TUDO O QUE QUERIA
O neo-socialista-ditador Hugo Chávez, sem qualquer surpresa ou constrangimento, pediu, ou melhor, exigiu ao Congresso da Venezuela poderes especiais e totais para impor ao povo venezuelano um severo pacote de estatizações de empresas de telecomunicações e energia, além da cassação da autonomia do Banco Central. Chega?ESTATIZAÇÃO
Chávez já havia anunciado que não estava nada contente com as críticas recebidas pela empresa de telecomunicações CANTV. Por isto resolveu que a solução é estatizá-la. E junto com ela várias empresas de energia dos setores petrolífero e elétrico vão ter o mesmo destino.A EXEMPLO DE CUBA
Reeleito no mês passado, Chávez já está acelerando rumo a uma imediata revolução socialista. A pobre e finada oposição política ao governo da Venezuela já está convencida de que, em breve, a Venezuela terá um único partido político, a exemplo de Cuba, o grande benchmark de Chávez.REFORMAS ESTATIZANTES
Prestem atenção: a autorização (?), ou imposição que Chávez está exigindo do Congresso, da chamada "Lei Habilitante", nada mais é do que o direito legal e exclusivo para poder aprovar doravante o que bem entende. Vai transformar tudo o que tem em mente em leis. Assim, por decreto vai fazer as reformas estatizantes.DITADOR BOLIVARIANO
A Assembléia Nacional, como é sabido, é formada exclusivamente por políticos partidários de Chávez, depois que a oposição se retirou das eleições legislativas de 2005. Antes que isto possa vir a ser mudado, o esperto Chávez quer ganhar poderes totais para afastar e impedir a existência de opositores daqui para frente.Com o caminho livre, o ditador já anunciou a reforma da Constituição visando criar a sonhada República Socialista da Venezuela, e substituir assim o nome oficial de República Bolivariana da Venezuela, adotado na Constituição de 1999.EXPROPRIAÇÃO
Mantendo sua trágica vontade de nacionalizar, ou melhor, expropriar empresas, Chávez disse que todos os projetos de pré-refino de petróleo no Cinturão do Orinoco serão transformados em -propriedade do Estado-. Note-se aí que tais projetos envolvem empresas multinacionais como Chevron, ExxonMobil, BP, Statoil e Conoco Phillips. Um horror!FORO DE SÃO PAULO
Volto a insistir, já neste início de 2007, quanto à existência da organização comunista latino-americana, denominada Foro de São Paulo. De forma até incompreensível, os órgãos de comunicação aberta continuam se recusando a fazer qualquer divulgação a respeito desta instituição comunista e de seus objetivos claros. Por isto pouca gente sabe disto.OS PREOCUPADOS
A impressão clara que já deixou esta falta absoluta de informação é de que o Foro de São Paulo simplesmente não existe. A não ser na minha mente doentia assim como nas poucas cabeças dos poucos liberais, sempre muito preocupados com o problema.OS FRENÉTICOS
Por outro lado, porém, sobram informações em grande número de jornais brasileiros, todas sempre elaboradas com muito carinho, sobre os frenéticos Hugo Chávez, Fidel Castro e Lula. Principalmente quando eles se manifestam contra tudo o que os americanos fazem, e, principalmente, contra o que nunca fizeram mas a eles são atribuidos.IRADOS
Irados com o enforcamento de Saddam Hussein, e francamente alinhados com todos os membros do Foro de São Paulo, hoje já denominado Mercosul, foram todos solidários contra a condenação à morte do primeiro grande financiador do FSP, em 1989.LULA DEPLOROU
Lula, como se sabe, deplorou em prosa e verso a morte de Saddam. Lamentou profundamente o uso da forca. E declarou que entendeu como um crime contra os direitos humanos. Tudo sem lamentar as inúmeras mortes provocadas pelo tirano.LULA CALADO
Na semana passada, no entanto, Lula foi silêncio total em relação a espetacular fuga do ex-ministro colombiano, que conseguiu escapar dos sequestradores que o mantiveram preso por mais de seis anos. Seis anos, gente, sem dar qualquer informação à família. Um crime pra lá de hediondo que Lula sequer comentou. Sabem porquê? Porque as FARC são membros do seu magnífico Fôro de São Paulo. E a imprensa? Calada.A MODA É CORTAR DESPESAS
As notícias que chegam de muitos estados brasileiros é que o corte de despesas públicas está na moda. É mais do que necessário para o equilíbrio das contas. Cortar despesas, portanto, passou a ser o novo norte dos governos que estão assumindo e cujos caixas se encontram vazios ou com dívidas.TENTAÇÃO
Esta prática já é bastante antiga e tem servido sempre para que os governantes ganhem confiança por parte de seus eleitores. Todavia, como também é bem sabido, as coisas não conseguem se manter assim por muito tempo. A tentação, a sedução pela despesa é enorme no setor público e as corporações, bastante espertas, não ficam paradas aplaudindo. E não demora, salvo raríssimas exceções, tudo volta ao normal com o retorno do aumento de gastos.O MERCADO EXISTE
Daí a conhecida preferência, fantástica, pelo aumento de impostos. Como se o mercado não existisse, não reagisse e mostrasse sempre a capacidade de pagar o que os governantes precisam para gastar mal.ESTÍMULO
O curioso é que jamais percebem que, para aumentar as receitas públicas basta diminuir impostos. Quanto menores forem as alíquotas dos impostos, maiores tendem a ser as arrecadações. Tudo pelo estimulo que produzem a quem produz, a quem investe e a quem consome.EQUIPES MAIS ESCLARECIDAS
Se os governantes não conseguem ser inteligentes como um todo basta que o sejam pela metade. Se lhes falta capacidade para reduzir despesas, coisa já bastante conhecida e consagrada, é preciso que saibam e entendam que mais receita se dá pelo incentivo a produção, consumo e investimento. Ou seja, com impostos menores. Acordem, governantes. Antes de montar suas equipes econômicas procurem quem saiba disto.SEGURANÇA
É preciso lembrar também aos governantes, e a sociedade menos esclarecida, de que segurança pública se faz hoje muito mais com inteligência e tecnologia e com menos gente. Já foi o tempo que só se usavam pessoas para proteção de alguma coisa. Hoje, para ter muito mais segurança, menos gente é exigida. A tecnologia, embora fique obsoleta mais rapidamente, a sua substituição é sempre vantajosa financeiramente. Já o homem, a corporação, está se tornando invariavelmente mais vulnerável à corrupção. Além de muito cara, a troca é muito complicada pelas cláusulas que os protegem.LIMITE
O ano de 2006, ao que tudo indica, foi o ano em que a sociedade brasileira pode ter estabelecido o limite entre a indignação e a intolerância. Depois de sofrer com todos os tipos de violência urbana, falcatruas de políticos e safadezas generalizadas, o povo brasileiro imaginava que a simples denúncia ou descoberta dos crimes já seria o bastante para que tudo voltasse a entrar nos eixos da boa conduta.TAMANHO DA INDIGNAÇÃO
Como nada disto aconteceu, a indignação foi aumentando. E o seu tamanho passou a ser observado e registrado com muito mais vigor através deste poderoso instrumento que é a Internet. E foi em 2006 que as reações mais se multiplicaram. Aí foi possível observar o enorme repúdio a todo o tipo de insegurança e malvadezas promovidas por vários setores que se apropriam da renda das pessoas.MEROS DESABAFOS
Mas, só ficar indignado, como se sabe, não basta. Os espertos-safados, muito conscientes de que só gritaria não significa coisa alguma, não deram a mínima bola para as manifestações escritas. Perceberam que, assim como os cães não mordem enquanto latem, tudo não passaria de meros desabafos. Faltava no processo, a organização, o comando para a ação contra os desmandos e as perdas.MAIS IMPOSTO, NÃO!
Felizmente, para nós todos, tudo tem limite. E o primeiro limite da ultrapassagem da indignação para chegar à intolerância, aconteceu no RS. O povo gaúcho (como todos os brasileiros) vem suportando, porém indignado, a muita coisa, mas reagiu com força ao pretendido aumento de impostos pelo governo. Ou seja, tudo pode ainda estar na fase da indignação, mas imposto maior passou a ser intolerável.O MEDO DE REAGIR
O caso da violência urbana, da insegurança pública, que é tão insuportável quanto mais impostos, ainda conta com um agravante sério: o medo de reagir. Mas podem estar certos de uma coisa: tal qual no velho oeste americano, o povo ainda vai participar, com coragem, reagindo aos bandidos. Falta pouco, mas é certo que isto ainda vai ocorrer.EXPECTATIVA
Vou partir do pressuposto de que Yeda tenha aprendido esta primeira lição. A lição de que imposto não pode ser aumentado. Pode até haver espaço para outras atitudes que ainda estão na fase da indignação, mas com uma certeza: não será por muito tempo. Que 2007 seja um ano de muito mais manifestações. E que tudo se transforme em reações objetivas. Com Internet e tudo o mais.DISCURSOS
Já estamos bem habituados. O papel aceita tudo. Assim, os discursos escritos servem muito mais para agradar os esperançosos e encher de boas expectativas os reticentes. Ontem, nas cerimônias de posse dos governadores e do presidente Lula, não foi nada diferente. O que levou muita gente a acreditar que agora o Brasil vai pra frente. Tomara.O DISCURSO DE LULA
Lula resumiu tudo ao dizer que chegou a hora de acelerar e crescer o país. As questões macroeconômicas, bem encaminhadas no seu primeiro mandato, oportunizam a proposta. Mas não bastam pela falta de reformas estruturais que não conseguem andar. Aí o meu descrédito quanto a um crescimento convincente. Sem reformas para valer, a China continuará sendo a desculpa pelo nosso fracasso contínuo.O GOVERNO GAÚCHO
Ainda não entendi direito o que passa pela cabeça reveladamente complicada da governadora Yeda Crusius Credo. Por outro lado, aí felizmente, muito me agrada o que sempre passou, e continua passando, pela cabeça privilegiada de seu vice, Paulo Feijó. O placar das votações do pacotaço, ao final de 2006, diz claramente o que precisa (e deveria) acontecer agora, neste recém chegado 2007, no RS. O oportuno e maravilhoso caos que já tomou conta do Estado tem tudo para produzir resultados muito importantes. Falta, como se sabe, a inteligência, coisa que até agora foi manga de colete por aqui.PRIVATIZAÇÕES
A recusa ao tarifaço, além de dificultar o pagamento da folha dos servidores, acaba também com as mágicas, ilusões e empurrões com a barriga, até hoje sempre experimentadas para esconder a real situação das contas públicas. E as privatizações, muito demonizadas, poderão vir a ser exigidas para ajudar na solução dos problemas existentes e agravados.CONSAGRAÇÃO
O papel do vice-governador, Paulo Feijó, foi fantástico. Sensacional até para que novas tentativas apareçam para salvar o RS. A primeira a ser experimentada deveria ser uma brutal redução de impostos, de alíquotas. Algo como 30% de redução, por exemplo. Esta seria a grande ousadia, a grande audácia que o RS precisa. Como nada pode piorar mais a situação do RS, o mais lógico seria tentar a atração de investimentos, buscar o crescimento. Seria uma vitória ímpar nesta guerra fiscal entre os Estados. Algo para nos consagrar.GRANDE EXEMPLO
É bom que todos observem que Blairo Maggi, governador do MT, deve assinar ainda hoje um decreto que diminui o ICMS sobre telefonia e energia. Enquanto, no RS, a idéia é aumentar imposto, no MT a ordem é diminuir. Isto sim é ousadia. Que tal, Dona Yeda? Já que a senhora disse no seu discurso que vai usar da ousadia, proponho que uma redução linear, imediata, de 30% do ICMS para todos os produtos gaúchos. Seria a melhor forma para recuperar a imagem arranhada e muitos investimentos para o RS.ENCERRANDO 2006
Esta é a última edição do PONTO CRITICO de 2006. Vou dar, e tirar, esta folga para que todos nós possamos nos preparar melhor para o árduo 2007 que aí vem. E uma das coisas que desde já precisamos aprender é reagir. Em 2006 ficamos bastante indignados com tudo que fizeram e continuam fazendo conosco. Em 2007 espero que seja o ano da prática definitiva da ação. Precisamos botar o bloco na rua pra valer.A HORA DA AÇÃO
A sociedade brasileira como um todo, e a gaúcha em particular, precisa entender que de nada adianta só ficar indignada com as coisas que pode suportar. Para resolver qualquer coisa nesta vida, só com muita ação. Ação decisiva, gente, com forte manifestação, combativa e objetiva. Estas são as formas possíveis para que algum resultado possa ser obtido. O resto é perda de tempo e bobagem pura.PASSIVOS E MANSOS
Na política e nos aeroportos, nestas últimas semanas, se viu perfeitamente o quanto somos bobos, passivos e mansos. Uma demonstração do puro mercantilismo que reina no Brasil. Todos fazem o que bem querem conosco e nada acontece. Maior prova ainda, além destas, está na carga tributária que pagamos. As reclamações e a gritaria têm sido grandes, mas o fato é que continuamos pagando, pagando e pagando. Falta a ação, muita ação para acabar com isto tudo. Capitalismo é vontade do consumidor, do cidadão, não de governos.EFEITO CASCATA
No RS, entram governantes e saem governantes e todos só têm uma preocupação: pagar a folha dos funcionários públicos. Para evitar qualquer tipo de desgaste com as corporações, os governantes fazem o máximo. Para tanto nunca hesitam em aumentar impostos. E se convencem dizendo que é para evitar o caos maior, que representaria uma quebradeira total de todas as atividades do Estado. Um efeito cascata.COMÉRCIO
Para quem ainda não percebeu, basta observar o grande número de pessoas que recebem salários e proventos do Tesouro do RS (ativos e inativos). Assim como os gaúchos dependem da agropecuária para registrar algum crescimento, o setor de serviços (comércio) depende muito do servidor publico para tocar seus negócios.A CADEIA DESMORONA
Imaginem , portanto, o governo não podendo pagar a sua folha de salários. As demais atividades também ficariam sem receber e a cadeia toda desmorona. Quebram todos. Pois é exatamente isto que precisamos para o enfrentamento da crise do Estado. Só o caos total nos salva. Alguém precisa enfrentar esta realidade. Agora é a hora. Em 2007, enfim.A HORA É AGORA
Tomara, pois, que os deputados do RS não aprovem, em hipótese alguma, o pacotaço anunciado, ontem, pela governadora Yeda Crusius Credo. Para enfrentar a atual situação só com um caos fantástico. É a hora. FELIZ 2007???? Até o dia 02 de janeiro.