FATOS
Pelo que tenho lido nessas últimas semanas, com a mesma intensidade com que voltou a crescer a aprovação do governo Dilma, notadamente nas regiões norte e nordeste do país (segundo dizem as pesquisas), vejo que também aumentou o número de brasileiros, principalmente jornalistas e/ou empresários, que só agora se revelam preocupados com os rumos da economia do Brasil.
NADA DE ESTRANHO
Ora, nada há de estranho no fato de que os mais desprovidos de inteligência (educação) aprovem o governo Dilma, que de forma esperta se aproveita cada dia mais da farta ignorância do povo para se garantir no poder. Até porque onde menos existe a qualificação, maior é a dependência do assistencialismo.
REAÇÃO TARDIA
Já o que pode causar espanto é o tempo que pessoas com maior grau de discernimento (embora façam pouco uso do mesmo) levaram para reagir, como mostram as colunas e vozes de vários jornalistas, analistas políticos e econômicos e dirigentes de diversas entidades empresariais.
INTENÇÃO DE VOTO
Como a maior parte das famílias que recebe o Bolsa Família reside nas regiões Norte e Nordeste, nada mais lógico do que admitir que quem recebe o auxílio se vê, geralmente, na obrigação de agradecer pelo benefício. No caso, tal agradecimento se dá em forma de intenção de voto nas urnas. Simples assim.
MODELO SUICIDA
Da mesma forma, no caso de empresas o benefício (Bolsa Empresário) se deu pelo crédito via BNDES. Isto fez com que por um bom tempo muita gente ficasse de boca fechada, sem coragem para criticar e/ou manifestar que o atual modelo, agora se mostra como suicida.
QUEIMANDO ÓLEO
O fato é que o prazo de duração, ou validade, das vantagens oferecidas pelo governo venceu. O combustível, se ainda não acabou, já não produz efeito. Pior: o ronco do motor da economia brasileira, que está queimando muito óleo, identifica problemas sérios.É bem provável, aliás, que o tal óleo (convencimento) deve ter sido fornecido pela Petrobrás, que pela forma como vem sendo administrada passou a assustar os agora um pouco mais convencidos.
AOS TRANCOS
Portanto, com muita ou pouca aprovação do governo Dilma, o motor do Brasil, que já estava andando aos trancos, está parando. Como os reais entendedores do assunto são sempre bombardeados por todos os lados, tanto pela presidente Dilma quanto por aqueles que fazem parte da sua péssima equipe econômica, para que jamais sejam acreditados, poucos sabem que foi pelo uso de maus combustíveis que a máquina está ficando emperrada e não funciona. Como referiu na semana passada o ex-ministro Mailson da Nóbrega, a economia brasileira perdeu dinamismo e ingressou na armadilha do baixo crescimento. Mas, apesar disso o Brasil não chega a desandar por completo porque ainda há um conjunto de instituições que limitam as ações do governo. O problema, entretanto, é saber até quando estas instituições (poucas) vão conseguir resistir aos exterminadores.