MÊS DA FRUSTRAÇÃO?
O mês de agosto, que já é bastante conhecido como Mês do Desgosto, a partir deste ano pode ganhar mais um adjetivo: pode ficar bem mais conhecido, no nosso país, como o Mês da Frustração.
ESCÂNDALO DO MENSALÃO
Estou me referindo, obviamente, ao tão esperado julgamento do ESCÂNDALO DO MENSALÃO, pelo STF, que a partir de hoje começa a decidir o destino dos 38 réus acusados de integrar tanto o esquema de desvio de dinheiro púbico quanto a compra de apoio parlamentar pelo Executivo (leia-se governo Lula).
JUSTIÇA PREJUDICADA
Pois, o meu sentimento de frustração começa pelo tempo que levou para ser julgado aquele que é, indiscutivelmente, o maior crime de CORRUPÇÃO do Brasil. Só pelos sete anos decorridos já evidencia que os acusados foram muito beneficiados.
MAIS DE R$ 100 MILHÕES
Mais: mesmo que o STF considere que todos são culpados, o que é praticamente impossível e/ou improvável, o dinheiro desviado, cujo valor está estimado em mais de R$ 100 milhões, jamais será devolvido aos cofres públicos.
MINISTROS NOMEADOS POR LULA
Respeito, obviamente, todos os pontos de vista daqueles que apostam que, desta vez, será feita a tão reclamada Justiça. Ainda assim ninguém pode esquecer que a maioria dos ministros que vão julgar os corruptos foram nomeados pelo presidente Lula. Um deles, para desespero de quem tem ânsia por justiça, até já advogou em defesa de mensaleiros. Pode?
DECISÕES TÉCNICAS OU POLÍTICAS?
É certo que vamos ouvir dos ministros do STF, que o julgamento vai ser técnico e não político. OK. Sendo assim, porque não são escolhidos por critérios técnicos? Ora, só pelo fato de serem nomeados pelo presidente, o povo tem tudo para supor que muitas decisões são, realmente, políticas.
SANTOS DO STF
Bem, o fato é que hoje começa o julgamento do bando. Gostaria de saber como estão reagindo os otimistas. Se estiverem certos de que Lula e seus aliados são honestos, certamente já deve ter começado a rezar, pedindo que todos os envolvidos sejam absolvidos. Ou, quem sabe, estão confiando nos Santos do STF, começando pelo distinto ministro Tofoli.