ANO ATÍPICO
Não é preciso consultar especialistas para entender que o ano de 2008, para a economia, foi um ano muito atípico. Como a economia mundial estava no auge, uma parcela grande de empresas ainda mostrou resultados extraordinários no período.BOLHA DE CRÉDITO
A decantada bolha de crédito mundial, mesmo que depois de estourada, isto quase ao final do período, ainda assim não conseguiu apagar os bons resultados que foram conquistados nos primeiros meses de 2008.DESCONTO
Considerando que a bolha não é fruto de imaginação, mas de uma dura realidade incontestável, antes de fazer comparações do desempenho atual da nossa economia é preciso fazer o corte, ou desconto, do excesso que o fenômeno provocou.TENDÊNCIA
Atenção: não se trata, simplesmente, de esconder números engordados, excessivamente, pela bolha. O importante no corte do excesso, ou anormalidade, é poder enxergar através de uma série histórica, qual o comportamento da curva, da tendência observada nos últimos anos.QUEDA DE LUCROS
Comparado com 2008, por óbvio, muitas empresas de capital aberto, que estão divulgando seus resultados referentes ao primeiro semestre de 2009, revelam queda de seus lucros comparativos.IMPORTANTE
Entretanto, gente, é preciso convir: o destaque que precisa ser dado neste momento é ao fato de existir lucro, e não ficar dando maior importância à queda de desempenho, comparado com o ano anterior.ESTRATÉGIA
Para melhor entender, e julgar, o nível de administração dos executivos é preciso saber se foram corretas as decisões tomadas para enquadrar as empresas à realidade do mercado. A partir daí comparar o desempenho atual com os resultados colhidos em 2006 e 2007. Se a curva se mostrar ascendente, a tendência de crescimento está desenhada e a estratégia está correta.DESTRUIÇÃO DAS CÉLULAS
Ainda que não tenhamos um diagnóstico, prévio ou definitivo, não descarto a possibilidade de que a Gripe A ainda venha a ser responsabilizada pela grave destruição de células cerebrais de grande maioria do povo brasileiro.QUEDA DO DISCERNIMENTO
Depois que o vírus se espalhou por vários Estados do país, além dos espirros que caracterizam um estado gripal, mas na mesma proporção, ficou perceptível a queda do discernimento da maioria dos brasileiros.PERDA DA CONSCIÊNCIA
A coisa já se mostra tão séria que é possível admitir que o mal maior que a doença provoca é a perda da consciência. O que mais assusta é se esta perda do discernimento é temporária ou passível de cura.À CATA DE MORTOS
Vamos combinar que o grande combustível para o agravamento do mal deve ser atribuído ao papel que a imprensa aberta está desempenhando. Jornal que não identifica uma ou mais mortes por dia é dito como pífio ou alienado. Assim, o negócio é sair à cata de um morto para dizer, imediatamente, que a Gripe A o matou.POVO COMANDADO
Dentro desse ambiente propício, quanto mais notícias sobre funerais realizados, mais pânico é espalhado. Mais, inclusive, que o próprio vírus H1N1. Com isso, o lado mórbido de uma povo comandado pela mídia é fortemente estimulado: basta um simples espirro para que todos corram para comprar máscaras, álcool gel e tamiflus da vida. Uma loucura.INFLUENCIADOS
Assim, com primeiro balanço da situação já temos o seguinte: a Gripe A, (H1N1) que a rede Globo, principalmente, insiste em chamar de Gripe Suína, vem causando prejuízos irrecuperáveis aos criadores de suínos. Tudo porque os consumidores/telespectadores, devidamente influenciados, estão associando o vírus com o produto, que simplesmente deixou de ser consumido.UM VIVA À IGNORÂNCIA
Além disso, e mais grave de tudo, é que a educação escolar já está pra lá de comprometida. Considerando que o nosso ensino já não é de boa qualidade, o adiamento das aulas compromete ainda mais a educação.RECORDE
Enquanto as aulas não acontecem em vários municípios, deixando claro que este semestre já está definitivamente perdido (embora as autoridades sempre vão dizer o contrário), os alunos (?) lotam, diariamente, os shoppings centers e batem recorde de público nos cinemas e outros espetáculos. Viva a ignorância.MUITAS OUTRAS
Já vai longe o tempo de que a morte e os impostos eram as duas únicas certezas, absolutas, que os seres humanos passariam a enfrentar tão logo viessem ao mundo. Hoje, como se sabe, a educação e a ciência oportunizam o conhecimento de mais certezas.CICLO
Uma delas, muito simples e de conhecimento de todos os habitantes do mundo, é de que, se o ciclo da vida tem prazo incerto, as horas e os dias tem períodos certos e precisos. Queiram ou não serão sempre concluídos.DIREITO À SAFADEZA
Já os brasileiros têm hoje muito mais certezas. Uma delas é a convicção plena de que políticos têm pleno direito à safadeza. Inclusive já estão percebendo, muito claramente, que é impossível acabar com a roubalheira e os privilégios por eles conquistados.PERSEGUIDO
Não há um dia sequer em que o Senado fique livre de alguma denúncia de novas safadezas. A coisa, além de insuportável, parece não ter fim, gente. E o comandante geral, José Sarney, continua discursando dizendo que é um perseguido pela mídia.FORA SARNEY! ???
Na medida em que os escândalos vão sendo revelados e as provas apresentadas, nada mais óbvio que um sentimento de indignação por parte do povo, que paga tudo. Pois é aí que se percebe a grande fraqueza dos manifestantes: atordoados pelas pancadas reagem nas ruas com um simples- Fora Sarney! -.CORPORATIVISMO
Ora, gente. O problema não está na presidência do Senado. Ele só é tão um grande safado, mas não o único. A safadeza campeia, há séculos, em todos os Poderes. E os privilégios, idem. E quando as leis não os protegem, a Justiça cuida dos casos omissos. E, naturalmente, se omite. Afinal, quando o setor público está ameaçado, o corporativismo fala mais alto.FORA DE FOCO
Se a sociedade continuar mansa e fora de foco, além da certeza dos impostos vai ter a certeza de que a carga tributária nunca será reduzida. Só tenho receio de que a ciência nos tire a certeza da morte, pois a eternidade, nas atuais circunstâncias, nos levará a uma outra certeza: vamos enlouquecer.ENTRE OS CITADOS
Assim como muitos brasileiros inconformados, também lamentei bastante por estar incluído entre aqueles que o presidente Lula, de forma inflamada, acusou de imbecis aqueles que criticam o programa assistencialista -Bolsa Família-. Ainda que aborrecido decidi que não deveria rebater a provocação no mesmo tom. Não seria educado. Mais: seria inadequado além de não acrescentar nada de positivo. E também não ajudaria a esclarecer coisa alguma.BOLSA DESPERDÍCIO
Como hoje é sexta-feira, dia do Grupo Pensar Econômico se manifestar neste espaço, o melhor mesmo é tratar do Bolsa Família como ele merece ser tratado: com fatos reais e irrefutáveis.Aliás, neste momento já não é mais preciso usar de projeções e/ou expectativas de desperdício a ser colhido no futuro. A verdade já está disponível para uma total compreensão do quanto representa o Bolsa Desperdício.COM TODA A RAZÃO
Antes de expor o descalabro informo que o fato, por si só, faz com que Lula esteja totalmente correto na sua afirmação. Vocês vão dar razão a ele. Este entendimento adquiriu sentido absoluto depois de ouvir, alto e bom som, o que me contou ABERTAMENTE o diretor do Sinditêxtil, ontem, no almoço que participei na FIEC ? Federação das Indústrias do Estado do Ceará. Vejam:CURSO PARA 500 MULHERES
Como o setor têxtil é de vital importância para a economia do Ceará, a demanda por mão de obra na indústria têxtil é imensa e precisa ser constantemente formada e preparada. Diante disso, o Sinditêxtil fechou um acordo com o governo para coordenar um curso de formação de costureiras. O governo exigiu que o curso deveria atender a um grupo de 500 mulheres que recebem o Bolsa Família. De novo: só para aquelas que recebem o Bolsa Família.ATRIBUIÇÕES
O importante acordo foi fechado dentro das seguintes atribuições: o governo entrou com o recurso; o Senai com a formação das costureiras, através de um curso de 120 horas/aula; e, o Sinditêxtil com o compromisso de enviar o cadastro das formandas às inúmeras indústrias do setor, que dariam emprego às novas costureiras. Pela carência de mão obra, a idéia não poderia ser melhor. Pois é.ZERO DE CONTRATAÇÕES
Pois bem. O curso foi concluído recentemente e com isto os cadastros das costureiras formadas foram enviados para as empresas, que se prontificaram em fazer as contratações. E foi nessa hora que a porca torceu o rabo, gente. Anotem aí: o número de contratações foi ZERO. Entenderam bem? ZERO, gente. Enquanto ouvia o relato, até imaginei que o número poderia ser baixo, mas o fato é que não houve uma contratação sequer. ZERO. Sem qualquer exagero. O motivo? Simples, embora triste e muito lamentável, como afirma com dó, o diretor do Sinditêxtil.PARA SEMPRE
Todas as costureiras, por estarem incluídas no Bolsa Família, se negaram a trabalhar com carteira assinada. Para todas as 500 costureiras que fizeram o curso, o Bolsa Família é um beneficio que não pode ser perdido. É para sempre. Nenhuma admite perder o subsidio.SEM NEGÓCIO
Repito: de forma uníssona, a condição imposta pelas 500 formandas é de que não se negocia a perda do Bolsa Família. Para trabalhar como costureira, só recebendo por fora, na informalidade. Como as empresas se negaram, nenhuma costureira foi aproveitada.A RAZÃO DE LULA
O que sobrou nisso tudo? Muita coisa. O custo alto para formar as costureiras foi desperdiçado. E pelo que foi dito no ambiente da FIEC, casos idênticos do mesmo horror estão se multiplicando em vários setores. Considerando que a região nordeste do país contempla o maior número de beneficiados com o Bolsa Família, aí está a razão para sermos todos imbecis e idiotas. Lula tem razão. Toda razão.DEVER DE EMPRESÁRIO
O que leva um empresário gaúcho do setor Feiras e Eventos, como é o caso de Hélvio Pompeo Madeira, da FCEM, a promover feiras nos Estados do Ceará, Goiás e Santa Catarina? Pois, quem conversa com Madeira entende bem os motivos. Primeiro, porque é dever do verdadeiro empresário ficar atento aos movimentos do mercado.MARKET MAKERS
Segundo, porque quando a oportunidade bate à porta, o negócio é tratar de botar o bloco na rua e fazer acontecer. E quando a oportunidade não se mostra tão visível é a hora da ousadia. É preciso abrir a porta e ir para o risco. Como fazem os market makers.APOSTANDO NO CEARÁ
O que levou Helvio Madeira a apostar no Ceará, dois anos atrás, com a Maquintex, por exemplo, foi a percepção clara da vontade demonstrada pelos empresários e políticos do Ceará, que queriam ver e fazer o Estado crescer e se desenvolver. Agora, nesta segunda edição da Maquintex, que acontece a cada dois anos, o crescimento no número de expositores já foi expressivo: praticamente 40% em relação à primeira edição.SINDITÊXTIL
O resultado expressivo fez com que o representante do Sinditêxtil Ceará, Ivan Bezerra Filho, destacasse o papel da FCEM da seguinte forma: - Estamos muito gratos de o grupo FCEM ter escolhido o Ceará para realizar esta feira. Reconhecemos todo este esforço que é fundamental para o mercado.MUDANÇAS INEGÁVEIS
É óbvio que nem tudo que acontece no Ceará é uma maravilha. Mas, além de surpreendentes, os resultados das mudanças nos últimos anos são inegáveis. Hoje, o Ceará agrada os investidores e visitantes e estimula os moradores. Cada dia que passa o Estado se mostra mais arrumado e com mais disposição para crescer.CONTAS PÚBLICAS
Além da localização geográfica privilegiada, coisa que encurta em muito a distância dos principais mercados (4h dos EUA e 6h de Portugal), as contas públicas mostram gozar de boa saúde, se comparadas com outros Estados, principalmente, o RS.MUSCULATURA
A folha de salários dos servidores, por exemplo, compromete algo como 40% da Receita Corrente Líquida (RCL). Esta musculatura, invejável, fez com que, em 2008, o investimento público atingisse 15% do valor da RCL. De novo: comparado com o RS, onde não sobra um centavo para investir, é a glória.SEM INVEJA
Mas, dentre tantas coisas importantes, a que mais me chama a atenção é o espírito cearense, e dos nordestinos em geral: os empresários são desprovidos da inveja nos negócios. A chave usada para o sucesso que o Estado vem colhendo está na luta conjunta para que tudo melhore. E quando o desenvolvimento é a meta, todos dão às mãos. Bem ao contrário do RS, não?FEIRA
Ontem, o Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza abriu as portas de seus pavilhões para a realização da Maquintex 2009 - Feira de Máquinas, Equipamentos, Serviços e Química para a Indústria Têxtil. Com 120 expositores e 400 marcas, aproximadamente, o público visitante que os organizadores esperam, até sexta-feira, é de 16 mil visitantes.PÓLO INDUSTRIAL
O Estado do Ceará, entre os muitos setores que experimentam forte crescimento, desponta como um grande pólo da indústria têxtil. Como não há um pé de algodão plantado no Ceará, o abastecimento da matéria prima vem da Bahia, Mato Grosso, Goiás e de fora do país.PARCERIA
Depois do calçado, o setor têxtil é aquele que tem mais peso na economia do Estado. Se os empresários fazem força, o governo também aparece como um parceiro decisivo. Para que os produtores pudessem enfrentar a boa briga com o mercado internacional, onde a importação oferecia preços mais competitivos, o governo aceitou a redução de 50% do ICMS. Atenção: redução esta sobre uma alíquota já incentivada. O resultado foi imediato e positivo: o governo não acusou redução de receita.INCENTIVOS
Para continuar estimulando o crescimento e novos investimentos, os incentivos concedidos pelo Governo e prefeituras são inúmeros. Quanto maior a distância na interiorização dentro do Estado; quanto maior a preocupação com meio ambiente; e, quanto maior o número de contratações, maior o incentivo, que pode chegar a 78% de redução de ICMS no setor têxtil, e 75% nos demais.SALTO
Com estas providências, o Ceará deu um salto enorme na última década. E promoveu uma grande revolução nas cidades mais pobres. A maioria dos operários contratados, ao preferir remuneração por produção, se esforça de todas as formas para cumprir bem melhor as tarefas.NOVOS INVESTIMENTOS
Segundo o Secretário do Desenvolvimento do Estado do CE, que também é 1º vice-presidente da FIEC ? Federação das Indústrias do Estado do Ceará, Ivan Rodrigues Bezerra, as coisas não param por ai. Novos investimentos estão chegando por aqui: um grupo coreano deve investir R$ 6 bi numa siderurgia.OUTROS SETORES
Outros setores que estão na mira de investidores que não param de chegar por aqui é o de energia ( até 2010 o Estado será auto-suficiente), o cimento e o naval, etc. Como eu disse ontem, o Ceará está bombando. Muito além do conhecido turismo de lazer. Maravilha.