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09 mai 2011

A BOLHA DAS COMMODITIES


LÓGICA DOS MERCADOS

Assim como a demanda por cimento e outros materiais de construção só acontece quando o mercado imobiliário fica mais aquecido, as demais commodities obedecem a mesma lógica.

ECONOMIAS ESTAGNADAS

Ora, como as economias mais desenvolvidas estão estagnadas, ou com crescimento muito próximo de zero, o preço das matérias primas ? commodities ? não teriam como subir. Afinal, quando a demanda se mostra reduzida, pela lógica os preços não tem como subir.

PETRÓLEO

Pois, o que se viu até agora, depois do estouro da bolha de crédito, foi uma constante elevação dos preços dos minerais e vegetais nas bolsas de futuros do mundo todo. Com destaque especial para o petróleo, face ao interesse popular por esta commodity.

BOLHA?

Como na semana passada os preços das commodities que mais vem sendo acompanhadas pelo mercado apresentaram quedas substanciais, a primeira frase que foi estampada disse o seguinte: estamos diante de uma nova bolha?

CONSUMO BAIXO

Analisando pelo lado do consumo real das commodities, em termos físicos, a demanda não vinha aumentando significativamente. Coisa suficiente para segurar os preços e, logicamente, impedir altas importantes das cotações nas bolsas.

INSIGNIFICANTE

O problema, no entanto, é que a comercialização física é, simplesmente, insignificante, diante do volume de contratos negociados nas bolsas de futuros. Como as taxas de juros estão muito baixas nos países em que a poupança é significativa, uma parcela enorme de recursos foi parar nos mercados futuros.

OPERAÇÕES ESTRUTURADAS

Muitos investidores/especuladores sequer conhecem ou tiveram contato com mercadorias de qualquer tipo. Entram no mercado seduzidos por operações estruturadas nos mercados financeiros, onde os contratos futuros de compra de commodities estão sendo utilizados para alavancar os retornos de investimentos.

DAS DUAS UMA

Considerando que os mercados, por essência, são voláteis, tanto a alta como a baixa dos preços é absolutamente normal. Tudo depende da oferta e da demanda dos ativos comercializados. Daí, quem entende que a corda está muito esticada pelo lado da alta dos preços, das duas uma: 1- cai fora do mercado; ou, 2- passa a apostar na queda. Para tanto basta começar a vender contratos, esperando que, pelo volume oferecido, as cotações recuem. Na semana passada o mercado deu esta pista. É coerente pensar assim, mas, em se tratando de um mercado nervoso ainda é cedo para afirmar que a tendência agora é de queda das cotações. Se isto acontecer, aí sim estaremos diante de uma nova bolha. A bolha das commodities.

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06 mai 2011

CASO ENCERRADO


SEM REFORMAS

Se, na cabeça de algum brasileiro, ainda existe a esperança de que ao menos uma das reformas que o Brasil pede e necessita, depois de tantos seminários, reuniões e discussões uma coisa já está decidida: caso o país esteja se afogando por falta de competitividade a ordem é deixar que morra, ao invés de admitir que uma bóia seja lançada como última tentativa de salvá-lo.

CARTAZ PENDURADO

Ora, como isto já está decidido, de forma pétrea, qualquer discussão a respeito tem o mesmo efeito do que falar com as paredes. Insistir no tema, ou nas reformas, está fazendo com que os mais insistentes sejam conhecidos como gente desmiolada, louca e insensata. Não demora deverão ser obrigados a carregar cartazes pendurados ao pescoço com dizeres: NÃO LEVE A SÉRIO O QUE DIGO. SOU DOENTE MENTAL. Podem crer.

REFORMA TRIBUTÁRIA

Entre as reformas mais urgentes (não todas as necessárias) estão a da Previdência, a Fiscal, a Tributária e a Trabalhista. Destas, a única que ainda poderia ter algum avanço (sem garantia de sucesso) seria a reforma Tributária. Graças, ainda assim, ao envolvimento de várias entidades empresariais interessadas no assunto.

SOCIEDADE PERDIDA

Como tudo esbarra no risco de uma perda de receita, os governantes não aceitam coisa alguma. Mais: fazem de tudo para abortar as ideias e propostas emanadas pela sociedade mais organizada. Que, por sinal, anda muito tímida e perdida nas suas reivindicações.Isto prova de forma clara e indiscutível que a carga tributária do país jamais sera reduzida. Digo isto sem qualquer exagero, gente.

RACIOCÍNIO

Aliás, caso alguém duvide, peço que acompanhe este simples raciocínio: se o orçamento, de qualquer esfera pública, viesse a apresentar alguma folga (coisa impossível) a vantagem fiscal obtida jamais promoveria a diminuição de um tributo. Os recursos economizados, como se sabe, seriam alocados, imediatamente para outras despesas, principalmente de pessoal.

SIMPLIFICAÇÃO TRIBUTÁRIA

A única possibilidade que ainda existe é a simplificação tributária. Ainda assim, para que as propostas venham a produzir algum êxito seria necessário assegurar aos governantes de que não haveria perda de arrecadação. Ótimo. Comecemos por aí. Já seria algum tipo de vitória, não é mesmo?

PROPOSTA FINAL

Mas, se a sociedade for um pouco arguta poderia impor, da mesma forma, o seguinte: caso a arrecadação venha a aumentar, fruto da simplificação tributária, que os recursos sejam devolvidos via redução de alíquotas. Assim a sociedade perderia menos. Que tal?

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05 mai 2011

PAPEL DE BOBO


BINGO!

O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do RS confirmou, ipsis literis, as minhas previsões iniciais. Confesso que gostaria muito que o mesmo funcionasse e fosse bastante útil para o RS. Mas, pela forma petista pela qual o Conselho foi constituído, com nítido propósito de cooptação dos escolhidos, tudo indicava que não poderia dar certo. Bingo!

EU ESTAVA CERTO

Quando o Conselhão (como ficou conhecido) foi anunciado, e seus membros começaram a ser escolhidos pelo governo do RS, mesmo que nunca tenha estudado a quiromancia, as minhas convicções me diziam que as pessoas portadoras de bom senso se sentiriam totalmente enganadas pelos espertos ideológicos.

NÃO DEU OUTRA

Não deu outra. Nestes quatro meses jamais os conselheiros foram chamados para discutir, apoiar e referendar os estudos elaborados pelos técnicos da Agenda 2020, que foram incansáveis nas exposições de situações que promoveram a destruição das contas publicas do RS. Problemas tão graves que nenhuma ideologia admite discordâncias.

PACOTARSO

Pois, em nenhum dos projetos que o governo encaminhou ao Legislativo, chamado de PACOTARSO, constam o aval do Conselho. Como eu já previa isto e, inclusive, escrevi a respeito, recebi criticas de vários conselheiros dizendo que no final eu acabaria mordendo a própria língua. Pois, para infelicidade do Estado do RS, quem está, e muito, desacreditado é o Conselhão.

FANTASIA

Hoje, vários deles, que antes batiam no peito, cheios de orgulho por terem sido escolhidos, ou pelo status que imaginavam ter conquistado, já se dizem vexados e arrependidos e bem convencidos que embarcaram numa fantasia, ou melhor, numa canoa furada.

PREVIDÊNCIA DO ESTADO

Entre os projetos que compõem o PACOTARSO destaco aquele que propõem mudanças na Previdência Social do Estado. O gasto mensal do governo do RS, só com os aposentados do setor publico já supera o gasto com o pessoal que está na ativa. Com um detalhe: todos os servidores aposentados exigem receber proventos integrais. Bem diferente do que acontece com os aposentados do INSS, que apesar de haver um teto já é altamente deficitário.

DEMOCRACIA?

Os gaúchos, e os brasileiros, não se cansam de dizer que vivemos em democracia. Então podem responder estas questões:1- Como o RS tem uma população de 11 milhões de habitantes e, destes, perto de 300 mil estão na folha de pagamentos do Estado, como é possível que a vontade de menos de 3% da população deve ser acatada? 2- É justo que 10.700 milhões de habitantes (diferença) sustentem aposentadorias do setor publico pelo salário integral, colocando em cheque as contas publicas? 3- Não seria justo e correto que as aposentadorias fossem regidas, exclusivamente, por contribuições proporcionais?O Conselho sabe disso e poderia ser chamado para lotar o Plenário da Assembléia para apoiar projetos com propostas desta ordem. Infelizmente não e isso que estamos vendo.O fato é que o Conselho não foi ouvido, a sociedade idem, e os servidores públicos estão se dizendo injustiçados com o projeto tímido enviado pelo governo ao Legislativo. É duro, não?Só falta agora alguém dizer que o gaúcho é solidário. Morro de rir. Para não chorar, obviamente.

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04 mai 2011

O OCASO BIN LADEN


NOTÍCIA POR BOM TEMPO

Pela façanha e, principalmente, em se tratando da eliminação do terrorista responsável pelo ataque de 11 de setembro, a morte de Bin Laden não vai sair tão cedo dos noticiários.

MOMENTO OPORTUNO

Os americanos, assim como o mundo todo, sabem que manter o caso na mídia é bom para os EUA e para quem aprecia a Justiça. Para tanto, as imagens do ataque e, principalmente, do corpo de Bin só serão liberadas em momento oportuno.

QUESTIONAMENTOS

Enquanto isso as especulações agitam quase todas as rodas de bate-papo. E, entre tantas dúvidas e questionamentos que muita gente está fazendo neste momento, as mais corriqueiras por ora são:

MAIS CORRIQUEIRAS

1- A operação aconteceu de fato? Bin Laden está realmente morto? 2- Isto tudo não passa de uma manobra para recuperar a imagem do presidente Barack Obama, que mira na vontade de se reeleger? 3- O descarte rápido do corpo de Bin Laden não sugere que tudo não passa de uma fraude?4- O que impediu de prender o terrorista para que tivesse direito a julgamento?

OPERAÇÃO IMPORTANTE

Pois, no meu ponto de vista, a operação é por demais importante e séria para não ser verdadeira. Como as circunstâncias da invasão ainda não foram esclarecidas, e tampouco foram disponibilizadas as imagens do ocorrido, qualquer resposta ás indagações acima peca por desinformação.

NA MEDIDA CERTA

O governo americano, muito interessado em manter o assunto por bastante tempo na mídia, está administrando tudo com muita inteligência. Na medida que a curiosidade das pessoas aumenta as provas do ataque com as explicações da operação deverão ser liberadas.

INFLAÇÃO A GALOPE

Ontem, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, jogou definitivamente a toalha na guerra contra a inflação. Ao ser entrevistado na Globo News, Tombini disse que a preocupação do governo é tentar colocar a inflação no centro da meta (4,5%) em 2012.Só que em 2012, o salário mínimo já tem assegurado um reajuste de, no mínimo, 12%. Como o Brasil é o país da indexação apostem todas as fichas na inflação. Ela vai ganhar de cola em pé.

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03 mai 2011

A CRUA REALIDADE


INICIATIVA PRIVADA

A economia brasileira, aquela que realmente faz os produtos e presta serviços (leia-se aí a iniciativa privada, e mesmo assim com exceção dos mercantilistas sempre muito irresponsáveis), fez o máximo possível para apresentar um bom crescimento por algum tempo.

PARÊNTESES

Vai um parêntese: mercantilistas são, resumidamente, aqueles que: riem de todas as piadas e brincadeiras feitas por governantes e/ou políticos em geral; aplaudem todos os discursos proferidos por autoridades; adoram ser cooptados desde que obtenham vantagens ou qualquer tipo de subsídios para suas operações; e outras coisas mais...

CANSAÇO

Levando em conta que o setor público vem sendo tocado por governos altamente populistas, cuja norma é colocar grandes obstáculos no caminho do desenvolvimento, a economia já dá demonstrações de cansaço. Diante de tantos desmandos ela já se mostra cambaleante.

PERFIS

Sem dar a mínima pelota para a lógica que rege a boa governança, a boa administração, o governo, a cada dia que passa vai povoando as instituições públicas com o que existe de pior.Ou seja, quem não é incompetente tecnicamente, deve ser imoral nas atitudes. Ou, na maioria das vezes, ambos os perfis precisam estar presentes, infelizmente.

MISTURA PODRE

Ora, com esta mistura podre e explosiva, onde quem não presta ou rouba descaradamente ganha o direito de ocupar cargos importantes e participar das decisões de governo, o resultado só poderia ser este que estamos assistindo. Sem surpresas, portanto.

ATIVIDADES CARAS

Mergulhado em despesas absurdas e crescentes, as contas do país encarecem de forma incompreensível e exagerada em todas as atividades. Públicas e privadas. E como a farra precisa ser sustentada, nem a atual carga tributária, altíssima, está conseguindo dar conta do recado.

CONCLUSÃO ACACIANA

O alto déficit público e os índices da nossa bolsa de valores, aliás, provam que o quadro é complicado. Confirmam, de todas as formas, que esta minha conclusão é mais do que acaciana. Em números e letras. Detalhe: não aceitem, em hipótese alguma, por exemplo, que a revista Veja seja considerada como um meio de comunicação pessimista. Ela não faz jornalismo pobre, negativo, olhando para baixo, gente. Ela só informa, de forma transparente o que realmente acontece no nosso pobre País. Se você tiver estômago e nervos bem controlados sugiro a leitura da edição desta semana da Veja. Não vai ficar nada surpreso, certamente, mas vai entender o que se passa. De forma incontestável. Boa leitura.

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02 mai 2011

O BRASIL ESTÁ MAIS DOENTE


PNEUMONIA LEVE

Ao antecipar um check-up que já estava programado para o meio desta semana, motivado por uma gripe, a presidenta Dilma acabou sendo informada pelos médicos que está com pneumonia leve. E, como tal, a notícia foi parar, obviamente, nas manchetes de todos os jornais.

TRATAMENTO ADEQUADO

Como esta leve pneumonia que atingiu a presidenta Dilma será tratada de forma competente pelos médicos que a acompanham, a sua recuperação deverá ser breve. O que, de antemão, todos nós queremos e desejamos, certamente.

TUMORES MALIGNOS

O interessante, ou curioso, é que o Brasil também está doente. Há muito tempo. E os males, que não são nada leves, não são devidamente informados pela mídia. Ao contrário: estimulada pelos governantes não revelam adequadamente as radiografias que mostram os inúmeros tumores (malignos) espalhados pelo corpo do país.

DILACERAÇÃO DOS TECIDOS

É tão notório o inchaço da Nação que, a olho nu é possível observar a contínua deformação do já quase cadáver. Tanto a face quanto tronco e membros do pobre país escancaram o estrago promovido pelos gastos públicos. O efeito dessa gastança absurda é idêntico ao mal que as drogas pesadas provocam: a dilaceração total de todos os tecidos.

ANESTÉSICOS

Para manter a Nação viva, embora respirando com grande dificuldade, o governo, irresponsável, vem usando dois velhos remédios, em doses cada vez mais cavalares: a carga tributária e a taxa de juros. Sem possibilidade de promover a cura funcionam como meros e insuficientes anestésicos.

CIRURGIAS

É sabido, pelo diagnóstico feito por todas as juntas médicas consultadas, que o país só tem chances de sair dessa situação caso passe por profundas cirurgias, para a extração dos tumores.

NA LONA

Como o caso é sério, caso não sejam extirpados os tecidos apodrecidos imediatamente, as consequências são absolutamente previsíveis e conhecidas: os contribuintes/consumidores, que não param de doar sangue, suor e lágrimas ao paciente, acabarão morrendo por inanição. Enquanto a presidenta Dilma será tratada, e curada, o país, infelizmente, está indo à lona por falta de interesse do governo que se recusa a autorizar as necessárias cirurgias. Pode?

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