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30 mai 2017

ESTRATÉGIA DA ESQUERDA


PIB MISERÁVEL

Pensando bem, e com total responsabilidade, devo registrar que a maior enganação que está  nas propostas inseridas nas -Reformas -(Previdenciária e Trabalhista), ambas, aliás, em processo de discussão no  Congresso Nacional, reside na grande esperança que o povo brasileiro tem de que a aprovação dos dois projetos será capaz de promover o necessário crescimento do nosso miserável PIB.


POUCO OU NADA

Pois, a mais pura verdade mostra que, sem sombra de dúvidas, a considerar o jeito que o governo e os parlamentares deixaram aquilo que já era tímido, no frigir dos ovos, tudo que resta é apenas o fim da contribuição -obrigatória- do IMPOSTO SINDICAL. O que sobra, gostem ou não, é incapaz de propor o importante e necessário equilíbrio das nossas para lá de combalidas contas públicas.
 


FIM DA OBRIGATORIEDADE DO IMPOSTO SINDICAL

Portanto, se ainda há algo bom, importante e que realmente mereça ser festejado, este algo é, no que diz respeito à Reforma Trabalhista, apenas o FIM DA OBRIGATORIEDADE DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL. Sem dúvida, se aprovada esta excrescência, o Brasil e, principalmente, os trabalhadores, já sairiam vitoriosos. Muito vitoriosos. 
 


PREVIDÊNCIA

Já no que diz respeito à Reforma (?) da Previdência, a única coisa que pode ser saudada e festejada, isto se aprovada, é a mudança do limite de idade para chegar à aposentadoria. Mesmo assim, volto a insistir: não é compreensível que as mulheres, que estatisticamente está provado que vivem sete anos mais do que os homens, não se manifestem contrárias à proposta, que impõe aposentadoria com três anos a menos do que os homens.  Notadamente porque afirmam lutar, de forma incondicional, pela IGUALDADE DE TRATAMENTO.  Pode?


ESTRATÉGIA A ESQUERDA

Para que fique bem claro devo concluir que as manifestações daqueles que estão indo às ruas, nada tem a ver com o FORA TEMER. Tem, isto sim, de forma muito categórica e estratégica, com o FORA REFORMAS. Notadamente, a Trabalhista , que, repito, propõe o FIM DA OBRIGATORIEDADE DOS TRABALHADORES DE FINANCIAR SINDICATOS.


ABORTAR A REFORMA TRABALHISTA

Mais do que indiscutível, a continuidade da arrecadação do IMPOSTO SINDICAL é o fator preponderante nesta estúpida guerra de interesses. As conversas que Joesley gravou nos encontros que manteve com o presidente Temer e com o senador Aécio, apenas com estes dois, configuram que o interesse único e maior não tinha como propósito atingir o atual governo, mas, principal e unicamente, abortar a REFORMA TRABALHISTA.



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29 mai 2017

MOTIVOS PESSOAIS


FAVA CONTADA

Como todos tomaram conhecimento, no final da última sexta-feira, a até então presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, pediu demissão do cargo. A sua saída, no entanto, não chegou a causar surpresa nos ambientes econômico e político do país. Era -fava contada- como diz o jargão popular.

 


PEGAR O BONÉ

O motivo alegado por Maria Silvia na sua carta de demissão foi -motivo pessoal-. Ora, todo mundo está careca de saber que -motivo pessoal- é a forma mais utilizada para aqueles que preferem não expor, ou apontar, as verdadeiras e legítimas razões que os levam a -pegar o boné- e cair fora. 


ALGO MAIOR

Pois, enquanto não for expressa a verdadeira razão que levou Maria Silvia a pedir demissão, o mercado, ávido por explicações convincentes, passa a especular. Até agora, a única coisa que é possível afirmar, sem qualquer possibilidade de erro, é que algo muito sério aconteceu para que a executiva tenha pedido demissão. 


MERCANTILISMO

Como faço parte da turma dos especuladores, no meu entender Maria Silvia percebeu, enfim, o quanto era absolutamente incapaz para enfrentar o MERCANTILISMO, que está alicerçado, basicamente, no intervencionismo, no protecionismo e no monopólio. 


SORTE AO PAULO RABELLO DE CASTRO

Com a saída (ou derrota) de Maria Silvia, como foi divulgado no final da tarde da mesma sexta-feira, 26, o escolhido para ocupar a presidência do BNDES é o economista e pensador (Pensar+), Paulo Rabello de Castro, ao qual envio votos de muita sorte na nova empreitada, pois conhecimento é o que, decididamente, não lhe falta.

 


AMIGOS PROPINEIROS

Entretanto, o que mais lamento é que Rabello de Castro não tem a mínima competência para fazer o que é realmente necessário: FECHAR IMEDIATAMENTE A INSTITUIÇÃO. Até porque o BNDES se notabilizou, por força do MERCANTILISMO PETISTA, em promover pouco ou nada de FOMENTO e muito em termos de agrado aos amigos propineiros do governo.  


TRANSPARÊNCIA

Enquanto não é visto como necessário o fechamento definitivo do BNDES, o que precisa ser feito é, ao menos, botar ordem nos financiamentos de projetos, que gozam de taxas altamente subsidiadas. Bom mesmo seria se os MERCANTILISTAS deixassem que houvesse transparência nas operações. Ou seja, mesmo admitindo que nos financiamentos fornecidos pelo BNDES seja aplicada a indecente e estúpida -TJLP- (quase a metade da Selic), é necessário expor quais tomadores estão adimplentes e quais estão definitivamente inadimplentes. 

 


PAGAMENTO DAS PARCELAS

A estas alturas o que mais importa é saber se os financiados estão pagando as parcelas. A JBS, pelo que se sabe, tem fôlego para tanto, porque as operações da organização não só existem, de fato, como se mostram rentáveis. Já os financiamentos concedidos às empresas do Eike Batista (até o sobrenome é o mesmo), por exemplo, não têm nenhum lastro.



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26 mai 2017

CONFISSÃO PERIGOSA -FORA FACHIN!-


ASSIM COMO

Assim como o jornalista Lauro Jardim (do site de O Globo) publicou as gravações que o escroque Joesley Batista fez durante a conversa que manteve com o presidente Temer e o senador Aécio, um outro jornalista, também das organizações GLOBO, Jorge Bastos Moreno, informou, ontem, que o jurista Edson Fachin admitiu ter pedido ajuda “ao pessoal da JBS”, em 2015, para ser nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal.
 


DIFERENTES

Ambas as publicações, por serem estarrecedoras, davam a entender que a Rede Globo, onde os jornalistas -furões- gozam de amplo prestígio, agiria da mesma forma (SENSACIONALISTA), ou seja, dando destaque ao -furo-de Moreno da mesma forma como fez com o -furo- dado pelo Lauro Jardim. Só que não.


FORA FACHIN

Pois, para bom ou mau entendedor, a Rede Globo, cujo diretor de jornalismo da TV, Ali Kamel, insiste em dizer que as redações do Grupo são absolutamente independentes uma das outras e competem entre si pelo furo, só se interessou pelo -furo- dado pelo jornalista Lauro Jardim, que propõe um correto -FORA TEMER-. Vejam que o -furo- dado por Jorge Bastos Moreno, que certamente proporia um sonoro -FORA FACHIN-, nem uma palavra. Pode?


VOLTO A FRISAR

Volto a frisar que foi o próprio ministro Edson Fachin que admitiu, publicamente, ter pedido AJUDA ao -pessoal da JBS- para chegar ao STF como ministro. Mais: como foi o próprio ministro Fachin que liberou as gravações divulgadas por Lauro Jardim, o mínimo que se poderia esperar é que o -furo- dado pelo Moreno tivesse idêntica repercussão. Engano!


BALELA

É de se concluir que tanto Ali Kamel quanto a própria Rede Globo manifestam, claramente, que têm preferência, não só por notícias como, principalmente, por jornalistas que atuam na casa. Esta de dizer que há competição interna por -furos- é pura balela. 


A QUEM SERVE?

Como grande parte dos brasileiros se diz ávida por justiça e pelo fim da corrupção, é de se supor que o fato de um ministro ter, confessadamente, pedido ajuda a JBS para ganhar o cargo no STF, deva exigir severa e profunda investigação. Afinal, que tipo de ministro é esse?  A quem serve, em caso de necessidade?

FORA FACHIN!



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25 mai 2017

TRIPLO PREJUÍZO


EFEITO SONORO

Quando a turma da esquerda (leia-se fãs incondicionais da destruição econômica) grita -FORA TEMER!-, o que se ouve, com total nitidez, é -FORA REFORMAS-. Como se vê, o efeito sonoro é bem diferente do eco, que reflete o som original. 


POSIÇÃO IDEOLÓGICA

Além desta maquiavélica forma de comunicação, que prega, de forma inequívoca, a intenção de levar a economia ao caos e para lá permanecer, estes brasileiros -do mal- ainda fazem questão de marcar a sua posição ideológica através da destruição de patrimônio, tanto público como privado. 


INSTITUIÇÕES

A sociedade -do bem-, que pressupõe que as instituições existem para garantir a ordem e a segurança -pública e privada-, se sente mais à vontade para destinar grande parte da sua jornada laboral visando a obtenção de uma renda maior. 


CUSTEADOS PELO POVO

Ora, quando o patrimônio e as atividades laborais da sociedade -do bem- se veem ameaçadas, nada mais lógico do que fazer uso das forças policiais e/ou de defesa para garantir a ordem e a segurança. Até porque tais forças são custeadas por todos os brasileiros, quer sejam -do bem ou do mal-, através de impostos. 


TEMPO

Diante dessas premissas -LÓGICAS- o que mais lamento em todos os episódios (cada vez mais frequentes) em que há destruição de patrimônio -público e/ou privado- é o tempo que os nossos governantes levam para tomar decisões que poderiam diminuir o prejuízo causado pelos terroristas. Quando tomam...


PREJUÍZO DUPLO

Ora, se as Forças Policiais e Armadas existem, básica e exclusivamente para garantir a ordem e a segurança, e custam muito caro para o povo brasileiro, não há como entender, e muito menos aceitar, este TRIPLO PREJUÍZO, que consiste:

1- no custo da reconstrução do patrimônio destruído pelos vândalos;

2- na queda da atividade por falta de segurança nas ruas; e,

3- na obrigação de pagar o custo salarial daqueles que deveriam oferecer ordem e segurança.  


GLÓRIA

Se este triplo prejuízo já não fosse o bastante, o que ainda deixa muita gente inconformada é que a decisão de impor a ordem não é bem vista pela maioria dos meios de comunicação. Dão a entender, junto com os esquerdistas incomodados, que o restabelecimento da ordem e da paz deve ser considerado como crime;  e os atos cometidos pelos terroristas fossem a glória. Pode???



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24 mai 2017

BRASIL DO BEM OU BRASIL DO MAL?


TEXTO DO FERNÃO LARA MESQUITA

Inicio o editorial de hoje usando a parte final do texto do jornalista Fernão Lara Mesquita, publicado hoje, 24, no Estadão, com o título -Que tal a gente falar sério?-. Eis:
 


JEITO DE ORGANIZAR

Só existe um jeito certo de organizar uma sociedade. Funciona no Oriente e no Ocidente, de polo a polo. IGUALDADE PERANTE A LEI, FIDELIDADE DA REPRESENTAÇÃO E, PRINCIPALMENTE -COBRABILIDADE-  do representante pelo representado sem intermediários são os seus fundamentos inegociáveis. Em todos os tempos e em todos os lugares os políticos servem não a quem tem o poder de eleger, mas a quem tem o poder de deseleger.


FICAR DO JEITO QUE ESTAMOS

Mais: O Brasil que não é do mal precisa se decidir se quer mesmo ser do bem. Temos de viabilizar um meio de sair disso (situação política e econômica) com os políticos que temos. Criar um caminho para quem queira mudar de lado. A adesão formal a um compromisso avalizado pelo mandato de adoção de uma lista mínima de princípios universalmente consagrados da democracia a ser implantados num prazo curto, terminando na transmissão do poder de decisão final ao povo, com recall e referendo sem mutretas na regra de legitimação.

Pôr o País sob nova direção é a reposta. FICAR NO MEIO DO CAMINHO É FICAR DESSE JEITO QUE ESTAMOS. 
 


ESCOLHA IMPORTANTE

Fica aí, portanto, a dica para a sociedade brasileira. Cabe a ela, exclusivamente a ela, decidir qual o Brasil que quer o BRASIL DO BEM ou o BRASIL DO MAL.  Com um detalhe importante: o BRASIL do MAL já mostrou a sua cara ao provocar forte destruição econômica, enorme desemprego e caos social. Resta agora, se a sociedade achar por bem, experimentar o BRASIL DO BEM. Que tal? 


CENÁRIO MUITO RUIM

Também aproveito este editorial para repercutir o que disse o pensador e presidente do IBGE, Paulo Rabello de Castro, na entrevista que concedeu ao jornal Valor de hoje, 24, (Não houve erro, o mercado está neurótico). Lá pelo meio da entrevista Rabello de Castro, mostrou, de forma taxativa, que o cenário econômico do país é MUITO RUIM.  Como se vê, enquanto ministros e o próprio Temer insistem em defender a tese de que a recuperação econômica vinha em marcha, Rabello de Castro vai no caminho oposto, como definiu.


TENDE A AGRAVAR

Eis a resposta completa: - Muito ruim. E tende a agravar a síndrome de confiança, porque tudo o que essa administração tem tentado fazer desde o dia 01, que foi comemorado há dias o primeiro ano, foi reinstituir a confiança. E no momento em que politicamente essa confiança é desmontada no seu aspecto mais visceral, que é a confiança na atitude do governante, realmente é para ficarmos muito preocupados.


MISSÃO

Na parte final da entrevista, Valor perguntou: - Existe o planejamento de conseguir recursos vendendo pesquisas?

Rabello de Castro respondeu: - Não. Eu não estou planejando isso. Eu não conto com isso e não vai ser na minha gestão. Agora que já cumpri um ano aqui, posso dizer que é uma ideia para a próxima gestão.

Valor:  Quando o senhor fala que não vai ser na sua gestão, o senhor tem um planejamento de quanto tempo pode ficar no IBGE?

Rabello de Castro: - Fui convidado pelo presidente Temer, que agora está enfrentando uma dificuldade grande até de permanência. Eu vim aqui para realizar uma missão. Agora, devo dizer de modo muito claro: tive uma alegria e também uma surpresa enormes de estar na presidência desse órgão que realmente orgulha o país. E se existe bagunça no Brasil, não ponham o IBGE no meio dessa bagunça. Aqui nós preservamos a idoneidade das nossas pesquisas, que se refletem em precisão e imparcialidade de modo rigoroso.



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23 mai 2017

ESCLARECIMENTO PELA VIA RACIONAL


OCEANO DE CORRUPÇÃO

Como se não bastassem as cenas e depoimentos que provam, de forma inequívoca, o quanto o nosso país está mergulhado num OCEANO DE CORRUPÇÃO, os brasileiros em geral, notadamente aqueles que têm baixa capacidade de discernimento, infelizmente acabam sendo levados a acreditar em -FORMADORES DE OPINIÃO IDEOLÓGICA-, cujo único propósito é gerar muita emoção e zero de razão.


CAUSA

Vejam, por exemplo, o que acontece com a recente delação feita pelos empresários da JBS: muita gente está mais revoltada com o tratamento dado aos felizes bandidos que foram morar em Nova Iorque, quando deveria estar mais atenta à CAUSA, que reside nas oportunidades fornecidas pelos governantes corruptos e corrompidos.  


PENSAR+

Como o propósito do PENSAR+ é produzir conteúdos que levem, constantemente, esclarecimentos sobre o que é CAUSA (que precisa ser atacada) e o que é CONSEQUÊNCIA (que inexiste sem causa), o pensador Roberto Rachewsky escreveu o seguinte texto, que leva o título/pergunta: - POR QUE O JOESLEY E O WESLEY FICARAM BILIONÁRIOS? 


POR QUE O JOESLEY E O WESLEY FICARAM BILIONÁRIOS?

Responder que foi graças ao fato do governo ter-lhes enchido de dinheiro, é uma resposta muito conveniente para quem quer se tornar popular, contrabandeando sua inveja escamoteando-a na declaração.

Joesley e Wesley multiplicaram a fortuna que o governo lhes transferiu de uma maneira que ele, o governo, não teria condições de fazer. Os irmãos Batista têm algo que ninguém trabalhando nas autarquias governamentais possui: tino comercial para a identificação de uma oportunidade para a construção de valor.


EXPERTS

Joesley e Wesley não são especialistas apenas em criar gado e vendê-los nas prateleiras dos supermercados. Eles são experts em adquirir tudo aquilo que vai lhes proporcionar lucro ou que poderia ameaçá-los com prejuízos.

Foi assim que eles compraram o que lhes apareceu pela frente, desde que tivessem a convicção de que poderiam lucrar: ideias, empresas e políticos.
 


A MESMA NATUREZA

Se dedicarmos nossa mente para fazermos uma análise desses ingredientes que fizeram o sucesso da dupla, conseguiremos ver que eles não têm a mesma natureza.

Ideias são abstrações que o ser humano pode fazer a partir das observações da realidade, da natureza das coisas e das pessoas, aproveitando a razão e a lógica, para identificar, conceituar e integrar aquilo que percebe, com o propósito de definir como vai agir para superar os desafios que a vida propõe.

Os irmãos goianos constituíram ou adquiriram empresas, reunindo administradores, financistas, contadores, advogados, marqueteiros, engenheiros, agrônomos, veterinários, designers e outros profissionais para construírem soluções com o propósito de criar valor onde não havia, para poderem oferecer ao público consumidor, nacional e estrangeiro, produtos e serviços que quisessem comprar.


OS POLÍTICOS

No meio do percurso em direção a um imponderável resultado, os empresários, não se sabe ao certo, se foram convencidos, ou se tomaram a iniciativa de convencer, para se associarem também àqueles que detêm o poder coercitivo e destrutivo do estado, ou seja, os políticos.

Aqui vem a pergunta fundamental, por quê?
 


PARA MUDAR O BRASIL

Por que Joesley e Wesley, além de terem se associado àqueles cujo conhecimento profissional e ambição pessoal se dedicam à ação de criar bens, de criar serviços, de criar soluções, para satisfazer as demandas alheias e lucrar, resolveram se associar aos especialistas na destruição de valor?

Podemos dar a esse questionamento algumas respostas superficiais, por exemplo, por ganância, por atávica imoralidade, ou por pura incompetência. Respostas que não esgotam as dúvidas sobre a questão.

Afinal, todos nós somos em algum grau gananciosos, imorais e incompetentes e, mesmo assim, não somos premiados com o dinheiro expropriado de alguém e nem vamos atrás dele. Bem, pelo menos, falo por mim.

A resposta, na minha opinião, é que Joesley e Wesley entenderam o funcionamento do poder, entenderam a mente dos políticos que o exercem, entenderam a alma, o espírito do governo e colocaram tudo aquilo que ele tem de nefasto a seu serviço, com o objetivo único de pavimentar seu caminho para o sucesso, a fama e a riqueza.

Quando os donos da J&F decidiram agregar ao universo de profissionais que pensam e trabalham para criar valor, aqueles que pensam e trabalham para destruí-lo, Joesley e Wesley trocaram as virtudes morais que todo empresário, que todo ser humano deve nutrir para construir seu caminho para a felicidade, por aquilo que só a política pode oferecer, a capacidade ímpar de agir imoralmente, destruindo valores, sem se comprometer.

Ocorre que Joesley e Wesley resolveram não parar por aí. Foram além. Não se contentaram com o sucesso, a fama e a riqueza.

Entenderam que apenas isso, sucesso, fama e riqueza, não lhes traria a felicidade. Era preciso mais. Era preciso purgar a culpa, era preciso redimir-se da imoralidade praticada com as novas relações e que permitiram com facilidades adquiridas a peso de ouro, conquistarem o sucesso, a fama e a riqueza.

Resolveram então, pressionados pelas circunstâncias e pelas conveniências, abrir o tampão daquele inferno subterrâneo para onde foram levados ou se deixaram levar.

Acreditaram que poderiam dar o golpe de mestre, livrar-se daquilo que todos aqueles que praticam um ato de imoralidade, não sendo um psicopata, têm o ônus de carregar, o peso na sua própria consciência.

Vieram a público, confessaram seus crimes mediante o prêmio da impunidade pago por uma delação, entregaram seus comparsas, cúmplices ou chantageadores, redimiram-se com a justiça, da maneira que a justiça entendeu que deveriam fazê-lo, impuseram-se um ostracismo paradisíaco e agora, esperam encontrar a felicidade.

Felicidade que duvido que venha.

E os políticos? Algum deles tomou a iniciativa de se apresentar à justiça? Algum deles gravou suas conversas para um dia usar para denunciar seus corruptores? Algum deles veio a público confessar seus crimes para purgar sua imoralidade? Algum deles mostra sinais de arrependimento? Não.

Contentam-se em declarar, não sei de nada, não estava lá, não conheço, nunca vi, nunca fui, nunca estive, não entenderam bem minhas palavras, não foi isso que eu quis dizer, essa fita foi forjada, quando eu cheguei já estava assim, quando eu sai dali isso não tinha acontecido.

E a mais megalomaníaca de todas as declarações: a história me julgará.

Há um político apenas que eu me lembre, que tenha nos últimos anos, denunciado a prática de atos de corrupção, sendo ele próprio culpado, o deputado federal Roberto Jefferson, que desencadeou o escandaloso caso do Mensalão.

Nenhum outro me vem à mente por ter tido a iniciativa de, com o peito aberto e a cara desprovida das máscaras que usam cotidianamente, confessar seus crimes subterrâneos, na tentativa de purgar sua imoralidade.

Não é por outra que estou convencido de que todo político que usa o seu poder para destruir, para impedir que valores sejam livremente criados, são mais do que meramente seres imorais, são, sem dúvida alguma, psicopatas.

Essa instituição que deveria proteger aqueles que criam valor, que querem alcançar a felicidade trocando voluntariamente o que têm pelo que desejam, tornou-se sua antítese.

O governo brasileiro, com raríssimas exceções, abriga os psicopatas dos quais a sociedade gostaria de se livrar.

Joesley e Wesley enxergaram o que a imensa maioria do povo brasileiro se recusa a ver, estamos sendo governados por psicopatas que insistem em manter um sistema que os protege, que lhes dá o poder que não deveriam ter e que nos deixa à sua mercê.

Não basta acabar com os Joesleys e os Wesleys, não basta acabar com esses psicopatas que se apropriaram e se nutrem do sistema. Muitos outros iguais a eles virão.

É preciso acabar com esse sistema, para mudar o Brasil.

Como? Trocando pelo quê? Essa é uma conversa para quem realmente quer construir um novo, um outro Brasil.

Só há um antídoto contra a corrupção, o respeito absoluto à livre iniciativa e à propriedade privada.

Quando ao governo for negada a possibilidade de dispor daquilo que não é seu, não haverá moeda de troca para desencadear, estabelecer e manter um processo de corrupção. 



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