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05 set 2012

A HERANÇA E OS NÚMEROS


SITUAÇÃO RUIM

O Brasil, que nos últimos anos chegou a ser considerado como a BOLA DA VEZ, pelo mercado internacional, está escancarando problemas. Basta verificar o comportamento de alguns indicadores, como, por exemplo: Bolsa em declínio constante, inflação em alta, péssimo desempenho do PIB, corrupção por todos os cantos, índice de educação deploráveis, burocracia pesada, carga tributária absurda, etc.Pois ao invés de reconhecer os problemas e tratar de encarar as soluções, a perdida presidente Dilma subiu, literalmente, nas tamancas e saiu em defesa de seu querido antecessor, diante das (corretas) críticas feitas pelo ex-presidente FHC.

HERANÇA PESADA

Pela reação nervosa e confusa que mostrou, através da Nota que mandou publicar ontem, a presidente Dilma deu a entender que não leu e não gostou do detalhado e verdadeiro artigo de FHC, publicado em vários jornais do país no último domingo, com o título: Herança Pesada.

INÍCIO

FHC inicia dizendo que a -Herança Pesada- começa pelo mais óbvio: a crise moral (alguma dúvida?). E expõe a prova da seguinte forma: - Nem bem completado um ano de governo, e lá se foram oito ministros, sete dos quais por suspeitas de corrupção. Ou seja, nada a reparar diante de uma verdade indiscutível.

MENSALÃO

Mais: - O mensalão é outra dor de cabeça. De tal desvio de conduta, Dilma passou longe e continua se distanciando. Mas seu partido não tem jeito. Invoca a prática de um delito para encobertar outro: o dinheiro desviado seria APENAS para o caixa dois eleitoral, como disse Lula em tenebrosa entrevista dada em Paris, versão recém-reiterada ao NEW YORK TIMES.FHC exagerou? Certamente, NÃO!

AO SABOR DA POPULARIDADE

Continuando: - Nos anos de bonança, em vez de aproveitar as taxas razoáveis de crescimento para tentar aumentar a poupança pública e investir no que é necessário para dar continuidade ao crescimento produtivo, Lula preferiu governar ao sabor da popularidade. Ou seja: aumentou os salários e expandiu o crédito, medidas que, se acompanhadas de outras, seriam positivas.Entretanto, deixou de lado as reformas politicamente custosas, não enfrentou as questões regulatórias para acelerar as parcerias público-privadas e retomar as concessões de certos serviços públicos. Há algo aí que possa ser contestado? Em hipótese alguma!

LONGA LISTA

É longa a lista do que faltou fazer quando seria mais fácil. Na questão previdenciária, o único AVANÇO não se concretizou: a criação de uma previdência complementar para os funcionários públicos que viessem a ingressar depois da reforma. A medida foi aprovada, mas sua consecução dependia de lei subsequente, para regulamentar os fundos suplementares, que nunca foi aprovada.Por falta de espaço fico por aqui sem ter o que reparar, certo?

NOTA DE DILMA

Pois, abalada com as verdades indiscutíveis, a furiosa Dilma redigiu a NOTA dizendo, basicamente, o seguinte: - Recebi do ex-presidente Lula uma herança BENDITA. Não recebi um país sob intervenção do FMI ou sob a ameaça de apagão.Recebi uma economia sólida, com crescimento robusto, inflação sob controle, investimentos consistentes em infraestrutura e reservas cambiais recordes.Recebi um país mais justo e menos desigual, com 40 milhões de pessoas ascendendo à classe média, pleno emprego e oportunidade de acesso à universidade a centenas de milhares de estudantes.É de chorar, não? Falou da intervenção do FMI e não falou da enorme intervenção que seu governo está fazendo na economia. Já quanto às críticas feitas por FHC Dilma silenciou. Sabe, certamente, que há o que contestar. Afinal, os indicadores falam por si, não?

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04 set 2012

FALTA EDUCAÇÃO E SOBRA ESTUPIDEZ


PIB NEGATIVO EM 2012?

Ainda faltam quatro meses para o enceramento de 2012. O que me preocupa é que este prazo pode ser suficiente para que o PIB brasileiro feche o ano no negativo. A minha dedução é lógica: basta o Boletim Focus, do BC, continuar mostrando, semanalmente, números cada vez menores para o crescimento da nossa economia. Ontem, por exemplo, saiu a mais recente previsão: 1,64%.

IRRESPONSABILIDADE AVANTAJADA

Lembram que no início do ano, o Sinistro Mantega, dentro de sua interia e avantajada irresponsabilidade, dizia que a economia brasileira deveria crescer 4,5%? Por coincidência ou preferência numérica, trata-se do mesmo índice que previu para 2011 (que acabou fechando em 2,7%), e que de forma apaixonada também repete para 2013. Que tal?

LEGIÃO DE ILUDIDOS

Não é de se estanhar. Afinal, os governos Lula/Dilma seguem piamente a máxima de Joseph Goebbels - de que uma mentira repetida várias vezes tem grandes chances de se tornar uma verdade. Assim é de se supor que a legião de iludidos frenéticos, que garantem enorme aprovação do governo, acreditam na história de que a economia brasileira vai muito bem. E que vai melhorar ainda mais com medidas conjunturais (de curto prazo). Pode?

TRAGÉDIA EDUCACIONAL

Examinando o comportamento de importantes índices que por sinal são aqueles que dão sustentação ao PIB (Índice de desempenho da economia), vejam o que acontece. Começando pelo INDEB ? Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, a tragédia é total. Não tem similar na história. Pelo que dizem os números, a educação nunca foi tão ruim no país.

OUTROS ÍNDICES

Um outro índice, que nada mais é do que a consequência do INDEB, é o IDH ? Índice de Desenvolvimento Humano. Se não cabe o mesmo adjetivo é por detalhe. Outro mais: O IT - Índice Tributário. Aí a palavra ESCÂNDALO é a mais apropriada. Não há economia que possa crescer com tamanha carga tributária.

DISCERNIMENTO DOS LEITORES

Como os leitores/assinantes do Ponto Crítico tem discernimento suficiente, não preciso ir adiante. Tudo aquilo que emperra o nosso crescimento é explicado, basicamente, 1- pela fantástica falta de educação; 2- pelo extraordinário excesso de estupidez governamental; e, 3- enorme corrupção.

COMPETITIVOS

Observem que os países que estão apresentando um bom crescimento econômico neste grave período de crise mundial, só chegaram a tanto porque resolveram ser competitivos. Pensam e agem, portanto, de forma inteligente (educação) e correta (menos carga tributária), tirando os obstáculos que dificultam o caminho dos bons resultados. Só isso.

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03 set 2012

SAFRA DE FRACASSOS


FRACASSOS

Os leitores que tem por hábito ler o Ponto Crítico, certamente já perderam a conta do número de editoriais que escrevi ao longo desses últimos anos, criticando as atitudes tomadas pelos governos Lula/Dilma.

PESSIMISMO

Entretanto, até hoje nenhum leitor foi surpreendido ou enganado por não ter sido informado das razões de que as decisões ruins só poderiam resultar em fracassos, como, infelizmente, estamos assistindo. Se todos lamentam os maus resultados, ao menos não podem me acusar de ser um indesejável pessimista sem causa.

MEDIDAS EQUIVOCADAS

Nas questões econômicas, por exemplo, o governo vive dando mostras do quanto adora tomar decisões equivocadas. Insiste, de forma incrível, com medidas CONJUNTURAIS, cujo efeito, como se sabe, é de curtíssimo prazo, e deixa de lado, ou para trás, o necessário, o correto e o determinante, que representam as medidas ESTRUTURAIS.

SEM QUIROMANCIA

Ora, na economia também se colhe aquilo que é plantado. Portanto, o resultado da safra do segundo trimestre de 2012 não poderia ser outro: um crescimento pífio, de 0,4%, do PIB. O suficiente, aliás, para o Brasil ocupar o último lugar entre os países do BRICS (incluída, portanto, a África do Sul, que cresceu 3,2%). Tudo, como os leitores sabem muito bem, foi cantado aqui. Bem antes do tempo, com um detalhe: sem fazer uso da quiromancia.

TRISTE REALIDADE

Na comparação com os países latinos que não comungam da ideologia bolivariana (que infelizmente é o pensamento dominante no continente), como é o caso do Chile, México, Peru e Colômbia, o nosso desempenho é simplesmente sofrível. Até o EUA, que estão mergulhados na crise, deve fechar 2012 com desempenho muito acima do nosso. É duro, não? Pois é, gente, esta é a nossa triste realidade.

FIASCO

Como o leitor já percebeu, até aqui nada do que escrevi é novidade. Nem me portei como pessimista por prever os resultados, que os noticiários não param de estampar. O que ainda não foi dito, mas deve ser entendido, é que este prolongado ou interminável fiasco, só não foi pior porque o governo reduziu o IPI para os automóveis.

ÓLEO MILAGROSO

O que mais contribui para o fiasco é que até agora a redução do IPI e a redução da taxa Selic não conseguiram fazer a economia reagir. Nada mais lógico: o governo só mexe nas consequências, deixando intocáveis as causas.Com isso, os motores que movem a nossa economia se encontram tomados por teias de aranhas. Para fazer a máquina andar é preciso engraxar as engrenagens com o milagroso óleo lubrificante, representado pela mistura de dois importantes aditivos PREMIUM: investimento e educação. Que tal?

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31 ago 2012

FIM DO PRIMEIRO ATO


EXCEDEU A TOLERÂNCIA

Ontem, quando o presidente do STF encerrou, com o seu voto, o primeiro capítulo do julgamento do Mensalão, fiquei com a impressão de que, desta vez, o grau dos crimes praticados pelos réus por ora condenados foi de tal ordem, que conseguiu exceder o nível de tolerância da maioria dos ministros do STF.

OS DOIS QUE DESTOARAM

Os únicos que destoaram, como se viu, foram os ministros Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli, que optaram pela absolvição dos réus petistas. Se a decisão de ambos não surpreende, ao menos enoja. Muito. Mostraram que ao invés de julgar, preferiram se solidarizar com seus colegas e amigos petistas. Entretanto, ao absolvê-los deixaram claro que os roubos e desvios do dinheiro público devem continuar impunes e com valores cada vez mais altos.

NO BANCO DOS RÉUS

Aliás, a decisão tomada por ambos, diante de roubos absolutamente incontestáveis, sugere que, ao invés de ficarem sentados à mesa, junto com os demais ministros julgadores, o lugar que deveriam ocupar seria, junto com os amigos, no banco dos réus. Ficaria mais adequado, não?

DECLARAÇÃO DO PRESIDENTE DO STF

Como o povo não consegue acompanhar a maioria das manobras do governo, o presidente do STF, Carlos Ayres Britto, ao proferir o voto final desta primeira fase do processo de julgamento, fez a seguinte declaração, que deixou muita gente perplexa: - Um projeto de lei foi alterado propositalmente com o propósito de influenciar o julgamento do mensalão e beneficiar alguns dos réus.

TEXTO SINISTRO

O texto do projeto, como revela o jornal Folha de São Paulo de hoje, trata da contratação de publicidade por órgãos públicos. Só que, durante a sua tramitação na Câmara, o projeto foi alterado de forma safada e sinistra por deputados do PT e do PR, partidos que têm membros entre os réus. Pode?

REDAÇÃO MAQUINADA

Ayres Britto, com uma calma incrível porém severa, disse, alto e bom som, que a redação da lei foi INTENCIONALMENTE MAQUINADA para legitimar ação pela qual os réus eram acusados. O episódio citado, para quem não sabe, começou em 2008, quando o atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que naquela época ocupava o cargo de deputado federal pelo PT (obviamente), apresentou o projeto sinistro.

ATENTADO À CONSTITUIÇÃO

Para o presidente o STF, assim como para todos nós, que até agora não tínhamos esta clara informação trágica, a manobra é um ATENTADO VEEMENTE, DESCABIDO E ESCANCARADO à Constituição. A declaração, insisto, refere-se à lei 12.232, SANCIONADA pelo então presidente Lula, em 2010. Aquele mesmo, gente, que vive repetindo duas pérolas: 1- que o Mensalão não existiu; e, 2- que não saiba de nada. Este é o Cara que o povo brasileiro admira. Pode? Vamos, pois, ao SEGUNDO ATO.

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30 ago 2012

SOPRO DE ESPERANÇA


ESPERANÇA

Quem lê diariamente o Ponto Crítico já percebeu que as minhas esperanças de ver um Brasil mais justo, mais aberto, mais eficiente e realmente competitivo, vem se esvaindo dia após dia.

NÃO É IMAGINAÇÃO

Aqueles que leem com alguma atenção os editoriais publicados aqui, diariamente, já devem ter percebido que este sentimento de desesperança não é fruto da minha imaginação.

FUNDAMENTOS

Até os menos atentos sabem, perfeitamente, que as minhas críticas e/ou opiniões jamais deixaram de ser fundamentadas e esclarecidas. Tudo que escrevo decorre, exclusivamente, da minha lógica de raciocínio, que se iguala a minha forma de agir.

ALEGRIA

Pois, ontem, para minha alegria (não sei por quanto tempo), os ministros Cezar Peluso, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello, do STF, através de seus votos e justificativas, me deram um grande sopro de esperança.

A VOLTA DA ESPERANÇA

A cada palavra proferida pelo ministro Cezar Peluso, a minha esperança se renovava. Foi, indiscutivelmente, uma verdadeira aula de conhecimento, de ética, de comportamento e principalmente de justiça. Coisa, aliás, que havia deixado de existir no Brasil, principalmente depois que Lula subiu a rampa do Planalto.

PERDA IRREPARÁVEL

Mesmo com o destaque que merecem os demais ministros que se apresentaram ontem, a despedida do ministro Cezar Peluso foi o ponto alto do dia, neste julgamento do Mensalão. Uma pena que alguém com tamanha envergadura seja obrigado, por força da Constituição, a deixar a Suprema Corte. Uma perda irreparável neste momento.

MINISTROS CONDENADOS

Quando a alegria toma conta não é hora para olhar e se preocupar com coisas tristes. Entretanto, por dever de ofício e, principalmente, de consciência, não posso deixar de me referir aos dois ministros-petistas que votaram pela absolvição dos réus partidários. Fiquei pra lá de convencido de que os ministros que votaram ontem estavam condenando muito mais o Toffoli e o Lewandowski do que os próprios réus do processo.

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29 ago 2012

EDUCAÇÃO E IDEOLOGIA


RECEIO

Diante da forte repercussão do editorial de segunda-feira volto ao tema, que trata dos investimentos no Brasil. Tomando por base o reconhecido e incontestável desprezo que os nossos governantes mostram pela EDUCAÇÃO, muitos investidores estão se mostrando receosos com o Brasil. Além disso, entretanto, há outras preocupações. Por exemplo:

INGREDIENTES

1- Atitudes de cunho fortemente nacionalista e intervencionista; 2- Assistencialismo absurdo; 3- Passividade total com a corrupção; 4-Forte compromisso com o novo Mercosul e/ou Unasul, instituições cujos países membros, além do Brasil, não negam a preferência pelo socialismo. Como é o caso da Venezuela, Argentina, Bolívia, Equador, Nicarágua, Cuba, etc.

PRATO CHEIO

Só por aí, como se vê, o prato já fica repleto de razões para colocar, 1- os novos investidores receosos e bem longe daqui; e, 2- os mais antigos, com enorme arrependimento de um dia ter investido aqui.

CANTO DA SEREIA

Muitos investidores, aconselhados e/ou forçados a adotar a velha e surrada fórmula constrangedora do comportamento POLITICAMENTE CORRETO, só falam à boca pequena. Cheios de receio, para não transparecer publicamente, admitem que agiram de forma ingênua, se deixando levar pelos cantos de sereias.

DOIS RECADOS

Hoje, com os pés mais no chão e com os olhos e ouvidos fixados nas atitudes agressivas e criminosas de grande parte dos servidores federais em greve, os investidores interpretam que com isso o governo está dando dois recados importantes ao mundo todo: 1- aqui, o poder está, definitivamente, nas mãos dos sindicatos; 2- aqui, qualquer investidor só é bem-vindo se estiver em linha com o atraso.

SEM VOCAÇÃO PARA O CRESCIMENTO

É lógico que nem todos estão se dando mal por aqui, embora esta seja a vontade do governo. Uma grande parte, porém, não está nem um pouco satisfeita. Inclusive Jim O?Neill, que através de estudos mais recentes já esclarece que o Brasil não tem vocação para crescimento continuado.

AMANTES DO SOCIALISMO

Esta de querer concorrer com países interessados no desenvolvimento, ou já razoavelmente desenvolvidos, não é do interesse dos nossos governantes. Tudo por razões puramente ideológicas. Queremos, como já ficou provado através do esforço despendido para colocar a Venezuela no Mercosul, ter por perto somente os amantes do socialismo. Afinal, um país que enxerga e adota a galinha como símbolo do desenvolvimento, só consegue crescer aos pulos. Através de voos curtos e rasantes.

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