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07 fev 2007

AVALANCHE DE ABSURDOS


INDIGNAÇÃO SELETIVA

A avalanche de absurdos que estamos recebendo diariamente, cometidos muito mais pelos políticos em geral, tem sido tão expressiva que, embora a indignação do povo já seja grande para muita coisa, só algumas conseguem obter mais notoriedade. É a indignação seletiva por impacto exagerado, digamos.

APLAUDIDO?

Ontem tivemos mais dois exemplos de palhaçadas publicadas: 1- Quando Lula discursou ontem, no RJ, falando sobre a desmistificação do déficit da Previdência Social, foi aplaudido pelos inúmeros puxa-sacos ouvintes. Aplaudiram o quê, afinal? O déficit ou o assistencialismo? Sai dessa;

COISA ALGUMA

2- O pobre ministro Luiz Marinho, do Trabalho, afirmou que o BC bobeou ao reduzir a taxa de juros em 0,25 pp. Com tanto conhecimento que Marinho imagina que possui sobre as questões brasileiras deveria dizer que ele é quem mais bobeia em nada fazer para reformar as leis trabalhistas, coisa que diz respeito à sua Pasta. Fala de outras áreas sem conhecimento. E mostra nenhum conhecimento no que deveria entender. Fora, Marinho!

BANRISUL RENTÁVEL

O Banrisul, atualmente, sem sombra de dúvidas, é um banco bem administrado, bastante competitivo e extremamente rentável. Um dos mais lucrativos do país, a considerar a rentabilidade de 27,9% sobre o patrimônio líquido final. Um retorno e tanto, como se vê e que vem se mantendo há vários anos. Na apresentação do Balanço de 2006, nesta manhã, foi possível entender as razões usadas pela governadora Yeda ao preferir manter a mesma diretoria à frente da instituição.

GOVERNANÇA

Esta decisão pode estar dando início ao processo de Governança ao Banrisul. E o possível encaminhamento ao Nível II da Bovespa. Um grupo até já foi formado para discutir o aumento de capital, com emissão de ações preferenciais. E tudo leva a crer que poderá haver a venda de parte das ações ordinárias que ainda estão em poder do Estado. Como o governo possui mais de 95% das ações ordinárias, quando bastaria 50% mais uma para manter o controle acionário da empresa, seria inteligente adotar o procedimento.

NUMA TACADA

A se confirmar esta minha expectativa, com uma só tacada o resultado pode ter duplo efeito. E muito positivo. A saber: o Banrisul fica mais capitalizado com a emissão de novas ações preferenciais, e o Governo do Estado recebe um bom dinheiro pela venda do excesso das ações ordinárias. Só isto já ajudaria bastante na melhora do caixa do Tesouro, bastante debilitado. Tudo sem precisar falar em privatização, coisa que quase ninguém aceita falar no RS.

DISTRIBUIÇÃO EXAGERADA

Como o Banrisul distribuiu 55% dos lucros no período (muito exagerado), por pura exigência do seu sócio controlador (Governo), que está muito mal de caixa, não consegue reinvestir os seus ótimos resultados obtidos. Com isto, a instituição pode perder espaço para outros bancos mais capitalizados. Sem a pressão do Estado, o Banrisul pode crescer bem mais. Com boa governança.

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06 fev 2007

O DÓLAR E O RISCO BRASIL


ENCURTANDO O PRAZO

A cada dia que passa vai encurtando o prazo para que o Brasil conquiste o tão sonhado Investment Grade. O melhor trato que o governo vem mostrando com o nível de endividamento interno, na sua relação com o PIB, é o que está promovendo cada vez mais a confiança aos investidores internacionais.

O MENOR DA HISTÓRIA

A tal confiança não é coisa de ordem sentimental. É fruto de análise constante de investidores internacionais e a revelação é dada em forma numérica pela classificação de risco dos chamados países emergentes. E a posição brasileira nesta pontuação de risco dos países emergentes (EMBI+) vem melhorando há algum tempo, de forma constante. Hoje, por exemplo, atingimos 178 pontos-base. O menor da nossa história.

FESTEJADO

Por um lado é preciso sempre festejar a importante conquista. Esta melhora promove uma redução do custo dos empréstimos internacionais, pela relação existente com a pontuação. E que, por conseguinte, estimula mais investimentos no Brasil. Mas é bom que todos entendam que isto representa mais entrada de dólares no mercado. Que precisa também ser festejado.

FLUTUANDO PARA BAIXO

Como os exportadores lamentam, todos os dias, a política cambial flutuante, onde o BC tem sido praticamente o único comprador de dólares, por falta de importadores suficientes para dar equilíbrio a moeda brasileira, uma coisa é certa: assim o dólar, na relação com o real, vai continuar flutuando para baixo.

APRENDIZADO COMPLICADO

Como o Brasil jamais havia melhorado no conceito internacional, o povo tem dificuldades para entender esta situação. Os brasileiros aprenderam que a cotação do dólar só podia aumentar aqui. Nunca diminuir. Aí está: a boa melhora da nossa situação representa mais investimentos. E com eles, mais dólares. E com os dólares entrantes, mais reservas internacionais.

SEGURANÇA GAÚCHA

Os números apresentados ontem, pela governadora Yeda Crusius, com relação à Segurança Pública do RS, são animadores. Embora muito ainda precise melhorar, a sensação já é outra. A sociedade percebeu que a polícia deve estar a serviço do povo e não dos bandidos. Parabéns ao secretário Enio Bacci pelo vigor apresentado neste início de governo. Que continue assim.

SUPER-SALÁRIOS

Os deputados não gostaram, mas o ministro Marco Aurélio Mello está coberto de razão quando diz que há uma diferença brutal entre os ganhos dos juízes e dos parlamentares, a favor destes. Melhor seria se todos ganhassem bem menos. Tanto o Judiciário quanto o Legislativo. Mas a comparação é impossível. Estamos falando de quase R$ 100 mil/mês recebidos pelos parlamentares e R$ 25 mil/mês pelos juízes. É dose.

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05 fev 2007

O PAÍS DAS BOLSAS ASSISTENCIAIS


BOLSA IDOSO

O programa - Bolsa Família - já é bem conhecido por todos os brasileiros. Muitos sabem, inclusive, o quanto custa para nós, contribuintes, este tipo de assistencialismo. A partir de agora vão tomar conhecimento do quanto representa o programa - Bolsa Idoso -.

DIREITOS

O tamanho deste programa vai ficar bem mais transparente para a sociedade com a separação das contas da Previdência. É provável, portanto, que Bolsa Idoso venha a ser o nome para explicar direitos previstos na Constituição de 1988, que assegura aos cidadãos que não possuem renda, ao completar 65 anos de vida passam, automaticamente, a ter direito a um salário mínimo pago pelo governo.

SEPARAÇÃO

Com a separação de todos os penduricalhos que agravam brutalmente as contas da Previdência Social, do INSS, a transparência dos gastos ao menos será maior. Assim, todos saberão o quanto o Tesouro da União precisa de impostos, e não de contribuições individuais, para satisfazer a tanto assistencialismo.

MUDANÇA DE TOM

Se a nossa carga tributária é enorme, e os brasileiros reclamam dia e noite de tanto imposto, é possível que com a nova forma mais transparente de ver as coisas mudem o tom das vozes. Afinal, para poder enfrentar a estupidez assistencial, que foi colocada na Constituição de 1988, só mesmo com muito imposto.

ENDIVIDAMENTO

Vai ficar muito mais claro que a brutal necessidade de caixa do Tesouro foi o que obrigou os governantes a exigirem mais impostos. Coisa que aconteceu mesmo a partir do governo Fernando Henrique, pois até então as coisas se resolviam exclusivamente pela via do endividamento público.

SÓ DE CONTRIBUIÇÕES

É óbvio que as despesas não vão ser reduzidas. Ao contrário. Vão aumentar e muito. Porém, por serem programas aprovados pela Constituição não espero que possam ser mudados. A única coisa que ainda pode acontecer é salvar a Previdência Social. Tanto a pública quanto a privada. Aposentados só deverão viver às custas de suas próprias contribuições. E não mais tirando dos impostos pagos pelos cidadãos.

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01 fev 2007

NACIONALIZAR É ESTATIZAR


SENTIMENTO ANTIGO

Um sentimento bastante antigo, mas que está voltando a tomar conta da nova América Bolivariana, com o aumento da liderança de Hugo Chávez e seguida, naturalmente, pelos demais governantes social-comunistas latinos, é a nacionalização de empresas. Na realidade não se trata só de nacionalizar, mas de estatizar empresas pela via da expropriação, com indenização irrisória aos investidores, quando isto ainda acontece.

NACIONALIZAÇÃO

Nas felizes economias livres as empresas se estabelecem sem qualquer problema de origem de capital. O importante é que façam produtos, paguem os impostos e desenvolvam atividades que movimentem o mercado. Nacionalizar empresas significa espantar investidores privados, o que impede o avanço tecnológico e a existência de mais concorrência. Por isto, só o fato de nacionalizar já é uma má decisão. Muito infeliz.

ESTATIZAÇÃO

Já a estatização de empresas, também muito nociva, não consegue ser pior. É igualmente má e triste para a economia de qualquer país. Junto com a nacionalização impede novos investimentos. O caminho aí é sempre o mesmo: do atraso e do subdesenvolvimento. Pois é exatamente isto que está voltando à moda na nossa América pobre por opção. Por enquanto, em alguns países. Mas deverá se espalhar. E o Brasil pode estar com o mesmo propósito. Tem gente que gostaria de ver, como se observa, a volta da Vale do Rio Doce e outras empresas para as mãos do Estado.

NÃO PODE. PRONTO!

Em países que adoram a existência de empresas estatais, monopolistas, caso apareça alguém que queira fazer algum produto ou prestar serviço com mais eficiência, com melhor preço e mais ao gosto dos consumidores, simplesmente não pode. Pronto. O Estado não deixa. Não permite que alguém faça. Só ele tem este direito, apesar de sempre fazer mal e ruim. E tem gente que gosta.

A PROPÓSITO

Um leitor que atua no setor de turismo, bastante atento, pergunta: por que será que o Governo Federal nunca fala em privatizar (ou fechar) a BBTur? Não há notícia de que exista agência de viagens controlada por banco estatal federal em lugar nenhum do mundo. Nem em Cuba tem uma anomalia dessas. Será que a União não tem coisa melhor pra fazer do que emitir bilhetes aéreos, vender cruzeiros marítimos e pacotes de viagem? Agência de viagens é atividade típica da iniciativa privada. Até na China.

PARA BAIXO DO TAPETE

A notícia dada pelo governo Lula, ontem, sobre a utilização de uma nova fórmula para reduzir o déficit da previdência, com a utilização da CPMF, foi fantasticamente ridícula. Idiota, melhor dizendo. Como se a simples utilização de um recurso já existente fizesse com que a despesa ficasse menor. Ou que a Previdência não mais precise ser reformada. Quem aceita esta alquimia é tão medíocre quanto a proposta do governo.

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31 jan 2007

LULA NÃO É O CHÁVEZ?


NOVO PORTA-VOZ DE LULA

Segundo o ex-ministro Delfim Netto, Lula não é o Chávez, como afirmou em entrevista concedida a revista Veja desta semana, nas páginas amarelas. Faltou perguntar ao novo porta-voz de Lula qual a razão para que Lula e o PT permaneçam firmes como sócios-participantes da organização comunista Foro de São Paulo, junto com Chávez, Evo Morales e outros tiranos.

GRANDE AFINIDADE

A afinidade que Lula mostra com seus parceiros bolivarianos é incontestável. As próprias atas de reunião do Foro, por muito tempo expostas na Internet, identificam este sentimento e seus sérios propósitos. Que são pra lá de complicados e perigosos pela forma que mostram o fim das democracias. Delfim, pelo visto, está agora mais para este lado.

SONHO PETISTA

Caso Lula esteja mudando de posição, como admite Delfim Netto, mas que ainda não provou, resta a posição firme de seu partido, bastante afinado com a linha bolivariana adotada pelo seu grande líder Hugo Chávez. Na real, o que falta aqui para o PT e os partidos que o apóiam, é o gozo da situação vivida hoje por Chávez, onde a Lei Habilitante foi conquistada democraticamente dando-lhe todos os poderes ditatoriais. Este sempre foi o sonho petista.

CALADO

Delfim fica mudo quando o assunto é diplomacia. Lula critica a política de guerra dos EUA ao Iraque, mas cala de forma impressionante quanto à aquisição feita por Chávez e Evo Morales, de um lote de armamentos com 14 mil fuzis AK-47, três mil pistolas automáticas, grande quantidade de granadas, explosivos e detonadores, além de grande quantidade de botas especiais, fardamento camuflado para guerra na selva.

PELOS CÉUS DO BRASIL

O que estou dizendo nao é mera especulação, gente. Segundo a inteligência norte-americana, pelo menos dois aviões militares cargueiros (um C130 e um Antonov) cruzaram os céus do norte do Brasil levando armas pesadas para a Venezuela e para a Bolívia. Os vôos vieram da Rússia, com escala em Cuba, e destinos finais em Caracas e La Paz.Foram os agentes norte-americanos que detectaram que lote de armamentos acima informados.

EU NÃO SABIA!

Estas minhas provocações jamais serão respondidas, com toda a certeza. E se perguntadas a Lula a respeito, a resposta que dará, mesmo com todas as comprovações sobre o assunto, já é conhecida: Eu não sabia! Cômodo, não? A sociedade, quando emburrecida, sempre acredita que Lula nada sabe mesmo. Alguém o está sempre enganando. Um deles sou eu.

OITO AÇÕES

As oito ações apresentadas na tarde de ontem, 30, pela governadora Yeda Crusius, como forma de equilibrar as finanças do Estado irão, na visão da Fecomércio-RS, atingir diretamente o setor terciário gaúcho e, em sua maioria, devem prejudicar o equilíbrio financeiro do setor privado. Pelo menos quatro destas medidas são vistas de forma negativa, seja pelo aumento da carga tributária, seja pelo corte em alguns benefícios já discutidos e conquistados pelo setor.

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30 jan 2007

FADADOS AO FRACASSO


PIOR IMPOSTO

Se houvesse um pleito para eleger o imposto mais injusto e indecente deste mundo, com toda a certeza a CPMF figuraria como o pior de todos. Talvez, por entender que se trata de uma grande excrescência, só o Brasil ainda adota tal estupidez. Uma velha sina, diga-se de passagem.

MAUS GOVERNADORES

Um povo, por mais medíocre que seja, não poderia, em hipótese alguma admitir a existência de um tributo como a CPMF. Pois, os governadores da maioria dos Estados, que durante as campanhas eleitorais ficaram quase roucos de tanto falar e resmungar que a carga tributária é pra lá de indecente no Brasil, estão agora se mostrando adeptos ao tributo. Safadeza pura.

ADESÃO TOTAL

Ao invés de se reunirem para propor uma diminuição de impostos, alíquotas, custeio, e, principalmente reformas, os governadores se reuniram em Brasília para defender a CPMF. Loucura total. E, para demonstrar a enorme paixão que nutrem pelo estúpido tributo, decidiram que, muito antes de acabar com ele, querem um bom pedaço do monstrengo. Às custas de quem?

CUMULATIVA

Isto é caso típico de Impeachment, gente. Contribuinte minimamente inteligente não poderia admitir esta loucura. A CPMF é bestial. Cumulativa, se multiplica de forma astronômica na cadeia produtiva. Razão suficiente para que nenhum país adote tal tributo. E os governadores querem por que querem a CPMF.

NINGUÉM ADOTA

Os brasileiros têm sido educados, principalmente pela imprensa, para destilar ódio aos asiáticos. Sabem porquê? Resposta simples: porque precisamos sempre detestar gente competente e competitiva. Para estes povos exigimos salvaguardas. A realidade, entretanto, é que nenhum país da Ásia ousa querer um imposto como a CPMF. Creio que eles devem estar vibrando com a nossa ignorância. Coisa que mais impede o Brasil de competir com eles, certamente.

AUTO - AJUDA

Tem gente que me escreve pedindo para ser mais otimista, mais esperançoso com o país, com os governantes. Imagino que sejam leitores que ainda crêem piamente na reza forte, pensamento positivo, corrente de energia coletiva, e outras bobagens mais. Coisa que não passam de pura ilusão, mas ainda assim imaginam boas para resolver os nossos problemas.

SEM PERTURBAR

Os nossos políticos, muito espertos, sabem bem disto. Motivo pelo qual alimentam este sentimento e comportamento na certeza de que assim ninguém irá perturbá-los. O povo precisa saber que a única corrente que existe é o pagamento da conta. Estamos fadados ao fracasso.

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