Por Alex Pipkin
Como em tudo na vida, creio que é possível classificar “coisas boas” desta mudança, como também, nítidos retrocessos. A moralidade, por exemplo, anda abaixo daquele orifício do cachorro.
As novas tecnologias, em especial, da informação, as inovações úteis em geral, alteraram radicalmente a maneira como indivíduos se relacionam com outros indivíduos, o trabalho no seio empresarial, inclusive o informal, a maneira como as pessoas vivem, até mesmo em aspectos prosaicos, tais quais como essas se alimentam e se locomovem.
Os recursos e as capacidades das organizações, e as necessidades e os desejos de pessoas distintas são, sem dúvidas, outros.
Entretanto, há uma coisa “imexível”, que não se altera nem com um terremoto de escala muito elevada.
A mentalidade estatista, do homem do sistema controlador, de raizes progressistas, do Grande Estado, é inabalável.
No Brasil, o atual desgoverno, como de costume, enverga na doença a cura para os problemas das pessoas em suas rotineiras vidas.
O intervencionismo estatal é, indubitavelmente, o grande câncer das republiquetas, andando fantasiado de salvador da pátria e, infelizmente, ansiado por muitos plebeus.
Esse desgoverno que aí está, não se baseia na comprovada lógica de políticas públicas que dão certo, o norte é sempre a desgraçada ideologia coletivista. Eles voltaram, e o pesado fardo do Grande Estado retornou vigorosamente.
Apesar do mundo ser outro, a incompetente turma vermelha, mantinha o firme propósito de “inventar a roda”, enquadrando os motoristas de aplicativos em uma categoria de trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
A cabeça dessa gente ainda se encontra no passado, no século XVI. Escárnio.
O mesmo pode ser dito em relação ao pensamento fixo ligado à arrecadação de impostos: tributar, tributar e tributar, tendo como corolário menos empregos, menor atividade econômica, menor geração de renda e de riqueza e, portanto, ao cabo, um menor volume total de arrecadação.
A lógica ilógica é sempre a mesma; mais Estado, redistribuidor de migalhas, incentivos a (ir)responsabilidade individual, e menos indivíduo!
Aparenta que o desgoverno poderá desistir desse projeto de lei, seja lá quais forem as razões.
A trivial pergunta que deveria ser formulada, é se os motoristas de aplicativos estariam satisfeitos com esta “mãozinha” estatal? Mesmo com eventuais “benefícios” vinculados ao INSS, a resposta é um rotundo não! Mas as “autoridades rubras” não estão nem um pouco preocupadas com os factualmente envolvidos no setor.
Esse setor não funciona como pensa a mente retrograda de marxistas de carteirinha. Supostas garantias da mãe Estado, de fato, operam para desestimular o setor, além de outras possíveis inovações em outros tipos de negócios.
Mais Estado, mais intervencionismo, mais regulamentações, e muito mais garrotes para asfixiar a vida de todos os cidadãos, que desejam trabalhar, produzir e prosperar.
A sociedade, nós, os comuns, vamos morrendo lentamente, tal qual “sapos fervidos”.
Fazer o que? Se sabe, porém, não será feito.
Como disse o grande Roberto Campos, “a burrice, no Brasil, tem um passado glorioso e um futuro promissor”. Bingo!
Mas, evidente, é o sectarismo ideológico, estúpido!