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07 nov 2007

OPERAÇÃO LIMPEZA


INADIMPLENTES

Nos últimos dias vários bancos que tem sede no mundo todo passaram a informar o que estão fazendo com suas carteiras de crédito imobiliário. Como o número de inadimplentes cresceu muito, e não está localizada somente nos EUA, a ordem tem sido de fazer uma grande limpeza nas contas.

CRÉDITOS DUVIDOSOS

Como em meio de uma crise fica muito difícil separar aquilo que ainda pode ter alguma melhor liquidez em prazo mais curto, muitos bancos já não perdem tempo: estão jogando uma grande parte dos créditos, que entendem como duvidosos, a prejuízo.

MENTIROSO

Grandes bancos já fizeram isto. E o Citi Group, inclusive, foi mais longe: além de fazer uma limpeza na carteira imobiliária, o Conselho resolveu também demitir o presidente da casa. Tudo porque ele mentiu aos acionistas informando um número menor de problemas.

MOMENTÂNEA

No primeiro momento os mercados do mundo todo reagiram com quedas nas bolsas entendendo que mais instituições poderiam estar escondendo os números reais da inadimplência. Preocupados com a notícia do Citi, muitos bancos limparam a carteira inteira, o que serviu para dar alguma tranqüilidade, ainda que momentânea, aos investidores.

OPERAÇÃO BRASIL

Uma outra operação limpeza também está sendo feita aqui no Brasil. Pela Polícia Federal. Já são inúmeras as operações desencadeadas, cada uma com a sua identificação, em que muita gente vem sendo presa. Gente graúda, diga-se de passagem. Mas, enquanto a sociedade vibra com a firmeza da PF, a Justiça ainda parece não gostar de ver tanta gente presa e só trata de mandar soltar os vigaristas.

NÃO SABIA

Se o Brasil todo está infestado de tanta gente cretina, corrupta e ladra, o RS não fica para trás. Ao contrário: está fazendo de tudo para ser o Estado mais corrupto do país. E a governadora Yeda, assim como o ex-governador Rigotto, pelo visto já contraíram a mesma doença do presidente Lula: trataram de afirmar, tão logo foram informadas das prisões dos envolvidos na operação Rodin, que não sabem e não sabiam de nada com relação ao roubo de mais de R$ 40 milhões dos contribuintes gaúchos.

CONSCIENTIZAÇÃO

Só espero que os gaúchos, com esta importante colaboração da Polícia Federal, estejam bem conscientizados de que o aumento do ICMS, que está sendo proposto pelo governo, será utilizado para enriquecer os safados que só tratam de roubar o dinheiro público.

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06 nov 2007

O RECADO DA GOVERNADORA


RECADO

O recado que a governadora Yeda Crusius deu ao povo do RS, caso não seja aprovado pela Assembléia Legislativa o pacote que define o aumento de ICMS, foi chocante.

RESUMO DA ÓPERA

Yeda simplesmente resumiu a questão da seguinte forma: com o aumento dos impostos o povo (consumidor) é quem vai pagar a conta. Sem o aumento do ICMS, os empresários vão arcar com o custo pela perda dos incentivos concedidos pelo governo.

CAIR FORA JÁ

Como Yeda se recusa a fazer os cortes que precisa para tornar o RS realmente competitivo vai sobrar para todos os gaúchos. Explicando: sem incentivos vai haver desemprego que vai provocar diminuição de renda e, por conseqüência, de arrecadação. E as empresas mais ágeis, para não perder tudo, vão cair fora do Estado.

DISPARIDADE

Enquanto perdura a incrível falta de vontade de acertar no que é necessário para tirar o RS desta crise crônica, os técnicos do Banco Mundial constataram o que o PONTOCRITICO.COM já esclareceu em várias oportunidades: há uma disparidade fantástica entre o que é arrecadado pelo IPE (Instituto de Previdência do Estado RS) e o que é pago em benefícios aos servidores públicos.

ROMBO

O rombo (só desta conta) se explica, de forma clara e incontestável, quando se observa que as contribuições para aposentadoria dos servidores públicos atingem R$ 47 milhões/mês enquanto os benefícios pagos vão a R$ 407 milhões/mes. É para pagar este rombo (sempre crescente), que hoje já chega a R$ 360 milhões/mês, que a governadora exige o aumento do ICMS. Pode?

PRODUTOS À VENDA

Os governantes gaúchos ainda não entenderam que planos de aposentadoria são produtos que devem ser adquiridos de acordo com o interesse de cada pessoa. Cada cidadão escolhe o plano que deseja e paga, mensalmente, os valores que definem a remuneração a ser recebida quando chegar a hora da aposentadoria. Não é justo, pois, nem possível, que o Tesouro do Estado deva arcar para sempre com aquilo que as contribuições de quem está na ativa precisam resolver.

GÁS

Depois de levar uma rasteira monumental de Evo Morales, os brasileiros, representados por um governo estúpido, vão à Bolívia para ajoelhar no milho e levar uma nova rasteira. A falta de gás, mais do que prevista quando a Petrobrás foi banida da Bolívia, com perdas fantásticas, está presente. Como não há alternativa de suprimento, coisa que Evo Morales já sabia, o governo Lula já pediu penico. Bela diplomacia esta nossa.

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05 nov 2007

GRANDE ESTADO BOLIVARIANO


APOIO

A Venezuela continua nas manchetes dos noticiários de vários meios de comunicação do mundo. Graças, naturalmente, às atitudes e projetos de seu ditador Hugo Chávez. Que quer dominar e governar a América Latina de qualquer forma, onde os países aliados do continente latino comporiam o seu pretendido Grande Estado Bolivariano.

DE DIREITO

Se, de fato, a Venezuela já vinha sendo governada por Hugo Chávez, de forma ditatorial, dentro de poucos dias o tal regime será instalado definitivamente por lei. Até porque ninguém imagina que a mudança na Constituição, que vai conferir direitos inimagináveis ao ditador, não seja aprovada pelo povo.

MARCADOS

A situação por lá está de tal forma que a aprovação já é coisa líquida e certa. E nada tem de democrática como muita gente até imagina. Na verdade, quem se manifestar contra a perpetuação de Chávez no poder já estará marcado. Da mesma forma como estão sendo perseguidos todos aqueles que tomaram a mesma atitude no caso da RCTV e outras coisas mais.

IMAGINAÇÃO

Assim, a construção do Grande Estado Bolivariano, aos poucos vai tomando forma. Embora tudo esteja em claro processo de implementação, muita gente por aqui, há poucos dias atrás contestou as minhas opiniões dizendo que tudo era fruto de minha doentia imaginação. Coisa de lunático, melhor dizendo.

EVO MORALES

Pois, na mesma linha de Chávez, o presidente da Bolívia, Evo Morales, já mostra a mesma disposição. E conta, inclusive, com o forte armamento adquirido pelo colega Chávez para esmagar eventuais dissidentes ao novo regime latino. Com tudo isto acontecendo e divulgado, eu é que sou o lunático. Pode?

BLOCO BOLIVARIANO

Chamo a atenção, pela enésima vez, que o governo brasileiro se diz parceiro e sócio do grupo, cujo nome é Foro de São Paulo. Grupo este que está agindo de todas as formas para integrar a Venezuela ao Mercosul, bloco que muito em breve passará a adotar outra denominação, com toda a certeza. É provável, inclusive, que venha a ser chamado Bloco Bolivariano.

QUESTÃO DE TEMPO

É óbvio que a forma que está sendo adotada pelo governo brasileiro para chegar ao mesmo fim é bem diferente daquela adotada por Chávez. Aqui, com os programas sociais assistencialistas em curso, e as contratações espetaculares que estão sendo feitas pelo governo, tudo vai acontecer pela via democrática. Mas, os destinos do Brasil, pela forte amizade manifestada pelos nossos governantes para com os populistas e ditadores latinos, e pelo comprometimento com os objetivos definidos no Foro de São Paulo, em pouco tempo já estaremos compartilhando do Grande Estado Bolivariano. Tudo é uma questão de tempo.

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31 out 2007

RECADO DE RAYMUNDO MAGLIANO


AGRACIADO

Ontem, durante o encontro promovido pela Apimec-sul, em Porto Alegre, conversei com o presidente do Conselho da Bovespa Holding S.A, Raymundo Magliano Filho, que também foi agraciado com o prêmio Walter Fredrich 2006.

PERÍODO DE SILÊNCIO

Magliano, obviamente, não podia falar sobre a triunfal entrada da Bovespa Holding no mercado de ações por estar em período de silêncio definido pela CVM. Entretanto, não estava impedido de falar sobre o comportamento da sociedade brasileira diante das necessidades de reformas.

SOCIEDADE FRACA

Com muita objetividade, Magliano definiu muito claramente o que acontece no nosso país: enquanto a sociedade civil brasileira é fraca, o governo é muito forte. E enquanto esta desigualdade brutal não mudar nada será bem resolvido para os cidadãos comuns.

CORPORATIVISMO

Esta força descomunal que o governo tem e exerce, para ficar bem entendido, está na força dos ocupantes das instituições, que só tratam de criar e manter seus privilégios, assim como no corporativismo geral do setor público.

EM MAIOR NÚMERO

A sociedade civil, embora forme um número extremamente superior de pessoas, jamais conseguiu se organizar suficientemente para enfrentar o estúpido desejo e as imposições das corporações públicas. Mesmo que a proporção seja de dez para um, ainda assim os cidadãos comuns nunca conseguiram sair da incompreensível condição de refém das corporações.

PAGAR CONTAS

Considerando que esta ingrata situação não muda desde o período colonial, o único papel que a sociedade civil exerceu até agora foi de pagadora das contas. Que por sinal só aumentam, porque a turma de baixo também precisa ganhar esmolas.

MELHORAR OS PRIVILÉGIOS

Todas as formas experimentadas para o enfrentamento dos já impagáveis favorecimentos aos servidores públicos se mostraram sempre muito pífias. Na realidade, nunca passaram de manifestações tímidas e pouco participativas. E quando, em alguns momentos, deram a impressão de ter terem sido vitoriosas, não passaram de situações em que os bobos foram usados como massas de manobra para melhorar mais ainda a condição dos privilegiados.

RECADO

Fica, portanto, o recado final de Magliano: enquanto a sociedade civil, com todas as entidades, não se der conta da força, do tamanho, das nossas vontades e da sinérgica necessidade de organização e atuação, o nosso destino, para os próprios quinhentos anos, está traçado: continuar pagando a conta da gula crescente e incorrigível do setor público. Com mais e mais impostos. A decisão, portanto, é nossa. Ou deles?

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30 out 2007

BRASIL: PAÍS DOS IPOs


IPO

Nunca antes na história deste país houve tantos lançamentos de ações na Bovespa. Uma loucura magnífica cujo nome é: IPO - Initial Public Offering ?, ou a primeira venda de ações de uma empresa ao mercado.

ESGOTAMENTO

Se tais lançamentos de ações no mercado fossem tentados num momento de baixo crescimento econômico, muita desconfiança, com uma alta taxa de risco-país e taxas de juros mais competitivas, com toda a certeza haveria um rápido esgotamento de interesse por parte dos potenciais investidores.

CRÉDITO

Além disto, como os brasileiros por longo período não podiam dispor de crédito para o consumo de bens duráveis, a pequena poupança formada ou disponível nas suas contas não tinha como absorver muitos lançamentos de ações.

AÇÕES

Considere-se também, como muito importante, que o mercado de ações nunca foi visto com bons olhos pela imprensa. Sendo bastante bombardeado por aqui, mais dificultava qualquer argumento de que as ações são menos arriscadas do que aplicações em renda fixa.

RISCO PAÍS

Com a melhora sintomática do ambiente macroeconômico do Brasil, o índice que mede o risco-país simplesmente despencou. E junto com a nova confiança que passávamos então a despertar, a poupança dos estrangeiros também tratou de aproveitar as oportunidades para investir aqui. Tanto em juros quanto em ações de empresas brasileiras.

NOVO PERÍODO

A partir daí passamos a viver um novo período, em que a poupança interna aumentou e ficou mais livre para investir; e a poupança externa, bastante exuberante, também passou a acreditar no Brasil pelos indicadores favoráveis apresentados. Uma soma de interesses expressada por volumes financeiros fantásticos que, por sua vez, tem suportado um grande número de IPOs.

LANÇAMENTOS PRIMÁRIOS

Este novo Brasil de juros menos competitivos, mais confiante, com crescimento ainda moderado porém firme e cheio de expectativas, levou muitas empresas a experimentarem o nosso mercado de ações fazendo lançamentos primários denominados de IPOs.

NOVO COMPORTAMENTO

Só que esta decisão não é de graça. Ela está exigindo um novo comportamento por parte do acionista controlador. O fato deste acionista embolsar muito dinheiro com a venda de parte de suas ações e ainda manter o controle acionário, que muitas das vezes não representam qualquer injeção de capital nos cofres da empresa, só despertará interesse se houver um forte comprometimento com a governança corporativa.

POSTURA

Esta nova postura empresarial comprometida ainda precisa ser testada. É preciso que entendam a importância da Governança Corporativa e os compromissos que ela define. Sem isto, num estalar de dedos os poupadores tratarão de cair fora. E aí não haverá poupança interna suficiente para dar liquidez aos papéis já lançados e negociados no mercado. Este teste de maturidade empresarial ainda está em curso. Tomara que haja êxito.

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29 out 2007

CAPITAL MUNDIAL DAS CARROÇAS


COPA DO MUNDO FIFA

Sem qualquer ponta de ironia, para os brasileiros não há coisa mais importante do que a Copa do Mundo de Futebol. E a escolha do Brasil para sediar a Copa de 2014, por mais confirmada que já esteja (até por falta de outro país candidato) será oficializada assim mesmo, na Suíça, com muita pompa e muita despesa.

PORTO ALEGRE

Entre as cidades que deverão sediar uma ou outra partida da Copa do Mundo está a capital do RS, Porto Alegre. Assim como acontece na Fórmula 1, quando são disputadas provas de kart e outras categorias especiais antes da prova principal, Porto Alegre poderia aproveitar as horas que antecederão aos jogos (ou jogo) entre seleções para promover uma corrida (ou apresentação) de carroças na pista do Estádio Beira Rio.

COMEMORAÇÃO

Esta minha proposição, diga-se de passagem, nada irônica nasceu depois que a própria FIFA admitiu que Porto Alegre possui um dos melhores sistemas de transporte do país. Coisa que, inacreditavelmente, conseguiu ser comemorada pela Prefeitura, cujo secretário da área de transportes sequer ficou com vergonha. Pode?

CULTUANDO A ESTUPIDEZ

Considerando esta admissão da Fifa, e mais o fato de que as carroças são os meios de transporte que mais se destacam na capital gaúcha (são mais de oito mil carroças circulando diariamente nas ruas de Porto Alegre), nada melhor do que transformá-las em produto turístico mundial. Seria uma fantástica maneira de dizer ao mundo todo o quanto cultuamos a estupidez.

SAUDADE

Esta notícia é para deixar os gaúchos deprimidos: A Ford acaba de informar que sua fábrica na Bahia atingiu a marca de um milhão de veículos. Desde que foi inaugurada, há seis anos, quando foi expulsa do RS, a unidade produziu mais de 446 mil EcoSport, 235 mil Fiesta Sedan e 357 mil Fiesta Hatch. Em nota, a empresa lembra que a família Amazon, como é conhecida a linha de automóveis produzidos em Camaçari, foi uma das ferramentas que ajudaram a elevar sua participação no mercado brasileiro de 6% para 12%.

O TAMANHO DA PERDA

Atualmente, a fábrica responde por cerca de 10% do total de veículos produzidos nacionalmente e representa cerca de 13,5% da pauta de exportações do Estado da Bahia. Uma das áreas de maior importância do Complexo da Ford Industrial da Ford Nordeste (CIFN) é o Centro de Desenvolvimento de Produto, um dos cinco que a Ford tem no mundo.Todo o portfólio de produtos, para a Ford Brasil, países vizinhos e México, é desenvolvido no PD, em Camaçari, o que inclui, além de Fiesta e EcoSport, veículos como Focus, Ranger, Ka e o B-402, como é conhecido o novo carro compacto da Ford.

AUMENTO DE IMPOSTOS

É por estas e muitas outras besteiras promovidas principalmente pelo governo petista, embora não tenha sido o único a cometer burrices, que os gaúchos estão diante de mais uma possibilidade de ver os impostos aumentados. Jogando fora tanta produção e tanto desenvolvimento sem cortar minimamente os custos públicos, nada mais resta. E tem gente, como o dep. Kalil Sehbe, que vê na negociação das dívidas do RS o nosso maior problema governamental. Aí é duro.

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