DIFERENÇA BÁSICA
Enquanto o Bloco Europeu (UE) luta de todas as formas para que os países membros voltem a crescer, o Bloco latino, cujo nome é MERCOSUL, de forma irritante e insistente continua mentindo ao dizer que pratica um Mercado Comum.COMERCIAL E MERCADO
Ora, ora, gente, com toda a franqueza me ajude: o que faz brasileiros, argentinos, uruguaios e paraguaios acreditarem que o Mercosul existe de fato? Será que não percebem que de COMERCIAL nada existe, e de MERCADO muito menos?MERCADO DE BARREIRAS
Convenhamos: as atitudes que vem sendo tomadas somente por dois sócios-membros, Brasil e Argentina, que têm maior poder de fogo no nati-morto projeto Mercosul, o que ambos só construíram até hoje, verdadeiramente, foram barreiras comerciais.TUDO FECHADO
Você já ouviu falar da existência de algum mercado que se declara comum, tratar de impedir que aconteçam importações recíprocas? Pois, o Mercosul é só impasses, dificuldades, pressões e proibições.Isto significa, simplesmente, que, enquanto na Argentina não entram pneus, baterias, calçados, chocolates e produtos da linha branca, no Brasil não entram automóveis. Que tal?DOENÇAS COMUNS
Agora o mais curioso: os embaixadores de ambos os países, a cada reunião que fazem para discutir as doenças crônicas comuns, só sabem dizer que os encontros foram muito produtivos e há boa vontade dos dois lados (?). Como assim?SEM LICENÇA
Se alguma intenção para fazer negócios ainda existisse, como se explica a decisão tomada pela Argentina (leia-se presidente Cristina Kirchner), no início deste ano, de aumentar de 400 para 600 o número de itens que deixaram de ter licença automática de importação, prejudicando exportadores brasileiros?AMOR E ÓDIO
Vamos deixar bem claro uma coisa: assim como a Argentina adota uma postura estupidamente nacionalista, o Brasil, que já conseguiu experimentar uma matriz globalizante, por opção petista voltou a sofrer do mesmo mal, com Dilma à frente do Executivo.Ambos os países, com esta postura, dizem o quanto amam o protecionismo. Por consequência dizem o quanto odeiam o livre mercado.TRATADO DE MAASTRICH
Se a Grécia foi o primeiro país da zona do Euro que mostrou não ter as mínimas condições para ser sócio do clube, outros, mais antigos, também enfrentam a mesma dificuldade, qual seja de não conseguir cumprir a principal regra definida pelo Tratado de Maastrich.PEPINOS
Na realidade, todos os países considerados problemáticos financeiramente, na União Européia eram vistos como países com características de terceiro mundo. Portanto, ninguém está surpreso com o fato de Portugal, Irlanda, Grécia, Espanha, que formam um sub-bloco chamado PIGS, estarem com a horta cheia de pepinos.DÉFICIT TOLERADO
No início, pelo compromisso firmado pelos governos dos países que formam hoje o tal PIGS, o Banco Central Europeu até acreditou que todos iriam cumprir a regra que tolera um déficit público em, no máximo 3%.CULTURA
Ora, quem conhece um pouco da cultura e os costumes de alguns povos sabe o quanto é difícil uma mudança de comportamento quando a convicção não é assimilada. Neste particular, nós brasileiros podemos falar de cátedra, como grandes mestres.BÉLGICA
Pois, para surpresa de muita gente, os respingos desses mesmos problemas chegaram à Bélgica. Mesmo que a administração fiscal daquele país seja considerada sólida, ainda assim a agência de classificação de risco, Fitch Ratings, revisou a nota para uma perspectiva negativa. Francamente não sei onde vão colocar a letra B na sigla do PIGS para que a Bélgica possa ser identificada como país com complicações à vista.EXPLICAÇÃO
A Fitch, entretanto, esclareceu que sem um acordo político sobre a reforma constitucional será difícil a Bélgica atingir um orçamento equilibrado, como previsto no Programa de Estabilidade. Isso exigiria superávit orçamentário nas categorias menores do governo e/ou reformas previdenciárias significantes. Como uma redução sustentável da dívida exige reformas fiscais, assim como disciplina fiscal nos próximos anos, isto depende de um novo governo com um novo mandato, que precisa atacar o problema.ZONA DO EURO
Bem, o fato é que o número de países europeus com problemas financeiros de curto, médio e longo prazo está crescendo. E quem está com a maior dor de cabeça é a Alemanha, a França e a Inglaterra, principalmente. Se fosse possível cair fora da Zona do Euro, esta iniciativa já teria sido tomada.ORGANISMO FRÁGIL
Ninguém mais tem dúvida de que a saúde da presidenta Dilma Roussef está muito precária. Mesmo que o povo tenha sido informado que a Chefe da Nação está com pneumonia, o fato é que seu organismo está demasiadamente frágil.DIFÍCIL LOCOMOÇÃO
Diante do sério problema, o cumprimento da agenda governamental está bastante comprometido e difícil. Impedida de se locomover conforme exige o cargo, grande parte das ações governamentais estão sendo proteladas. Resultado: os problemas se avolumando.DESCONFIANÇA
Com a marcha da administração em ritmo muito lento, os demais Poderes fazem o mesmo: andam na mesma marcha. Assim, os nervos dos agentes políticos e econômicos vão reagindo no sentido da desconfiança.INGREDIENTES EXPLOSIVOS
Pois, como se a doença já não fosse suficiente para deixar muita gente preocupada, outros ingredientes explosivos foram anexados à vida do governo e, consequentemente, dos agentes: o rumoroso caso Palocci, a aceleração da inflação e as enlouquecidas despesas do governo.OBRA DA CULINÁRIA
Pronto. O cheiro do enorme prato que está para ser servido, além de um cheiro insuportável, tem um péssimo aspecto. Há quem diga que o nome desta obra da nossa culinária é HERANÇA MALDITA. Será maldade? Que tal?TUDO BEM
Não vai faltar, certamente, quem afirme que tudo que está escrito aí acima é fruto exclusivo da minha imaginação. Maldosa, obviamente. Paciência. Como o amor é cego há quem prefira acreditar que tudo está bem.INADIMPLÊNCIA
Enquanto o cenário vai ficando cada dia mais nebuloso em Brasília, no RS a quantidade de gaúchos com contas a pagar continua em alta. A inadimplência, por exemplo, subiu 17% em maio, atingindo 80% das famílias. Quem chegou a esta conclusão foi a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência das famílias gaúchas, calculada pela Confederação Nacional do Comércio.ECONOMIA PARA AS GAVETAS
Todas as entidades empresariais do país dispõem de áreas de economia. E todas elas contam com profissionais contratados para fazer estudos e análises, através de dados fornecidos pelo mercado, para melhor assessorar e informar suas diretorias e associados.A SETE CHAVES
Tomando por exemplo o caso da FIERGS é lamentável que a maioria dos estudos e levantamentos efetuados pelos economistas da casa é guardado a sete chaves. Nem os próprios associados conhecem, minimamente, o que é produzido e quais as tendências e oportunidades para fazer negócios.Já os comunicadores gaúchos só são convidados para receberem alguma informação no mês de dezembro, por ocasião do almoço de final de ano. Momento, aliás, reservado exclusivamente para confraternização e abraços.SEM INFORMAÇÃO
Ora, se aqueles que sustentam as entidades não são devidamente informados sobre as questões econômicas, o que se pode dizer da imprensa, que nunca é chamada para saber o que pensam os economistas e quais as interpretações dos estudos por eles produzidos.EQUÍVOCO
Isto explica os equívocos cometidos por grande parte da mídia, quanto ao desempenho da economia. Tanto regional quanto nacional e internacional. Portanto, não tem sentido quando uma ou outra entidade reclama das interpretações equivocadas de parte de vários comunicadores.CULPA
A culpa de qualquer má informação ou interpretação, portanto, cabe, exclusivamente às entidades, que não se preocupam com a transparência necessária sobre os estudos e trabalhos desenvolvidos pela equipe econômica.COMUNICAÇÃO
Ainda usando o exemplo da FIERGS, mas que poderia ser estendido à outras entidades, espero que o novo presidente recém eleito, Heitor Muller, se dê conta desta absurda falha na comunicação. Afinal, quanto mais a mídia é mal informada, mais confusão é semeada. E menos o público é esclarecido.CUSTO/BENEFÍCIO
Uma coisa é indiscutível: caso os economistas das entidades fossem mais liberados para poderem expressar, publicamente, o que dizem seus estudos e análises, particularmente com explanações aos políticos e governantes, muitos projetos poderiam receber um outro tratamento. A relação custo/benefício das propostas falaria mais alto.CONCURSO
Se levarmos ao pé da letra o enorme interesse mostrado por um número expressivo de brasileiros, de prestar concurso para carteiro, podemos dizer, tranquilamente, que aí está a vocação do nosso povo.TESTES VOCACIONAIS
O que fazem os profissionais da psicologia e de recursos humanos, que até agora não tinham se dado conta disto? Diante do magnífico interesse mostrado pelo povo para entregar cartas, fica evidente o quanto estão falhando na leitura dos testes vocacionais aplicados.VAGAS PARA CARTEIRO
Bem, uma vez desvendado o fato, resta ao Brasil, mais do que nunca, criar o maior número possível de vagas para carteiro. Assim deixamos de lado a preocupação com empregos no Brasil. Também não precisamos lamentar que a nossa mão de obra não é suficientemente qualificada. Que tal?VOCAÇÃO NATA
Afinal, se os brasileiros, como se vê, já nasceram com a clara vocação para entregar cartas, o que mais precisamos agora é incentivar a criação de empresas que operem com entregas de documentos e objetos em geral. Pronto.DELIVERY
Quem sabe, depois desta importante descoberta, o governo trate, urgentemente, de acabar o monopólio dos Correios? Se as autoridades fizerem a leitura correta do fenômeno, o futuro do Brasil está no DELIVERY. Não é maravilhoso?FIERGS
Mudando de assunto, gente, não posso deixar de cumprimentar o novo presidente da FIERGS, Heitor Muller. Diferente de seu antecessor, o líder empresarial eleito anteontem, já foi dizendo que o RS, antes de ficar com esse blá, blá, blá pelo fim da guerra (?) fiscal é preciso que entre nela pra valer. Só assim o RS pode ser mais competitivo. Parabéns, Heitor. Gostei.APATIA
O atual presidente, que Heitor substituirá em julho, infelizmente não mostrou pulso para reivindicar o que é necessário para atrair investimentos para o RS. Mais: mostrou apatia quando o salário mínimo gaúcho ainda tramitava na Assembléia, cujo valor aprovado é a maior causa para a debandada de empresas do RS.PALOCCI
Muitos brasileiros, liderados pela mídia, depois que tomaram conhecimento de que o ministro Antonio Palocci adquiriu um imóvel de alto valor, querem saber, tim tim por tim tim como ele conseguiu tanto dinheiro em tão pouco tempo.FALCATRUAS
Na realidade, esta atitude não passa de um ato de pura bisbilhotice. Nada mais. Até porque, durante o longo mandato do ex-presidente Lula, período em que foram escancaradas as maiores falcatruas até então nunca vistas neste país, todas as inconformidades resultaram em coisa alguma.PRAZER PELA INDIGNAÇÃO
Sem medo de errar, o que o povo brasileiro adora é ficar indignado. Como não sabe o que fazer com o sentimento de revolta adquirido, tudo fica por isso mesmo. Já os facínoras, que há muito tempo sabem que esta atitude covarde domina o ambiente, por mandarem nas instituições, fazem a festa sem qualquer receio.LEGAL
Tudo indica que Palocci ganhou dinheiro da forma mais legal possível. Legal, antes de tudo, significa que impostos foram pagos de acordo como manda a lei. Se de fato isto aconteceu não há o que reclamar. Afinal, o ex-presidente Lula não está ganhando muito dinheiro proferindo palestras? De forma absolutamente legal. Não é aí, portanto, que está o problema.PRIVACIDADE
De novo: a única coisa que está sujeita a uma apuração neste momento é se Palocci, assim como qualquer cidadão brasileiro, prestou contas dos rendimento obtidos junto à Receita. Nada mais. Saber quem pagou as faturas que a sua empresa de consultoria emitiu é mais do que bisbilhotice: é invasão de privacidade. E isto não tem abrigo na lei.INSTITUIÇÕES MINADAS
Portanto, enquanto inexistir um plano concreto para transformar estas e outras indignações em coisa realmente efetiva, com resultado prático, não vamos a lugar nenhum. Afinal, não há dúvidas de que todas as instituições públicas já estão minadas, onde as corporações mandam no Brasil.BOQUINHA
Depois que as corporações simplesmente se adonaram de tudo aquilo que deveria ser público, o que mais querem é impedir que as privatizações avancem nas áreas em que o governo não sabe administrar e/ou não tem recursos. Tudo para não perderem a boquinha.