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17 dez 2013

A VENEZUELA COMO ESPELHO?


VENEZUELA

Ontem, quando a agência Moody?s (de classificação de risco) anunciou a decisão de rebaixar a nota de crédito da Venezuela em moeda local e estrangeira, de B1 e B2, respectivamente, para Caa1, ninguém ficou surpreso. Mais: também não percebi qualquer manifestação contrária à atitude da Moodys.

MOTIVOS

Segundo informa a nota emitida pela Moodys, o rebaixamento tem como motivos principais tudo aquilo que o mundo todo já sabe: os insustentáveis desequilíbrios macroeconômicos e o risco concretamente mais elevado de um colapso econômico e financeiro.

QUADRO ESTARRECEDOR

Como a inflação na Venezuela já ultrapassou a taxa de 50% e a moeda já está cotada em 64 bolívares por dólar (dez vezes a taxa oficial -, comparado a 17,5 bolívares no final de 2012), o quadro econômico é estarrecedor. Com isso, não há quem queira produzir no país chavista, ora dominado por Maduro.

BENCHMARKING

Resolvi colocar no editorial de hoje esta triste realidade que vivem os venezuelanos porque a Venezuela, junto com Cuba, passou a ser o -benchmarking- dos demais países latinos, cujos governantes fazem parte do Foro de São Paulo.

CADERNOS DO CÁRCERE

Como o modelo de governabilidade (baseado na obra de Antonio Gramsci - CADERNOS DO CÁRCERE) foi aprovado pelos membros do FORO DE SÃO PAULO, do qual o PT É O PARTIDO FUNDADOR, é óbvio que todos os seguidores devem persegui-lo.Como não houve mudança de atitudes e pensamentos nas discussões que acontecem nas reuniões anuais do Foro de São Paulo, todos os países-membros do FSP seguem perseguindo a meta da TRANSIÇÃO para o SOCIAL-COMUNISMO.

ADJETIVOS ERRADOS

Diante desta triste realidade (triste para quem prefere o capitalismo, certamente) preciso fazer uma reparação: as decisões econômicas promovidas pelo governo Dilma e sua equipe econômica liderada por Guido Mantega, que até agora adjetivei como equivocadas, são, na verdade, certeiras. Ou seja, o único equivocado sou eu.

MUITO PROVÁVEL

As decisões tomadas pelo governo da Venezuela (novo membro do Mercosul por vontade do PT) não são obras promovidas por ignorantes ou equivocados. Todas são muito bem calculadas e pensadas e têm um propósito definido: chegar ao comunismo o mais rápido possível. O próximo passo? Quem sabe o rebaixamento da nota do Brasil em 2014? É possível. Muito provável, inclusive...

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16 dez 2013

ANTES TARDE...


FATOS

Pelo que tenho lido nessas últimas semanas, com a mesma intensidade com que voltou a crescer a aprovação do governo Dilma, notadamente nas regiões norte e nordeste do país (segundo dizem as pesquisas), vejo que também aumentou o número de brasileiros, principalmente jornalistas e/ou empresários, que só agora se revelam preocupados com os rumos da economia do Brasil.

NADA DE ESTRANHO

Ora, nada há de estranho no fato de que os mais desprovidos de inteligência (educação) aprovem o governo Dilma, que de forma esperta se aproveita cada dia mais da farta ignorância do povo para se garantir no poder. Até porque onde menos existe a qualificação, maior é a dependência do assistencialismo.

REAÇÃO TARDIA

Já o que pode causar espanto é o tempo que pessoas com maior grau de discernimento (embora façam pouco uso do mesmo) levaram para reagir, como mostram as colunas e vozes de vários jornalistas, analistas políticos e econômicos e dirigentes de diversas entidades empresariais.

INTENÇÃO DE VOTO

Como a maior parte das famílias que recebe o Bolsa Família reside nas regiões Norte e Nordeste, nada mais lógico do que admitir que quem recebe o auxílio se vê, geralmente, na obrigação de agradecer pelo benefício. No caso, tal agradecimento se dá em forma de intenção de voto nas urnas. Simples assim.

MODELO SUICIDA

Da mesma forma, no caso de empresas o benefício (Bolsa Empresário) se deu pelo crédito via BNDES. Isto fez com que por um bom tempo muita gente ficasse de boca fechada, sem coragem para criticar e/ou manifestar que o atual modelo, agora se mostra como suicida.

QUEIMANDO ÓLEO

O fato é que o prazo de duração, ou validade, das vantagens oferecidas pelo governo venceu. O combustível, se ainda não acabou, já não produz efeito. Pior: o ronco do motor da economia brasileira, que está queimando muito óleo, identifica problemas sérios.É bem provável, aliás, que o tal óleo (convencimento) deve ter sido fornecido pela Petrobrás, que pela forma como vem sendo administrada passou a assustar os agora um pouco mais convencidos.

AOS TRANCOS

Portanto, com muita ou pouca aprovação do governo Dilma, o motor do Brasil, que já estava andando aos trancos, está parando. Como os reais entendedores do assunto são sempre bombardeados por todos os lados, tanto pela presidente Dilma quanto por aqueles que fazem parte da sua péssima equipe econômica, para que jamais sejam acreditados, poucos sabem que foi pelo uso de maus combustíveis que a máquina está ficando emperrada e não funciona. Como referiu na semana passada o ex-ministro Mailson da Nóbrega, a economia brasileira perdeu dinamismo e ingressou na armadilha do baixo crescimento. Mas, apesar disso o Brasil não chega a desandar por completo porque ainda há um conjunto de instituições que limitam as ações do governo. O problema, entretanto, é saber até quando estas instituições (poucas) vão conseguir resistir aos exterminadores.

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12 dez 2013

AS PERNAS MANCAS E O CEGO-SURDO


DUAS PERNAS MANCAS

Ontem, o ministro Guido Mantega só não provocou risos, quando disse que a economia brasileira está ANDANDO COM DUAS PERNAS MANCAS, porque a situação da nossa economia, que está em franca rota de colisão, não ganha nada com isso.

SURDO E MUDO

As DUAS PERNAS MANCAS, como aludiu o ministro Mantega, que em matéria de economia já provou ser totalmente CEGO E SURDO, dizem respeito: 1- aos efeitos da crise internacional; e, 2- a falta de crédito para bancar o consumo.

CRISE INTERNACIONAL

Quanto à primeira alegação, de que o baixo crescimento da economia em todo o mundo é um -vento contrário- ao desempenho do país, simplesmente não cola. Sim, porque a crise internacional é coisa velha (teve início em 2008). Como estamos no final de 2013 (mais de 5 anos já se passaram) está evidente que quem MANCOU foi o governo, ao deixar de fazer as reformas que certamente levariam o Brasil a DECOLAR (para usar a frase da The Economist).

FALTA DE CRÉDITO

Ora, o enxugamento do crédito não é causa de coisa alguma. É, isto sim, mera consequência. Consequência de um período em que a economia brasileira só cresceu graças ao estímulo ao consumo desvairado. Faltou, infelizmente, por falta de visão e inteligência do governo, a peça mais importante para garantir o crescimento: O INVESTIMENTO.

TRIPAS CORAÇÃO

Ora, gostem ou não, o fato é que pelas atitudes (ou falta delas) o governo Dilma tem feito -DAS TRIPAS CORAÇÃO- para levar o Brasil à breca. Parece incrível, mas olhando em volta é o mesmo que acontece na Venezuela, na Argentina e na Bolívia, por exemplo, que seguem à risca a cartilha de Antonio Gramsci, seguida pelos membros do Foro de São Paulo.

INDÚSTRIA FORTE (?)

Agindo com a sua costumeira arrogância, Dilma, que não aceita críticas, ao abrir o Encontro Nacional da Indústria (Enai)disse que o Brasil precisa de uma INDÚSTRIA FORTE e, portanto, não vai se transformar numa ECONOMIA DE SERVIÇOS. Ora, ora...

CORRUPÇÃO

Indústria e Comércio fortes dependem de boa infraestrutura, boa formação escolar, menor carga tributária, menos burocracia, competitividade capaz de enfrentar concorrentes externos, gastos públicos decentes e compatíveis com os serviços. Isto é sabido em qualquer canto, mas nada é feito. Melhor: a corrupção, que deveria ser banida, é aquilo que mais cresce no país.

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11 dez 2013

APRENDENDO COM A HISTÓRIA


TOMADA DE DECISÕES

A história do Brasil, de forma muita clara, através de documentos comprobatórios, prova que as decisões mais importantes tomadas pelos nossos governantes, desde o momento em que o país foi descoberto pelos portugueses, sempre foram tomadas: 1- por imposição (necessidade urgente; e/ou, 2- por puro revanchismo.

HISTÓRIA REAL

Quem se dedica a conhecer a real história do Brasil sabe que a Proclamação da República, por exemplo, não foi um ato que nasceu pela via racional com o propósito de melhorar a vida dos brasileiros ou promover mais desenvolvimento.

GOLPE DE ESTADO

Antes de tudo é preciso deixar claro que a Proclamação da República se deu por legítimo Golpe de Estado. E o motivo que levou a tanto deriva da não aceitação da Lei Áurea, conhecida como última decisão tomada pelo Império.

ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA

A abolição da escravatura, por sua vez, que mais dia menos dia acabaria acontecendo também no Brasil (último país do mundo a acabar com a escravatura) decorreu, principalmente, das promessas feitas durante a Guerra do Paraguai. Ou seja, tais decisões, em cadeia, aconteceram por motivação pouco racional e muito por revanchismo e/ou obrigação assumida.

CONSTITUIÇÃO DE 1988

Um outro marco histórico que deixa muito claro a pobreza de raciocínio e a riqueza do revanchismo, está plenamente manifestado através da Constituição de 1988, cujo conteúdo mostra o quanto o Brasil se tornou extremamente caro e deveras ingovernável.

IDEOLOGIA DO ATRASO

Ora, se a falta de reformas na Constituição, principalmente aquelas que fazem do Brasil um país totalmente amarrado, como é o caso da Previdenciária, Trabalhista, Fiscal, Tributária e Política, já implica num atraso monumental, some-se isto tudo à introdução da cartilha petista, movida pela ideologia do atraso.

COMPETITIVIDADE

Resumindo: assim como o Brasil foi o último país que acabou com a escravatura, daqui para frente (se tudo der muito certo -toc,toc,toc) podemos vislumbrar esta mesma possibilidade quanto à competitividade. Quem sabe a história se repete? Aí pouco importa se por revanchismo ou falta de raciocínio.

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10 dez 2013

NELSON MANDELA


HOMENAGENS

As homenagens que o mundo todo está prestando ao líder sul-africano Nelson Mandela dão a dimensão correta da admiração que o mesmo conquistou ao longo de sua vida.

FREDERIK DE KLERK

Entretanto, como bem alerta o pensador Thomas Korontai (membro do Pensar+), dizer que Mandela foi o libertador da África do Sul deve ser visto como uma meia-verdade, pois, a rigor, o responsável pelo fim do -apartheid- foi Frederik De Klerk, último presidente branco de 1989 a 1994.

DE NOVO

De novo: o responsável pela reforma da Constituição e da queda formal do -apartheid-, que permitiu à maioria negra direitos civis iguais aos brancos, asiáticos e/ou membros de outra qualquer etnia, transformando a África do Sul numa democracia, foi Frederik De Klerk.

VICE

Mais: foi De Klerk quem tomou a iniciativa de libertar Nelson Mandela da cadeia (onde amargava uma condenação perpétua). E, em 1994, quando Mandela foi eleito presidente da África do Sul, a chapa era formada por De Klerk como vice.

VERDADE

Como estamos vivendo o momento em que a COMISSÃO DA VERDADE quer esclarecer tudo (ao seu modo), nunca é demais informar que o grande papel exercido por Nelson Mandela só foi possível graças à atitude tomada por De Klerk.

MINHAS HOMENAGENS

Antes de tudo, portanto, quero deixar bem claro que reputo como muito justas as homenagens que estão sendo prestadas a Nelson Mandela. Junto-me a elas, inclusive. A única coisa que lamento neste momento é que no meio das homenagens não apareceu ninguém para louvar aquele que fez de Mandela o grande e festejado líder.

LAVAR AS MÃOS

Enquanto finalizo este editorial fico sabendo que os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e de Cuba, Raúl Castro, trocaram um aperto de mão, no estádio Soccer City, em Soweto, na região metropolitana de Johanesburgo. Fico imaginando que após a cena ambos devem ter procurado um banheiro para lavar as mãos.

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09 dez 2013

LIVRO BOMBA


PESADO

É de se supor que o LIVRO BOMBA, como está sendo chamada a obra -Assassinato de Reputações ? Um Crime de Estado - escrita pelo ex-chefe da Secretaria Nacional de Justiça, Romeu Tuma Junior, com a colaboração do jornalista e professor Claudio Tognolli, pelo pouco que foi divulgado na revista Veja desta semana, deve pesar mais de uma tonelada.

PROJETO DE PODER

Ainda não sei no que vai dar as sérias denúncias feitas por Tuma Jr., as quais pretendo ler na íntegra nos próximos dias. O que sei é que o governo petista já tratou de montar um forte sistema para proteger os safados que estão construindo um perigoso projeto de Poder, que está levando o país a níveis jamais imaginados.

50% DE HONESTOS

Na realidade, pelo modelo indecente que os governantes estão propondo, comprovado pelas inúmeras safadezas que vem sendo praticadas, o número de brasileiros honestos só pode diminuir. Arrisco a dizer, considerando todos os tipos de safadezas praticadas (jeitinhos que a consciência já não se incomoda) que, hoje, o número de brasileiros honestos não passa de 50%.

2% DO ESCÂNDALO

Voltando ao Livro Bomba, só pelo resumo que a Veja publicou o Ministério Público já teria motivo suficiente para investigar o que Tuma Jr. viu e ouviu durante o período em que esteve à frente da Secretaria Nacional de Justiça. Entretanto, como informa o jornalista Claudio Tognolli, o que saiu na revista representa apenas 2% do tamanho do escândalo.

BOM SENSO

Infelizmente, como se pode constatar, até o termo BOM SENSO consegue ser mal empregado no nosso pobre país. Tanto é verdade que até naquilo que os brasileiros mais discutem não existe bom senso. Até os jogadores de futebol resolveram criar um movimento que, embora leve o nome de BOM SENSO, nada tem a ver com o seu significado.

ORÇAMENTO

Quem tem BOM SENSO sabe que o ato de administrar qualquer coisa exige Planejamento, Orçamento e Controle. Só por aí é de se perguntar: algum atleta conhece o orçamento do clube em que joga? Ter bom senso é aceitar ser contratado por um clube que sabidamente não terá como pagar o valor do contrato acertado?

BANCO MUNDIAL

Pois é, se no futebol não há bom senso, muito menos na administração pública. Vejam, por exemplo, o que diz o relatório do Banco Mundial: a melhora da saúde pública no Brasil depende muito mais de gestão do que de recursos. O governo, por ter zero de bom senso, entende que o único remédio é o dinheiro. Pode?

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