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Lula não conseguiu realizar em 2023 o que prometeu – por isso economia ainda respira. 03.01.24


Por J.R. Guzzo

Uma das principais vantagens de Lula como homem público é que ele não acredita nunca no que diz. Ou, mais exatamente, diz uma coisa e faz outra – seja porque não consegue realizar o que promete (ou ameaça), seja porque nunca pensou mesmo em realizar nada. Para o Brasil foi um lucro, neste ano de 2023 que se termina.

 

Pelo que Lula falou durante a sua campanha, pelo que falou quando montava o seu “plano de governo” com um comitê de 1.000 companheiros e pelo que tem falado desde que tomou posse, o país já deveria estar a caminho de um desastre comparável ao que Dilma Rousseff (a “Economista do Ano”, se é que alguém pode imaginar uma coisa dessas) deixou quando foi posta para fora da Presidência da República pela prática de fraude contábil. Mas o desastre não aconteceu. Os resultados da economia em 2023, na verdade, são positivos em questões-chave do painel de controles. É que aconteceu o melhor possível nas circunstâncias: o governo não funcionou. Sem funcionar, prejudicou menos.

 

O que está acontecendo é sempre melhor do que andar para trás. De qualquer forma, é o que temos a comemorar neste ano. O Brasil, obviamente, não vai a lugar nenhum se continuar andando de lado em termos de crescimento. Para sair da pobreza, da desigualdade e do atraso, teria de estar crescendo três ou quatro vezes mais do que cresce – e para isso seria indispensável colocar a conduta do Estado brasileiro num rumo exatamente oposto ao que segue hoje. Mas o que está acontecendo é sempre melhor do que andar para trás. De qualquer forma, é o que temos a comemorar neste ano.

 

A inflação ficou abaixo dos 5% em 2023 – é acima da meta, mas está mais do que bom. O dólar fecha o ano a menos de 5 reais, quando poderia estar a caminho de virar um peso argentino se o palavrório de Lula tivesse alguma consequência séria na realidade. O agronegócio, a turbina na economia brasileira de hoje, teve um novo ano de recordes: vai exportar cerca de 170 bilhões de dólares, e garantir mais um ano de superavit comercial e reservas internacionais bombando. A Bolsa de Valores está nas vizinhanças dos 135.000 pontos – e não existe economia em crise com bolsa subindo. Há pontos negativos, também, e pouca clareza sobre o desempenho de 2024, mas o que os números dizem é isso: a economia brasileira continua viva.

 

A esquerda, que um ano atrás exigia uma política econômica com a “cara” de Lula, infantil e irresponsável, agora vai às redes sociais dizer que o primeiro ano deu certo. Ninguém se lembra de mencionar que nenhum dos resultados citados acima se deveu a qualquer ação do governo. Fora o ministro Fernando Haddad, que adotou uma postura menos aventureira que a ala extremista do PT, o resto não fez nada para ajudar – e tudo para atrasar.

 

A comprovação mais evidente disso foi a guerra aberta que Lula fez contra o presidente do Banco Central, que tem mandato e não foi nomeado por ele. Com o apoio das lideranças do seu partido, passou o ano inteiro insultando pessoalmente o responsável legal pela administração da moeda. Disse e repetiu que a racionalidade financeira do BC era a maior desgraça do Brasil. Mas aí está: a inflação de 4,7% em 2023 é o resultado direto do trabalho do Banco Central, e não de Lula. O dólar está abaixo dos 5 reais porque o agro, que o governo trata como inimigo, continua a encher o Brasil de moeda forte. O restante é fruto do esforço do brasileiro que trabalha todos os dias, cumpre a lei e pagou 3 trilhões de impostos em 2023.


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TIRANDO O ERRADO, ESTÁ TUDO CERTO - 21.12.23


Por Alexandre Schwartsman - (publicada em https://veja.abril.com.br)

 

Em discurso recente o presidente Lula nos presenteou com a seguinte pérola: “se for necessário este país fazer o endividamento para crescer, qual é o problema? Qual o problema de você fazer uma dívida para produzir ativos produtivos para este país?”

 

Visto que se trata de uma pergunta – retórica, eu bem sei – não resisto a dar uma resposta. A começar, não há um problema, mas uma legião, porque são muitos.

 

Em primeiro lugar porque o histórico de endividamento do país não reflete, nem de longe, uma política de investimentos que tenha resultado em aceleração do ritmo de crescimento. Pelo contrário, o gasto (deduzido o pagamento de juros, mas incluído o investimento) dos três níveis de governo do Brasil entre 2010 e 2022 atingiu pouco menos de 38% do PIB; no mesmo período o investimento do governo federal, de estados e municípios ficou ligeiramente abaixo de 2% do PIB. 

 

Vale dizer, 95% das despesas do governo não são investimento (a remuneração do funcionalismo, por outro lado, representa um terço do total, mesmo sem contarmos pagamentos de pensões e aposentadorias do setor público). O crescente endividamento não representa, portanto, a contrapartida de investimentos que resultem em “ativos produtivos para este país”. 

 

E, à luz dos últimos resultados do exame Pisa (que avalia a qualidade da educação no Brasil), também não venham me dizer que os gastos têm ajudado na melhoria da educação e, portanto, crescimento…

 

Isso dito, se os (parcos) investimentos públicos fizessem o PIB crescer mais rápido do que a taxa real de juros que incide sobre a dívida, ainda poderíamos argumentar que faria sentido tomar dinheiro agora para pagar no futuro. 

 

Todavia, nos últimos 15 anos, a taxa média real de juros sobre a dívida ficou em 4,3% ao ano; nestes mesmos 15 anos, o crescimento do PIB atingiu, também em média, 1,3% ao ano. Se a justificativa era gastar para fazer o produto aumentar mais rápido do que a dívida, alguém precisa voltar urgentemente à prancheta.

 

O juro alto não ocorre por acaso, nem por maldade, mas por má política. A principal característica do setor público é a expansão da despesa muito à frente do PIB. Isso obriga o BC a trabalhar com taxas de juros mais altas para manter a inflação controlada do que as que seriam necessárias caso o gasto seguisse trajetória mais bem comportada, o que leva a menos investimento.

 

Parece apenas um argumento teórico, mas durante a vigência a sério do teto de gastos entre 2017 e 2019, o único momento de crescimento da despesa (federal) perto de zero, a taxa real de juros para o horizonte de um ano caiu para menos de 3% ao ano (em 2019 foi apenas 1,8%), comparado à média de 4,7% ao ano nos sete anos anteriores. 

 

Para fins de comparação essa taxa em 2023 ficou em torno de 6,7% ao ano, refletindo exatamente o aumento (quase) sem precedentes do gasto federal deste ano.

 

Resumindo, quais os problemas do endividamento, senhor presidente?

 

Juros mais altos, menos investimento privado, concentração do gasto público em coisas que não aceleram o crescimento, portanto inflação mais alta, renda mais concentrada e, por fim, bem-estar menor.

 

Fora isto, de fato, não tem problema algum. /coluna/alexandre-schwartsman/tirando-o-errado-esta-tudo-certo/


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ADMIRÁVEL MUNDO LIVRE? - 21.12.23


Por Fernanda Estivallet Ritter - Pres.Iee-RS

 

O maior palco de debates sobre assuntos políticos, econômicos e sociais da América Latina já tem data para acontecer: dias 4 e 5 de abril de 2024. A 37ª edição do Fórum da Liberdade convida o público para uma reflexão sobre os rumos do nosso futuro.

 

O ano é 2024, estamos vivendo a era da informação, com acesso sem precedentes a notícias, opiniões e ferramentas digitais. Paradoxalmente, vivemos em um persistente conflito com a verdade e o excesso de informações, no qual a construção do pensamento crítico se torna cada vez mais complexa. Em quais opiniões posso confiar? Onde estou seguro para expressar minha opinião? 

 

Nos vemos submersos em perspectivas pré-determinadas. As pessoas querem ser mais felizes e mais livres, mas não aceitam quem pensa diferente. A guerra de narrativas, a padronização e polarização dos pensamentos são sintomas de uma sociedade dividida em "nós contra eles", em que nos tornamos intolerantes.

 

Atreladas à globalização e ao desenvolvimento de tecnologias, as sociedades evoluíram de maneira exponencial nas últimas décadas. Mesmo assim, vivenciamos guerras, censura, intolerância e autoritarismo. Será que chegamos ao ápice de nossa evolução e estamos regredindo?

 

Em um convite para romper a bolha e questionar os paradigmas estabelecidos, o tema do próximo Fórum da Liberdade será "Admirável Mundo Livre?". A temática é inspirada no clássico livro “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley, que mostra uma civilização que também segue um rumo preocupante. A sociedade é dominada por uma ditadura que usa a ciência para condicionar os indivíduos desde o nascimento, seguindo comportamentos padronizados.

 

Se queremos recalcular a rota, precisamos traçar novos caminhos. A valorização do poder do indivíduo como agente de mudança é imprescindível para que possamos ter um mundo mais próspero e livre. Para isso, a 37ª edição do evento irá não apenas questionar o presente, mas também inspirar a transformação. O que é um mundo livre?  Quem questionará o status quo? O que é admirável? Essas e outras perguntas ecoarão nas discussões, impulsionando o pensamento crítico em direção a um admirável mundo livre de verdade.


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A LIBERDADE PEDE SOCORRO! - 19.12.23


Por Percival Puggina      

 

 Ela grita no tom coloquial do transeunte que me aborda na rua e grita no silêncio quando seu padecer não é assunto à mesa das famílias. E note-se, eu não sou um desenfreado que pretenda liberdade sem limites. Os cabelos que me restam, brancos e poucos, me ensinaram que é bobagem querer ser “livre como os pássaros” porque eles têm necessidades mais pungentes do que as nossas.

 

Livre é quem faz o que quer”, afirma um senso comum pouco esclarecido, ao qual Shoppenhauer propõe a seguinte pergunta: “Posso querer o que  quero?” Fica bem claro para a maioria das pessoas que não é possível querer a mulher do próximo ou o dinheiro da agência bancária, ou o automóvel alheio, ou suspender a projeção do filme enquanto se vai ao banheiro do cinema, por atraentes ou convenientes que tais interesse pareçam.

 

Lord Acton (John Dalberg-Acton, historiador britânico do século XIX) afirma algo surpreendente para quem não conhece as raízes da civilização ocidental: “Nenhuma nação pode ser livre sem religião. A religião cria e fortalece a noção do dever. Se os homens não são corretos pelo dever, devem sê-lo pelo temor. Quanto mais controlados estejam pelo temor, menos livres serão. Quanto maior seja a força do dever, maior será a liberdade.” É dele a conhecida frase segundo a qual “todo poder tende a corromper e o poder absoluto corrompe absolutamente; de modo que os grandes homens são, quase sempre, homens maus”.

 

É o que constato:

Poder excessivo costuma ter a maldade como sócia majoritária.

 

Essas e muitas outras reflexões apontam para a liberdade como um bem precioso. Ao mesmo tempo, sinalizam algo bastante obvio, ou seja, esse bem, como tantos outros, é frágil e corruptível. Por isso, devemos querer a liberdade sob uma ordem inspirada na lei natural, como condição indispensável para sua sobrevivência.  Uma ordem que nos permita ir e vir sem temor, ordem que nos permita expressar nossa opinião sem cerceamento e com responsabilidade, ordem que nos proporcione segurança jurídica.

 

O binômio liberdade e responsabilidade é tão natural quanto o que une qualquer ação humana à sua consequência. Inibir a liberdade do ser humano em vista da ordem, significa tirar-lhe a responsabilidade. E quando isso acontece no campo da política através da Justiça temos uma tripla violação: a da liberdade, a da responsabilidade e a constitucional. Sim, há também uma violação à representação exercida pelo parlamento.

 

A obediência dos cidadãos a uma lei aprovada pelo parlamento é uma forma de auto-obediência e independe das virtudes ou vícios dos representantes que a sociedade tenha elegido. Em contrapartida, a imposição de uma “lei” (surja ela com o nome de resolução, regulamento ou regimento, fora do legislativo) é tirania, independentemente das virtudes ou vícios de quem as imponha. A liberdade, no Brasil, pede socorro!


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O LEÃO E O LOUCO - 18.12.23


Por Paulo Rabello de Castro (publicado no jornal O Estado de Minas em 16.12.23)

 

Desde o último 10 de dezembro, a Argentina tem um novo chefe de governo. Javier Milei é um economista de crença liberal, palestrante verboso e de língua solta, de personalidade polêmica, que ganhou a atenção dos eleitores, apesar de pouco versado na política partidária ou, talvez, por esse exato motivo. A Argentina virou uma peça à procura de Autor, quer dizer, o peronismo que a afundou não conseguia mais esconder sua responsabilidade direta pelas péssimas escolhas de políticas sociais que fez durante mais de meio século, resultando no empobrecimento e franca decadência de um país que já foi, disparado, o mais rico da América Latina e uma das mais prósperas economias do mundo até os anos 1950. Milei denunciou tal fracasso aos berros e, por isso, ganhou lugar de Autor dos próximos capítulos dessa história.

 

Não há nada de errado quando a imprensa, movida pelo cacoete do sarcasmo, apelida o programa de Milei, recém-anunciado, de "plano da motosserra". Em termos botânicos, nada menos do que uma poda radical é o remédio requerido para salvar uma árvore atacada pelos cipós sufocantes de uma planta parasita. Essa parasita é o peronismo. A questão, portanto, não é tanto sobre decidir o que fazer — como anunciado pelo novo ministro da Economia — mas, sobretudo, como radicalizar a poda da árvore, até deixar o país realmente livre dos parasitas da nação argentina. Milei parece ter, apesar de sua relativa inexperiência gerencial, perfeita noção de que o tempo não o favorece nessa missão de poda. O gradualismo será fatal para seu intento. Isso porque os peronistas, adversários do sucesso de Milei e do país, podem esperar sentados em seus cargos e sinecuras, aguardando o pagamento de salários no fim do mês. Com privilégios mantidos, o peronismo não tem por que se apressar. Enquanto isso, o público começará a pagar o pato de modo imediato. Os trabalhadores argentinos são os galhos sadios da árvore, hoje enredados e sufocados pelos tentáculos da parasita peronista. O povo já percebe a conta do sacrifício pela aceleração da inflação que devora seu poder de compra. Há um limite social, difícil de ser avaliado por antecedência, que determina a fronteira do apoio político ao presidente e aceitação de sua poda econômica. Se demorar a surgirem resultados, haverá um crescente arrependimento popular e até saudades da manipulação populista.  Com desvalorização agressiva do peso argentino, alta dos preços básicos (energia e transporte) e dos preços da cesta básica, a população sofrerá um teste de fidelidade ao líder, difícil de ser sustentado para além de, digamos, o primeiro ano do governo.

 

Milei concorreu e venceu por deixar claras ao público suas duas imagens simbólicas, a do Leão (pela volumosa e desgrenhada cabeleira e pelo feroz rugido contra os políticos convencionais) e a do Louco (por ser assim apelidado na juventude, por alguma razão que desconhecemos). Mais uma vez, os eleitores não estiveram errados na escolha que fizeram, apesar de aparentemente despropositada. Escolher um leão — por sua ferocidade e assertividade — e um louco — pelo desatino útil de querer confrontar o monstro paralisante do país — são exatamente as qualidades necessárias, na dose certa, para melhorar as chances, ainda que baixas, de vencer tão assombroso adversário, o peronismo. Milei terá que agir como leão e como louco. As circunstâncias da Argentina de hoje demandam agressividade ao nível do imponderável. Contudo, ao conferirmos as primeiras medidas do novo líder portenho, não encontramos ali mais do que proposições de livro de economia, que podem até agradar a consultores em finanças, porque corretas, mas que não provocam combustão, nem trarão a quebra do paradigma peronista. Milei erra se não for muito mais fundo, cortando seu próprio salário e, daí para baixo, os de toda a estrutura de pessoal, de modo linear. E erra, por outro lado, se não defender gastos públicos em infraestrutura para manter empregada a maior quantidade possível de pessoas na base da pirâmide. Erra se não enfrentar também o tema dos investimentos, pois, na última linha, o que importa não é só cortar e podar, mas sobretudo, voltar a crescer, o mais rápido possível. Ele precisa verbalizar todos os dias que manterá acesa a esperança no crescimento e na geração de empregos, mediante uma equação sólida de investimentos, se possível entabulada também com o vizinho Brasil.

 

Infelizmente pouco se ouviu dessa vertente mais generosa no discurso inaugural. Por tal perspectiva, Milei chegou devendo o rugido mais alto que dele esperavam os argentinos. Sim, um rugido convincente, seguido, talvez, de um sorriso enigmático de Coringa


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O trágico fim de um boneco de sal - 13.12.23


Por Percival Puggina

 

Era uma vez um boneco de sal que, ganhando vida, saiu a caminhar. Foi descobrindo os encantos da natureza, a beleza dos outros seres, a buliçosa energia das cidades, a paz dos campos. Subitamente, do alto de uma colina, avistou enorme vastidão de água. Era o mar. Atraído, andou até a praia e extasiou-se ante a uniforme imensidão que na cadência das ondas se desfazia em espuma e areia. Curioso, perguntou: “Quem és?” E o oceano lhe respondeu: “Vem e vê.” O boneco de sal deu alguns passos em direção ao mar e percebeu que seus pés se diluíam na água. Assustado, voltou a interrogar o oceano e obteve a mesma resposta: “Vem e vê”. Decidido a desvendar o mistério da água, continuou em sua marcha até se desintegrar por inteiro. E o oceano, então ,lhe disse: “Agora sabes quem sou porque fazes parte de mim”.

 

Desconheço a origem desta fábula, mas lendo comentários onde ela é narrada, fica muito clara a sedução que exerce sobre coletivistas. “Integrar-se ao outro para entendê-lo”, “Ser parte de um todo maior”, “Corrigir o individualismo” são algumas das expressões que suscita. Credo!

Para mim, o boneco de sal, curioso sobre a natureza do mar, é um sinal de alerta, apontando para um dos males que acomete o ser humano, as organizações sociais e as ideologias políticas. Por natureza, somos seres individuais com existência social e ignorar qualquer dessas duas condições costuma dar problema.

 

Tenho ouvido de pais e mães, insistentes relatos sobre o desarranjo psicológico causado pela integração de seus filhos aos coletivos ideológicos, políticos, ídentitaristas ou partidários que atuam na cadeia produtiva da Educação. Esse sistema de tão maus resultados aferidos pelo Pisa se empenha muito para não perder um único aluno. É contra colégios cívico-militares e contra o homeschooling como foi contra o Escola Sem Partido. Então, todo dia, alguém me escreve: “Perdi meu filho para a universidade tal!”, “Perdi minha filha para o Colégio São Fulano ou para Escola Santa Beltrana”. Inúmeras vezes são, sim, educandários confessionais, universidades pontifícias, tomados por dentro pelos seus “coletivos” – ou serão “coletives”? – onde os estudantes se dissolvem como bonecos de sal.

 

Alerta aos pais: Acompanhem o estudo e a vida escolar de seus filhos. Não permitam que se despersonalizem a ponto de se tornarem irreconhecíveis. Isso é vendido a eles como libertação, mas é possessão. Os cordéis de tais coletivos são puxados por seguidores de pedagogos e filósofos cujo objetivo era esse mesmo: tomá-los de vocês.


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