FAVA CONTADA
Como todos tomaram conhecimento, no final da última sexta-feira, a até então presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, pediu demissão do cargo. A sua saída, no entanto, não chegou a causar surpresa nos ambientes econômico e político do país. Era -fava contada- como diz o jargão popular.
PEGAR O BONÉ
O motivo alegado por Maria Silvia na sua carta de demissão foi -motivo pessoal-. Ora, todo mundo está careca de saber que -motivo pessoal- é a forma mais utilizada para aqueles que preferem não expor, ou apontar, as verdadeiras e legítimas razões que os levam a -pegar o boné- e cair fora.
ALGO MAIOR
Pois, enquanto não for expressa a verdadeira razão que levou Maria Silvia a pedir demissão, o mercado, ávido por explicações convincentes, passa a especular. Até agora, a única coisa que é possível afirmar, sem qualquer possibilidade de erro, é que algo muito sério aconteceu para que a executiva tenha pedido demissão.
MERCANTILISMO
Como faço parte da turma dos especuladores, no meu entender Maria Silvia percebeu, enfim, o quanto era absolutamente incapaz para enfrentar o MERCANTILISMO, que está alicerçado, basicamente, no intervencionismo, no protecionismo e no monopólio.
SORTE AO PAULO RABELLO DE CASTRO
Com a saída (ou derrota) de Maria Silvia, como foi divulgado no final da tarde da mesma sexta-feira, 26, o escolhido para ocupar a presidência do BNDES é o economista e pensador (Pensar+), Paulo Rabello de Castro, ao qual envio votos de muita sorte na nova empreitada, pois conhecimento é o que, decididamente, não lhe falta.
AMIGOS PROPINEIROS
Entretanto, o que mais lamento é que Rabello de Castro não tem a mínima competência para fazer o que é realmente necessário: FECHAR IMEDIATAMENTE A INSTITUIÇÃO. Até porque o BNDES se notabilizou, por força do MERCANTILISMO PETISTA, em promover pouco ou nada de FOMENTO e muito em termos de agrado aos amigos propineiros do governo.
TRANSPARÊNCIA
Enquanto não é visto como necessário o fechamento definitivo do BNDES, o que precisa ser feito é, ao menos, botar ordem nos financiamentos de projetos, que gozam de taxas altamente subsidiadas. Bom mesmo seria se os MERCANTILISTAS deixassem que houvesse transparência nas operações. Ou seja, mesmo admitindo que nos financiamentos fornecidos pelo BNDES seja aplicada a indecente e estúpida -TJLP- (quase a metade da Selic), é necessário expor quais tomadores estão adimplentes e quais estão definitivamente inadimplentes.
PAGAMENTO DAS PARCELAS
A estas alturas o que mais importa é saber se os financiados estão pagando as parcelas. A JBS, pelo que se sabe, tem fôlego para tanto, porque as operações da organização não só existem, de fato, como se mostram rentáveis. Já os financiamentos concedidos às empresas do Eike Batista (até o sobrenome é o mesmo), por exemplo, não têm nenhum lastro.