ALÇA DE MIRA
Países emergentes vivem constantemente sob a alça de mira dos investidores internacionais. Mas uma boa parte de investidores europeus estão com os olhos bem abertos para a Macedônia e Eslovênia, por exemplo.REFORMAS
Anúncios sedutores, bastante focados, feitos por estes países em revistas especializadas de economia, sugerem a atenção mostrando as reformas que fizeram e o que tem para oferecer para aqueles que desejam sucesso nos novos negócios.ESLOVÊNIA
Comecemos, então, com algumas belas informações que estão sendo divulgadas pela Eslovênia, que tem uma população de 2 milhões de habitantes, um PIB de 25 bilhões de euros, renda per capita de 16 mil euros e inflação de 2,5%.CORRUPÇÃO
O governo esloveno informa que para abrir uma empresa na Eslovênia são necessários apenas 60 dias. E deixa clara a posição confortável que dispõe no item - Transparência Internacional -. Em outras palavras o informe diz o quanto o país goza de baixíssima percepção de corrupção (neste item, infelizmente, estamos muito mal).MACEDÔNIA
Agora, um pouco sobre a Macedônia, que prefere mostrar o quanto está perto dos grandes mercados europeus, como Áustria (1000 km), Itália (1200km), Alemanha (1500km), França (1700km), Bulgária e Turquia (650km).VANTAGENS
Além disso, as vantagens da Macedônia para investimentos são interessantes: 10 anos de free tax corporativa para empresas e 10% dali em diante; isenção total de VAT para exportação; e conexão livre e imediata ao gás natural, eletricidade e água.MODAIS
Tem mais: imediato acesso também a vários modais, como aeroporto, ferrovia e corredores rodoviários. Ou seja, tudo aquilo que para nós sempre é uma promessa, para esses já é uma realidade. Um viva, pois, à Eslovênia e à Macedônia.PRODUÇÃO
O interessante é que países como estes, que mostram baixo potencial de consumo pelo tamanho das suas populações, estão voltados para competir na produção. E com vantagens competitivas que muitos países da Europa não conseguem pela dificuldade que tem para fazer reformas.ENTREVISTA
A longa entrevista que o jornal Folha de São Paulo conseguiu fazer com o presidente Lula, a qual foi publicada no último domingo, de certa forma me deixou intrigado. Com assuntos abordados de forma direta pelos entrevistadores, como deixaram de perguntar sobre o Foro de São Paulo?PAUTADA?
Não é possível imaginar que os experientes repórteres da Folha não estejam informados da existência ou não tinham interesse em saber da relação do PT e de Lula no Foro de São Paulo. E pela forma como insistiram com várias perguntas feitas ao presidente, a entrevista não deve ter sido pautada. Lamentei muito.PEDÁGIOS
Mudando de assunto, o leilão feito pelo governo Lula, na semana anterior, dos trechos das estradas concedidas à iniciativa privada, continua rendendo notícias. Além dos preços apresentados pelos vencedores, que está mexendo com a cabeça de muita gente, há ainda o fato de que o PT nunca admitia falar em privatizações.PRIVATIZAÇÃO
Sigo afirmando que as estradas continuam sendo públicas e de propriedade dos cidadãos brasileiros. Portanto, fazer concessão para manutenção não é privatizar. Coisa, entretanto, que também nunca foi aceita por várias alas do PT, principalmente do RS.ATITUDES CORRETAS
Com todas as contrariedades que mostro nos meus artigos, ainda prefiro que o PT esteja tomando atitudes corretas mesmo que esporádicas e contra a vontade de vários de seus próprios membros.PERMANECER NO ERRO
Ficar reclamando quando os atrasados acertam é pedir que voltem atrás para permanecer no erro. Aí quem sai perdendo é a sociedade, mais uma vez. Gente: vamos cuidar de outras coisas que estão erradas e não ficar batendo em cima do que está melhor.COMPETITIVIDADE
Amanhã vou escrever sobre a forma que vem sendo utilizada por alguns paises da Europa, aqueles mais recentemente engajados na Comunidade, para atrair investimentos. Depois de fazerem regimes, para ficar com menos gordura e mais musculatura (onde as privatizações foram imprescindíveis), atestam a saúde obtida com o tratamento através de anúncios interessantes. Confiram.VAI QUEBRAR
Do Rio de Janeiro, onde passei o final da semana, viajei à Europa, mais especificamente Paris e algumas poucas cidades da Itália, de onde pretendo colher algumas observações sobre a Comunidade Européia.PRIMEIRA SENSAÇÃO
No entanto, a primeira sensação que tive ao iniciar a viagem é que a Varig já está muito perto da sua segunda falência. Constatei pessoalmente que os aviões da nova (?) Varig são ou continuam verdadeiras latas velhas.MANUTENÇÃO
Não sou tão intolerante a ponto de não admitir quaisquer possíveis acidentes e/ou situações que sempre podem fugir ao controle. Mas quando certas coisas acontecem no mesmo dia, de forma consecutiva e em mais do que uma aeronave, fica evidente que não está havendo a devida manutenção das mesmas.DUAS OPORTUNIDADES
Esta minha constatação ocorreu em duas oportunidades distintas em poucas horas: primeiro, quando embarquei no RJ, com destino a SP, no avião que tinha como destino Frankfurt. Na decolagem os passageiros reclamavam que o sistema de iluminação (luz para leitura de quem estivesse nos assentos) estava pifado. Imaginei ser um problema de solução rápida, o que infelizmente não aconteceu. Assim, os passageiros que iam para Frankfurt só tiveram dissabores.11 HORAS SEM SOM
A segunda constatação me atingiu em cheio. Feita a conexão em SP embarquei em outra aeronave, também da Varig, com destino a Paris e Roma. E imediatamente percebi que esse outro avião também era portador de um grave defeito: não poderia oferecer qualquer tipo de entretenimento durante o vôo. O sistema de áudio e imagens estava pifado há vários dias. Ou seja, o meu vôo, de 11 horas, foi sem músicas, sem filmes e sem qualquer informação na tela.SUCATAS
Reclamei, assim como outros passageiros, cheio de razão, Mas, as respostas dos gentis funcionários foram uníssonas: - Os nossos aviões são os mesmos da velha Varig. E por isto continuam nas mesmas (péssimas) condições. Mas tudo deve melhorar futuramente. Pedimos que tenham um pouco de paciência até que a empresa consiga resolver os problemas apresentados -.SEM COMPENSAÇÃO
Como as passagens cobradas não têm preços diferentes daqueles praticados pelas demais companhias aéreas, que também não passam por um bom momento em função do apagão aéreo, não há razão para suportar as falhas. Se tudo tivesse sido esclarecido em tempo e alguma compensação fosse concedida, os passageiros ainda poderiam optar. Isto, no entanto, não aconteceu. Só a paciência foi solicitada, o que já prova ser uma esperteza. Sendo assim só resta mesmo entrar na justiça para tentar alguma compensação. E se convencer de que a Nova Varig também não vai longe. Vai quebrar. De novo.ALINHADA
No último dia 9 de outubro praticamente todos os meios de comunicação do Brasil registraram (muitos até saudosos) os quarenta anos da morte de Che Guevara. Até aí bastante compreensível, uma vez que são bem conhecidas as posições ideológicas de grande parte da imprensa do país, sempre muito alinhadas com o pensamento do facínora Guevara.NENHUMA MENÇÃO
O que chamou a atenção, porém, foi que no mesmo dia, há exatos seis anos atrás, também ocorreu o falecimento de Roberto Campos. Para este, por ter sido um liberal, não houve uma menção sequer. Nem dos seus magníficos alertas nem das suas lutas contra o atraso que ainda permanecemos mergulhados.MELHOR CAMINHO
Conclusão: liberais, no Brasil, não merecem ser lembrados pela imprensa. Embora Roberto Campos só tenha praticado o bem, e tenha passado grande parte da vida fazendo sugestões importantes sobre o melhor caminho a ser seguido pelo Brasil, ainda assim não foi mencionado no dia 9 de outubro.COISA EM COMUM
Não há, contudo, a mínima possibilidade de comparação entre Che e Campos. A única coisa em comum existente entre ambos é a data da morte: 9 de outubro. Che, embora muita gente não admita, foi um bandido sanguinário. Jamais praticou o bem a quem quer que seja. Roberto Campos, ao contrário, nunca cometeu um assassinato.SÓ PELO PONTOCRITICO
Mesmo assim o único lembrado no dia 9 de outubro foi Che. Roberto Campos só foi lembrado mesmo pelo Ponto Critico. E com direito a divulgação de um de seus textos.FLORENSE
A convite do incansável e muito focado empresário Gelson Castellan, da Fábrica de Móveis Florense, estive no Rio de Janeiro, no final da semana prolongado, visitando a Casa Cor RJ. Nos bate-papos que aconteceram durante as refeições descontraídas no magnífico ambiente carioca de muito sol e calor percebi o quanto Gelson está preparando a Florense para enfrentar as expectativas futuras do setor e da empresa.EXTERIOR
Fora do Brasil, além da recente mudança de endereço da loja de NY, que agora está instalada no elegante bairro do SoHo, cuja resposta já está acontecendo, no início de 2008 a Florense estará inaugurando também a loja de Chicago. E mais adiante, em março, uma franquia em Angola, no continente africano.INVESTIMENTOS
Para poder atender a demanda cada vez maior da linha de móveis fabricados em Flores da Cunha, RS, e se adaptar ao crescimento que o setor imobiliário deve impor, muitos investimentos já estão em curso. No próximo ano, por exemplo, a Florense já deverá dispor da sua universidade corporativa visando uma preparação continuada dos seus colaboradores.NOVA FÁBRICA
Os investimentos que estão sendo feitos, em capital humano e tecnológico, devem melhorar os processos para enfrentar o que os novos tempos estão a exigir. Não fiquem admirados, pois, se dentro de pouco tempo até uma nova fábrica venha a ser necessária. E que pode, inclusive, ser construída fora de Flores da Cunha. A entrevista que fiz com Gelson Castellan, para a TV PONTOCRITICO.COM é bem esclarecedora sobre o que a Florense quer e deve atingir. Confiram a partir de amanhã.NOVA CONTAGEM
Como acontece a cada ano que é completado, desde que foi publicada a primeira edição doBRINDE
E para brindar os nossos assinantes publico, como sempre, mais um texto do grande homenageado de todos os anos, o ex-ministro Roberto Campos.EM BOA HORA
E o texto escolhido vem em boa hora. Quando já parecia claro e evidente que o socialismo não representa o caminho do sucesso e da vitória, comparado com as vantagens inequívocas do capitalismo, estamos percebendo que a América Latina como um todo está voltando rapidamente ao passado. Está ficando bem longe da trilha, das rotas corretas e bem identificadas com a riqueza e a liberdade.LÓGICA DE RACIOCÍNIO
É exatamente por isso que o PONTOCRITICO.COM tem se posicionado sempre, e diariamente, com críticas fundamentadas evidenciando a lógica do raciocínio. Numa busca incessante de explicar da melhor forma que as nossas mazelas são debitadas, em muito, por ideologia equivocada, excesso de intervenção governamental, altos impostos e muito gasto público.É DIFÍCIL AMAR O PRÓXIMO
Segundo Campos, as esquerdas brasileiras, apaixonadas pelo dirigismo, certamente não amam os pobres. Ao contrário. Pelas atitudes tomadas e pelas leis que tem conseguido aprovar ao longo dos anos mostram que pobres e miseráveis precisam de esmolas. Assim, eles se mantém sempre fiéis às suas vontades.PRINCÍPIOS EQUIVOCADOS
Defendem, portanto, os privilegiados com vantagens especiais da Previdência Pública; apóiam privilégios de algumas empresas públicas que nunca servem bem ao público e ainda oneram o Tesouro; reclamam muito da falta de empregos, mas hostilizam os investidores estrangeiros capazes de criá-los; querem sempre mais e mais impostos sobre os ricos, esquecidos que a técnica socialista de empobrecer os ricos para enriquecer os pobres nunca foi bem-sucedida, em nenhum país.GLADIADOR
Em suma, o esquerdismo brasileiro é um teimoso gladiador em perene luta contra a lógica econômica e a experiência da história. O slogan: ? O capitalismo é bom para produzir e o socialismo é bom para distribuir ? é apenas uma mistura de cretinice acadêmica e falsidade ideológica, afirmava sempre o saudoso Roberto Campos. Amém.A IMPRENSA E OS PAPAGAIOS
A imprensa aberta, infelizmente, não toma os devidos cuidados ao divulgar certas notícias, principalmente quando tem plena consciência de que a maioria dos brasileiros tem baixa escolaridade. Pessoas que agem tal qual os papagaios repetindo tudo aquilo que viram, ouviram e leram nos meios de comunicação.DESINFORMAÇÃO
Comunicações mal feitas resultam quase sempre em grande desinformação. Que por sua vez dificultam seriamente o entendimento de muitas questões, a ponto de não conseguir produzir qualquer efeito caso haja uma de tentativa de reparação futura.COISA DO DEMÔNIO
Quando o assunto é -privatizações
-, tema que já virou coisa do demônio aqui no Brasil, mais cuidado ainda deveria ter a imprensa. Não pode haver a confusão entre privatizar e fazer parceria com a iniciativa privada. São casos típicos em que sequer existe a (necessária) mal falada privatização. A impressão que resta, quando a imprensa não aceita certas decisões de governo, é de que ela prefere alimentar o demônio, incutindo na sociedade o termo privatização.CONCESSÕES PARA MANUTENÇÃO
Vejam, por exemplo, a questão que envolveu o leilão das rodovias concedidas, ontem. Não é privatização coisa alguma. As nossas estradas, todas, continuam sendo públicas e de propriedade da sociedade brasileira. A manutenção é que passa a ser feita por empresas privadas, em regime de concessão. Que para mantê-las precisam cobrar tarifas dos usuários, ao invés de cobrar de quem não as usa. Nada mais justo, portanto.FORMAÇÃO DO PREÇO
E o preço das tarifas, mais conhecidas por pedágio (o que já é um erro grosseiro porque deveria ter o nome de rodágio) é resultante de uma equação que envolve o volume de tráfego de veículos no trecho a ser concedido considerando o investimento exigido para manter o caminho em boas condições. Este é o cálculo que deve ser considerado na formação do preço da tarifa. E tudo deve ser fiscalizado pelos agentes de governo para que os investimentos sejam feitos de acordo com o fluxo apresentado na rodovia.IMPOSTOS E PEDÁGIOS
Estradas não são de propriedade privada, em qualquer lugar do mundo. A conservação das mesmas, para que não fiquem sucateadas, são parcerias público-privadas adotadas em vários países. O valor que os cidadãos pagam para construir estradas saem dos impostos. A conservação das mesmas saem do bolso dos usuários, através do pagamento do pedágio.OBJETIVOS REVOLUCIONÁRIOS
Venezuela, Brasil, Argentina, Equador, Paraguai, Uruguai e Bolívia resolveram criar o Banco do Sul, que deverá funcionar já em 2008. Bolívia, Cuba, Nicarágua e Venezuela já haviam chegado a um acordo final na semana anterior, em Havana (vejam só), sobre os instrumentos de financiamento do Banco da Alba ? Aliança Bolivariana -, uma alternativa da esquerda latino-americana ao Fundo Monetário Internacional. Agora, com os demais parceiros tudo ficou decidido. Viva. Sem entrar no mérito da criação, a companhia ao menos não é nada boa. Todos os membros, liderados pela Venezuela de Chávez, onde será a sede da instituição, tem objetivos revolucionários. O que nos faz entender quais projetos serão financiados. Alguém duvida?