benéficos para toda a sociedade, mais recebo bordoadas, de vários lados. Mesmo que trate do assunto didaticamente, e sempre com cuidado, nunca faltam os plantonistas que vivem da existência de bens de propriedade estatal.

RESULTADO DESASTROSO

Ainda são muito poucos aqueles já convencidos de que para fazer a manutenção de qualquer patrimônio, público ou privado, é necessário fazer desembolsos. E quando o patrimônio é público, onde a escolha dos administradores nunca é feita por méritos ou por competência, mas por pessoas vinculadas aos partidos que apóiam os governos, o resultado, via de regra, é desastroso.

ARGUMENTOS

Ao apontar esta simples questão, em princípio já se imaginaria como desnecessário mais argumentos para uma diminuição patrimonial estatal. Exemplos de empresas que deixaram de ser estatais não faltam para conferir esta realidade. E mesmo assim o número de pessoas que não admitem o enxugamento de despesas não diminui.

CONTRASTE

É curioso e intrigante que a comprovada incompetência demonstrada pelos políticos-dirigentes da maioria das estatais, contrasta com a magnífica competência que os mesmos têm para convencer a opinião pública sobre a necessidade de manter empresas públicas deficitárias.

IMPOSTOS

Ora, para impedir que o enorme contingente de bens que formam o patrimônio público deficitário seja vendido, a saída encontrada para o financiamento dos prejuízos, e da má administração dos bens, está sempre na simples elevação de impostos.

AO CONTRÁRIO

Ou seja, ao invés de admitir a venda daquilo que ainda tem algum valor de mercado, e que pode se transformar em um bom negócio que venha a pagar impostos ao Caixa do Tesouro, faz-se exatamente o contrário: paga-se o prejuízo com novos e crescentes impostos.

ESCLARECIMENTO

Na medida em que venho tentando esclarecer, com o máximo de lógica esta realidade, ainda sou acusado de neoliberal e outras bobagens mais. Desde 1986, quando entrei para a área da comunicação, tenho pregado por atitudes que melhorem a vida da sociedade. Em nenhum momento defendi idéias que pudessem prejudicar o povo que paga impostos.

LIBERAL

Tampouco, em algum momento, defendi idéias com o objetivo de obter proveito individual próprio. Em sintese, a única coisa que fiz e vou continuar fazendo é tentar mostrar que as idéias liberais são as mais honestas, decentes, estimuladoras. E menos onerosas para todos.

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