RECEIO
Diante da forte repercussão do editorial de segunda-feira volto ao tema, que trata dos investimentos no Brasil. Tomando por base o reconhecido e incontestável desprezo que os nossos governantes mostram pela EDUCAÇÃO, muitos investidores estão se mostrando receosos com o Brasil. Além disso, entretanto, há outras preocupações. Por exemplo:
INGREDIENTES
1- Atitudes de cunho fortemente nacionalista e intervencionista; 2- Assistencialismo absurdo; 3- Passividade total com a corrupção; 4-Forte compromisso com o novo Mercosul e/ou Unasul, instituições cujos países membros, além do Brasil, não negam a preferência pelo socialismo. Como é o caso da Venezuela, Argentina, Bolívia, Equador, Nicarágua, Cuba, etc.
PRATO CHEIO
Só por aí, como se vê, o prato já fica repleto de razões para colocar, 1- os novos investidores receosos e bem longe daqui; e, 2- os mais antigos, com enorme arrependimento de um dia ter investido aqui.
CANTO DA SEREIA
Muitos investidores, aconselhados e/ou forçados a adotar a velha e surrada fórmula constrangedora do comportamento POLITICAMENTE CORRETO, só falam à boca pequena. Cheios de receio, para não transparecer publicamente, admitem que agiram de forma ingênua, se deixando levar pelos cantos de sereias.
DOIS RECADOS
Hoje, com os pés mais no chão e com os olhos e ouvidos fixados nas atitudes agressivas e criminosas de grande parte dos servidores federais em greve, os investidores interpretam que com isso o governo está dando dois recados importantes ao mundo todo: 1- aqui, o poder está, definitivamente, nas mãos dos sindicatos; 2- aqui, qualquer investidor só é bem-vindo se estiver em linha com o atraso.
SEM VOCAÇÃO PARA O CRESCIMENTO
É lógico que nem todos estão se dando mal por aqui, embora esta seja a vontade do governo. Uma grande parte, porém, não está nem um pouco satisfeita. Inclusive Jim O?Neill, que através de estudos mais recentes já esclarece que o Brasil não tem vocação para crescimento continuado.
AMANTES DO SOCIALISMO
Esta de querer concorrer com países interessados no desenvolvimento, ou já razoavelmente desenvolvidos, não é do interesse dos nossos governantes. Tudo por razões puramente ideológicas. Queremos, como já ficou provado através do esforço despendido para colocar a Venezuela no Mercosul, ter por perto somente os amantes do socialismo. Afinal, um país que enxerga e adota a galinha como símbolo do desenvolvimento, só consegue crescer aos pulos. Através de voos curtos e rasantes.