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03 set 2012

SAFRA DE FRACASSOS


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FRACASSOS
Os leitores que tem por hábito ler o Ponto Crítico, certamente já perderam a conta do número de editoriais que escrevi ao longo desses últimos anos, criticando as atitudes tomadas pelos governos Lula/Dilma.
PESSIMISMO
Entretanto, até hoje nenhum leitor foi surpreendido ou enganado por não ter sido informado das razões de que as decisões ruins só poderiam resultar em fracassos, como, infelizmente, estamos assistindo. Se todos lamentam os maus resultados, ao menos não podem me acusar de ser um indesejável pessimista sem causa.
MEDIDAS EQUIVOCADAS
Nas questões econômicas, por exemplo, o governo vive dando mostras do quanto adora tomar decisões equivocadas. Insiste, de forma incrível, com medidas CONJUNTURAIS, cujo efeito, como se sabe, é de curtíssimo prazo, e deixa de lado, ou para trás, o necessário, o correto e o determinante, que representam as medidas ESTRUTURAIS.
SEM QUIROMANCIA
Ora, na economia também se colhe aquilo que é plantado. Portanto, o resultado da safra do segundo trimestre de 2012 não poderia ser outro: um crescimento pífio, de 0,4%, do PIB. O suficiente, aliás, para o Brasil ocupar o último lugar entre os países do BRICS (incluída, portanto, a África do Sul, que cresceu 3,2%). Tudo, como os leitores sabem muito bem, foi cantado aqui. Bem antes do tempo, com um detalhe: sem fazer uso da quiromancia.
TRISTE REALIDADE
Na comparação com os países latinos que não comungam da ideologia bolivariana (que infelizmente é o pensamento dominante no continente), como é o caso do Chile, México, Peru e Colômbia, o nosso desempenho é simplesmente sofrível. Até o EUA, que estão mergulhados na crise, deve fechar 2012 com desempenho muito acima do nosso. É duro, não? Pois é, gente, esta é a nossa triste realidade.
FIASCO
Como o leitor já percebeu, até aqui nada do que escrevi é novidade. Nem me portei como pessimista por prever os resultados, que os noticiários não param de estampar. O que ainda não foi dito, mas deve ser entendido, é que este prolongado ou interminável fiasco, só não foi pior porque o governo reduziu o IPI para os automóveis.
ÓLEO MILAGROSO
O que mais contribui para o fiasco é que até agora a redução do IPI e a redução da taxa Selic não conseguiram fazer a economia reagir. Nada mais lógico: o governo só mexe nas consequências, deixando intocáveis as causas.Com isso, os motores que movem a nossa economia se encontram tomados por teias de aranhas. Para fazer a máquina andar é preciso engraxar as engrenagens com o milagroso óleo lubrificante, representado pela mistura de dois importantes aditivos PREMIUM: investimento e educação. Que tal?