INTERVENCIONISMO
Enquanto milhões de brasileiros corriam atrás de um lugar tranquilo para passar o feriadão de Páscoa, os noticiários, que nunca dão trégua, davam conta do quanto o governo aproveita todos os momentos para aumentar a intromissão na vida e nos assuntos onde a sociedade privada faz bem e melhor.
ADMIRAÇÃO EXPLICADA
Começando pelo intervencionismo do governo, onde a presidenta Dilma, por incrível que pareça, vem ganhando admiradores a cada dia que passa. Porém, com um detalhe:1-A admiração é muito menos pelo que possa estar fazendo de bom e necessário para o país, e, 2- Muito mais pelo estilo bem diferente de seu antecessor, que além de falar demais o fazia com muita arrogância.
AGÊNCIAS REGULADORAS
Pois, dentro de um espírito altamente intervencionista, depois do triste episódio envolvendo a Vale, as Agências Reguladoras, que já vinham sendo patrulhadas e comandadas pelo governo na era Lula, também passarão a ganhar um perfil ainda mais alinhado com o atual mandato petista.
ALINHADAS
O Palácio do Planalto, sem pestanejar, já deixou claro que não abre mão do comando das agências reguladoras. E, para controlar ainda mais essas autarquias que, em tese (e para os incautos) deveriam ser independentes, a idéia é que fiquem alinhadíssimas com as políticas traçadas pelo Executivo.
INTERESSES DO GOVERNO
Anotem aí: pelo que já foi decidido e revelado, até o fim de 2011, a Anatel e a ANP (Petróleo) estarão atendendo, exclusivamente, a interesses do governo. Ou seja, naquilo que deveria sofrer uma poderosa intervenção, aí o governo nada faz. Principalmente para barrar o crescimento das despesas de governo, que estão pra lá de preocupantes. Nada é comentado ou exigido.
ESTUDO CLARO
Vejam, por exemplo, o silêncio do governo quanto ao estudo elaborado pelo economista Adolfo Sachsida, pesquisador do IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, que mostra a relação entre a carga tributária e seus efeitos sobre o PIB. Segundo Sachsida, o aumento do volume dos impostos cobrados dos brasileiros funciona como um freio para o crescimento econômico. Ou seja, o aumento de 1% da carga de tributos reduz o PIB, no longo prazo, em até 3,8%. Tal efeito negativo também pode ser sentido no curto prazo e, nesse caso, a mesma elevação do peso dos impostos provoca uma desaceleração de 0,42% na economia.
NA MESMA LINHA
Ora, não seria necessário um estudo muito minucioso para saber que a nossa carga tributária emperra a economia. Além de tirar a capacidade competitiva na comparação com outros países. Principalmente aqueles que estão na mesma linha dos chamados emergentes.