SONHOS PUERIS
Enquanto o povo brasileiro, envolvido pelos braços de Morfeu, segue sonhando que uma FADA-MADRINHA chegará ao Brasil e, com a sua vara de condão transformará o nosso imenso e problemático país num ambiente promissor, com mais desenvolvimento e zero de corrupção, o povo francês, sob o comando de Emmanuel Macron, achou melhor cair na real. Ou seja, entendeu que sonhos deste tipo não passam de fantasias pueris.
FADA-MADRINHA
Na real, face às dificuldades que o Brasil enfrenta desde a chegada das primeiras naus portuguesas, o OTIMISMO que permanece impregnado na mente da maioria dos brasileiros não passa de um sonho. Crê, de forma ingênua, de que mais dia menos dia uma FADA-MADRINHA aparecerá, e, num passe de mágica, fará desaparecer os problemas que impedem o nosso crescimento e desenvolvimento.
TRANSFORMAÇÃO
Macron disse que a França não precisa de REFORMAS. Necessita, isto sim, de grande TRANSFORMAÇÃO. Gostei. Ontem, o presidente anunciou o seu plano de governo e pressionou os parlamentares (conta com a maioria). De início foi dizendo que pretende: 1- reduzir em um terço o número de parlamentares; 2-restringir a reeleição para o Legislativo; e, 3- introduzir mecanismos de eleição proporcional.
COLABORAÇÃO
Ora, ainda que ninguém possa ter certeza de que Macron conseguirá aprovar tudo que quer e/ou o que colocou no seu plano de governo, uma coisa é certa: ficar sonhando de que, mais dia menos dia, uma FADA-MADRINHA vai aparecer para fazer tudo que é preciso e necessário, é estupidez. Quem pensa assim, apenas está colaborando com o aumento ou a eternidade dos problemas.
PESADELO
O povo brasileiro precisa, urgentemente, parar de sonhar. Os nossos problemas, que não são poucos, foram se acumulando ao longo do tempo por absoluto desinteresse ou falta de visão dos sonhadores. Enquanto isso, as corporações, notadamente dos servidores públicos, trataram de empilhar enormes benefícios e privilégios. A conta aí está para mostrar, claramente, que o sonho não passou de um grande e real pesadelo.
CÉREBROS DOPADOS
É mais do que sabido que para contornar os obstáculos é preciso pensar antes de agir. Isto, no entanto, só é possível com o uso do discernimento. Infelizmente, os nossos governantes, para não serem importunados, trataram de dopar com, doses cavalares de ideias falsas e atrasadas, os cérebros de grande parte do nosso povo.
BARULHO
Aí é que reside esta incrível capacidade para sonhar. Impossibilitados para desenvolver o raciocínio lógico, a maioria do povo brasileiro sonha com a FADA-MADRINHA. Os franceses, pelo visto, foram acordados pelos graves problemas europeus. Quem sabe o barulho do desemprego provocado pela ideologia neo-socialista/petista, consegue acordar o nosso povo...
DERRAMA
Pelo que a história do Brasil registra, em 1789 o Reino de Portugal decidiu impor a todos aqueles que se dedicavam à mineração a chamada DERRAMA, ou seja, um imposto de 1/5, ou 20% a ser pago à Coroa. Tal decisão não atingiu apenas o Brasil, mas a todos os domínios do Reino de Portugal.
CONTRAPARTIDA
Num dos livros que li a respeito, numa biblioteca de Lisboa, consta que um indignado minerador indagou a um coletor do Reino de Portugal qual a contrapartida social que haveria por conta da DERRAMA. Como resposta ouviu o seguinte: - Contrapartida? Como assim? Onde está escrito que o reino não é obrigado a dar algo em troca do imposto?
DESTINO DOS RECURSOS ARRECADADOS
Curioso em saber o destino da arrecadação, o minerador insistiu: - Então diga lá qual o emprego do valor que o Reino pretende obter com a DERRAMA? Sem precisar pensar, o coletor respondeu: - para o pagamento dos salários da NOBREZA e para a manutenção das despesas comuns do reinado, cujo orçamento está deficitário.
FOLHA DOS SERVIDORES
Pois, passados mais de 220 anos do anúncio da DERRAMA, a nossa Constituição de 1988, considerada como -CIDADÃ-(???) garante, por Cláusulas Pétreas, -ipsis literis-, que o destino dos recursos arrecadados pelo governo deve ser destinado, basicamente, para a FOLHA DE SALÁRIOS da NOBREZA, constituída por "servidores públicos", tanto ATIVOS quanto, principalmente, INATIVOS.
DERRAMA GAÚCHA
Tomando por base o que acontece no falido Estado do RS, a situação é ainda mais desesperadora para quem é atingido pela DERRAMA GAÚCHA: hoje, a FOLHA DE PAGAMENTO dos "servidores" supera o percentual de 75%, sendo que os INATIVOS já abocanham quase 60% do total que o Tesouro do Estado despende, exclusivamente, com pessoal.
INFERNO
O que muita gente não se liga é que nos próximos quatro anos, além da folha ficar ainda mais elevada por aumentos concedidos no governo anterior, este percentual vai aumentar de forma explosiva: por força da implacável demografia, o crescimento do número de INATIVOS vai crescer e muito. Se o presente revela que o RS já vive no inferno, não sei como classificar a vida dos pagadores de impostos dentro de dois ou três anos.
GARANTIDO POR CLÁUSULAS PÉTREAS
Infelizmente, por incrível que possa parecer, só pouquíssimos brasileiros já perceberam que a conta dos APOSENTADOS, principalmente os SERVIDORES PÚBLICOS, é o que impõe a grande parte do DÉFICIT PÚBLICO, tanto da União quanto dos Estados e Municípios. Sem uma quebra das regras absurdas, que foram concedidas à NOBREZA, de nada adianta. Mesmo que aconteçam reformas drásticas, que não estão no horizonte de qualquer governante, pois no curto e médio prazos a despesa com aposentados continuará crescendo por força da demografia. Tudo garantido por Cláusulas Pétreas.
ECONOMIA TEIMOSA
Enquanto a CRISE POLÍTICA se alimenta por denúncias de todos os tipos e tamanhos, criando dificuldades imensas para quem produz e consome, a nossa teimosa ECONOMIA segue fazendo de tudo para superar os enormes obstáculos e dificuldades criados e perseguidos pelas corporações e partidos políticos comprometidos com o caos.
TROCA DA MATRIZ ECONÔMICA
Vejam que bastou enterrar a estúpida Matriz Econômica -Petista/Bolivariana- para fazer o Brasil ficar mais confiante. Eis o que aconteceu a partir de então: a taxa de inflação cedeu; as taxas de juros, idem; e a taxa de desemprego, ainda que de forma tímida, também começa a dar sinais de melhora.
REFORMAS
Além disso, para deixar um pouco mais animados os agentes econômicos bem intencionados, 1- a reforma Trabalhista se mostra pronta para ser votada (tomara que seja aprovada) no plenário do Senado na próxima semana; e, 2- a reforma Previdenciária, embora com maior dificuldade, continua na pauta da Câmara.
AS ESCOLHAS QUE O BRASIL TEM PELA FRENTE
Pois, ainda que os agentes econômicos bem intencionados estejam fazendo a sua parte, é importante ficar atento ao futuro. A propósito: nesta semana, em palestra que o economista e ex-secretário estadual da Fazenda do RS, Aod Cunha, proferiu na Universidade Aberta, numa iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre, a pensadora Fernanda Barth fez um bom resumo de tudo que ouviu. Eis:
PERDEMOS A CHANCE DE FICAR RICO
Aod discorreu sobre os motivos pelos quais o Brasil perdeu a chance de ficar rico nas últimas décadas. Para tanto centrou na questão demográfica e nos impactos que esta terá no Brasil nos próximos anos.
Pudemos ver que o mundo era bastante pobre até o início do século XIX, com uma renda média de $ 3 dólares por dia. De lá para cá, alavancados pelas revoluções tecnológicas sucessivas, a riqueza cresceu bastante, principalmente nas últimas três décadas. Os EUA, por exemplo, saíram de $ 3 para $ 150 dólares por dia, desde 1800.
POBREZA MUNDIAL VEM CAINDO
Aod destacou que mesmo que os 1% dos mais ricos do mundo tenham aumentado, a pobreza absoluta também vem caindo. O Banco Mundial colocou que em 2015, pela primeira vez, menos de 10% da população vive com menos de $ 1,9 dólares por dia, mesmo no cenário de desaceleração de crescimento que o mundo enfrentou pós 2008.
MAIORES DESAFIOS
Os maiores desafios neste cenário, indicados pelo ex-secretário da Fazenda, hoje consultor internacional de diversas empresas, é que a desaceleração do crescimento global afeta mais os países com menor nível de desenvolvimento. Para estes países poderem alcançar altos índices de desenvolvimento teriam que passar por intensas reformas, difíceis de serem executadas em ambientes democráticos pelo alto impacto político que têm, como a Reforma da Previdência.
ÂNGULO DEMOGRÁFICO
É preciso analisar o fato de que todos os países considerados desenvolvidos tiveram um bônus demográfico onde uma grande força de trabalho alavancou a economia. Isto é normal em economias de países jovens, cujas pirâmides demográficas tem a base larga. Os dados apresentados, todos disponíveis na internet, mostraram que o Brasil hoje tem uma renda média per/capita dentro na média mundial de $ 13 mil dólares. Não somos considerados um país pobre, mas estamos distantes de sermos desenvolvidos. O problema é que nos tornaremos um país velho antes de conseguirmos nos transformar em um país rico. Nossa população está envelhecendo rápido e a produtividade não cresce na velocidade necessária para trazer uma compensação a perda da força de trabalho que pudesse incidir no PIB.
MODELO ERRÁTICO
Aod apontou que o Brasil sempre teve um modelo errático de crescimento, tendo acelerado entre as décadas de 60/70 e estagnado nas décadas de 80/90, sempre dependente do aumento da dívida pública, do consumo interno e de cenários externos favoráveis. Ao mesmo tempo, o país permanece como uma das economias mais fechadas e protecionistas do mundo, por culpa não apenas dos políticos e das leis, mas de parte do meio empresarial que se serve disto.
ENVELHECIMENTO DO PAÍS
Por conta da demografia e do envelhecimento do país, praticamente todo crescimento do PIB terá que vir de aumento de produtividade da economia brasileira mas faltam investimentos em planejamento, infraestrutura, pesquisa e tecnologia, que possam aumentar a produtividade. A carga tributária e a alta burocracia provocam ano a ano a desindustrialização do país.
O caminho para o Brasil sair desta sinuca passa, invariavelmente, por um pacto onde os diversos grupos que compõe a sociedade aceitem ter perdas em curto prazo para que tenham todos ganhos no longo prazo. É preciso fazer as Reformas Previdenciária, Trabalhista, Tributária, Política. É preciso melhorar a qualidade da política e dos nossos representantes, saindo do “o que fazer” para o “como fazer”. E, principalmente, é preciso de um estado enxuto, que caiba nele mesmo, e onde os gestores responsáveis estão focados em entregar serviços básicos de qualidade para a população, abrindo a economia e provocando uma grande desestatização em nível nacional.
Para mim parece muito claro qual o caminho que devemos seguir e por quais decisões queremos ser corresponsáveis, por ação ou falta dela. Tudo isto passa por 2018 e pelas eleições, onde sermos chamados a fazer uma grande renovação no meio político, selecionando aqueles candidatos que estejam afinados com a agenda necessária para o crescimento do país.
Segundo o economista, caso optemos por não fazer nada disto, por medo de arcar com o desgaste político, teremos um Estado que chegará por volta de 2024 com uma capacidade de investimento ZERO, onde tudo o que o Estado capta de impostos é unicamente usado para pagar a folha de ativos e inativos. Caso isto acabe por pressionar e derrubar a PEC dos Gastos, teremos outras consequências perversas, como a volta da inflação a níveis que nem lembramos mais.
PROBLEMAS E SOLUÇÕES
O Brasil, escancaradamente, é um país largamente RICO EM PROBLEMAS e extremamente POBRE EM SOLUÇÕES. Tudo porque é literalmente dominado por uma parcela de poderosos INIMIGOS enquanto é admirado por AMIGOS TOLOS.
Ainda que a maioria da população forme a parcela dos AMIGOS, o fato é que, por TOLICE, ingenuidade e/ou baixa capacidade de discernimento, se deixam levar pela fúria dos INIMIGOS, que garantem, constantemente, vantagens absurdas e impossíveis de serem atendidas.
INGENUIDADE
A ingenuidade dos AMIGOS, por exemplo, é de tal ordem, como bem aponta o professor Ricardo Bergamini, que 99,9% da população brasileira não percebe que não existe um único centavo liberado de crédito direcionado (juros médio em maio de 2017 de 10,2% ao ano, enquanto o crédito livre estava na média de 46,8% ao ano) sem pagamento de algum tipo de PROPINA.
ROBERTO CAMPOS JÁ DIZIA
Apontar as mais incríveis aberrações nos dias de hoje é algo muito fácil porque os problemas estão ficando cada vez mais escancarados, mesmo à luz de quem pensa pouco ou sequer pensa. Entretanto, o mestre Roberto Campos fez certos alertas no artigo que publico a seguir, escrito na década de 1980/90 (já se passaram mais de 30 anos). Eis:
BANCO CENTRAL
- Quando propusemos em, 1965 - o professor Bulhões e eu -, a criação do Banco Central, como controlador e guardião da moeda, jamais imaginávamos que ele se transformaria em um grande banco rural, cúmplice ao invés de disciplinador da expansão monetária. Teve suas funções ampliadas e sua independência reduzidas. É preciso retorná-la à sua concepção original.
OPEN MARKET
Outro exemplo de perversão institucional é o open market. Concebido originalmente como instrumento de controle monetário, tornou-se um grande acelerador da velocidade de circulação de vários tipos de quase-moeda. A regulação da base monetária perdeu eficácia, porque pouco adianta controlar o estoque de meios de pagamento sem controlar a velocidade do fluxo de quase–moeda. Com o open market conseguimos o feito singular de criar um mercado secundário sem um mercado primário!
TAXAS DE JUROS
A primeira causa dos juros altos é a “expectativa” de inflação e de desvalorização cambial, que alimenta a inflação e dela se realimenta. Em segundo lugar a bizarra coexistência de taxas negativas para dois terços dos empréstimos e taxas explosivas para o terço restante, pois que a isso se limita o segmento livre de mercado. Este mercado não é caldeira; é a válvula de escape da excessiva pressão da procura.
CRÉDITO SUBVENCIONADO
Eliminando o crédito subvencionado, descobriríamos o milagre aritmético da média: os juros tenderiam a baixar pela diminuição da procura e pela mudança de expectativa! E o mercado bancário se tornaria mais competitivo, pois os bancos não mais precisariam ser racionados, dado que o governo poderia melhor controlar a base monetária, e cessaria de pressionar o mercado financeiro que reflete fielmente o excesso de demanda de recursos por parte do setor público, quer federal quer estadual.
OPINIÃO FORMADA POR INFLUÊNCIA DA MÍDIA
É mais do que notório a enorme influência que a mídia exerce sobre a maioria dos brasileiros, que só passam a emitir opinião sobre qualquer assunto depois de ler os jornais, ouvir as rádios e assistir a televisão. Vejam, por exemplo, o número de brasileiros que estão se manifestando pedindo o imediato FORA TEMER!
AMBIENTE SOCIALISTA
Ora, como faço uso constante do raciocínio individual -lógico- para formar a minha opinião sobre qualquer tema, não tenho a mínima dificuldade em compreender que a mídia brasileira, em geral, está organizada para mal informar e/ou manifestar opiniões que estejam em linha com a ideologia socialista, que grassa, de forma gritante, no ambiente jornalístico do nosso país.
DUAS CRISES
O nosso pobre Brasil, como todos sabem, foi atingido por duas imensas CRISES, ambas criadas e desenvolvidas com muita atenção, intenção e enorme prazer: uma POLÍTICA, alimentada por farta CORRUPÇÃO; outra, ECONÔMICA, derivada de uma Matriz Bolivariana do Atraso e da enxurrada provocada pela crise Política.
AÍ MORA O PERIGO
O que mais impressiona é que muita gente acredita, de forma totalmente equivocada, que o FORA TEMER será capaz de resolver os graves problemas que o nosso empobrecido país enfrenta. Mal sabem estes tolos brasileiros que aí é que mora o grande perigo.
FORA TODOS!
Atenção: por tudo que estamos assistindo e pelas decisões que vem sendo tomadas pelas autoridades (???) que formam as nossas fracassadas Instituições, qualquer possibilidade de melhora do Brasil passa pelo FORA TODOS! De novo: TODOS!!
SEM EXCEÇÃO
Quando digo -TODOS!- estou me referindo não só ao presidente Temer, mas a todos que integram o Poder Legislativo e, principalmente, todos os ministros que integram o condicionado Supremo Tribunal Federal. Mais: de imediato, o primeiro a ser defenestrado deveria ser o Procurador Geral da República(??), Rodrigo Janot, que já deixou bem claro a sua meta: quebrar de vez com o Brasil que produz.
MAL INTENCIONADO
De novo: não se deixem levar pela mídia comprometida com o pensamento socialista. O que ela quer e prega, infelizmente, é a ausência das REFORMAS. Aliás, ontem, o mal intencionado Janot até ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a lei da terceirização. Em mais uma ação que contraria o governo Michel Temer, o procurador argumenta que há inconstitucionalidade na recente mudança de regras do mercado de trabalho e pede a suspensão das novas regras. Pode?
Sem Título
ENCRENCA ENORME
A cada dia que passa fico mais convencido de que a grande maioria dos gaúchos, e praticamente a totalidade daqueles que vivem fora do RS, não têm a mínima ideia do tamanho da encrenca que o Estado está metido.
FALTA DE CONHECIMENTO
Aliás, a falta de conhecimento, somado à incapacidade de desenvolver o raciocínio lógico, é o que leva muita gente a acreditar que todas as crises, independentes de tamanho ou peso, têm solução. Mais: que soluções não passam, em hipótese alguma, por sacrifícios da sociedade. Neste caso contrário, o culpado é o mau governante, que não tem vontade política.
QUADRO TERRÍVEL
No caso do RS, para que os leitores se conscientizem, a situação financeira do Estado é simplesmente desesperadora: o DÉFICIT previsto para quatro anos é de R$ 25 bilhões. Além disso, o Estado ainda precisa suportar aumentos salariais que estão programados até 2019. Mais: totalmente incapacitado para contrair novas dívidas, o RS ainda enfrenta um esgotamento total dos serviços públicos essenciais.
FOLHA DE SALÁRIOS
O problema maior é que esta CRISE simplesmente não tem solução. Tudo que não está protegido por Cláusulas Pétreas, o Legislativo resiste e não aceita reformar. Vejam que 56% da folha salarial do Estado é composta por INATIVOS, que recebem salários integrais. Somando com os 44% de servidores ATIVOS, a folha de pagamento de salários representa 75% da arrecadação. Que tal?
COMPROMETIMENTO DA ARRECADAÇÃO
Como o Tesouro do Estado do RS destina 14% da arrecadação para pagamento da dívida com a União, as despesas -engessadas- correspondem, hoje, a 89% da arrecadação. Isto sem considerar a dívida referente à apropriação de DEPÓSITOS JUDICIAIS, no montante de R$ 10 bilhões. Só os juros desta potente dívida representam algo como R$ 1 bi/ano para o Tesouro do Estado.
DÍVIDAS
Sem condições de atender a população nos seus itens básicos, o Estado do RS está quebrado. Vejam o quadro de ENDIVIDAMENTO:
COM A UNIÃO: R$ 60 bilhões;
COM ESTATAIS E VINCULADAS: R$ 5,2 bilhões;
COM DEPÓSITOS JUDICIAIS: R$ 10 bilhões;
COM PRECATÓRIOS: R$ 13 bilhões;
COM O DÉFICIT PREVIDENCIÁRIO: R$ 8,97 bilhões;
COM O PISO DO MAGISTÉRIO (potencial sendo discutido no STF): R$ 17,3 bilhões; e
COM O DÉFICIT PREVISTO PARA 2017: R$ 8,8 bilhões (sete folhas de pagamento do Poder Executivo)
PIORAR O QUE ESTÁ RUIM
Ainda que o governo Sartori esteja se esforçando para melhorar um pouco a situação, muita gente só faz força para piorar o que já está ruim.
A maioria dos deputados, como se vivessem em outro Estado, não admite sequer o plebiscito para federalização ou privatização de estatais, tipo CEEE, Sulgás e CRM. Também não se propõe em acabar com a Licença Classista, onde 317 servidores estão cedidos para os sindicatos a um CUSTO MENSAL de R$ 2,9 MILHÕES, ou CUSTO ANUAL DE R$ 37.7 MILHÕES. Igualmente não se propõem em acabar com o Fim da estúpida LICENÇA PRÊMIO.