O DE SEMPRE
Mais um ano está chegando ao fim. E, como já se tornou uma praxe, a mídia como um todo repete os anos anteriores: 1- faz uma retrospectiva dos principais fatos acontecidos no período; e, 2- consulta diversos pais-de-santo para que façam as suas leituras sobre o ano que entra.
DRAMA RECORRENTE
O que é mais lamentável nessas análises, tanto do passado quanto do futuro, é que elas nunca expõem um dos dramas mais recorrentes do país: o espetacular e contínuo rombo da Previdência Social.
SEM CITAÇÃO
Na retrospectiva, o rombo sequer é citado, quando deveria ser mencionado no capítulo que trata das catástrofes. E, na perspectiva também é totalmente ignorado, quando deveria ser mostrado como uma grave doença, que sem um tratamento de choque acabará liquidando com a saúde econômica do país.
HEMORRAGIA
O curioso, ou trágico melhor dizendo, é que nem mesmo este monumental e repetido estrago consegue sensibilizar os nossos governantes. Mesmo enxergando a enorme hemorragia, nem assim admitem fazer algo para sequer estancar o sangue do paciente.
BOLSA IDOSO
Como a possibilidade de haver uma reforma na Previdência é nula, a coisa está se encaminhando para uma solução definitiva: a criação de mais uma Bolsa assistencialista e populista, que para os aposentados seria a Bolsa Idoso.
IMPOSTO APOSENTADORIA
Como as contribuições dos trabalhadores da ativa estão ficando com um peso relativo cada vez menor como fontes de pagamento das pensões e aposentadorias, a conta só pode ser custeada por impostos. Como se vê, a aposentadoria no Brasil não depende de complicados cálculos atuariais. Basta criar a Bolsa Idoso e o Imposto Aposentadoria. Simples, não?
CAIS MAUÁ
Aleluia! Aleluia! Ontem, finalmente, foi aprovado o projeto que permite a revitalização do Cais Mauá, em Porto Alegre. Com isso, os visitantes poderão deixar enfim de fotografar a velha ponte do Guaiba e o Laçador.
DOENTES
Se há um motivo para festejar, o principal, senão o único é o fato de Porto Alegre ter sido escolhida como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Premidos pela circunstância, os vereadores ficaram com a obrigação de aprovar o projeto. Mas fizeram questão de registrar o quanto são doentes e atrasados: proibiram a possibilidade de utilização da área para moradia.
NA ORLA, NÃO
Creio que só a psicanálise pode explicar porque razão os porto-alegrenses não têm o direito de morar na orla do Guaíba. É a única cidade do mundo que não admite isso. Pode?