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05 mai 2009

QUE MOMENTO, HEIN?


LIVRES

Se estamos temporariamente livres da visita do presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, isso se deve exclusivamente à sua comitiva, que acabou por cancelar a viagem que faria nos próximos dias ao Brasil, Venezuela e Equador.

TODO TEMPO

Em outras palavras: se dependesse exclusivamente do governo brasileiro o indesejável ficaria por aqui pelo tempo que bem entendesse.

NEO-AMIGOS

Depois do espetacular envolvimento do extremamente simpático Hugo Chavez com o muito sorridente Ahmadinejad, em visita recente que fez ao Irã, o presidente Lula também não gostaria de ficar sem abraçar o neo-amigo comunista.

HIPÓCRITAS

Como já fomos considerados hipócritas, de forma aberta e sem erros de interpretação, só porque nos manifestamos contra a indecência dos nossos políticos, vamos continuar reclamando mesmo com o rótulo de HIPÓCRITAS, aplicado pelo presidente Lula.

ROUBANDO DO POVO

Até porque os safados, absolvidos por Lula, vão continuar agindo da forma costumeira: roubando do povo. Como não perdem tempo, nem se importam com o povo, eis o que aprontaram os ocupantes da Câmara dos Deputados e do Senado em abril:

EM ABRIL

A Câmara empenhou parte de seu orçamento de abril, conforme divulgado pela ONG Contas Abertas, em gastos de R$ 8.000,00 na compra de 3,2 mil panos de prato. Oba, que maravilha, não?

COVARDES?

Tem mais, gente: o Senado não ficou atrás. Reservou R$ 49,7 mil para a compra de: 6 mil detergentes; 4 mil esponjas; 4,7 mil sabões de coco; 180 colheres de pau; 1,5 mil colheres para café; 1,4 mil para chá; 6,1 mil copos de vidro; e 3 mil xícaras com pires em porcelana branca. Viva! Tá bom assim, não? Afinal, nós não somos hipócritas? Ou covardes? Quem sabe...

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04 mai 2009

O POVO É HIPÓCRITA


AFIRMAÇÃO COMPROMETEDORA

Além da gripe suína, outros dois fatos ganharam destaque neste final de semana prolongado: a lei de imprensa, derrubada pelo STF na última quinta feira; e a comprometedora afirmação do presidente Lula sobre a farra das passagens aéreas.

PRIMEIRO DE MAIO

Como o espaço é pequeno para os dois fatos, dou preferência ao que Lula falou no dia 1º de Maio, Dia do Trabalho. Antes de tudo porque o presidente endossou a farra das passagens aéreas. Ao invés de condenar a atitude lamentável dos ocupantes dos Poderes Legislativo e Judiciário, preferiu ficar ao lado da safadeza.

CONTRARIANDO A LÓGICA

Isso tudo depois que a sociedade brasileira, em peso, se indignou e se manifestou cheia de revolta contra a insuportável farra com o dinheiro público. Inexplicavelmente, contrariando a lógica da honestidade e da decência, o presidente Lula simplesmente entendeu que os políticos estão certos e que o povo é hipócrita.

COM MORAL

Pior: Lula, sem qualquer cerimônia, ainda admitiu que na época em que era deputado federal (entre 1987 e 1991) também usou dinheiro público para levar sindicalistas à Brasília. E ainda se considera cheio de razão e com muita moral.

PLATÉIA ENVENENADA

O mais lamentável no episódio é que a platéia que o ouvia quando fazia a declaração infeliz, numa atitude típica de puxa-saquismo e em defesa dos privilégios preferiu aplaudir a estupidez verbalizada pelo presidente. Pode? No mínimo, essas pessoas, se é que podem ser consideradas como tais, são do tipo que se beneficiaram da sujeira. Só pode...

COM RAZÃO?

Sem surpresa, mas necessário informar, é que o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini, aproveitou a deixa para dizer que Lula está coberto de razão ao dizer que vê muita hipocrisia nas críticas sobre o uso das cotas de passagens pelos deputados.

MARAVILHA

Berzoini, dentro da sua lógica petista própria de quem prestigiou o mensalão, ainda emendou: não vejo problema nenhum quando um deputado traz para Brasília, com passagens pagas pela Câmara, sindicalistas ou pessoas relacionadas ao exercício de seu mandato. Que tal? Vamos colocar a nossa viola no saco?

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30 abr 2009

AS MANIFESTAÇÕES DE ABRIL


BALANÇO

Fazendo um balanço daquilo que aconteceu neste mês de abril, que encerra hoje, mais importante do que a queda da taxa Selic, para 10,25%, sem a menor dúvida foi a reação da sociedade contra a farra das passagens aéreas.

COMPARAÇÃO

Pelos cálculos feitos até agora o rombo promovido pela farra histórica, protagonizada pelos ocupantes de todos os Poderes, não chega e ser tão grande se comparado com outros tipos de fraudes. Nem mais imoral.

REAÇÃO

O fato, no entanto, é que imoralidade não se mede por tamanho. E roubo do dinheiro público também não se mede pelo montante subtraído da população. Independente do tamanho, o que funciona mesmo é a pronta reação da sociedade contra todo o tipo de falcatrua.

CIDADANIA

Quanto maiores forem essas manifestações do povo, menores tendem a ser os abusos praticados pelos seus representantes. Essa muito atrasada demonstração de cidadania começa, enfim, a dar os primeiros passos por aqui.

ATENTOS

Ainda foi uma reação meio tímida. Contudo, ela precisa ser muito festejada pelo grau de efetividade alcançado. A partir de agora, mais do que necessário é ficar muito atento aos desdobramentos que os safados vão protagonizar.

À FORRA

Como já se percebe, muitos políticos ficaram profundamente irritados pelo fato de terem sido flagrados e denunciados pela imprensa. Não foi, portanto, uma atitude de arrependimento. O que basta para imaginar que eles não vão desistir. Eles irão à forra.

ESTADO DE ALERTA

Aliás, para buscar compensação pela perda das vantagens imorais absurdas, vários deputados já expressaram a vontade de discutir, com urgência, um aumento de seus próprios salários. Isso mostra o quanto não se arrependem das safadezas praticadas.Que fique bem claro: não devemos dar às costas para os políticos. Eles nunca perdem tempo. Se o povo se der como satisfeito com as manifestações e reações vitoriosas, mostradas neste mês de abril, a vingança virá com força. A ordem, pois, é permanecer em constante estado de alerta.

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29 abr 2009

COLLOR, O SENSATO


VOTEI NO COLLOR

Nunca neguei ter votado no Collor e não tenho nenhum problema em afirmar isso. Hoje, no entanto, não consigo entender como ele conseguiu ganhar aquela eleição, uma vez que seus eleitores simplesmente não existem. Sumiram. Ou preferem mentir para não se comprometer com alguma coisa.

SÓCIOS PREJUDICADOS

A propósito: da mesma forma com que não encontro eleitores do Collor também nunca encontro aqueles que passaram seus sócios para trás, em qualquer tipo de negócio. Todos com o quais tenho a oportunidade de falar são, sempre e inevitavelmente, as vítimas. Que coisa...

POSIÇÃO

Mas, deixando isso pra lá, o fato é que o agora senador Collor foi o único a se posicionar, de forma categórica, contra a entrada da Venezuela no MERCOSUL. Parabéns, senador.

EXPULSÃO

Melhor ainda seria se o senador Collor fosse mais longe. Por exemplo: propor a expulsão do Paraguai como país membro do ridículo MERCOSUL. Até porque o bispo-presidente do Paraguai detesta cumprir contratos. Começando por Itaipu e pelas expulsões de agricultores brasileiros.

ASPECTOS POLÍTICOS

A Venezuela até já tem um acordo de livre comércio com o Mercosul. Mas Chávez quer mais: quer que seu país seja um membro efetivo do Bloco. E, de viva voz já deixou bem claro que não quer concentrar as negociações apenas no aspecto comercial. Quer ressaltar, com todo vigor, os aspectos sociais e políticos. Que tal?

PORTA ABERTA

Com a recente vitória de Rafael Correa, do Equador, o qual é pupilo ardente de Chávez, depois que a Venezuela for confirmada, a porta estará aberta para a entrada triunfante dos países comunistas nada disfarçados: Equador, Bolívia, Nicarágua e Cuba, por enquanto.

MEDIDA MORALIZADORA

Ainda sobre o senador Collor é importante que todos saibam que partiu dele a proposta aprovada pela Comissão de Infraestrutura, a qual preside, que a partir de agora os indicados para integrar as agência de regulação precisam apresentar uma série de documentos antes não exigidos, para comprovar condições técnicas e morais para exercer a função. Todos vão precisar fornecer certidões negativas do Fisco e revelar se tem parentes em empresas do setor relativo à agência para a qual está sendo indicado e se é réu ou autor em ação judicial. Alguém é contra?

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28 abr 2009

A CRISE E A COPA DO MUNDO


DOIS INGREDIENTES

O Brasil como um todo, o Estado do RS e sua capital, Porto Alegre, em particular, estão diante de duas enormes oportunidades, ou ingredientes, para crescer e se desenvolver: 1- a possibilidade de sediar jogos da Copa do Mundo de 2014; 2- a crise mundial que aí está.

OPOSIÇÃO RETRAÍDA

Para tirar o máximo proveito de ambas, e dar o salto que o país , RS, e a Capital gaúcha precisam, basta que seus governos exponham todos os projetos arrojados à sombra da Copa e da crise. Com toda a certeza não haverá parcela da oposição suficientemente corajosa para votar contra.

CONDENADO

Político que não vê o futebol como coisa séria, preferindo ser contrário à construção de estádios e tudo aquilo que facilite e atraia a movimentação dos torcedores, residentes e visitantes, está condenado ao inferno. Sem passagem pelo purgatório. Um excomungado, com certeza.

INTER E GRÊMIO

Aí estão, portanto, dois meios estupendos para facilitar a apreciação rápida de tudo aquilo que em todos os Parlamentos levam muito tempo para serem analisados e aprovados. Isto quando a aprovação acontece. Vide, por exemplo, a aprovação das obras dos estádios do Inter e do Grêmio, no RS. Barbada.

CRISE

Nada tem sido mais repetido no mundo todo de que Crise é Oportunidade. Então, gente, o negócio é aproveitar esta que aí está, embora muitos estejam convencidos de que aqui ela será menos drástica. Ainda assim ela pode ajudar em todas as decisões que determinem mais atração de capital, mais empregos e mais desenvolvimento.

INFERNO

Da mesma forma como acontece quando o assunto é Copa do Mundo, quem for contrário a projetos que tornem a crise menos hostil é anti-social e indesejável. Nem no inferno querem gente assim. Lá, até eles são considerados péssimas companhias.

ATÉ OS XIITAS

Portanto, se os governantes, de todos os níveis, mostrarem um mínimo espírito empreendedor, a hora é agora. Tenho convicção de que até os xiitas do meio ambiente não encontram campo fértil e favorável para negar o que geralmente negam.

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27 abr 2009

CONVERSA INFORMAL COM ALEMÃES


DOIS ASSUNTOS

Quando já estava me despedindo da Feira de Hannover, na sexta feira, 24, na Alemanha, participei de um almoço informal que reunia empresários e investidores alemães. No meio da conversa dois assuntos vieram à tona: 1- o peso dos tributos no Brasil e na Alemanha; e,2- as falcatruas das passagens aéreas que a mídia, felizmente, não para de expor.

CARGA ELEVADA

Depois que informei a nossa carga tributária que beirava os 40% do PIB, um deles, bem mais interessado disse que na Alemanha o peso também é altíssimo. Por isso muitas empresas, em busca de maior competitividade, estão caindo fora de lá procurando países menos gananciosos.

DOADOR COMPULSÓRIO

Aproveitei o momento de atenção para informar que no Brasil eu sou um doador compulsório de dinheiro para o governo. E que os alemães, sim, pagam impostos. Como o meu interlocutor franziu o cenho, dando clara demonstração de não ter entendido, expliquei:

COMPRA EFETIVA

- Para vocês, aqui na Alemanha, o pagamento de impostos corresponde à compra efetiva desta maravilhosa infra-estrutura que se vê e que está disponível além de todos os serviços sociais. Vocês realmente pagam pelo que recebem, embora até tenham o direito de discutir o valor que pagam.

POUCI EM TROCA

Eu, lá no Brasil, como recebo muito pouco em troca, não estou pagando impostos, mas fazendo uma doação de dinheiro ao governo. Doação, como se sabe, não tem compromisso de contrapartida. Só que no Brasil o donativo, a contribuição é compulsória.

DESAPONTADO

Percebi que o meu interlocutor ficou muito despontado. E de forma disfarçada anotou o que eu disse. Deu-me a impressão de que ele estava riscando o nosso país dentre àqueles com possibilidades de investir. Será?

CIDADANIA

Isto que o tempo não permitiu falar sobre as falcatruas das passagens aéreas. Imaginem se tivesse falado. Mas ainda assim percebi, nas entre linhas, que os alemães gostariam de saber quando o povo brasileiro irá assumir a sua condição de cidadão e partir para cima dos safados. Se perguntarem isso, o que devo dizer?

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