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14 dez 2012

TEMPORAIS DE INCOMPETÊNCIA


CURRÍCULO DO GOVERNADOR TARSO

O mundo todo, face à indiscutível globalização, não pode deixar de conhecer até que ponto vai a fantástica capacidade de destruição da coisa pública, como propõe o péssimo currículo de administrador público do governador do RS, Tarso Genro. O homem é, simplesmente, incrível. Hors Concours.

AGRACIADOS

Pois, mesmo ostentado uma má ficha, comprovada, como administrador público, o governador gaúcho e outro político do RS de poucas luzes, o deputado federal Marco Maia, atual presidente da Câmara dos Deputados, foram agraciados com o Mérito Político na edição 2012 do Prêmio Líderes e Vencedores. Pode?

ÀS ESCURAS

Pois, no exato momento em que a cerimônia de premiação se desenvolvia, por ironia uma grande parte do RS continuava às escuras, fruto dos constantes e implacáveis TEMPORAIS DE INCOMPETÊNCIA que vem assolando o Estado.

APAGÕES

Na realidade há APAGÕES por todos os cantos e em vários setores do RS. Porém, o mais recente diz respeito à omissa CEEE, Companhia Estadual de Energia Elétrica. A vergonha é tanta que além de deixar ainda mais escuro o Estado, as soluções apresentadas são as piores possíveis. E mesmo assim, repito, os gaúchos ainda conferem o Mérito Político ao governador Tarso. É de amargar, não?

PROCON

A solução para o problema, ou Case, da CEEE é velha, simples e eficaz: basta PRIVATIZAR a Companhia. Isto, no entanto, não passa pela mente socialista do ganhador do Mérito Político. O mais deprimente nisso tudo é que os maltratados consumidores resolveram acionar o Procon, exigindo que a CEEE pague pesadas multas pelo não fornecimento de energia.

DONOS DA CEEE

Mal sabem os tontos gaúchos que, por ser ESTATAL, quem acabará pagando as multas que vierem a ser aplicadas pelo Procon serão eles próprios. Por total ignorância, não tem noção de que são os legítimos donos da mal administrada empresa de energia.

GAÚCHOS BONDOSOS

Na real, se fosse razoavelmente inteligente e politizado, o povo gaúcho deveria exigir que a multa e o prejuízo fossem pagos pelo responsável pelo APAGÃO: o administrador do RS, governador Tarso Genro. Mas, por incrível que pareça, os gaúchos bondosos e tontos preferem pagar duplamente: pela multa e pela falta de energia. E, não satisfeitos, ainda fazem questão de entregar o troféu Mérito Político ao mau governador. Pode?

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13 dez 2012

A GALINHA BRASIL É GORDA


IDENTIDADE

Quem, não importa a distância, acompanha de perto o desempenho da economia brasileira, já deve ter percebido o quanto o seu deslocamento se identifica com os voos das galinhas.

ERRO DE PROJETO

Mesmo providas de asas, como se sabe, as galinhas, por um erro de projeto, de construção ou mesmo da natureza, no máximo conseguem alçar voos curtos e rasantes, que mais se parecem com pulos.

MUITO GORDA

Pois, se nesses dois últimos anos, 2011 e 2012, compararmos o desempenho do PIB brasileiro com o voo das galinhas, uma reparação importante se faz necessária: a galinha que retrata o comportamento da nossa economia está gorda. Muito gorda. Daí que mal e mal consegue se mover.

PESO DA CARGA

O peso dos impostos, da burocracia, da corrupção, da enorme incompetência governamental e muitas outras coisas mais, sequer estão possibilitando os voos rasantes da pobre Galinha Brasil. Como está muito gorda e nem pulos está conseguindo dar, só lhe resta mesmo ciscar. No mesmo lugar.

800 AEROPORTOS

Pois, ontem, para mostrar o traço forte da incompetência e da enganação do atual governo, que segue os passos do anterior, chefiado por Lula, a presidente Dilma escolheu a França para dizer ao mundo todo que vai construir mais 800 aeroportos no Brasil. Pode?

CONCURSO DE MENTIRA

Confesso que ainda não me recuperei do impacto da absurda e jocosa declaração da presidente. Estou, portanto, em estado de torpor. Primeiro, porque Dilma deu a impressão de que estava participando de um concurso mundial de mentira. Se for o caso, Dilma já ganhou. Esta é, indiscutivelmente, a maior mentira dos últimos cinco séculos.

ENSINANDO A VOAR

Em segundo lugar, porque fiquei imaginando que com a construção desses aeroportos Dilma está querendo ensinar a Galinha Brasil a voar. Ela imagina, certamente, que o problema não está na natureza da ave, mas na falta de treino. Os 800 aeroportos servirão para tanto. Só pode

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12 dez 2012

O BRASIL É MERCANTILISTA


SISTEMA ECONÔMICO

Um assunto que já bati diversas vezes, mas que precisa ser explicado a todo momento, diz respeito ao Capitalismo, Sistema Econômico que a maioria dos brasileiros imagina ser aquele que realmente vigora no nosso pobre país.

DOIS SISTEMAS

Por total desconhecimento, muita gente não gosta do Capitalismo porque não tem ideia de que desde o momento em que os portugueses colocaram os pés aqui, o Brasil só conheceu dois Sistemas Econômicos: o Socialismo (baseado em empresas estatais) e o Mercantilismo (onde as empresas privadas são criadas com o propósito de fornecer e/ou fazer conchavos com governos).

CAPITALISMO

É necessário ter em mente que o Capitalismo depende de dois fatores principais e vários outros, que mesmo considerados secundários não deixam de ser importantes. Fiquemos com os principais: 1- livre mercado; e, 2- concorrência. Sem liberdade e sem concorrência o Capitalismo simplesmente não existe.

SUBSÍDIOS

Ora, quando qualquer atividade econômica é beneficiada com algum tipo de subsídio (governamental), esta forma de favorecimento significa uma intervenção. Como isto não existe no Capitalismo, este Sistema Econômico não pode ser culpado por aquilo que não é praticado no nosso país, onde o que mais existe são privilégios e/ou benefícios.

SETOR AGRÍCOLA

Observando o Setor Agrícola, aí fica clara a prática centenária do Mercantilismo no Brasil: basta um problema climático, ou uma queda de preço de algum tipo de grão para que o governo entre em cena aceitando renegociar as dívidas dos agricultores. Logicamente, com prazos a perder de vista e com juros sempre menores.

INDÚSTRIA E COMÉRCIO

Já no setor industrial, tanto as empreiteiras quanto as empresas que compõem a indústria automobilística são representantes diretas do Mercantilismo. Quando a quantidade de empresas é grande, o que leva muita gente a imaginar a existência de concorrentes, aí o que impera é o Cartel. E no setor comercial basta verificar o que acontece com as empresas distribuidoras de combustíveis: mesmo com a existência de milhares de postos, quase todos se obrigam a cumprir uma tabela de preços imposta pela vontade do Cartel.

FARSA

Este Sistema Econômico chamado MERCANTILISTA, repito, veio para o Brasil à bordo das naus portuguesas. Até porque durante o Antigo Regime, a política econômica adotada na Europa era o Mercantilismo. Os governos absolutistas, como revela a história do Velho Mundo, tinham por hábito interferir, demasiadamente, na economia de seus países-reinos.São mais de quinhentos anos, portanto, de pura cumplicidade e conchavos entre empresários e governantes, com o propósito de explorar de todas as formas possíveis e imaginárias o consumidor e/ou o pagador de impostos.Mais: quando a concorrência consegue uma brecha para atuar, o que geralmente só é possível entrando pelas frestas, principalmente de produtos vindos do exterior, aí a turma dos protecionistas entra em cena para, imediatamente, sufocar a ação, acabando, assim, com a curta festa de quem consome. Por isso é que no Sistema Mercantilista, nem governantes nem empresários se propõem a tomar medidas corretas e necessárias. Todos gritam a favor de mais competitividade, mas este pleito não passa de uma farsa.

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11 dez 2012

FALTA DE DISCERNIMENTO


DE NOVO

Volto a repetir o que já disse aqui inúmeras vezes: não me faz nem um pouco feliz o fato de criticar governos e/ou todos aqueles que tomam decisões de âmbito coletivo , quando o propósito é diminuir a liberdade individual e/ou atacar as consequências dos problemas, deixando intactas as suas causas.

FUNDAMENTOS

Aqueles que tem por hábito ler o Ponto Critico já têm consciência de que todos os comentários e críticas aqui publicados são sempre acompanhados dos devidos fundamentos. Assim, concordando ou não com as críticas, o que é um direito indiscutível, os leitores conseguem argumentar e discutir sobre os mais diversos temas abordados.

EXEMPLO

Ontem, por exemplo, na apresentação do balanço de final de ano da FIERGS à imprensa, o presidente da entidade mostrou estar satisfeito com a decisão do governo Dilma de desonerar a folha de pagamento de vários setores da economia, através da substituição da cota patronal devida ao INSS, pela alíquota de 2% sobre o faturamento.

DÉFICIT DA PREVIDÊNCIA

Como do povo brasileiro em geral não pensa, motivado pelo baixíssimo grau de educação adquirido, quando isto acontece o pensamento não se faz acompanhar pelo devido discernimento. Assim, poucos são aqueles que perceberam que o déficit da Previdência simplesmente não foi resolvido.

ILUSÃO

Explico (ou fundamento): a eventual redução de custo da folha, para um ou outro setor industrial, promove um rombo de igual valor nas contas da Previdência (Regime Geral da Previdência Social, ou, INSS), certo?Ou seja, o CUSTO BRASIL continua ali, igual e enorme. O problema, repito, continua intacto. Como nada foi resolvido, tudo não passa de uma mera ilusão.

REFORMAS

Daí a razão pela qual tenho me debatido muito pelas REFORMAS. Sem elas, principalmente a da Previdência, a Trabalhista, a Fiscal e a Tributária, nada se resolve. Todas as medidas e decisões, quando não são atacadas as causas, tem efeito nenhum. Ou até que alguém perceba que foi iludido e/ou enganado.

PÁGINAS AMARELAS

Quem não acredita suficientemente neste editor, mas mesmo assim tem interesse de conhecer melhor as causas que impedem o Brasil de ser um país desenvolvido, sugiro a leitura das páginas amarelas da revista Veja desta semana, cujo entrevistado é Kevin Kaiser, economista do Ensead.

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10 dez 2012

A REAÇÃO EXPLICA TUDO


THE ECONOMIST

Quando li, na última sexta-feira, o que a revista britânica The Economist publicou a respeito do mau desempenho da economia brasileira (com o título O Brasil Despenca), sugerindo, inclusive que o ministro da Fazenda, Guido Mantega deveria ser demitido, naquele exato momento comecei a escrever o editorial de hoje.

O BRASIL (NÃO) DECOLA

O meu único propósito era lembrar que fui um dos raros comunicadores que contrariou a The Economist, quando na edição de 11/12/2009 (exatos dois anos atrás) a importante revista britânica dedicou a capa ao Brasil, com a foto do Cristo Redentor subindo como um foguete, com o título: O Brasil Decola.

EQUÍVOCO

Naquela ocasião, volto a afirmar, considerei um equívoco o que a The Economist publicou sobre o Brasil. Lembro, por conseguinte, as críticas agressivas que recebi por não concordar com a revista, que dizia que o Brasil estava pronto para se tornar a quinta maior economia do mundo em uma década após 2014, ultrapassando o Reino Unido e a França.

REAÇÕES FURIOSAS

Quando já estava com o editorial praticamente concluído, evidenciando o baixo conhecimento do repórter britânico sobre o Brasil, eis que no final da tarde (de sexta-feira) me deparei com as reações furiosas, tanto da presidente Dilma Rousseff quanto do ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, condenando o que a revista publicou quanto à incapacidade do ministro Mantega.

PLÁGIO

Pois, ontem, ao ler a Carta ao Leitor da revista Veja que acabara de chegar ao meu endereço, cheguei a pensar que não deveria publicar este editorial. Simplesmente, porque muitos leitores do Ponto Critico poderiam (com boa dose de razão) imaginar que eu estaria plagiando a Veja.

EM FRENTE

Porém, quando me veio a lembrança de que a Veja, lá em 2009, não foi capaz de contrariar a The Economist e só agora expõe as razões para o mau desempenho da economia brasileira, resolvi ir em frente ressaltando o tipo de comportamento de quem só desenvolve a incompetência. As decisões tomadas por Mantega provam claramente isto. E a reação de Dilma confirma tudo.

A VELHA ARROGÂNCIA

Em 2009, o governo petista brasileiro se sentiu feliz, realizado e convencido de que a The Economist era a melhor e a mais séria revista deste mundo porque elogiava o nosso país e, por consequência, o governo Lula. A velha arrogância encobria a visão de que muita coisa pudesse dar errado (como veio a acontecer de fato). Agora, quando o mundo já percebeu que o Brasil não foi preparado para decolar, mas para despencar para o passado, quem não presta é a revista The Economist. Para finalizar, eis aí a última projeção de crescimento do PIB 2012, segundo consta no boletim da revista Focus ( divulgado hoje pela manhã pelo Banco Central): queda de 1,27% (dado da semana passada) para 1,03%. Que tal? Ah, a previsão para 2013 também recuou. De 3,7% para 3,5%. Os grandes culpados disso tudo são: o Ponto Critico e a The Economist. Certamente.

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07 dez 2012

VENCEDOR?


MÉRITO POLÍTICO?

Esta é da série: OS GAÚCHOS ADORAM SOFRER! Para atestar o quanto os gaúchos, em geral, gostam de aplaudir o fracasso, um dos escolhidos para ser agraciado com o troféu -Mérito Político- do Prêmio Líderes & Vencedores 2012, promovido pela Federasul e pela Assembléia Legislativa do RS foi o governador Tarso Genro.

REGULAMENTO

O Regulamento da premiação diz: - Pela rigidez dos critérios, imparcialidade e pluralidade que marcam o processo de escolha, os 12 premiados são referenciais para a sociedade gaúcha, por sua força empreendedora, dignidade política, criatividade ou desprendimento social. A essência do Líderes & Vencedores tem como lastro a representatividade dos premiados. Que tal?

COMISSÕES COORDENADORAS?

Para definir os agraciados do Prêmio Líderes & Vencedores foram instituídas as comissões Coordenadoras, Indicadoras e Julgadoras. Em cada categoria, uma Comissão Indicadora, formada por jornalistas e personalidades da área, elabora uma lista de nomes para concorrer ao prêmio. A partir dessas indicações a Comissão Julgadora, constituída por premiados em edições anteriores e personalidades destacadas em sua atividade, seleciona os agraciados. A Comissão Coordenadora de cada categoria orienta e supervisiona o processo, além de acompanhar as reuniões das Comissões Julgadoras. Todas as etapas são verificadas pela empresa de auditoria Moore Stephens.

UM DOS PIORES DA HISTÓRIA

Pois é, gente. O Estado do RS tem no atual mandato um dos piores governos da história deste país. O PIB gaúcho de 2012 fechará no negativo (algo como -2%); e o Déficit das contas públicas é definido como catastrófico. E mesmo assim o governador do RS será agraciado com o troféu -Mérito Político-. Pode?

OUTRO AGRACIADO

Mais: além de Tarso, o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, também será agraciado. Certamente, não por bons serviços, pois estes não existiram. O nome do deputado federal Nelson Marchezan Júnior, por exemplo, sequer foi cogitado. Talvez, por ter sido o único parlamentar que protestou contra os projetos de aumentos salariais, que irão custar cerca de R$ 30 bi aos cofres da União nos próximos 2 anos. Sem contar os mais de 8 mil cargos que foram criados.

COMPROMISSO

Marchesan Jr. não deve ser muito bem visto pelos indicadores e julgadores do Prêmio. Só pode. Principalmente, porque se preocupa com as contas públicas. Assim, não tem porque nem como merecer premiação.

TUDO A VER

Tudo leva a crer que a indicação e/ou aprovação do nome de Tarso se deu após a magnífica expedição comercial e industrial que liderou à pujante Ilha de Cuba. Depois que li a nominata dos agraciados uma coisa me pareceu muito clara: se os organizadores vierem a criar um prêmio para o melhor país do mundo, a comissão indicadora e julgadora não titubeariam em escolher Cuba, a pujante Ilha do Dr. Castro. Tudo a ver, não?

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