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10 jun 2011

A CAMINHO DA VINEXPO 2011


FEIRAS

Nesses mais de vinte anos que atuo na área da comunicação são incontáveis as minhas participações em feiras nacionais e internacionais. Mesmo que os segmentos tenham sido muito variados, as feiras de alimentação foram em número bem maior.

VINITALY

Nos eventos internacionais, entre tantas que me deram grande prazer, além de me proporcionar bons ensinamentos, destaco a Vinitaly. O motivo? Simples, gente: trata-se de uma enorme feira de vinhos, que acontece anualmente em Verona, Itália. Para quem aprecia vinhos está justificado, não?

VINEXPO

Pois, com essa mesma expectativa, de 19 a 23 de junho estarei em Bordeaux, França, participando da VINEXPO ? Le Salon International Du Vin et des Spiritueux -, considerada a maior feira de vinhos do mundo. Como o vinho é uma bebida fascinante tenho certeza que os leitores/assinantes do Ponto Crítico vão querer receber o máximo de informações.Segundo nota dos organizadores, a Vinexpo é uma feira destinada, exclusivamente, a profissionais do vinho e bebidas espirituosas, assim como às atividades associadas (refeições, duty free, etc.) e jornalistas.

VÔO DA TAP

Como o universo de apreciadores do bom vinho aumenta a cada ano, já imagino o quanto deixa muitos leitores com água na boca. Assim, o melhor que posso fazer é tentar ser completo nos comentários. Para poder participar do vôo inaugural da TAP, neste domingo, 12 (dia dos namorados), que liga Porto Alegre-Lisboa direto, sem escalas, chego na Europa uma semana antes do início da Vinexpo.

SACRIFÍCIO

Este -sacrifício- se justifica porque os gaúchos, mais do que sabido, são muito penalizados nas viagens que fazem a Europa e EUA (destinos mais procurados). Sim, porque precisam trocar de aeronave em São Paulo ou Rio para chegar ao destino escolhido.

ESCALA-MARTÍRIO

Esta escala-martírio, só para esclarecer àqueles que não vivem no RS, nunca acontece em prazo inferior a 3 horas, chegando muitas vezes a 6 ou 7 horas. E, no retorno, o inferno volta a se repetir.

PROVINCIANISMO

Portanto, antes de escrever sobre a Vinexpo, além daquilo que acontece no nosso país e do que vejo em Lisboa, Paris e Bordeaux, não posso deixar escapar o sentimento dos passageiros pela existência de um vôo direto Porto Alegre/ Lisboa. Sei que isto é muito provinciano, mas o nosso país gosta de provincianismo, não?Ah, de antemão já rezo para que esta facilidade oferecida pela TAP aos gaúchos seja mantida por todo o sempre. E copiada por outras companhias aéreas. Amém.

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09 jun 2011

CASA DO ASSISTENCIALISMO?


CRÉDITO

A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, ainda é pouco conhecida. Porém, tecnicamente, pelo que consta na sua ficha laboral e acadêmica, boa parte da mídia está lhe dando algum crédito.

CAUSA/EFEITO

Entretanto, pela importância que adquiriu nos últimos governos, a Casa Civil exige, além de bom conhecimento técnico, uma necessária competência política.Principalmente, porque precisa convencer deputados e senadores, notadamente portadores de baixo conhecimento da relação causa/efeito, sobre os projetos propostos pelo Executivo. Aí, portanto, só o tempo dirá se ministra tem topete para o cargo.

DONAS DE CASA

Por enquanto o que se sabe a respeito de Gleisi Hoffmann é que, na sua ainda curta jornada na política, a ministra se tornou conhecida por defender a aposentadoria das DONAS DE CASA. Imagino que Gleisi esteja se referindo às pessoas, de qualquer sexo, que administram suas residências, cujas tarefas compreendam os AFAZERES DOMÉSTICOS. AFAZERES DO LAR.

APOSENTADORIA

Ora, no meu entender, todos aqueles que cuidam dos seus (próprios) afazeres caseiros, sem fazer disso uma profissão, sempre tiveram direito à se jubilar. Basta que, para tanto, tenham contribuído para a Previdência Social ou para um Fundo de Aposentadoria à sua escolha. Pronto.

CARREIRA ENCERRADA?

Mesmo assim é difícil admitir, para casos assim, o uso do termo aposentadoria. Afinal, alguém vai deixar de continuar fazendo seus afazeres domésticos só porque se aposentou, ou passou a receber proventos de aposentadoria? Esta carreira estaria encerrada?

A CONTA PARA O INSS

Se não for como está posto aí acima, coisa que não precisaria de projeto algum, aí, pelo que estou entendendo, a ministra estaria querendo jogar a conta DONAS DE CASA para a Previdência (INSS). Da mesma forma como aconteceu com os trabalhadores rurais que acabaram sendo agraciados, a partir da Constituição de 1988.

CAPACIDADE COMPROMETIDA

Se a idéia que a ministra Gleisi Hoffmann defende é esta, a sua decantada capacidade técnica já fica comprometida. Comprometida pelo equívoco político, manchado com a tinta indelével do populismo, do assistencialismo.

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08 jun 2011

PASSANDO A RÉGUA


VOLTANDO ÀS ORIGENS

O Estado brasileiro, a exemplo de qualquer outro, deveria existir, ser constituído, para oferecer, basicamente: 1- uma educação capaz de qualificar os cidadãos;2- programas que consigam melhorar sistematicamente a saúde pública; e, 3- segurança capaz de inibir os infratores através de punições exemplares definidas por um Poder Judiciário competente e preocupado.

FOLHA DE PESSOAL

Pois, para desespero da sociedade, o Estado Brasileiro, salvo raríssimas exceções, não passa de um fantástico pagador (e mau administrador) de uma colossal folha de pessoal.

PRIVILÉGIOS

Como se isto não bastasse, o número de servidores públicos, cuja diferença na comparação com o restante da sociedade está na superioridade que conquistaram, por leis, através de fantásticos privilégios ao longo do tempo, é sempre crescente. Mesmo que não respondam com boa atuação.

QUALIDADE NULA

Assim, os nossos governantes gastam a maior parte dos seus mandatos tentando administrar a folha de pessoal que inclui ativos e inativos. Diante do problema monstruoso e injusto, o foco, que deveria estar concentrado na boa realização das tarefas para as quais o Estado foi constituído, fica perdido. Resultado: a qualidade dos serviços é nula ou insuficiente.

CUSTO

Uma vez que os serviços públicos (educação, saúde e segurança com justiça)- não conseguem ser prestados nem em quantidade necessária nem em qualidade mínima exigida (apesar do espantoso número de servidores), a única coisa que sobra para a sociedade é o custo disso tudo.

SEM CONTRAPARTIDA

Ora, diante da inexistência da contrapartida, do gozo do benefício da coisa comprada e paga, a sociedade, que não pode ficar sem educação, saúde e segurança, não tem outra saída senão bater na porta da iniciativa privada, pagando novamente.

IGUALDADE E JUSTIÇA

O curioso é que o governo, tomado por um ciúme doentio e por forte inveja, ao invés de efetivamente prestar os serviços para os quais cobra compulsoriamente, prefere se concentrar na fixação de regras para estabelecer como a iniciativa privada deve se comportar.Ora, se o governo ficasse restrito aos atos de regramento e fiscalização das atividades que já são executadas pela iniciativa privada, as despesas de governo seriam infinitamente menores. A consequência disso? Ora, uma carga tributária seria infinitamente menor. E, ao dispensar os servidores e encerrando as atividades pelas quais cobra da sociedade sem executar, o custo da folha de pessoal seria menor. Muito menor. E os privilégios acabariam imediatamente. Isto, por si só, torna a sociedade mais igual. E mais justa, obviamente.

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07 jun 2011

QUEM EMPREGA É SETOR SERVIÇOS


EQUIVOCADO

O presidente da FIESP, Paulo Skaf, não é de hoje, é um sujeito muito confuso. O líder empresarial é daqueles pobres empresários que ainda creem que só a indústria gera emprego.Pelo que Skaf afirma em cada entrevista que concede, esse seu convencimento, totalmente equivocado, vale para o Brasil e para o mundo todo.

EXPORTA EMPREGOS (?)

Na semana passada ao ser perguntado sobre o crescimento do PIB trimestral (1,3%) e a projeção para o ano todo (4%) Skaf repetiu, pela enésima vez, que quanto mais o Brasil importa produtos manufaturados, mais exporta empregos.

VERDADE PELA REPETIÇÃO

Francamente, gente, não lembro de qual primeira boca saiu esta grande asneira. Só sei que ela continua sendo repetida pelos espertos mercantilistas, a ponto de imaginarem que basta repetir a besteira para fazer dela uma verdade.

A INDÚSTRIA EMPREGA MENOS

Se ninguém contestar a afirmação, de nada adianta explicar que a indústria é hoje o setor que menos emprega, face ao avanço cada vez maior da tecnologia e da robótica. E pouco resolve dizer que o setor de serviços é aquele que mais contrata, porque aí a mão de obra é cada vez mais necessária.

IMPORTAÇÕES

Vejam, por exemplo, o que acontece com a importação de veículos: por ser muito robotizada, não é a indústria a grande geradora de empregos. Já as manutenções e consertos dos veículos, que não têm como serem importadas, dependem muito de mão de obra. Portanto, quanto mais importações, mais pessoas são necessárias para garantir o bem estar dos consumidores.

SUBPRODUTO

O curioso é que o presidente da FIESP, com a sua cabeça confusa, continua convencido de que o maior problema brasileiro está no câmbio. O segundo está na taxa de juros. Ora, ora, senhor Skaf, os reais e grandes problemas do país estão concentrados na elevada carga fiscal e na incapacidade de cortar despesas de governo. O resto é subproduto dos absurdos que assolam o nosso país.

MERCADO SENSATO

A Bolsa de Valores de Lima, assim como os títulos da dívida peruana, simplesmente despencaram depois que as urnas confirmaram a vitória do comunista/bolivariano Ollanta Humala para presidente. A leitura que o mercado fez, imediatamente, é de que Humala, por tudo que já fez e disse, fará enormes intervenções na economia do Peru. Alguém duvida?

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06 jun 2011

ESTADOS MAIS SUBDESENVOLVIDOS


FECOMÉRCIO FELIZ

Pelo que informa a nota expedida pela Fecomércio/RS, na semana passada, a diretoria da entidade ficou feliz com a decisão do STF, que decretou a ilegalidade da guerra fiscal entre os Estados. Segundo a Fecomércio/RS foi um passo decisivo para o fim da guerra fiscal no Brasil.

O QUE DIZ O STF

De acordo com o presidente do STF, Cezar Peluso, os incentivos só podem ser oficializados depois de acordo entre os Estados e o Distrito Federal, o que não ocorre. Além disso, a prática fere o princípio federativo de igualdade de tributação.

ÚNICO RECURSO

Pois é, gente. Com os olhos vendados (como sempre), os políticos e empresários insistem, equivocadamente, em chamar de guerra fiscal os incentivos fiscais que cada Estado oferece para tentar atrair investimentos. Ora, fora a importante questão logística, digam aí: - Que outro recurso os governadores dispõem para atrair novos investimentos para seus Estados?

E A INFRA-ESTRUTURA?

Vejam bem: se nada for oferecido, que motivo levará uma ou mais indústrias a se instalar em Estados mais pobres e sem qualquer apelo logístico e sem capacidade de consumo? Ora, uma vez impedida a concessão de incentivos fiscais, que tipo de vantagem pode compensar a precária infra-estrutura que reina, de forma impressionante, em quase todos os Estados da Federação?

MARASMO

Portanto, uma coisa é absolutamente certa: sem poder conceder incentivo fiscal muitos Estados e milhares de municípios estarão condenados ao marasmo. Mais: se for levado em conta que os governos Lula e Dilma resolveram ressuscitar a velha e estúpida matriz Nacional Desenvolvimentista, mais conhecida como NACIONALISTA, a indústria que quiser se instalar no Brasil não tem como ficar longe de São Paulo. O RS, para quem ainda não sabe, também sairá muito prejudicado. Será que a Fecomércio está ciente disso?

MELHOR PARA PALOCCI

Caso o ministro Palocci deixe a Casa Civil, o que é bastante provável independente de vir a ser demitido ou se demitir, quem vai ganhar muito com isso, financeiramente, é ele próprio. Sim, porque poderá voltar às consultorias e com isso ganhar muito dinheiro.

SEM PALOCCI VAI PIORAR

Fiquem atentos: se Palocci permanecer no cargo a situação não melhora, sem ele piora muito. Como é só o Palocci e não o governo Dilma que está sendo pressionado para cair fora, o que vem por aí não é nada bom.Palocci, mesmo com todos os defeitos é melhor, mas muito melhor do que qualquer outro que venha a lhe substituir. Esperem para ver. E assistir.

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03 jun 2011

ESPORTE OU ENTRETENIMENTO?


ENGANO

Enganam-se aqueles que vêem o futebol, vôlei, basquete e tênis, para ficar só com essas modalidades, como esporte. Na realidade, como atividades competitivas que exigem pagamento de ingressos, faz com que sejam consideradas entretenimentos, espetáculos.

GARIS

Esportes pressupõem a realização de exercícios como educação física. Portanto, caso as atividades profissionais acima sejam consideradas esportivas, o trabalho realizado diariamente pelos garis, por exemplo, deveria entrar na mesma categoria.

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL

Partindo deste pressuposto, a Copa do Mundo, que antes de tudo é uma competição internacional, deve ser vista como um espetáculo. E como tal deveria constar como entretenimento. Assim como eram consideradas as lutas entre os gladiadores. A diferença aí está no fato de que o perdedor não é sacrificado com a morte. Embora muitos torcedores assim o desejassem.

ESTÁDIOS

Dito isto vamos ao que realmente interessa: o que mais chama a atenção na preparação de uma Copa do Mundo de Futebol, o mega-espetáculo da bola é, indiscutivelmente, o gasto que o país sede tem com a construção de estádios.

GASTOS ABSURDOS

Além de quantias absurdas que estão sendo gastas, que são comentadas praticamente todos os dias, onde o Estado entra com a maior parte (dinheiro dos contribuintes), o tempo de uso pleno das arenas edificadas se restringe a um curto período de 30 dias, prazo de duração da competição.

COPA DE EDUCAÇÃO

Infelizmente, jamais haveria espaço ou interesse para a realização de uma Copa do Mundo de Educação por aqui. Aí, onde a jornada é longa, as instalações podem ser utilizadas em três turnos, e estrutura seria dotada de grande modernidade tecnológica, a preocupação é simplesmente nula.

PATROCÍNIOS

Já imaginaram o que aconteceria caso o governo e grandes construtoras resolvessem bancar a construção de inúmeras escolas, em todas as partes do país, com o mesmos olhos com que se preocupam com a construção de estádios? Idem de postos de saúde e hospitais? Patrocínios para realização de campeonatos de futebol, vôlei, basquete, tênis, golfe, etc., são fartos. A maioria bancada por empresas públicas (estatais). E todos com verbas polpudas que proporcionam ganhos fantásticos às emissoras de rádio e televisão. O pior é que embora o gasto seja absurdo, os aficionados torcedores mal sabem alguma coisa sobre as regras das modalidades chamadas esportivas. Nem educação recebem sobre o que vêem, lêem, ouvem e apreciam.

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