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30 mar 2011

ENTENDENDO A CIDADANIA


SEM VESTÍGIO

Se alguém pretende viajar para os EUA com o propósito de observar algum vestígio dos estragos provocados pela crise imobiliária, que estourou em 2008/2009, certamente errará de destino caso escolha Nova Iorque.

FORA DO SUBPRIME

Como, praticamente, não há espaço para novas construções em Manhattan, a ilha não foi alvo das moradias que geraram os títulos podres, conhecidos como subprimes. Além do mais, morar em NY custa muito caro.

COMÉRCIO AQUECIDO

Além disso, os efeitos da crise na Big Apple foram diminuídos pelo intenso turismo, independente da nacionalidade dos visitantes. Só este enorme movimento de pessoas nas ruas e nas lojas pressupõe um comércio super aquecido.

RARIDADE

Falando de comércio, se alguém imagina que terá facilidade para adquirir o mais novo sonho de consumo de 10 entre 10 pessoas - o Ipad 2 -, pode tirar a tropa toda de cavalos da chuva. Independente de modelo, os novos tablets da Apple viraram uma raridade.

DEMANDA EXTRAORDINÁRIA

A única forma, neste momento de enorme escassez por alta procura, é a seguinte: enfrentar uma enorme fila, às 8h da matina, em frente a Loja da Apple da 5ª Avenida e, com sorte conseguirá um Ipad 2. O lote disponibilizado a cada manhã tem sido insignificante diante da enorme procura.

TEMPERATURA BAIXA

Como a temperatura anda por volta de -2 ou -3 graus centígrados neste horário, com sensação de -7, a tentação precisa ser grande. Até porque não há a certeza de ser atendido. Da mesma forma que acontece com o Ipad 2, os tablets de outras marcas que foram lançados recentemente, também estão praticamente esgotados, ou, como dizem aqui, sold out.

NÃO TEM PREÇO

Mesmo com a restrição deste importante produto cobiçado, NY oferece muitas outras coisas, desde espetáculos, restaurantes, museus e bons passeios. Ainda assim há quem queira saber, de fato, porque os tantos brasileiros preferem viajar aos EUA. Pois, mesmo que as respostas sejam diversas, uma delas, senão a principal, é porque querem conhecer o que é a tal da cidadania, que muito se ouve falar no nosso país mas ninguém consegue praticar. Só isto, podem crer, vale muito mais do que os 6,38% de IOF que o governo brasileiro está impondo para compras no exterior com cartão de crédito.Afinal, aqui entre nós, só o fato de saber o que é ser um cidadão, e viver como tal, simplesmente não tem preço.

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29 mar 2011

RENÚNCIA FISCAL?


PARCIALIDADE

O editorial de hoje deveria tratar de Nova Iorque, conforme prometido. Porém, diante da parcialidade da mídia, ao divulgar a notícia da correção da tabela do IR da Pessoa Física, em 4,5%, não posso deixar de manifestar a posição do Grupo ? PENSAR!

MAIS CONDIZENTES

Para tanto, o comentário do Pensador e economista Marco Túlio Kalil Ferreyro traz esclarecimentos mais condizentes com a verdade. Peço que leiam com muita atenção antes de serem seduzidos pelas palavras indecentes dos nossos governantes:

CORREÇÃO DA TABELA

A correção da Tabela do IRPF em 4,5%, fixada pelo governo, é uma migalha, diante da defasagem na correção acumulada ao longo do tempo. Desde a entrada em vigência do Real na economia, ou seja, desde julho de 1994, até dezembro de 2010 (últimos 16 anos e meio), o IPC-A (índice do governo) acumulou variação percentual de 272,79%. Enquanto isso a tabela do IR, em igual período, foi corrigida em apenas 53,5%. Isto significa uma defasagem acumulada de 58,8% no período.

MIGALHAS

Portanto, o que todos nós, pobres contribuintes, estamos recebendo do atual governo federal, são migalhas, meras migalhas.

VERSÃO DO GOVERNO

O curioso é que, além de tudo ainda somos obrigados a ouvir e ler a seguinte percepção do governo, retratada sem qualquer crítica ou reparo pela imprensa brasileira: - Segundo cálculos do governo, a correção da tabela do IR representará uma RENÚNCIA FISCAL de R$ 1,6 bilhão em 2011. Pode?

VERSÃO DA SOCIEDADE

Depois desta versão do governo, que tal nós contribuintes oferecermos uma visão mais honesta, como esta:- Em 2010, o governo federal arrecadou R$213,5 bilhões em imposto de renda. Ou seja, nós, que formamos a sociedade contribuinte (famílias e empresas), estamos RENUNCIANDO AO CONSUMO, A POUPANÇA, A INVESTIMENTOS. No entanto, o que recebemos em troca? Ora, o que todos já sabem: serviços públicos na área da saúde, da educação, da segurança e da justiça, todas de péssima qualidade.

A IMPRENSA FICARÁ MUDA?

Isto nos obriga a desembolsar cada vez mais recursos para o pagamento de planos privados de saúde; escola privada para nós e para nossos filhos; e segurança privada para nossas casas e escritórios. O duro, depois disso, é ouvir o governo vociferar, através da sua retórica discursiva, que a correção da tabela do IRPF em 4,5% para este ano implicará em uma RENÚNCIA FISCAL de R$1,6 bilhão. Será que ninguém gritará dizendo que a nossa RENÚNCIA, imposta pelo governo, é de mais de R$200 bilhões? E, para piorar ainda mais, será usada para inchar cada vez mais a máquina pública. A grande imprensa ficará muda quanto a isso?Eis o que disse outro Pensador, Percival Puggina: - Como é vagabunda a retórica oficial! E a imprensa reproduz o que recebe acriticamente, usando a expressão RENÚNCIA FISCAL. Que tal?

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28 mar 2011

SUJARAM A LEI


NEW YORK

Como fico esta semana em Nova Iorque, amanhã escrevo alguma coisa sobre o que vejo e recomendo nesta magnífica, porém gélida cidade.

FICHA ENLAMBUZADA

Hoje, diante da enorme repercussão que a lei da Ficha Limpa está provocando, principalmente depois que o STF enlambuzou, tanto a vontade expressa do povo quanto a aprovação da lei no Legislativo, não posso deixar de fazer alguns comentários. Afinal, aquilo que um dia já foi um projeto que milhões de brasileiros apoiaram, e acabou em lei depois de aprovado no Legislativo, simplesmente foi para o espaço.

PARA O ESPAÇO

Tudo porque, tão logo o sinistro ministro Luiz Fux assumiu, o STF, por maioria de votos, deixou a lei da Ficha Limpa sem condições de ser cumprida e sem data para entrar em vigor (?) A confusão criada pelo ministro, recentemente empossado, o qual desempatou em favor dos facínoras, é tamanha que ninguém sabe qual será o próximo capítulo do monstrengo.

LEI DO FUTURO

O sinistro Fux, para tentar esconder a sua preferência por corruptos na política, chegou a dizer que a lei da Ficha Limpa é a Lei do Futuro. Com detalhe: não fixou a tal data futura, que pelo andamento dos acontecimentos e dos comentários pode ser em 2012, 3012 ou 10012. Que tal?

NUNCA ANTES....

O que mais dói nesta questão é que, NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESTE PAÍS, o povo brasileiro havia ido tão longe para exigir de seus representantes a aprovação de uma lei que, de uma vez por todas, impedisse candidaturas de políticos desonestos. Observem que o desespero da sociedade chegou a tal ponto que até uma lei foi exigida para tanto. Pode? NÃO! - Pois, por incrível que possa parecer, bastou o povo querer, pressionar e exigir que ao menos desta vez fosse feita a sua vontade para que metade mais um dos ministros do STF dissesse um sonoro NÃO! ao povo. Incrível, não? Como a maioria (seis) resolveu ficar ao lado da safadeza (esta é a única justificativa encontrada pela sociedade boquiaberta) a impressão que esta turma deixou é de que não querem que a lei entre em vigor. Dá para acreditar?

DEFENSORES DA SAFADEZA

Se o Legislativo já é uma instituição pra lá de desacreditada, a considerar o comportamento de grande parte dos deputados e senadores, pelo menos na Justiça todos os brasileiros ainda estavam dispostos a acreditar. Depois dessa só acreditam que a maioria dos seus membros defende a safadeza, certamente.Como os ministros do STF, os do contra, precisavam encontrar pêlo em ovo, parece que encontraram no texto da lei. Como a decisão da Justiça é para ser cumprida, o povo quer saber o que deve ser cumprido. A única coisa que sabe é que a sua vontade foi negada. De fato, ninguém sabe se a lei existe. E, se existe, ninguém sabe quando entrará em vigor e quem se enquadra nela.

PIOR DO QUE ESTAVA

Resumo: tudo ficou bem pior do que estava antes da lei existir. Há, inclusive, quem esteja imaginando que só pode ser político quem tem a ficha suja. E, aquele que tinha ficha limpa está num dilema danado: ou cai fora, por falta da necessária mancha no currículo; ou suja de vez praticando, urgentemente, uma falcatrua.

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25 mar 2011

A VERDADE SOBRE AS CONTAS PÚBLICAS


PENSAR!

Os membros que integram o Grupo - PENSAR! -, sobre o qual já me referi várias vezes, e também participo, são pessoas de opinião. E como tal se manifestam através de críticas e comentários sobre qualquer assunto.

ESTUDOS CIENTÍFICOS

Esta postura dos Pensadores reforça o propósito do -PENSAR! ?, que é o de produzir conteúdos que visem dar transparência às intenções dos governantes. São estudos científicos que mostram os reais impactos das decisões nas contas públicas (bolso do contribuinte), assim como a relação causa/efeito (custo/benefício) que as mesmas produzem.

DÍVIDA EXTERNA

Da mesma forma que vários estudos já foram aqui publicados, o de hoje é assinado pelo Pensador, economista e professor Ricardo Bergamini. Bergamini mostra, sem rodeios e com a precisão dos números, como vem se comportando a Dívida Externa do Brasil. Os dados ?ano base 2010- foram colhidos junto ao Banco Central. É bem didático e interessante. Acompanhem:

DÍVIDA TOTAL

1- ESTOQUE DA DÍVIDA EXTERNA TOTAL DO BRASIL - Em dezembro de 1994 o estoque da DÍVIDA EXTERNA LÍQUIDA (da União) era de US$ 34,8 bilhões (6,41% do PIB), aumentando para US$ 90,0 bilhões (17,85% do PIB) em dezembro de 2002. Portanto, um crescimento real em relação ao PIB de 178,47% comparado com o ano de 1994. Em dezembro de 2010 o estoque diminui para US$ 51,0 bilhões (2,57% do PIB). Redução real em relação ao PIB, de 85,60% se comparado com dezembro de 2002; e, se comparado com dezembro de 1994, houve redução real, em relação ao PIB, de 59,91%.

DÍVIDA BRUTA

2- ESTOQUE DA DÍVIDA EXTERNA LÍQUIDA - PÚBLICA E PRIVADA (Dívida Externa Bruta Menos Reserva) Em dezembro de 1994 o estoque total da DIVIDA EXTERNA LÍQUIDA (pública e privada) era de US$ 107,4 bilhões (19,78% do PIB). Em dezembro de 2002 ela atingiu US$ 189,5 bilhões (37,58% do PIB). Ou seja, um crescimento real de 89,99% em relação ao PIB, se comparado com o ano de 1994. Em dezembro de 2010 o estoque caiu para US$ 61,8 bilhões (3,11% do PIB). Redução real em relação ao PIB de 91,72% se comparado com dezembro de 2002; e redução real em relação ao PIB, de 84,28% se comparado com dezembro de 1994.

RESERVAS

3- RESERVAS INTERNACIONAIS EM PODER DO BC (Conceito de Caixa). No conceito de CAIXA, as reservas internacionais no Banco Central, em dezembro de 1994, eram de US$ 38,8 bilhões (7,14% do PIB). Em dezembro de 2002, de US$ 37,8 bilhões (7,49% do PIB); e, em dezembro de 2010, de US$ 288,6 bilhões (14,55% do PIB).4- DÍVIDA INTERNA DA UNIÃO - TOTAL - (em poder do mercado e em poder do Banco Central) - Aumento nominal da dívida Interna em poder do mercado de R$ 32,1 bilhões (9,19% do PIB) em 1994 para R$ 558,9 bilhões (37,82% do PIB) em 2002. Aumento real em relação ao PIB de 311,53%. - Aumento nominal da dívida interna em poder do mercado de R$ 558,9 bilhões (37,82% do PIB) em 2002 para R$ 1.603,9 bilhões (45,75% do PIB) em 2010. Aumento real em relação ao PIB de 20,97%. - Aumento nominal da dívida interna em poder do Banco Central de R$ 33,5 bilhões (9,59% do PIB) em 1994 para R$ 282,1 bilhões (19,09% do PIB) em 2002. Aumento real em relação ao PIB de 99,06%. - Aumento nominal da dívida interna em poder do Banco Central de R$ 282,1 bilhões (19,09% do PIB) em 2002 para R$ 694,0 bilhões (19,80% do PIB) em 2010. Aumento real em relação ao PIB de 3,72%. - Aumento nominal da dívida interna total (em poder do mercado e do Banco Central) de R$ 65,6 bilhões (18.78% do PIB) em 1994 para R$ 841,0 bilhões (56,91% do PIB) em 2002. Aumento real em relação ao PIB de 203,03%. Cabe lembrar que nesse período o governo federal assumiu todas as dívidas dos Estados e municípios, cujo valor atualizado com base em dezembro de 2010 era de R$ 471,7 bilhões (13,56% do PIB). - Aumento nominal da dívida interna total (em poder do mercado e do Banco Central) de R$ 841,0 bilhões (56,91% do PIB) em 2002 para R$ 2.297,9 bilhões (65,55% do PIB) em 2010. Crescimento real em relação ao PIB de 15,18%.

UNIÃO

5- DÍVIDA EXTERNA LÍQUIDA DA UNIÃO (Dívida Externa Bruta Menos Reservas) - Aumento nominal de R$ 22,2 bilhões (6,35%do PIB) em 1994 para R$ 262,9 bilhões (17,79% do PIB) em 2002. Aumento real em relação ao PIB de 180,16%. - Redução nominal de R$ 262,9 bilhões (17,79% do PIB) em 2002 para R$ 90,1 bilhões (2,57% do PIB) em 2010. Redução real em relação ao PIB de 85,55%. Dívida Líquida Total da União (Interna e Externa) - Aumento nominal de R$ 87,8 bilhões (25,13% do PIB) em 1994 para R$ 1.103,9 bilhões (74,70% do PIB) em 2002. Aumento real em relação ao PIB de 197,25%. - Aumento nominal de R$ 1.103,9 bilhões (74,70% do PIB) em 2002 para R$ 2.388,0 bilhões (68,12% do PIB) em 2010. Redução real em relação ao PIB de 8,81%. Atenção ? O estudo acima, de qualidade puramente técnica, foi escrito pelo Prof. Bergamini com o propósito de esclarecer e de desmentir as bobagens que alguns apaixonados pelo ex-presidente Lula, têm, insistentemente, publicado na internet e que não tem o mínimo compromisso com a verdade.

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24 mar 2011

O GOVERNO QUER A VALE


DESEMPENHO

Para os iniciantes no mercado de capitais é bem possível que o mau desempenho das ações da Vale, nas últimas semanas, não esteja sendo muito bem entendido.Principalmente depois que a empresa revelou robustos resultados no seu balanço de 2010 e boas perspectivas para 2011.

PRETENSÕES DO GOVERNO

Pois, para esses desavisados é importante que saibam sobre as pretensões deste governo com relação ao futuro da Companhia. Ou seja: caso a Vale não venha a ser estatizada, grande sonho petista, ao menos vão querer exigir que a empresa seja comandada por pessoas indicadas pelo do governo.

A CABEÇA DE AGNELLI

Nesta semana, de forma clara, direta e transparente, o governo (leia-se Guido Mantega) pediu ao Bradesco (o Bradespar, é um dos principais acionistas da Vale) a cabeça de Roger Agnelli, atual presidente da empresa.

ASSEMBLEIA

Em tom que soou muito mais como uma exigência, Mantega pediu que os maiores acionistas da Vale fossem ágeis. Exigiu, portanto, que a decisão seja cumprida antes da realização da assembleia de acionistas da Vale, marcada para o mês de abril.

INDICAÇÃO DE NOMES

O ministro, para parecer educado perante a opinião pública e aos investidores em geral, disse que o governo não tem preferência por um eventual substituto. Mas, ao mesmo tempo, propôs ao Bradesco discutir nomes de executivos de fora ou mesmo da atual diretoria. Que tal?

PRECIFICAÇÃO

Como o mercado de ações não faz outra coisa senão precificar os benefícios e/ou prejuízos dos acontecimentos e decisões que envolvem empresas de capital aberto, a queda das cotações das ações da Vale traduz esta preocupação dos investidores.

IMPOSTO SOBRE MINERAIS

Aliás, nos últimos dias o governo já havia anunciado que a Vale deve ao erário um pesado imposto sobre exploração mineral. Ora, mesmo considerando que a Justiça determine o pagamento do tributo, isto está mais para um bode na sala, para ganhar o cargo de Roger Agnelli.

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23 mar 2011

KASSAB E O PSD


MEXENDO COM OS NERVOS

A decisão do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, de sair do DEM com o propósito de formar um novo partido, o PSD - Partido Social Democrático, está mexendo com os nervos de muitos políticos. E aí, naturalmente, os mais afinados com o Democratas.

CONFUSO

Na minha ótica, pela entrevista que Kassab concedeu à revista Veja, a qual foi publicada nas páginas amarelas da edição desta semana, o mesmo me pareceu muito confuso em alguns pontos. Vejamos:

DEM SEM RUMO

1- Kassab acerta quando diz que o DEM perdeu o rumo. Afinal, quem comete os mesmos erros que o PT já cometeu, quando não estava no governo, se não perde o direito sagrado de criticar, sob a ótica dos sensatos perde a credibilidade.Uma prova mais recente do tipo de oposição burra feita pelo DEM está no valor que o partido defendeu para o salário mínimo, bem acima do que foi decidido. Ora, ao invés de propor a reforma da Previdência, que o Brasil necessita urgentemente, o DEM preferiu apoiar o caos. Ou seja: igualou-se, integralmente, ao PT por tudo aquilo que sempre fez até chegar ao Poder.

CENTRO DIREITA PARA A ESQUERDA

2- Já quando Kassab disse ser de centro, com uma leve tendência para a esquerda, deixa claro que não serve aos reais interesses do país. Confessa que, estrategicamente, está equivocado.

INVESTIMENTOS SOCIAIS

Ao afirmar que a sua administração fez investimentos na área social, não pode ser aceito que isto é uma prerrogativa dos esquerdistas. Tudo está na forma como os investimentos na área social são feitos. A esquerda faz isto com espírito e propósito assistencialista. Os liberais usam a inteligência. Aí a diferença.Mais adiante, confundindo tudo que já havia dito, Kassab disse: - Não existe mais esse negócio de esquerda ou direita. Estranho, não? Acima ele não se declarou de centro com tendência para a esquerda?

PONTOS LIBERAIS

Ainda bastante confuso disse que defende muitos pontos liberais, como o direito à propriedade e as liberdades individuais. Poderia ter ficado por aí para não se complicar muito, mas confirmou a falta de conhecimento sobre liberdade quando arrematou dizendo que apóia um Estado forte.

REFÉNS DOS EQUÍVOCOS

Ora, qual liberal não quer um Estado forte? O problema é que, enquanto os liberais querem um Estado forte, a turma da esquerda exige, de forma absurda, a existência de um Estado gordo. Muito gordo, extremamente caro, doente e sem mobilidade.Em suma: se o PSD já nasce com os fundamentos ideológicos expressados pelo prefeito Gilberto Kassab, com a nova agremiação a política brasileira não mudará em coisa alguma. Vamos continuar reféns dos equívocos cometidos até agora por todos os partidos políticos.

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