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28 ago 2014

A BOLHA BRASILEIRA


BOLHA DE CRÉDITO

Nos últimos anos, principalmente depois do estouro da Bolha de Crédito, que iniciou nos EUA e, por consequência, acabou se espalhando por toda a Europa, muita gente quis saber se o Brasil também poderia ser vítima daquele mesmo fenômeno.

SISTEMA FINANCEIRO SÓLIDO

Pois, em todas as vezes que fui convidado a falar sobre o assunto expliquei que aquele tipo de Bolha, cujo efeito provocou a crise financeira mundial, passava longe da nossa fronteira. Graças, felizmente, à situação do nosso sólido Sistema Financeiro, que não estava (e continua não estando) alavancado.

ACORDO DE CAPITAL DA BASILEIA

Ou seja, o Brasil obedecia (e continua obedecendo) o Acordo de Capital da Basileia, oficialmente denominado International Convergence of Capital Measurement and Capital Standards, cujo objetivo é criar exigências mínimas de capital para instituições financeiras como forma de fazer face ao risco de crédito.

ALAVANCAGEM

É sabido que a altíssima alavancagem dos bancos americanos se deu, principalmente, pela desenfreada concessão de crédito imobiliário. A irresponsabilidade era tanta que alguns bancos (que acabaram falidos) estavam com montante de operações de credito equivalente a 45 vezes o valor do capital. Pode?

BOLHA BRASILEIRA

Voltando à nossa realidade tupiniquim faz-se necessário registrar que mesmo longe da possibilidade de sermos vítimas daquele tipo de Bolha, o fato é que, levado por um sentimento típico de inveja, o governo resolveu que precisava construir uma BOLHA BRASILEIRA.

ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS

A Bolha Brasileira, para que todos entendam, não propõe nenhuma crise bancária. De novo: os bancos estão sólidos e pouco alavancados. O estouro se dará pela forma da elevação, sistemática e preocupante, da inadimplência.Eis o que informa a CNC - Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo: Impulsionada pelo crescimento na oferta de algumas modalidades de crédito, principalmente imobiliário, a parcela de famílias endividadas não para de subir. Em agosto o índice de inadimplência chegou a 63,6% ? o mais elevado percentual em um ano.

CONSIDERANDO...

Considerando: 1- que o PIB não deve crescer mais do que 0,6% neste ano; 2- a atividade industrial não para de cair;3- o comércio e serviço, idem;4- os bancos estão reduzindo a oferta de crédito e/ou tornando mais caros os financiamentos;5- as demissões já começaram;tudo leva a crer que a inadimplência deve crescer ainda mais. Como se vê, o governo, enfim, conseguiu mostrar ao mundo todo que também sabe montar uma BOLHA. A BOLHA BRASILEIRA. Que tal?

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27 ago 2014

OUTRO QUE SAIU DO ARMÁRIO


OUTRO CONVENCIDO TARDIO

Outro empresário do tipo - CONVENCIDO TARDIO-, que também resolveu sair do armário, como fez Abílio Diniz (sobre o qual teci comentários no editorial de ontem), é Benjamin Steinbruch, que além de presidente da CSN e primeiro-vice-presidente da Fiesp, é também apoiador de primeira hora do governo Lula/Dilma Neocomunista Petista.

PUXA-SACO-MOR

Pois, depois de ocupar por vários anos a cômoda posição de -puxa-saco-mor- do governos Lula/Dilma, diante do atual notório e indiscutível fracasso da atividade industrial brasileira, nesta semana (somente agora, portanto) o empresário se rendeu, de corpo e alma, à realidade dos fatos.

COLOCANDO PARA FORA

Tal qual Diniz (não sei se combinaram), Steinbruch também resolveu colocar para fora a sua indignação e revolta com os destinos da nossa economia. Como ele próprio escreveu -

BIDU

Em artigo que escreveu para a Folha de São Paulo, Steinbruch, agindo de forma pra lá de ridícula e melancólica, como se estivesse diante de um fato novo, expôs um aspecto da economia que lhe incomoda profundamente neste momento de reta final na corrida eleitoral: se disse convencido de que a produção industrial não para de cair. E que o Brasil caminha como um cordeiro para a recessão. (bidu, não?)

CAINDO DO CÉU

Como se tivesse caído do céu, sem saber coisa alguma do que se passa no nosso pobre país, o petista presidente da CSN se revelou impressionado com o que está ocorrendo na indústria de São Paulo. Dados da Fiesp, conta ele, mostram que foram demitidos no Estado 15,5 mil empregados no setor no mês de julho. Em 2012 e 2013, os dados acumulados indicam o fechamento de 88 mil vagas de trabalho. Considerada a estimativa de 100 mil perdas para 2014, teremos um volume impressionante de 188 mil empregos perdidos em três anos.Que coisa, não Benjamin? Assim o senhor nos deixa muito preocupados...

DOENÇA GRAVE

Em termos de oferta de trabalho, continua o ET industrial, é como se duas empresas do tamanho da Petrobrás tivessem fechado as portas.
 Agora o sintoma de que a doença do primeiro vice-presidente da Fiesp é preocupante: ele crê que ações emergenciais podem ser tomadas independentemente de eleições. A primeira, pasmem, seria a redução imediata dos juros, que permanecem em 11% ao ano e representam forte desestímulo aos investimentos produtivos. Pode?

RECESSÃO

Lamentavelmente, gente assim, notoriamente os petistas, acaba misturando CAUSA COM CONSEQUÊNCIA. Os juros estão altos porque o país não tem projeto econômico adequando. A -Matriz Econômica- adotada pelo PT, partido do coração de Steinbruch, está alinhada com a Matriz Bolivariana. Como o governo só se preocupou, e continua se preocupando, com o consumo, deixando a oferta ao -deus dará-, o crescimento do PIB só poderia ser pífio. A recessão, portanto, é fruto das besteiras que o senhor mesmo apoiou.

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25 ago 2014

UM PLANO REAL DE IMPOSTOS


JAMAIS CAIRÁ

Tomem nota: entre tantas coisas que todos os brasileiros precisam se convencer, de forma definitiva, principalmente aqueles que têm um pingo de discernimento, uma delas é que a excessiva e sempre reclamada -CARGA TRIBUTÁRIA- que impera no nosso pobre país jamais cairá. Ponto.

SONHO IMPOSSÍVEL

Portanto, mesmo que a redução da absurda CARGA TRIBUTÁRIA faça parte do grande sonho da maioria dos cidadãos brasileiros (se é que existe cidadania no nosso pobre país), o fato é que nenhum governante, ainda que manifeste tal vontade (o que é altamente improvável) chegará a tanto.

A ÚNICA SAÍDA

Ora, apesar desta triste, porém incontestável realidade, que além de colocar no chinelo a nossa competitividade, se comparada aos demais países deste planeta, também explica a nossa baixíssima -taxa de investimento- (porque grande parte do que poderia ser investido é repassado ao governo em forma de altos impostos e contribuições), ainda existe uma saída, chamada EFICIÊNCIA TRIBURÁRIA.

BUROCRACIA

Se partirmos na direção de uma efetiva e incessante busca pela EFICIÊNCIA TRIBUTÁRIA, que poderia ser obtida através de uma eliminação de boa parte do processo burocrático que aflige o nosso país (que come grande parte dos recursos arrecadados por todos os níveis de governo), é possível obter uma economia, segundo cálculos sérios, equivalente a um PIB brasileiro num período de quatro anos, aproximadamente.

SEM IDEOLOGIA

O que me faz um grande entusiasta desta oportunidade única, sem ser tomado pela ingenuidade, é que a tal EFICIÊNCIA pode ser conquistada por uma simples e notória razão: EFICIÊNCIA não se mistura com IDEOLOGIA.

APOIO TOTAL

Até agora, em todas as rodas e/ou eventos onde foi a ideia-proposta, criada e desenvolvida pelo MBE - Movimento Brasil Eficiente, do qual o grupo PENSAR+ é parceiro e apoiador de primeira hora, não houve uma só voz em contrário. Vejam do que se trata:

PLANO REAL DE IMPOSTOS

O sistema de cobrança de impostos no Brasil, mais do que sabido é confuso e oneroso. A partir daí o Movimento Brasil Eficiente (MBE), que reúne entidades empresariais e especialistas em contas públicas, formulou um plano de simplificação tributária para ser cumprido em QUATRO ANOS.A proposta, inclusive, já foi entregue aos candidatos à presidência, que têm demonstrado interesse em enfrentar o problema a partir de 2015.Como informa Paulo Rabello de Castro, que além de Pensador (membro do Pensar+) é coordenador do MBE, as medidas são simples e objetivas: - São tão transformadoras que podem ser consideradas um Plano Real dos Impostos, diz ele. A meta é unificar sete impostos e contribuições que formam a espinha dorsal da arrecadação brasileira e reagrupá-los em apenas dois tributos. Que tal?

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25 ago 2014

CONVENCIDO TARDIO


ENTREVISTA COM ABILIO DINIZ

Ontem, o jornal Folha de São Paulo publicou uma entrevista com o empresário Abílio Diniz, o qual, como todos devem estar lembrados, além de ter concedido constantes e rasgados elogios ao governo Neocomunista-Petista, também fez questão de ficar próximo.

INGERENCIÁVEL

Pois, entre tantas coisas que o empresário referiu, uma me deixou muito impressionado. Foi quando disse que o Brasil é INGERENCIÁVEL.

NÃO SABIA?

Ou seja, Abílio Diniz escancarou que, mesmo sendo um empresário bem sucedido, o que se pressupõe que gente assim geralmente é dotada de bom discernimento, adquiriu o mesmo cacoete do ex-presidente Lula, cuja marca registrada é dizer que NÃO SABIA.

ATÉ AS PEDRAS SABIAM

Como é possível que somente agora Abílio Diniz esteja dizendo que o Brasil é INGERENCIÁVEL? Ora, isto até as pedras das ruas do país todo já sabiam, desde o momento em que o PT passou a governar o país.

GESTÃO???

Quando Abílio destacou à Folha que fez parte da câmara de gestão do governo Dilma e que -foi frustrante-, percebi que o empresário abandonou as leituras de todos os analistas de economia. Certamente, também não se interessou em ler (ou não acreditou) o Ponto Critico.

DÚVIDA

Na medida que ia lendo as respostas, aumentava a minha dúvida: será que o empresário Abílio Diniz: 1- não teve coragem de contrariar o governo Neocomunista; e/ou 2- estava totalmente embriagado pelo petismo e por isso via tudo azul à sua frente.

DECLARAÇÃO TARDIA

Se tudo isso não bastasse, ao ler a seguinte declaração de Abílio:

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24 ago 2014

DIAGNÓSTICO PURO E SIMPLES


ECONOMIA

Infelizmente, só aqueles que têm alguma noção de Economia, dependendo do quanto conseguiram estudar e/ou aprender, conseguem estabelecer a relação de -causa e efeito- sobre as decisões que são tomadas, tanto por quem se propõe a produzir qualquer bem ou serviço, quanto por todos que os consomem.

REAÇÃO INTEMPESTIVA

Por ser inexpressivo o número de brasileiros interessados pelo estudo desta importante matéria, notadamente os jornalistas (a maioria, sabidamente, detesta a matemática), a maioria do nosso povo acaba reagindo de forma pra lá de equivocada.

ABORRECIMENTO

Na maioria das vezes, inclusive, até reage com grande irritação e aborrecimento quando alguém se propõe, a explicar, por exemplo, que a proposta de crescimento do PIB pela via do crédito abundante, como o governo Dilma Neocomunista Rousseff vem insistindo, não tem como se sustentar. Nem no médio e muito menos no longo prazo.

RISCO DE INADIMPLÊNCIA

Explico: ao injetar crédito fácil e abundante no mercado o consumo aumenta de forma expressiva. Detalhe: como a sede de consumo do brasileiro passou a ser muito maior do que o tamanho do seu estômago, a qualidade do crédito foi colocada de lado. Assim, o crédito cresceu de forma puramente quantitativa. Fator este, aliás, determinante para o aumento do risco de inadimplência futura..

TAXA DE INVESTIMENTO

Ora, quem domina minimamente o tema sabe que por ser muito baixa a -Taxa de Investimento- do nosso pobre país, não há como fazer com que a fabricação dos produtos cresça na mesma proporção do aumento da demanda, injetado na veia dos consumidores pela via do aumento de crédito.

EQUILÍBRIO

Diante desta notória desigualdade, demonstrada pela baixa oferta de produtos versus a alta procura que o crédito abundante impõe, nada mais lógico e acaciano do que um estabelecimento de equilíbrio pela via do aumento dos preços dos poucos bens e serviços ofertados.

O CONSUMO BATEU NO TETO

Como o prazo (curto e médio) do aumento excessivo do crédito se esgotou, 1- quer satisfação do consumidor por ter efetuado a maioria das compras desejadas; 2- quer pelo atingimento do limite do endividamento contraído; chega-se à inevitável conclusão que o consumo finalmente BATEU NO TETO. Isto explica que acabou o enorme apetite dos consumidores. Por consequência fica claro que por algum tempo a indústria vai penar. Assim como o varejo. Portanto, disponibilizar mais crédito no mercado neste momento, como o governo está querendo, é aumentar dramaticamente o risco de inadimplência. Pior ainda porque falta investimento, combustível necessário para a indústria produzir.

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21 ago 2014

O SILÊNCIO DOS NADA INOCENTES...


OBSERVAÇÕES SOBRE O TEMA DE ONTEM

Ainda sobre o tema do editorial de ontem, no qual abordei a mudança de posição da Band/RS, se comparada com o período do primeiro governo do PT (leia-se Olívio Dutra, o tal governador que além de ter expulsado a Ford do RS correu com mais de 850 empresas que se mostravam interessadas em investir no Estado), concluo com as seguintes observações:

LIBERDADE DE EXPRESSÃO?

1- A tal -LIBERDADE DE EXPRESSÃO-, que praticamente todos os meios de comunicação dizem defender com unhas e dentes em todas as rodas e a toda hora, infelizmente não passa de uma grande falácia.

MÍDIA ABERTA

2- Na realidade, para que todos entendam, com o propósito de não perder um centavo da verba publicitária do governo, a maioria da chamada Mídia Aberta não expõe (esconde) grande parte das notícias que prejudicam o seu anunciante.

AUTOCENSURA

3- Antes, portanto, que alguém acredite que este ou aquele meio de comunicação está sendo vítima de algum tipo de -CENSURA- é preciso verificar se por trás dessa alegação não está havendo uma -AUTOCENSURA-, que, indiscutivelmente, é muito pior do que a CENSURA.

SILÊNCIO DOS NADA INOCENTES

Observem, por exemplo, como o importantíssimo caso da Band/RS, que envolve a tentativa clara de pressão (impedimento da liberdade de expressão) sobre uma empresa de comunicação foi tratada pelos demais veículos da chamada mídia aberta. Nada, não é mesmo? Pois é. É O SILÊNCIO DOS NADA INOCENTES...

INTERESSE COMERCIAL

Não fossem as Redes Socais e/ou alguns poucos periódicos mais corajosos o assunto já estaria morto e enterrado. Incrível, não? Diante desta legítima AUTOCENSURA, que parece cair como uma luva para explicar esta falta de repercussão do triste episódio protagonizado pelos diretos colaboradores do governador Tarso Genro, não pode ser condenado aquele que diga que o silêncio é pura consequência do interesse comercial.

RATEIO

Mais revoltante ainda e que o Sindicato dos Jornalistas, que não admite as demissões feitas pela RBS, não tenha se pronunciado sobre o episódio. Não é de se duvidar, portanto, que os maiores beneficiados pela verba de governo do Estado do RS estejam reunidos para discutir o rateio da parte da verba que cabia à Band/RS antes da divulgação da pesquisa.

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