Artigos

17 abr 2009

ANTES DE HANNOVER


Compartilhe!           

PROTECIONISMO
O presidente Lula, com absoluta razão, vem gritando aos quatro cantos do mundo pregando que o protecionismo é um câncer que destrói os negócios internacionais e dificultam, portanto, a recuperação do tecido econômico mundial. Meus sinceros cumprimentos, presidente pela lucidez com que trata a matéria.
REFORMAS
No entanto, admitindo que esteja realmente convencido do que está dizendo, Lula já deveria ter se dado conta de que, ao não propor para o Brasil as inadiáveis reformas (previdenciária, trabalhista, tributária, fiscal e política) ele está praticando um protecionismo doentio que consta na lamentável Constituição de 1988.
OPORTUNIDADE
Quem teve olho clínico, e acreditou que as ações do banco Barclays, no dia 22 de janeiro, estavam com seus preços no fundo do poço, acertou em cheio. Até hoje, em pouco menos de três meses, a valorização foi de 322%. Aí está um grande exemplo de crise/oportunidade.
CUSTO EUROPEU
Não dá para comparar o preço dos produtos oferecidos nas lojas da Europa com os preços das mesmas coisas praticados aí no Brasil sem antes entender o poder de compra que cada moeda oferece.
COMMODITIES
O que tem preço fixado no mercado internacional são as commodities (matérias primas). A partir daí, tudo aquilo que é agregado para a formação do produto final (pronto para ser consumido), tem custos formados de acordo com a economia do local onde é produzido.
EURO
Na Europa, como a moeda é o euro, os preços dos valores agregados são formados, obviamente, em euros. E como o euro vale praticamente três vezes o valor do real, os turistas brasileiros precisam pagar 200% a mais em vários produtos, como, por exemplo, água, café, refrigerante, etc.
MOEDA
Portanto, não é a Europa que está cara. O valor da moeda frente às demais é que torna os preços elevados, comparativamente, pois em unidades monetárias as mercadorias e serviços praticamente se equivalem. Se para nós o cambio é três por um, para os americanos é só 30% mais caro, aproximadamente, pela cotação dólar/euro.
HANNOVER
Passo o fim de semana na magnífica Berlim, reconstruída depois da queda do Muro da Vergonha, há 20 anos. E, na próxima segunda, 20,estarei em Hannover, na abertura da feira. De lá comento o que vejo, converso e acredito. E faço alguns comentários sobre as razões que levaram a Alemanha a ser um país de primeiro mundo. Até lá.