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04 jan 2007

BASTA 50% DE INTELIGÊNCIA


A MODA É CORTAR DESPESAS

As notícias que chegam de muitos estados brasileiros é que o corte de despesas públicas está na moda. É mais do que necessário para o equilíbrio das contas. Cortar despesas, portanto, passou a ser o novo norte dos governos que estão assumindo e cujos caixas se encontram vazios ou com dívidas.

TENTAÇÃO

Esta prática já é bastante antiga e tem servido sempre para que os governantes ganhem confiança por parte de seus eleitores. Todavia, como também é bem sabido, as coisas não conseguem se manter assim por muito tempo. A tentação, a sedução pela despesa é enorme no setor público e as corporações, bastante espertas, não ficam paradas aplaudindo. E não demora, salvo raríssimas exceções, tudo volta ao normal com o retorno do aumento de gastos.

O MERCADO EXISTE

Daí a conhecida preferência, fantástica, pelo aumento de impostos. Como se o mercado não existisse, não reagisse e mostrasse sempre a capacidade de pagar o que os governantes precisam para gastar mal.

ESTÍMULO

O curioso é que jamais percebem que, para aumentar as receitas públicas basta diminuir impostos. Quanto menores forem as alíquotas dos impostos, maiores tendem a ser as arrecadações. Tudo pelo estimulo que produzem a quem produz, a quem investe e a quem consome.

EQUIPES MAIS ESCLARECIDAS

Se os governantes não conseguem ser inteligentes como um todo basta que o sejam pela metade. Se lhes falta capacidade para reduzir despesas, coisa já bastante conhecida e consagrada, é preciso que saibam e entendam que mais receita se dá pelo incentivo a produção, consumo e investimento. Ou seja, com impostos menores. Acordem, governantes. Antes de montar suas equipes econômicas procurem quem saiba disto.

SEGURANÇA

É preciso lembrar também aos governantes, e a sociedade menos esclarecida, de que segurança pública se faz hoje muito mais com inteligência e tecnologia e com menos gente. Já foi o tempo que só se usavam pessoas para proteção de alguma coisa. Hoje, para ter muito mais segurança, menos gente é exigida. A tecnologia, embora fique obsoleta mais rapidamente, a sua substituição é sempre vantajosa financeiramente. Já o homem, a corporação, está se tornando invariavelmente mais vulnerável à corrupção. Além de muito cara, a troca é muito complicada pelas cláusulas que os protegem.

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03 jan 2007

ENTRE A INDIGNAÇÃO E A INTOLERÂNCIA


LIMITE

O ano de 2006, ao que tudo indica, foi o ano em que a sociedade brasileira pode ter estabelecido o limite entre a indignação e a intolerância. Depois de sofrer com todos os tipos de violência urbana, falcatruas de políticos e safadezas generalizadas, o povo brasileiro imaginava que a simples denúncia ou descoberta dos crimes já seria o bastante para que tudo voltasse a entrar nos eixos da boa conduta.

TAMANHO DA INDIGNAÇÃO

Como nada disto aconteceu, a indignação foi aumentando. E o seu tamanho passou a ser observado e registrado com muito mais vigor através deste poderoso instrumento que é a Internet. E foi em 2006 que as reações mais se multiplicaram. Aí foi possível observar o enorme repúdio a todo o tipo de insegurança e malvadezas promovidas por vários setores que se apropriam da renda das pessoas.

MEROS DESABAFOS

Mas, só ficar indignado, como se sabe, não basta. Os espertos-safados, muito conscientes de que só gritaria não significa coisa alguma, não deram a mínima bola para as manifestações escritas. Perceberam que, assim como os cães não mordem enquanto latem, tudo não passaria de meros desabafos. Faltava no processo, a organização, o comando para a ação contra os desmandos e as perdas.

MAIS IMPOSTO, NÃO!

Felizmente, para nós todos, tudo tem limite. E o primeiro limite da ultrapassagem da indignação para chegar à intolerância, aconteceu no RS. O povo gaúcho (como todos os brasileiros) vem suportando, porém indignado, a muita coisa, mas reagiu com força ao pretendido aumento de impostos pelo governo. Ou seja, tudo pode ainda estar na fase da indignação, mas imposto maior passou a ser intolerável.

O MEDO DE REAGIR

O caso da violência urbana, da insegurança pública, que é tão insuportável quanto mais impostos, ainda conta com um agravante sério: o medo de reagir. Mas podem estar certos de uma coisa: tal qual no velho oeste americano, o povo ainda vai participar, com coragem, reagindo aos bandidos. Falta pouco, mas é certo que isto ainda vai ocorrer.

EXPECTATIVA

Vou partir do pressuposto de que Yeda tenha aprendido esta primeira lição. A lição de que imposto não pode ser aumentado. Pode até haver espaço para outras atitudes que ainda estão na fase da indignação, mas com uma certeza: não será por muito tempo. Que 2007 seja um ano de muito mais manifestações. E que tudo se transforme em reações objetivas. Com Internet e tudo o mais.

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02 jan 2007

O PRIMEIRO DIA DE 2007


DISCURSOS

Já estamos bem habituados. O papel aceita tudo. Assim, os discursos escritos servem muito mais para agradar os esperançosos e encher de boas expectativas os reticentes. Ontem, nas cerimônias de posse dos governadores e do presidente Lula, não foi nada diferente. O que levou muita gente a acreditar que agora o Brasil vai pra frente. Tomara.

O DISCURSO DE LULA

Lula resumiu tudo ao dizer que chegou a hora de acelerar e crescer o país. As questões macroeconômicas, bem encaminhadas no seu primeiro mandato, oportunizam a proposta. Mas não bastam pela falta de reformas estruturais que não conseguem andar. Aí o meu descrédito quanto a um crescimento convincente. Sem reformas para valer, a China continuará sendo a desculpa pelo nosso fracasso contínuo.

O GOVERNO GAÚCHO

Ainda não entendi direito o que passa pela cabeça reveladamente complicada da governadora Yeda Crusius Credo. Por outro lado, aí felizmente, muito me agrada o que sempre passou, e continua passando, pela cabeça privilegiada de seu vice, Paulo Feijó. O placar das votações do pacotaço, ao final de 2006, diz claramente o que precisa (e deveria) acontecer agora, neste recém chegado 2007, no RS. O oportuno e maravilhoso caos que já tomou conta do Estado tem tudo para produzir resultados muito importantes. Falta, como se sabe, a inteligência, coisa que até agora foi manga de colete por aqui.

PRIVATIZAÇÕES

A recusa ao tarifaço, além de dificultar o pagamento da folha dos servidores, acaba também com as mágicas, ilusões e empurrões com a barriga, até hoje sempre experimentadas para esconder a real situação das contas públicas. E as privatizações, muito demonizadas, poderão vir a ser exigidas para ajudar na solução dos problemas existentes e agravados.

CONSAGRAÇÃO

O papel do vice-governador, Paulo Feijó, foi fantástico. Sensacional até para que novas tentativas apareçam para salvar o RS. A primeira a ser experimentada deveria ser uma brutal redução de impostos, de alíquotas. Algo como 30% de redução, por exemplo. Esta seria a grande ousadia, a grande audácia que o RS precisa. Como nada pode piorar mais a situação do RS, o mais lógico seria tentar a atração de investimentos, buscar o crescimento. Seria uma vitória ímpar nesta guerra fiscal entre os Estados. Algo para nos consagrar.

GRANDE EXEMPLO

É bom que todos observem que Blairo Maggi, governador do MT, deve assinar ainda hoje um decreto que diminui o ICMS sobre telefonia e energia. Enquanto, no RS, a idéia é aumentar imposto, no MT a ordem é diminuir. Isto sim é ousadia. Que tal, Dona Yeda? Já que a senhora disse no seu discurso que vai usar da ousadia, proponho que uma redução linear, imediata, de 30% do ICMS para todos os produtos gaúchos. Seria a melhor forma para recuperar a imagem arranhada e muitos investimentos para o RS.

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28 dez 2006

FIM DE ANO MELANCÓLICO PARA OS GAÚCHOS


ENCERRANDO 2006

Esta é a última edição do PONTO CRITICO de 2006. Vou dar, e tirar, esta folga para que todos nós possamos nos preparar melhor para o árduo 2007 que aí vem. E uma das coisas que desde já precisamos aprender é reagir. Em 2006 ficamos bastante indignados com tudo que fizeram e continuam fazendo conosco. Em 2007 espero que seja o ano da prática definitiva da ação. Precisamos botar o bloco na rua pra valer.

A HORA DA AÇÃO

A sociedade brasileira como um todo, e a gaúcha em particular, precisa entender que de nada adianta só ficar indignada com as coisas que pode suportar. Para resolver qualquer coisa nesta vida, só com muita ação. Ação decisiva, gente, com forte manifestação, combativa e objetiva. Estas são as formas possíveis para que algum resultado possa ser obtido. O resto é perda de tempo e bobagem pura.

PASSIVOS E MANSOS

Na política e nos aeroportos, nestas últimas semanas, se viu perfeitamente o quanto somos bobos, passivos e mansos. Uma demonstração do puro mercantilismo que reina no Brasil. Todos fazem o que bem querem conosco e nada acontece. Maior prova ainda, além destas, está na carga tributária que pagamos. As reclamações e a gritaria têm sido grandes, mas o fato é que continuamos pagando, pagando e pagando. Falta a ação, muita ação para acabar com isto tudo. Capitalismo é vontade do consumidor, do cidadão, não de governos.

EFEITO CASCATA

No RS, entram governantes e saem governantes e todos só têm uma preocupação: pagar a folha dos funcionários públicos. Para evitar qualquer tipo de desgaste com as corporações, os governantes fazem o máximo. Para tanto nunca hesitam em aumentar impostos. E se convencem dizendo que é para evitar o caos maior, que representaria uma quebradeira total de todas as atividades do Estado. Um efeito cascata.

COMÉRCIO

Para quem ainda não percebeu, basta observar o grande número de pessoas que recebem salários e proventos do Tesouro do RS (ativos e inativos). Assim como os gaúchos dependem da agropecuária para registrar algum crescimento, o setor de serviços (comércio) depende muito do servidor publico para tocar seus negócios.

A CADEIA DESMORONA

Imaginem , portanto, o governo não podendo pagar a sua folha de salários. As demais atividades também ficariam sem receber e a cadeia toda desmorona. Quebram todos. Pois é exatamente isto que precisamos para o enfrentamento da crise do Estado. Só o caos total nos salva. Alguém precisa enfrentar esta realidade. Agora é a hora. Em 2007, enfim.

A HORA É AGORA

Tomara, pois, que os deputados do RS não aprovem, em hipótese alguma, o pacotaço anunciado, ontem, pela governadora Yeda Crusius Credo. Para enfrentar a atual situação só com um caos fantástico. É a hora. FELIZ 2007???? Até o dia 02 de janeiro.

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27 dez 2006

O PACOTE DE MENTIRAS?


ESPERTEZA

Estou querendo entender a governadora eleita do RS. Antes de se eleger, Yeda Cruis Credo foi esperta e ardilosa. Sabendo que a sociedade gaúcha não aceita qualquer tipo de aumento de tributos usou como instrumento de campanha que mais impostos não caberia, em hipótese alguma, no seu governo. E o povo, já desesperado, acreditou que, pela sua folha corrida, Yeda era confiável. Nada disto.

COMO LULA

Yeda está parecida com Lula: não sabe das coisas. Para tomar a decisão que está tomando só tem uma explicação: ela , com certeza, não sabia que o RS está quebrado. E não percebi qualquer reação sua quanto a falta de transparência na divulgação dos números das contas públicas, promovido pelas equipes econômicas do atual e do novo governo.

CIÊNCIA EXATA

A matemática, como se sabe, é uma ciência exata. Como explicar que a Secretaria da Fazenda do governo Rigotto afirme que o rombo do caixa do Tesouro é R$ 1,8 bi, enquanto que a equipe econômica do governo de Yeda afirme que o rombo é R$ 2,6 bi?

DILEMA

Estamos diante do seguinte dilema: ambos são incompetentes ou uma das partes não entende de números. Afinal, a diferença é de R$ 800 milhões numa conta que não admite diferença alguma. E nem assim elegeram um auditor para que a sociedade saiba quem está certo. É o fim da picada, gente. Um horror! E ninguém reclama.

SEM POSSE

Diante da situação que estamos vivenciando existe até uma pequena probabilidade da governadora eleita, do RS, Yeda Crusius, não vir a tomar posse no dia 01 de janeiro. O grau de irritação que ela vem demonstrando por conta das desistências de alguns secretários escolhidos para o novo governo já a faz pensar em não assumir.

ALGUÉM CONFIÁVEL

Caso isto venha a acontecer passaríamos a ter alguém bem mais confiável, consciente e capaz à frente do governo gaúcho, com a posse do vice Paulo Feijó.

MESCLA

A conhecida dificuldade para dialogar da governadora se mescla agora com a decisão de aplicar uma grossa mentira aos seus eleitores, que só votaram nela para fugir do inferno, representado pelo candidato Olívio Dutra, do PT.

ROGAI POR NÓS

Sem querer ouvir o seu próprio vice, de quem nunca nutriu qualquer afeição política, Yeda conseguiu desgostar e irritar vários secretários já escolhidos para o seu governo, pela desconhecida, mas incrível vontade manifestada, de aumentar impostos. E reagiu liberando os escolhidos para que deixem o novo governo, caso divirjam de suas posições.

FECHO CONTIGO

Alguns,mais corajosos honraram a palavra e até caíram fora. É o caso do valente Berfran Rosado, que preferiu ficar ao lado de seus eleitores. Contrário a aumento de impostos, não titubeou: saiu antes mesmo de ser chamado de covarde. Bela atitude, Berfran. Fecho contigo. Ainda não sei se Yeda está tramando uma estratégia para que outras decisões importantes e seguras venham a ser tomadas. Se assim for, melhor. Desde que sejam para resolver a complicada situação do Estado. Como respiro atualmente só por especulações, o que posso admitir, até que Yeda seja mais clara, é dizer o quanto estou indignado caso ela proponha o tarifaço.

NO DICIONÁRIO

Aliás, se tarifaço não consta no dicionário de Yeda, como chegou a afirmar na semana anterior, espero que mentira também não conste. O que, pelo silêncio de Yeda Cruis Credo sendo improvável.

OS MEUS SANTOS

Neste final de ano, as crenças e pedidos já estão sendo exercitados a todo o momento, por todos os brasileiros que almejam 2007 cheio de realizações. Como não posso ficar fora desta onda também estou rezando freneticamente para os meus santos, ainda não canonizados, mas a quem tenho grande respeito. Trata-se de Roberto Campos e Milton Friedman. Por favor, Campos e Friedman: Rogai por nós. Hoje e sempre!!!

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21 dez 2006

A VELHA BOLA DE CRISTAL


ENXERGANDO O FUTURO

Todos os habitantes deste mundo, ao final de cada ano, fazem previsões e manifestam desejos para o ano seguinte. Nós brasileiros também agimos assim. Afinal, não somos nem um pouco diferentes. Só que, entre as previsões feitas e os desejos manifestados a distância por aqui é sempre muito grande.

HORA DO OTIMISMO

Mas, uma coisa é muito certa neste momento de Natal e Ano Novo: ninguém admite falar em coisas ruins ou ouvir aquilo que não faz parte do bom pensamento, das coisas difíceis, dos maus agouros e do pessimismo. É a hora do mais puro otimismo, do pensar positivo, da boa esperança.

MANDINGAS

Embora cada cidadão veja a sua bola de cristal de maneira diferente, para tentar atingir o melhor e obter os bons fluídos faz mil rezas e usa de todas as superstições possíveis e mandingas imaginárias. E caso venha a obter algum êxito aos pedidos feitos crê que tudo foi mesmo fruto das simpatias e rezas.

VIDA MELHOR

Com toda a certeza também quero o melhor. E para não ser um estraga prazer estou me propondo a fazer parte dos bons propósitos. Aqueles que possam nos levar a uma vida bem mais decente, tanto para 2007 quanto para os próximos 100 anos. Para tanto, com os pés bem apoiados no chão, e a minha cabeça liberal sobre meus ombros, vou continuar combatendo as muitas coisas ruins que continuo enxergando.

FELIZ ANO NOVO

Sem apelar para mandingas ou superstições que possam resolver alguma coisa, enxergo 2007 como um ano bem carregado de mentiras como os anteriores. Cheio de enganações, roubalheira, muita corrupção, alta carga tributária e excesso de safadeza. E o remédio para a cura é enfrentar tudo isto de forma efetiva, bem diferente daquelas até hoje experimentadas, que se mostraram pífias. Aí sim teremos um feliz Ano Novo.

SEM MANDINGAS

Ser otimista e ter bons propósitos é isto. É saber enfrentar as desesperanças e as camisas de força. Mais inteligência, racionalidade e discernimento são as boas armas que poderão ajudar na busca desta felicidade que queremos. Vou continuar propondo reformas corretas e combate efetivo às corporações que levam a fantástica arrecadação de impostos que os nossos governantes insistem em nos impingir. É assim que enxergo 2007. A esperança depende das nossas ações e não das mandingas.

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