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20 jun 2011

VINEXPO 2011- ABERTURA


ABERTURA

A abertura da Vinexpo, ontem às 10:30, contou com a presença de várias autoridades francesas lideradas por Bruno Le Maire, ministro francês da Agricultura, Alimentação e Pesca e do prefeito de Bordeaux, Alain Juppé. Como em todas as grandes feiras houve discurso para todos os gostos, seguidos das visitas a vários estandes.

DISCURSOS DE CONFIANÇA

Nessas ocasiões, como de praxe, as autoridades se manifestam com palavras de confiança, mesmo que a situação econômica europeia, e do mundo todo, esteja muito complicada. Aliás, o assunto mais comentado em todas a rodas, principalmente no centro de imprensa, é o quanto o euro está sendo ameaçado pela doença fiscal da Grécia. Ninguém vê, com razão, a Grécia como problema europeu. Todos vêem o euro como acometido por um mal que a Grécia escancarou e que outros países já se colocaram na mesma fila. E o custo disto tudo vai ser muito grande para todos os países da zona do euro. Um horror!

ANOS ÍMPARES

Criada em 1981 pela Câmara de Comércio e Indústria de Bordeaux, a Vinexpo, que acontece sempre em anos ímpares, se afirmou ao longo das edições como o maior salão profissional do mundo nos segmentos do vinho e bebidas destiladas.

ANOS PARES

Já nos anos pares, a Vinexpo Overseas, filial da Vinexpo, cuida da realização dos salões da Vinexpo Ásia-Pacífico, desde 1998, em Hong Kong. A sede dos eventos na Ásia continua aí, embora duas edições (2000 e 2002) foram realizadas, excepcionalmente, em Tókio.

CONSUMO DE VINHO

Nesta 16ª edição da Vinexpo, aqui em Bordeaux, muita gente está curiosa para saber as projeções de crescimento do consumo do vinho. Os profissionais querem conhecer o índice de fechamento de 2010, uma vez que no ano anterior (2009) o consumo mundial atingiu cerca de 31,5 milhões de garrafas de vinho.

PARQUE

O Parc de Exposicion de Bordeaux, localizado à frente do Le Lac, além de muito bonito é grande e confortável. A Sala de Imprensa, bem no centro dos pavilhões, é dotada de grande estrutura capaz de acomodar os mais de 1000 jornalistas que cobrem a Feira.

PROVAS

Ontem, a primeira sensação que tive, quando passei pelos corredores que separam os estandes das vinícolas expositoras, foi de grande frustração: lamentei o fato de não ser possível degustar todas as maravilhas que me foram oferecidas. Assim como aquelas que serão oferecidas nos próximos dias. Mesmo demonstrando interesse pelas informações vindas de cada produtor, não há como ir além de pouquíssimos e pequenos cálices. Aí é duro, gente.

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17 jun 2011

A CAMINHO DA VINEXPO


OBRIGATORIAMENTE, PARIS

Lisboa ficou para trás. Já em Paris, onde faço uma parada quase que obrigatória para quem vem à Europa, parto com destino a Bordeaux, para participar da Vinexpo, cuja abertura acontece neste domingo.

VINHO NACIONAL

Paris, a exemplo de Lisboa, está pronta para o Verão 2011, com temperatura 17º e 26º Celsius. Com este ótimo clima, ou qualquer outro, milhares de turistas de todas as partes do mundo fazem a mesma coisa: ocupam espaços nos museus, parques, cafés e restaurantes. E, nas refeições mais demoradas, a bebida preferida é sempre o vinho. Nacional, obviamente.

NÚMERO CRESCENTE

Bem, como nos próximos editoriais o assunto principal é vinho, comecemos por uma constatação: a quantidade de rótulos e variedades é cada vez maior no mundo todo. E, como nem todos ganham fama entre os consumidores, cujo universo também cresce a cada ano, muitos vinhos sequer são degustados e/ou conhecidos. E nem seria possível face à limitação da produção.

QUALIDADE

Só porque os vinhos franceses gozam de grande prestígio e preferência, assim como os italianos, espanhóis e portugueses, para ficar só com esses, isto não significa que nestes países todos os vinhos sejam de alta qualidade.

CONHECEDORES E APRECIADORES

Antes de tudo, os verdadeiros conhecedores de vinhos são muito poucos. O que vem aumentando a cada ano (o que realmente interessa) são os apreciadores. São aqueles que, mesmo gostando de um determinado vinho não identificam as características originais da bebida nem mesmo depois de ler rótulo.

VINHO

Assim, vale dizer que o vinho, antes de tudo, é: apresentação, harmonização, paladar, gosto individual, preço, tradição, confiança e tudo mais que o consumidor elege para consumir.

VINEXPO

O que ninguém está mais aguentando é: 1- a grande chatice de quem fala muito sobre o que não sabe sobre vinhos; e, 2- a terrível carga tributária que o governo brasileiro tasca sobre as chamadas bebidas quentes. O que, aliás, torna muito caro o ato de comprar e tomar um bom ou um mau vinho no Brasil.Na segunda-feira, com a Vinexpo em pleno andamento, informo o que dizem os produtores, os críticos e, obviamente, os apreciadores. Bom final de semana!

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16 jun 2011

A ECONOMIA E OS SANITÁRIOS EUROPEUS


COBRA FUMANDO

A Europa, a exemplo do sul da América Latina, está cercada por uma nuvem espessa de fumaça que cobre os céus de vários países. Entretanto, essa fumaça que está dificultando a visão dos europeus não é vulcânica. Ela provém do cachimbo fumado por uma cobra que vive na Grécia.

VÍCIO

O que faz essa grande cobra fumar de forma incessante é o vício. Vício que leva os governantes adeptos da ideologia socialista a aumentar gastos públicos de maneira irresponsável. Exatamente o que leva os países a sair dos trilhos da boa economia. Se o rolo de fumaça tem origem na Grécia, outros países também governados por socialistas mostram a mesma desconfiança de que vão ter muitas dificuldades para honrar os títulos públicos.

BARBAS DE MOLHO

Como esses países não têm anticorpos econômicos capazes para segurar o surto desta séria doença econômica, as barbas do mundo todo, pelo que os índices das Bolsas de Valores mostram, estão de molho. E, pelo visto, vão permanecer de molho por muito tempo.

FALTA DE SANITÁRIOS PÚBLICOS

Enquanto este estado de apreensão (pré-pânico) econômico-financeiro se espalha, com mais ou menos intensidade em cada país do Bloco Europeu cujo crescimento está perto de zero, trato de um outro assunto, muito antigo mas preocupante: a inexistência de sanitários públicos nas ruas e avenidas europeias. Este, sem dúvida, é um dos maiores pesadelos enfrentados pelos turistas que visitam a Europa. Além de lamentável é preocupante esta falta de atenção das autoridades de quase todos os países para com os visitantes. O que, aliás, também acaba por penalizar, com a mesma intensidade, os próprios residentes.

TAREFA DE GINCANA

Quem sai às ruas para passear, ou visitar pontos turísticos, não raro precisa mendigar junto aos restaurantes a possibilidade de uso dos toaletes. A outra forma, já tradicional, é procurar, urgentemente, uma loja Mc Donald´s, que já virou a salvação dos mais necessitados.SHOPPING DE RUA - O que mais contribui para esta calamidade pública, ignorada de forma surpreendente pelos prefeitos, está no fato de que na maioria das cidades europeias o shopping é muito mais de rua. Daí que encontrar um sanitário virou uma tarefa típica de gincana.

XIXI NAS RUAS E PRAÇAS

Com o aumento do turismo em todas as partes do mundo é preciso acordar para esta realidade. O que não pode é deixar como está, caso contrário como vão impedir que os turistas façam suas necessidades nas ruas e nas praças? Afinal, só pode proibir aquele que oferece uma saída para o problema, não?

RESTAURANTES DE LISBOA

Já que me referi a restaurantes, os de Lisboa chamam muito a atenção tanto pela qualidade dos pratos servidos como pelo preço bem atrativo. Um prato de bacalhau, ou polvo, a lagareiro, com batatas ao murro, por exemplo, custa em média 13 euros. Assim, uma bela refeição com um vinho da região do DOURO fica em torno de 50 euros para duas pessoas.

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15 jun 2011

UMA ECONOMIA MUITO DOENTE


LISBOA

Como no editorial de ontem tratei da avaliação do voo da TAP (Porto Alegre/Lisboa), hoje comento sobre Portugal, ou melhor, sobre o que acontece na bela e agradável Lisboa, que se prepara para a entrada do verão, com muito sol e temperatura variando entre 17º e 27º Celsius.

ASPECTO POLÍTICO

Se no aspecto político as notícias especulam sobre o novo governo que vai assumir em breve, depois que o candidato de centro esquerda, Pedro Passos Coelho, venceu as eleições recentemente, no aspecto econômico a situação é pra lá de preocupante.

ECONÔMICO

Os noticiários não param de dar destaque ao patamar alcançado pelos juros da dívida pública do país, que chegou a 12,37% ao ano para aplicações de até 2 anos. Como o risco-país vem aumentando muito nos últimos meses, os investidores não se sentem atraídos pelas elevadas taxas.

CRISE

Por aí, de forma mais do que palpável, se tem uma idéia clara do quanto é grave a crise que assola vários países da Comunidade Européia. Se nenhum está em situação muito boa, o fato é que Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha (PIGS) são aqueles que oferecem maior risco.

CONTAMINAÇÃO

Mesmo que a Grécia ocupe, de forma disparada, a liderança negativa no ranking de avaliação de risco, o efeito da contaminação da crise já garante uma desconfiança generalizada entre os mais vulneráveis.

FERIADO

Na segunda-feira, 13 (quando cheguei a Lisboa), por ser dia de Santo Antônio os portugueses fizeram feriado. Pelo número de devotos que se acotovelavam nas ruas que levam à igreja de Santo Antônio, ao lado da Sé, imaginei que a procissão tinha como propósito pedir ajuda ao santo milagreiro, para que intercedesse em favor da economia de Portugal.

LIMITE PARA TUDO

Engano, gente. Ao indagar algumas pessoas a respeito do poder da fé fui informado, de forma consistente, que até para os mais crentes tudo tem um limite. Um dos limites, segundo eles, dá conta de que nem Santo Antônio tem tanto poder assim. E agora?

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14 jun 2011

O 1º VÔO DA TAP


AVALIAÇÃO

Considero o vôo inaugural da TAP, direto de Porto Alegre a Lisboa, como muito bom em dois quesitos importantes: o de respeito ao horário, uma vez que o avião saiu e chegou no tempo previsto; e que durante o trajeto não houve qualquer turbulência. Para estes itens a nota é 10.

CHECK-IN

Entretanto, algumas coisas ainda precisam melhorar. A começar pelo tempo que a TAP levou para fazer o check-in. A morosidade ficou por conta do nervosismo e do baixo treinamento do pessoal do atendimento, provocando grande desconforto aos passageiros. Neste quesito a nota é 5.

INFRAESTRUTURA

Como o aeroporto Salgado Filho é um desastre em termos de infraestrutura, a aeronave inicialmente definida para o vôo inaugural (A340) precisou ser substituída por outra menor (A330). Isto fez com que alguns assentos que já estavam marcados (meu caso) precisassem ser remanejados. Como fui premiado com a má notícia, a poltrona que me restou foi a pior de todas: a última da aeronave, onde a reclinação é limitada e o toalete fica encostado ao assento. Nota 1.

SERVIÇO DE BORDO

Quanto ao serviço de bordo confesso que não imaginava haver tantos problemas, uma vez que há mais de um mês o voo inaugural já estava com lotação completa. Pois, mesmo assim alguns imprevistos desagradáveis aconteceram quando o jantar a bordo foi servido:1- em algumas bandejas não havia talheres; e2- mesmo que o menu entregue pelas comissárias informasse que os passageiros poderiam optar por um de dois pratos, lá pela metade do serviço acabou a escolha. Era lasanha ou lasanha. Pode? Nota 5.

MARKETING

A empresa TAP, no meu entender, falhou no marketing do primeiro voo. Além de não ter feito uma menção à data de 12 de junho, Dia dos Namorados, também não providenciou qualquer pequena lembrança para registrar o voo inaugural, direto. Nota 4.

CARINHO

Quando uma empresa aérea não consegue cumprir o que combinou com o seu cliente, por exclusiva culpa sua como é o caso do remanejamento dos assentos, no mínimo deveria compensar os mais prejudicados.Exemplo: havendo lugares disponíveis na classe executiva, como ocorreu neste voo, o certo seria compensar dando algum carinho os mais sacrificados.

ÚLTIMOS

Aos passageiros que ocupam os últimos lugares do avião já está provado, com todas as letras, que os últimos nunca serão os primeiros, como diz o ditado. Aí, os últimos sempre serão os últimos. Últimos a receber o serviço de bordo e últimos a sair da aeronave. Nota 1.Ah, antes de tudo faço questão de frisar que a minha passagem foi paga, o que me dá pleno direito de fazer críticas publicamente.

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13 jun 2011

TENHO PENA DO PERU


PRONUNCIAMENTO

Enquanto me adapto com o fuso europeu aproveito para manifestar o que extraí do pronunciamento feito por Ollanta Humala, quando chegou ao Brasil na semana passada, já eleito como mais novo presidente do Peru.

MODELO

Pois o mais novo presidente-bolivariano latino, Humala, declaradamente um amante declarado de Fidel Castro, Hugo Chávez e Lula, assim como de seus programas de governo, disse que o Brasil é o modelo que o Peru deve seguir. Maravilha, não?

MODELO POLÍTICO

Ora, para bom entendedor, é preciso admitir o seguinte:Se o modelo que Humala se refere está relacionado ao nosso ambiente político, aí já é importante adiantar que a corrupção no Peru será fantástica.

MODELO FISCAL E TRIBUTÁRIO

Se Humala se referiu ao nosso modelo fiscal e tributário, isto significa que o Peru vai elevar brutalmente as despesas de governo. E como consequência disto, a carga tributária vai ser equivalente ao gasto público.

MODELO SOCIAL

Caso o líder peruano adote como modelo o nosso projeto social, aí também não há dúvida de que a marca registrada do governo Humala será o assistencialismo. O que, de antemão não surpreende face ao seu lado ideológico equivocado.

MODELO PREVIDENCIÁRIO

Se o falido modelo previdenciário brasileiro for copiado pelo governo do Peru confesso que fico com muita pena dos pobres peruanos. Vão curtir rombos e mais rombos colocando em xeque a economia do país.

BOLSA DE LIMA

Não sei quantos peruanos lêem o Ponto Critico, mas se os modelos que Humala se refere são estes aí acima creio que a Bolsa de Valores de Lima ainda tem muito para cair. Isto que não falei de infra-estrutura. Se o Peru copiar a nossa calamitosa infraestrutura, aí o caos está garantido.

ESTE É O MODELO?

Se me permitem os peruanos, os brasileiros e todos aqueles que não enxergam corretamente os males que atingem o Brasil, aí vai uma informação que reputo útil e esclarecedora:O que pode reduzir os juros é uma situação fiscal equilibrada. Com juros baixos, o câmbio deixa de ser pressionado. Com isso a competitividade não é comprometida. Ou seja: tudo que o Brasil se recusa a fazer o Peru quer usar como modelo? Este não é um modelo vencedor.

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