Artigos

11 jan 2007

A SOCIEDADE ESTÁ EVOLUINDO


MENOS DIFÍCIL

Os países que dispõem de uma taxa de investimento razoável são aqueles que garantem sempre um crescimento econômico suficiente para melhorar a vida de seus cidadãos. Até pouco tempo atrás isto era matéria de difícil compreensão para quem não era iniciado em economia.

PRIMEIRA LIÇÃO

Hoje, felizmente, grande parte dos brasileiros já conseguiu aprender esta primeira lição, a ponto de perceber com muita clareza a lógica do nosso baixo crescimento econômico. Graças à busca incessante de conhecimentos para entender as reais razões do nosso pífio crescimento do PIB.

A LÓGICA

A lógica, embora simples, é: quanto mais o Estado exige da sociedade uma alta arrecadação para atender despesas de custeio, mais limita a capacidade de investimentos daqueles que precisam pagar os impostos elevados. Ou seja, sobra muito pouco para investir.

EQUAÇÃO

O resultado desta equação também é simples: embora receba muito dinheiro, o Estado não investe porque, de forma equivocada, prioriza a despesa. E a iniciativa privada, por seu lado, fica com pouco dinheiro para investir porque o Estado leva grande parte dos recursos que poderiam ser investidos.

SOMA

Vamos, portanto, fazer a soma das nossas dificuldades para crescer, não esquecendo, por óbvio, de acrescentar uma taxa razoável de desconfiança jurídica e a falta de um marco regulatório suficiente. Pronto: aquela pequena parte que ainda assim poderia ser investida já não acontece.

SABER O QUE QUEREM

O governo e a sociedade, depois do duro aprendizado da primeira lição, que levou muito tempo, precisam aprender urgentemente a segunda lição: saber o que querem. Investimento para crescer ou despesas para produzir pobreza?

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10 jan 2007

FECHAMENTO DA BOLSA DE CARACAS?


MAIS COMENTADO

O assunto mais comentado ontem, em boa parte do mundo onde ainda há liberdade de expressão, foi a estatização e a nacionalização de empresas de energia, petróleo e de comunicação, decididas pelo presidente-grande ser celestial da Venezuela, Hugo Chávez.

SOFRIMENTO

Inúmeros comentários a respeito foram alvo de atenção de toda a imprensa escrita e eletrônica, e quase todos condenaram as decisões do neoditador. De qualquer forma, pela liderança que Chávez representa hoje na América Latina, pelo efeito petróleo, os demais países do Mercosul vão sofrer com as peripécias socialistas.

SEM PALAVRAS

Independente das opiniões manifestadas até agora, o mais evidente registro, que dispensaria qualquer tipo de comentário, foi o comportamento do índice da Bolsa de Valores de Caracas. A queda ficou próxima de 20%. O suficiente para atestar o estado de demência do neoditador.

SEM MERCADO

As decisões do plenipotenciário Chávez vão ter desdobramentos ainda pouco percebidos por muita gente. Um deles, bem previsível, será o fechamento da Bolsa de Valores de Caracas. E nem precisará da vontade do louco que até pode vir a manifestar tal desejo. Afinal, qual a razão para existir um mercado de ações onde não existe mercado? Cuba que o diga.

PAÍSES LATINO-COMUNISTAS

Chamo a atenção para um fato importante em tudo isto que vem acontecendo nos últimos anos na América Latina: em alguns países as coisas estão andando mais rápidas, dependendo do tamanho dos poderes concedidos aos seus governantes. Por enquanto, além de Cuba, cujos poderes totais Fidel Castro obteve pela força, a Venezuela e a Bolívia de Chávez e Evo estão se transformando em paises comunistas. Atenção: por pura decisão de seus eleitores. Para os demais países, tudo é uma questão de tempo.

É O BASTANTE

Sei perfeitamente que muita gente por aqui não acredita nisto para o Brasil. E nem se preocupa com o fato de Chávez ser amigo dileto de Lula e por ambos fazerem parte da organização comunista Foro de São Paulo. Mas ninguém duvida que, caso Hugo Chávez fosse candidato a presidente do Brasil, com certeza venceria. É o bastante.

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09 jan 2007

LEI HABILITANTE


TUDO O QUE QUERIA

O neo-socialista-ditador Hugo Chávez, sem qualquer surpresa ou constrangimento, pediu, ou melhor, exigiu ao Congresso da Venezuela poderes especiais e totais para impor ao povo venezuelano um severo pacote de estatizações de empresas de telecomunicações e energia, além da cassação da autonomia do Banco Central. Chega?

ESTATIZAÇÃO

Chávez já havia anunciado que não estava nada contente com as críticas recebidas pela empresa de telecomunicações CANTV. Por isto resolveu que a solução é estatizá-la. E junto com ela várias empresas de energia dos setores petrolífero e elétrico vão ter o mesmo destino.

A EXEMPLO DE CUBA

Reeleito no mês passado, Chávez já está acelerando rumo a uma imediata revolução socialista. A pobre e finada oposição política ao governo da Venezuela já está convencida de que, em breve, a Venezuela terá um único partido político, a exemplo de Cuba, o grande benchmark de Chávez.

REFORMAS ESTATIZANTES

Prestem atenção: a autorização (?), ou imposição que Chávez está exigindo do Congresso, da chamada "Lei Habilitante", nada mais é do que o direito legal e exclusivo para poder aprovar doravante o que bem entende. Vai transformar tudo o que tem em mente em leis. Assim, por decreto vai fazer as reformas estatizantes.

DITADOR BOLIVARIANO

A Assembléia Nacional, como é sabido, é formada exclusivamente por políticos partidários de Chávez, depois que a oposição se retirou das eleições legislativas de 2005. Antes que isto possa vir a ser mudado, o esperto Chávez quer ganhar poderes totais para afastar e impedir a existência de opositores daqui para frente.Com o caminho livre, o ditador já anunciou a reforma da Constituição visando criar a sonhada República Socialista da Venezuela, e substituir assim o nome oficial de República Bolivariana da Venezuela, adotado na Constituição de 1999.

EXPROPRIAÇÃO

Mantendo sua trágica vontade de nacionalizar, ou melhor, expropriar empresas, Chávez disse que todos os projetos de pré-refino de petróleo no Cinturão do Orinoco serão transformados em -propriedade do Estado-. Note-se aí que tais projetos envolvem empresas multinacionais como Chevron, ExxonMobil, BP, Statoil e Conoco Phillips. Um horror!

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08 jan 2007

LULA, SADDAM E AS FARC


FORO DE SÃO PAULO

Volto a insistir, já neste início de 2007, quanto à existência da organização comunista latino-americana, denominada Foro de São Paulo. De forma até incompreensível, os órgãos de comunicação aberta continuam se recusando a fazer qualquer divulgação a respeito desta instituição comunista e de seus objetivos claros. Por isto pouca gente sabe disto.

OS PREOCUPADOS

A impressão clara que já deixou esta falta absoluta de informação é de que o Foro de São Paulo simplesmente não existe. A não ser na minha mente doentia assim como nas poucas cabeças dos poucos liberais, sempre muito preocupados com o problema.

OS FRENÉTICOS

Por outro lado, porém, sobram informações em grande número de jornais brasileiros, todas sempre elaboradas com muito carinho, sobre os frenéticos Hugo Chávez, Fidel Castro e Lula. Principalmente quando eles se manifestam contra tudo o que os americanos fazem, e, principalmente, contra o que nunca fizeram mas a eles são atribuidos.

IRADOS

Irados com o enforcamento de Saddam Hussein, e francamente alinhados com todos os membros do Foro de São Paulo, hoje já denominado Mercosul, foram todos solidários contra a condenação à morte do primeiro grande financiador do FSP, em 1989.

LULA DEPLOROU

Lula, como se sabe, deplorou em prosa e verso a morte de Saddam. Lamentou profundamente o uso da forca. E declarou que entendeu como um crime contra os direitos humanos. Tudo sem lamentar as inúmeras mortes provocadas pelo tirano.

LULA CALADO

Na semana passada, no entanto, Lula foi silêncio total em relação a espetacular fuga do ex-ministro colombiano, que conseguiu escapar dos sequestradores que o mantiveram preso por mais de seis anos. Seis anos, gente, sem dar qualquer informação à família. Um crime pra lá de hediondo que Lula sequer comentou. Sabem porquê? Porque as FARC são membros do seu magnífico Fôro de São Paulo. E a imprensa? Calada.

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04 jan 2007

BASTA 50% DE INTELIGÊNCIA


A MODA É CORTAR DESPESAS

As notícias que chegam de muitos estados brasileiros é que o corte de despesas públicas está na moda. É mais do que necessário para o equilíbrio das contas. Cortar despesas, portanto, passou a ser o novo norte dos governos que estão assumindo e cujos caixas se encontram vazios ou com dívidas.

TENTAÇÃO

Esta prática já é bastante antiga e tem servido sempre para que os governantes ganhem confiança por parte de seus eleitores. Todavia, como também é bem sabido, as coisas não conseguem se manter assim por muito tempo. A tentação, a sedução pela despesa é enorme no setor público e as corporações, bastante espertas, não ficam paradas aplaudindo. E não demora, salvo raríssimas exceções, tudo volta ao normal com o retorno do aumento de gastos.

O MERCADO EXISTE

Daí a conhecida preferência, fantástica, pelo aumento de impostos. Como se o mercado não existisse, não reagisse e mostrasse sempre a capacidade de pagar o que os governantes precisam para gastar mal.

ESTÍMULO

O curioso é que jamais percebem que, para aumentar as receitas públicas basta diminuir impostos. Quanto menores forem as alíquotas dos impostos, maiores tendem a ser as arrecadações. Tudo pelo estimulo que produzem a quem produz, a quem investe e a quem consome.

EQUIPES MAIS ESCLARECIDAS

Se os governantes não conseguem ser inteligentes como um todo basta que o sejam pela metade. Se lhes falta capacidade para reduzir despesas, coisa já bastante conhecida e consagrada, é preciso que saibam e entendam que mais receita se dá pelo incentivo a produção, consumo e investimento. Ou seja, com impostos menores. Acordem, governantes. Antes de montar suas equipes econômicas procurem quem saiba disto.

SEGURANÇA

É preciso lembrar também aos governantes, e a sociedade menos esclarecida, de que segurança pública se faz hoje muito mais com inteligência e tecnologia e com menos gente. Já foi o tempo que só se usavam pessoas para proteção de alguma coisa. Hoje, para ter muito mais segurança, menos gente é exigida. A tecnologia, embora fique obsoleta mais rapidamente, a sua substituição é sempre vantajosa financeiramente. Já o homem, a corporação, está se tornando invariavelmente mais vulnerável à corrupção. Além de muito cara, a troca é muito complicada pelas cláusulas que os protegem.

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03 jan 2007

ENTRE A INDIGNAÇÃO E A INTOLERÂNCIA


LIMITE

O ano de 2006, ao que tudo indica, foi o ano em que a sociedade brasileira pode ter estabelecido o limite entre a indignação e a intolerância. Depois de sofrer com todos os tipos de violência urbana, falcatruas de políticos e safadezas generalizadas, o povo brasileiro imaginava que a simples denúncia ou descoberta dos crimes já seria o bastante para que tudo voltasse a entrar nos eixos da boa conduta.

TAMANHO DA INDIGNAÇÃO

Como nada disto aconteceu, a indignação foi aumentando. E o seu tamanho passou a ser observado e registrado com muito mais vigor através deste poderoso instrumento que é a Internet. E foi em 2006 que as reações mais se multiplicaram. Aí foi possível observar o enorme repúdio a todo o tipo de insegurança e malvadezas promovidas por vários setores que se apropriam da renda das pessoas.

MEROS DESABAFOS

Mas, só ficar indignado, como se sabe, não basta. Os espertos-safados, muito conscientes de que só gritaria não significa coisa alguma, não deram a mínima bola para as manifestações escritas. Perceberam que, assim como os cães não mordem enquanto latem, tudo não passaria de meros desabafos. Faltava no processo, a organização, o comando para a ação contra os desmandos e as perdas.

MAIS IMPOSTO, NÃO!

Felizmente, para nós todos, tudo tem limite. E o primeiro limite da ultrapassagem da indignação para chegar à intolerância, aconteceu no RS. O povo gaúcho (como todos os brasileiros) vem suportando, porém indignado, a muita coisa, mas reagiu com força ao pretendido aumento de impostos pelo governo. Ou seja, tudo pode ainda estar na fase da indignação, mas imposto maior passou a ser intolerável.

O MEDO DE REAGIR

O caso da violência urbana, da insegurança pública, que é tão insuportável quanto mais impostos, ainda conta com um agravante sério: o medo de reagir. Mas podem estar certos de uma coisa: tal qual no velho oeste americano, o povo ainda vai participar, com coragem, reagindo aos bandidos. Falta pouco, mas é certo que isto ainda vai ocorrer.

EXPECTATIVA

Vou partir do pressuposto de que Yeda tenha aprendido esta primeira lição. A lição de que imposto não pode ser aumentado. Pode até haver espaço para outras atitudes que ainda estão na fase da indignação, mas com uma certeza: não será por muito tempo. Que 2007 seja um ano de muito mais manifestações. E que tudo se transforme em reações objetivas. Com Internet e tudo o mais.

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