Artigos

04 fev 2009

QUEBRANDO A CARA


LULA ADMITE

Lula, com sua invejável aprovação popular, usando seu linguajar característico disse, ontem, que quem apostar que o Brasil vai quebrar, vai quebrar a cara antes disso. Ou seja: Lula admitiu, categoricamente, que o Brasil pode quebrar.

MALAN

Aliás, o ex-ministro Malan, no final de 1998, quando o câmbio ainda era fixo, também disse a mesma besteira. O resultado? Os apostadores ganharam e o Brasil quebrou a cara. As reservas cambiais foram raspadas em duas semanas. No apagar das luzes o país foi salvo pelo FMI, com um empréstimo de US$ 50 bi. Lembram?

APAVORADO

O que importa, entretanto, é que a declaração de Lula revelou o quanto está preocupado. Ou desesperado. Aliás, se ainda resta algum resquício de miolo na sua cabeça, os números cada vez mais dramáticos da nossa economia servem para deixar o presidente e todos nós apavorados.

PROTECIONISMO

Tomara que Lula não adote a linha do protecionismo e do nacionalismo, que já está sendo pregado e sugerido por governos de vários países, imaginando ser este o melhor caminho para se proteger da crise global. O que, sem sombra de dúvidas, seria uma opção desastrosa. O protecionismo, gente, nunca foi remédio. É veneno, independente da dose. Um tiro no pé.

EQUÍVOCO

Imaginando que sendo protecionista o mercado interno se torna mais intenso, que os investimentos vão aumentar e os custos vão diminuir, é um grande equívoco. Os agentes econômicos se aproveitam, imediatamente, da falta da concorrência, causando prejuízos enormes ao país e aos consumidores. Além de dificultar as exportações.

PAÍS FECHADO

Mesmo que o Brasil esteja muito longe de ser considerado um país aberto, tomara que Lula se afaste desse cálice cheio de veneno. Caso contrário vamos ocupar o último lugar do ranking que classifica os países pela facilidade de fazer negócios. Confiram a lista:

RANKING

De acordo com a pesquisa Doing Business 2009, divulgada ontem pelo Banco Mundial, entre os 181 países analisados o Brasil ficou na rabeira. Conseguimos o 125º lugar no ranking que classifica a facilidade de fazer negócios. Estamos, portanto, atrás da Índia (122º), Argentina (113º) e da China (83º). Os oito primeiros, pela ordem, são: Cingapura, Nova Zelândia, Estados Unidos, Hong Kong, Dinamarca, Reino Unido, Irlanda e Canadá. O Brasil figura entre os piores países quanto à facilidade de se abrir um negócio. Com 18 procedimentos necessários para que se inicie uma empresa, o País divide posição com Brunei e Uganda. É duro, não? Canadá e Nova Zelândia lideram esse tópico, com apenas um processo necessário. O Brasil também figura entre os que mais demoram para conceder a licença necessária para o funcionamento de uma companhia, com 152 dias. Suriname é o mais lento, com uma média de 694 dias. Já Nova Zelândia é o país mais ágil, levando apenas um dia para autorizar a abertura de uma empresa. O Brasil ainda lidera um ranking negativo, sendo o país que exige mais tempo para que o empresário pague seus impostos, com o total de 2,6 mil horas ao ano. O valor é quase o dobro do segundo colocado, que é Camarões, com 1,4 mil horas por ano. Além disso, segundo pesquisa do Banco Mundial, o País ocupa o 125º lugar por outros quesitos negativos. Entre eles, dificuldade de empregar trabalhadores (121º) e registro de propriedade (111º). O governo brasileiro aparece em 70º entre os que mais protegem os investidores, 84º na facilidade de crédito e 92º no comércio exterior. Ou seja: nada a comemorar.

MÁS COMPANHIAS

Não se trata, portanto, de má vontade ou pessimismo fazer esta divulgação. É uma advertência para que possamos enfrentar o problema e tentar melhorar. Ficar fazendo reuniões e acordos com a Venezuela, Bolívia, Equador, Paraguai e Cuba, por exemplo, só vai piorar a nossa precária situação.

Leia mais

03 fev 2009

A CAMINHO DA DESESPERANÇA


BINÓCULO

A esperança de que algo de bom possa, de fato, acontecer para melhorar de fato a vida dos brasileiros, está, infelizmente, cada vez mais distante. Já não há binóculo, neste mundo tanta alta tecnologia, capaz de oferecer tal façanha.

MISSA DE SÉTIMO DIA

Se o velho ditado diz que a esperança é a ultima que morre, para quem tem bom discernimento o momento atual, aqui entre nós, está mais para a celebração de uma missa, do tipo sétimo dia, para celebrar o falecimento da esperança. Eis algumas razões para tanto:

A PASSOS LARGOS

Um país que está caminhando a passos largos para integrar a ALBA ? Alternativa Bolivariana para as Américas, como foi mais uma vez discutido, com avanços a passos mais largos, no Forum Social Mundial, em Belém do Pará, não pode ter esperança de que possa melhorar. É simplesmente impossível.

CARTILHA PETISTA

Um país onde só os petistas estão se mostrando favoráveis à concessão do refúgio para o terrorista/assassino Cesare Battisti, contrariando todas as demais vozes, tanto brasileiras quanto estrangeiras, que não adotam a cartilha do PT, não pode prosperar e oferecer um mundo melhor.

DESPESAS

Um país onde, no momento em que o mundo todo vive uma crise sem precedentes, com altíssimo índice de desemprego, o governo corta investimentos para poder aumentar brutalmente os gastos com o Bolsa Família, além de inchar ainda mais a máquina pública com contratações absurdas, não pode ser confiável nem próspero.

FAUNA

Um país, cujos representantes do povo elegem José Sarney como novo presidente do Senado, com toda a certeza não é um país sério e com alguma vocação para o crescimento. Será que um povo com este perfil se difere dos demais animais da fauna basileira?

HORA DE REZAR

Um país, enfim, em que o governo só desvia a atenção do povo, culpando os altos juros praticados pelos bancos, e não age no sentido de fazer reformas, que produziriam a queda do custo do dinheiro e aumentaria a atividade econômica, só pode crescer por espasmos. Tal qual o velho e conhecido vôo da galinha. Só com estas breves consideraçoes inegáveis, o jeito é participar da missa e rezar muito. Não pela alma da falecida, mas para que o inferno seja o menos tenebroso possível.

Leia mais

02 fev 2009

APERTEM OS CINTOS: O CONSUMIDOR SUMIU


JUSTIFICATIVA

Para os enormes prejuízos que muitas empresas globais estão apresentando, e a avalanche de desemprego que está em cartaz no mundo todo, a justificativa é uma só: o consumidor simplesmente sumiu.

SEDUZIDO

Por deduçao lógica: quando o consumidor foge, junto com ele some também o emprego. Diante da realidade, antes de produzir qualquer coisa é preciso descobrir por onde anda o comprador. E quando encontrado precisa ser seduzido ao consumo

CUSTOS

Os sindicalitas e o ministro do Trabalho precisam entender, urgentemente, que ficar empilhando produtos acabados nas fábricas, sem ter alguém para adquiri-los, é algo impossível. E que a saída para o problema não está no crédito mais abundante como o governo está insistindo.

A VOLTDO CONSUMIDOR

A verdadeira e melhor saída está na redução dos custos tributários e trabalhistas, para começar. Se houver esta compreensão por parte do governo e dos sindicatos, tudo pode começar a melhorar. O consumidor volta ao natural.

ENCERRAMENTO DO FSM

Tud aquilo que era esperado do Forum Social Mundial se confirmou: a conclusão, ontem, foi a soma de um festival de besteiras. Nenhuma proposta para um verdadeiro mundo melhor foi apresentada. Ao contrário, tudo que querem para o mundo serve para aumentar ainda mais a pobreza. É duro, gente.

INGENUIDADE

Na semana passada passei por um momento de ingenuidade. Pensei que o prefeito José Fogaça, de Porto Alegre estava brincando quando se manifestou pel retorno do Forum Social Mundial para acapital do RS. A estupidez, infelizmente, era verdade.

FORUM INSENSATO

Embora saiba que Fogaça é político de esquerda, não me passava pela cabeça que ele havia contraído a cegueira que só os petistas e outros comunistas são portadores crônicos. Fogaça, ao fazer o pronunciamento, mostra que está doente. Muito doente. Ou, quem sabe, é fruto da mesma árvore. Nada tenho contra eventos do tipo. Afinal, cada um tem o pleno direito de expressar a sua vontade. Até aí tudo bem. No caso do FSM, pela proposta que apresenta, e pelas reivindicações feitas, não há uma linha sequer que seja sensata e que proponha um verdadeiro mundo melhor.

Leia mais

29 jan 2009

PREFERÊNCIA NACIONAL


PROPOSTAS IGUAIS

Enquanto o Brasil se mostra muito feliz e exultante em sediar o Fórum Social Mundial (FSM), em Belém do Pará, cuja proposta é de que um mundo melhor é possível, a Suíça, na minúscula Davos, abriga o Fórum Econômico Mundial (WEF), em Davos, com o mesmo objetivo, embora com mais pragmatismo.

CARACTERÍSTICAS DIFERENTES

Os eventos têm, aparentemente, propostas iguais mas com características bem diferentes, que se manifestam em todos os aspectos: no ambiente, nos participantes, na seriedade e na atenção sobre os temas discutidos.

CONTRASTE

A proposta de que um mundo melhor é possível, marca registrada do FSM, contrasta totalmente com as atitudes e procedimentos ideológicos dos seus participantes. Tudo aquilo que pregam já foi pra lá de experimentado pelos países que viveram ou que ainda vivem sob o regime comunista. E o resultado é conhecido: pobreza e mais pobreza, além da ditadura.

ESCLARECIMENTO ZERO

Se esse tal de outro mundo, que só os apaixonados pelo FSM enxergam como possível, é a pobreza e a ditadura, aí a coisa fica perigosa. Principalmente quando se percebe que o número de adeptos, além de enorme, tem nível de esclarecimento zero.

O QUE PREOCUPA O BRASIL

É impressionante que, diante de tantos problemas que precisam de atenção máxima, o Brasil insiste que o mais importante é dar refúgio ao assassino/terrorista italiano, Cesare Battisti. Por mais que a técnica possa conferir este direito, como alega de todas as formas o ministro Tarso Genro, uma pergunta deve ser feita: Vale a pena ficar com o bandido, mesmo que a lei possibilite? O Brasil ganha com isso? A nossa reputação melhora no cenário internacional, independente da má reação do governo e do povo italiano? Pois, a minha reposta sincera para todas elas é: NÃO.

PAÍS CORRPUTO

O Brasil, sem dúvida, é reconhecido mundialmente como país altamente corrupto. Embora a corrupção tenha chegado por aqui pelas mãos e atitudes dos nossos descobridores, o atual governo fez questão de ser reconhecido como o mais corrupto de todos, pela forma descarada com que praticam falcatruas.

SEMELHANÇA

Pela forma semelhante com que sempre agiram, antes mesmo de chegar ao poder (como vários documentos provam), muitos daqueles que estão neste governo mostram forte simpatia por ladrões, terroristas e assassinos. Por aí já é possível entender esse fantástico interesse em dar refúgio a Cesare Battisti. Só pode.

Leia mais

28 jan 2009

REAÇAO EM CADEIA


INADIMPLÊNCIA

A inadimplência no financiamento de veículos atingiu o maior nível da história em dezembro de 2008. De acordo com números divulgados ontem pelo Banco Central, o porcentual dos empréstimos com atraso superior a 90 dias atingiu 4,3% no último mês de 2008, ante 4,1% de novembro.

PARCIMÔNIA

Esse é o maior patamar da série histórica iniciada em junho de 2000 e mostra que o total das parcelas com atraso superior a três meses que bancos têm a receber já soma R$ 3,5 bilhões. Um cifra, portanto, suficiente para explicar o porquê das instituições financeiras estarem mais parcimoniosas nas concessões de crédito, além de praticarem taxas mais elevadas.

POR ENQUANTO

A notícia, embora longe de ser alarmante, trágica e nada parecida com o subprime, mostra o que está havendo no mercado de veículos, por enquanto. Mais adiante, com certeza, outros setores também mostrarão números bem ruins quanto à inadimplência. Resumo: o Brasil não vai acabar, mas sem a farra do crédito fácil, vai penar para crescer.

ESTOURO ESPERADO

A notícia surpreende? Óbvio que não. Esta bolha já era conhecida e o seu estouro esperado depois do festival de crédito concedido sem muito critério em todo o país. Portanto, trata-se de um problema criado e anunciado.

BOLHA

O simples anúncio da taxa de inadimplência de veículos identifica que uma bolha estava em formação, gerada pela farra do farto crédito concedido para quem nunca poderia pagar a conta. Bingo.

LÓGICA

Dentro da lógica da relação causa/efeito, quando o número de inadimplentes fica exagerado, a roda do financiamento pára de girar. Menos recurso significa menos crédito para os novos negócios. Ora, interrompida a cadeia tudo volta para trás. É quando dizemos que a bolha furou.

ARTIFÍCIOS

Cadeia interrompida quer dizer menos produção. Menos produção quer dizer menos emprego, consumo, impostos, etc. Se o debilitado consumo externo já explica a nossa dificuldade para exportar, a queda do consumo interno, provocado pelo estouro da nossa bolha de crédito, implica em queda proporcional de todas as atividades.Fica evidente, pois, que foi o crédito fácil quem impulsionou as vendas internas. O fim do exagero propõe que o nosso crescimento seja compatível com a renda da sociedade de consumo. Criar artifícios, como se vê, é uma ilusão cara, em forma de bolha. Um dia ela estoura.

Leia mais

27 jan 2009

FESTIVAL DO DESEMPREGO


SENTIMENTO

O sofrimento manifestado pela perda do emprego impede, muitas vezes, que o desempregado possa aceitar a crucial decisão tomada pelo desempregador. Por se tratar de uma questão sistêmica, se as razões não forem bem esclarecidas pela mídia muita gente fica convencida de que o ato de desempregar é pura vilania.

LUCROS DO PASSADO

Para estimular ainda mais o ódio aos empresários, chamados de insensíveis, tanto governantes (caso do ministro Carlos Lupi) quanto sindicalistas estão argumentando que os grandes lucros obtidos pelas empresas no passado deveriam ser usados para manter os trabalhadores nos seus empregos.

MAIOR PARTE

Mesmo considerando que é pra lá de estúpida a proposição, o curioso é que ainda assim nenhum empresário procurou a mídia para expor o entendimento da lógica. Gente, a hora é de responder, com muita firmeza para que não paire dúvida alguma, que havendo lucro o governo fica com a maior parte dele. A maior, repito.

DESINFORMADOS

Será que o ministro Lupi ainda não foi informado de que a nossa carga tributária beira os 40% do PIB? Os sindicalistas, provavelmente, pela má formaçao educacional, não têm idéia do assunto, a considerar que só sabem protestar contra salários e benefícios recebidos pelos seus associados.

INVESTIMENTOS

Prosseguindo: além de servir para pagar imposto, parte dos lucros auferidos é usado para novos investimentos. Caso contrário, as empresas vão perdendo mais competitividade ainda (já comprometida pelo excesso de tributos).

RETORNO

O restante, ou seja, praticamente um quarto do lucro líquido, é distribuído aos acionistas. Que mesmo diante de um momento vantajosos, como foram os últimos anos, a taxa (dividend yeld) foi menor do que os juros oferecidos pelos títulos do governo.

CONCLUSÃO

Os governantes, os sindicalistas e, principalmente, a mídia, que tem grande poder de influenciar pessoas, não fazem a proposição correta, qual seja de diminuir substancialmente os impostos e contribuições. Tal providência já significa aumento do poder de compra dos consumidores, o que manteria mais gente empregada. Esta idéia inicial e imediata não passa pela cabeça oca dos nossos govedrnantes. E de muitos empresários, que ficaram mudos diante da proposta burra de Lupi e sindicalistas. É por isso que o Festival do Desemprego aí está.

Leia mais