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26 jul 2012

OS BALANÇOS E A REALIDADE ECONÔMICA


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SEM SURPRESA
Creio que todos aqueles que acompanham os noticiários econômicos, não podem dizer que estão surpresos com os números revelados nos balanços das empresas brasileiras de capital aberto, referente ao segundo trimestre de 2012.
DEMANDA E CUSTOS
A grande maioria das empresas, como se vê, mostra que na comparação com o mesmo período de 2011, houve uma redução dos lucros. Se, para algumas, os balanços identificam que a demanda pelos produtos ofertados ficou menor, para praticamente todas está bem claro que os custos aumentaram. Isto, no mercado interno.
ABANDONO
Já as empresas que lidam com o mercado externo, o quadro apresentado neste semestre é ainda menos alvissareira. Para que tenham ideia do desempenho do setor, observem que desde 2005 não se via um número tão reduzido de empresas exportadoras. Após 2007 (considerado o auge), este número não parou de cair. Só neste ano, mais de 350 empresas abandonaram o mercado externo.
ÂNGULO DA CRENÇA
Ora, diante desta pura e clara realidade já é possível entender que o desempenho da economia brasileira para este ano não tem como ser animador. Nem para os mais otimistas, que sempre preferem olhar pelo ângulo da lua, da crença, dos búzios, das cartas e da fantasia em geral.
DUAS MEDIDAS
Antes que alguém pergunte se o governo sabia de tudo isto que está sendo colhido, me antecipo com a resposta: tanto sabia que tratou de incentivar o consumo através de duas MEDIDAS principais: 1- incentivos fiscais temporários; e, 2- abundante oferta de crédito.
DIAGNÓSTICO
Pois, como já é notório, tais medidas não são capazes de animar a economia por muito tempo. O Ponto Crítico e os demais Pensadores (do Grupo PENSAR!), como pode ser constatado clicando em ARTIGOS ANTERIORES (na home page do site: www.pontocritico.com) tem sido repetitivos no diagnóstico: o problema, que o governo recusa atacar é um só: o CUSTO BRASIL.
ABANDONAR AS DROGAS
Volto a repetir: o tratamento e a cura do potente CUSTO BRASIL, como todos os meios científicos já deixaram bem claro, dependem de precisos processos cirúrgicos. Mesmo com o uso de anestésicos, já se sabe que o procedimento é doloroso.Se fazem necessárias, com urgência, várias AMPUTAÇÕES. De vários órgãos. Todos tomados por um terrível câncer que corroi as contas públicas. Em compensação, também é sabido, depois dos cortes o paciente passa a ter uma vida muito saudável. Nunca mais precisará tomar essas drogas (chamadas de incentivos) paliativas, que o governo não para de injetar no corpo frágil da economia brasileira. Cuja reação é pífia, não?