BLOCO NAS RUAS
Bem, finalmente uma parcela da sociedade brasileira resolveu sair da CONVERSAÇÃO (através das redes sociais) e partir para a AÇÃO, identificada por inúmeros BLOCOS NAS RUAS, cada qual mostrando faixas cujos dizeres definem os motivos de revolta e/ou indignação. Pois, passadas as primeiras noites de manifestações pelo Brasil afora, o que todo mundo quer saber é o que vai acontecer daqui para frente. E agora?O QUE DIZ A HISTÓRIA
Para quem se dispõe a olhar para o passado, tudo que a história revela não se traduziu em coisas muito agradáveis para o povo brasileiro. As mais diversas manifestações nas ruas acabaram por resultar em custos muito elevados para o povo além de tímidas e/ou preocupantes soluções dos pleitos exigidos pelos inconformados. Eis alguns exemplos:EXEMPLOS CLAROS
1- O Movimento Diretas, por falta de organização e controle acabou por transformar os políticos eleitos em privilegiados e corruptos.2- A Constituição de 1988 consagrou uma série de direitos impagáveis e nenhum dever a não ser o de sustentar os privilégios. O que resultou nesta extraordinária Carga Tributária. 3- O Impeachment do Collor, que ajudou o PT a chegar ao Poder, teve uma péssima consequência: foi reeditada a velha Matriz Nacionalista, levando a um novo e prejudicial fechamento da economia que começava a se abrir.RELAÇÃO CAUSA/EFEITO
É preciso levar em conta, portanto, que só ir às ruas para protestar e/ou reivindicar não basta. Qualquer êxito só poderá ser obtido caso o povo tenha consciência sobre aquilo que é CAUSA e aquilo que é EFEITO, sobre as coisas que pleiteia. Como a maioria do povo brasileiro se caracteriza pelo baixo nível de conhecimento e pelo raciocínio inexistente, na hora de negociar suas pretensões, na maioria das vezes acaba por ser enganado e enrolado.PELO AUMENTO DA CARGA TRIBUTÁRIA
De novo: a matéria-prima que os povos carregam é o CONHECIMENTO/DISCERNIMENTO. Portanto, quanto MENOR a qualidade da matéria prima (representada pela educação contida nos cérebros) MAIORES as chances de não acontecerem melhoras. Vejam que grande parte dos manifestantes estão exigindo mudanças no EFEITO e não na CAUSA. Isto se comprova pela exigência de mais benefícios que só podem ser satisfeitos com aumento da já estrondosa carga tributária.EM RESUMO
Resumo: como não existe almoço grátis, toda redução de valor das tarifas dos transportes públicos vai determinar um aumento de gastos do governo sob a forma de subsídio. Como governo é povo, a conta será paga pelo povo. Com um detalhe: o subsídio significa que andando ou não de ônibus, todos vão pagar a passagem. Isto é justo?EUROPA E BRASIL
Vale observar que enquanto vários países da Europa estão fazendo esforços para diminuir os gastos públicos, o Brasil está fazendo o contrário: os protesto são feitos no sentido de aumentar ainda mais os estrondosos gastos do governo. A coisa vai piorar, infelizmente...MANICÔMIO TRIBUTÁRIO
No dia 13/06, o jornal O Globo publicou um artigo assinado pelo economista Paulo Rabello de Castro, coordenador do Movimento Brasil Eficiente. Como o tema é pra lá de importante neste momento de grandes protestos e reivindicações, e o grupo -PENSAR+!- está engajado nos propósitos do MBE, nada melhor do que replicar o texto, que leva o título de MANICÔMIO TRIBUTÁRIO. Eis:ESTAGNAÇÃO PRODUTIVA
A tributação brasileira se tornou explosiva. A Carga Tributária dá saltos, ano após ano: de 26% do PIB, por volta de 1994, a quase 38% hoje. Impostos sobre impostos criam improdutividade e burocracia, freios terríveis ao crescimento. Poucos segmentos, como a agricultura - menos onerada diretamente - se safam. A indústria murchou. O Brasil não vai melhorar enquanto não pusermos o dedo na causa da estagnação produtiva. Nosso freio de mão está puxado.REAÇÃO IMPOSSÍVEL
O ministro da Fazenda promete uma reação em breve. Não virá. Nem pode vir, senão por uma completa simplificação do atual manicômio tributário. O mercado erra mais do que o ministro quando o culpa por frustrar o crescimento esperado. Não há qualquer chance de se crescer mais rápido. A produtividade geral está zerada pela Carga Tributária descomunal.AUMENTO DE CONSUMO
Por muita sorte, ao longo do governo Lula os preços das commodities estiveram altos. Vários países, Austrália, Canadá, Chile e Peru, por exemplo, todos exportadores de produtos primários, também se deram bem. Mesmo assim o Brasil apresentou um crescimento muito fraco. Só o consumo avançou com força. Junto com o endividamento geral da massa consumidora.IMAGEM EQUIVOCADA
A capa da revista -Economist- colocou o Cristo Redentor decolando do Corcovado. Imagem equivocada. Nada havia mudado no modelo de alto desperdício e baixo investimento brasileiro que justificasse melhor expectativa sobre a economia no Brasil. Nossa capacidade de colocar investimentos para rodar está e esteve prejudicada. O Estado, obeso e perdulário, gasta na frente e sai cobrando o que pode em impostos. As empresas não investem e as famílias não poupam porque já são tosadas na recepção da sua renda por impostos malucos.CLASSE MÉDIA
Se você é da classe média, provavelmente deixa mais de 50% da sua renda familiar para o governo, entre o que é tributado no recebimento do salário e os impostos escondidos nos preços das mercadorias. O governo fica com o dinheiro, mas não o investe; vira gasto de consumo. Portanto, é impossível a taxa de investimento andar além dos 20% do PIB.PAÍS SONHADOR
Na raiz de tudo, está a maldita Carga Tributária, agravada pelos impostos em cascata, que oneram até o ato de estar em dia com o Fisco. Viramos um país sonhador e lamentável. Sonhamos com um desempenho na economia descolado inteiramente da nossa estupidez tributária e do desperdício estatal que a acompanha. E somos lamentáveis por não distinguirmos entre entraves seculares, como educação, saúde, e mesmo Infraestrutura, que sempre foram problemas, e a grande razão operacional e direta da estagnação brasileira: a tributação burra e o gasto público descontrolado.PLANO REAL DOS IMPOSTOS
Felizmente, isso tudo tem conserto. Como teve a inflação. Quando paramos de insistir no diagnóstico equivocado, fizemos um gol: o Plano Real. Agora podemos fazer outro, maior ainda, o Plano Real dos Impostos. O ministro da Fazenda tem o esboço desse plano em suas mãos. Mas precisa de apoio da opinião pública. E de mais suporte de quem ainda pensa.CEDO
Ainda é cedo para tirar conclusões a respeito dos crescentes protestos e manifestações que se espalham, cada dia mais, por todo o país. Por enquanto, tudo não passa de pura especulação promovida pelos meios de comunicação, que mais parecem preocupados em mostrar como seus profissionais estão sendo tratados pela polícia.A INSATISFAÇÃO É GERAL
Uma coisa, no entanto, já é absolutamente incontestável: a insatisfação é geral e daí o fato do estopim estar aceso. Entretanto, além de incerto o tempo que a pólvora vai se manter acesa, também é impossível detectar o tamanho do estrago que a insatisfação e/ou a baderna pode provocar.REVOLUÇÃO FRANCESA
Para quem leu alguns capítulos sobre a Revolução Francesa sabe que a insatisfação generalizada sem a definição de um propósito claro pode dificultar o encontro das soluções. Vale lembrar que, por falta de entendimento, após derrubarem a Bastilha, os franceses levaram cem anos para se organizar e decidir o que deveriam fazer com o produto.MIL MOTIVOS
O Brasil, neste momento, mostra insatisfeitos por todos os lados. Cada um com seus motivos para dizer o quanto está indignado. Um grupo, que parece ser maior grita contra os altos impostos e da crescente corrupção; outro, contra os enormes privilégios concedidos aos políticos e governantes, à custa do dinheiro público. Outros mais reclamam dos gastos com a construção de estádios de futebol. E há, também, os insatisfeitos aposentados do INSS, que reclamam dos baixos proventos e da forma como são tratados, sem saber as razões que levam a esta catástrofe.SEM REFORMAS
Como o governo só sabe gastar e não investir, como deveria fazer, e ainda por cima não admite reformas, cada grupo exige o cumprimento de direitos conferidos pela estúpida Constituição Brasileira, sem dar a mínima para os deveres. Com isso, os mais espertos foram à luta e obtiveram privilégios absurdos, que se transformaram em direitos adquiridos. O duro é que ao invés de pedir para acabar com os privilégios, o povo quer as mesmas vantagens. Para tanto, não sabe que a absurda carga tributária precisaria dobrar.EXEMPLO DE PRIVILÉGIO ABSURDO
Um deles, por exemplo, é bem retratado através das aposentadorias. Gostem ou não, o fato é que: 1- Os servidores da União (RPPS), que agrega UM MILHÃO DE APOSENTADOS recebem, em média R$ 6.673,00 mensais.E do INSS (RGPS), que agrega 27 MILHÕES DE APOSENTADOS a média é de R$ 906,00 mensais. Ou seja: para que poucos recebam MUITO, muitos recebem POUCO.DUAS CLASSES
-PRIMEIRA CLASSE
Como as contribuições dos servidores da União são insignificantes para satisfazer a folha dos aposentados privilegiados (RPPS), o rombo ANUAL dessa que é considerada PRIMEIRA CLASSE (que é coberto por impostos pagos pela sociedade) é de mais de R$ 56 bilhões.SEGUNDA CLASSE
Enquanto isso, o rombo ANUAL da SEGUNDA CLASSE (que também é coberto por impostos pagos pela sociedade), promovido pela diferença entre arrecadação das contribuições feitas ao INSS e o pagamento das aposentadorias, é superior a 45 BILHÕES. (Isto porque a taxa de desemprego no país está baixa) Somando OS ROMBOS temos mais de 100 BILHÕES, que precisam sair, ANUALMENTE, dos cofres da União (sem falar dos Estados e Municípios). Pergunto: isto é justo?A CAUSA E O EFEITO
Como o povo mal sabe disto, ninguém está se manifestando nas ruas sobre este sério assunto. Ou seja: a sociedade está irritada com os efeitos e desconhece as causas. Assim, não há solução boa à vista.PESO POLÍTICO
A Confederação Nacional da Indústria (CNI), entidade que agrega as Federações das Indústrias de todos os Estados brasileiros, pelo peso político que tem, era de se supor que estivesse sempre muito atenta à tudo que acontece de bom ou ruim com o setor industrial, não só do Brasil como do exterior.NOTA TARDIA
Pois, dias atrás, para surpresa geral, a Confederação Nacional da Indústria distribuiu uma -TARDIA- Nota à Imprensa admitindo, finalmente, que o Brasil e seus parceiros do Mercosul ficarão -isolados- se não procurarem alternativas para assinar novos acordos comerciais, como fazem outras nações da América Latina.SÓ AGORA?
O mais curioso, pelo que se pode observar, é que a CNI só agora se deu conta de que o Brasil corre sério risco de perder mais espaço em seus mercados exportadores, se não entrar totalmente no jogo mundial de buscar novas sociedades no comércio internacional. Pois, diante da surpreendente manifestação fico a imaginar o que, afinal, estavam fazendo os dirigentes da CNI até agora...ACORDOS COMERCIAIS
A Nota cita os acordos comerciais assinados recentemente no mundo e outros que estão em discussão e conclui que o Brasil e seus sócios do Mercosul (Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai -atualmente suspenso) estão à margem dessas grandes discussões.BERÇO ESPLÊNDIDO
A CNI, provavelmente, estava dormindo em Berço Esplêndido o sono dos desavisados e/ou ingênuos. E foi acordada pelo som da caneta dos inteligentes governantes do México, Colômbia, Peru e Chile, quando assinavam o tratado que criou a Aliança do Pacífico, países que juntos reúnem 35% do PIB latino-americano e 3% do comércio mundial.PREFERÊNCIAS TARIFÁRIAS
Tem mais: o texto da Nota também cita de forma individualizada o Chile, que tem preferências tarifárias com 62 países; a Colômbia, que as tem em 60 mercados; e o Peru, com acesso preferencial a 52 mercados. Pode?Além disso, a CNI diz que todos os países citados têm acordos de livre-comércio com os EUA e a União Europeia, e que não incluem o Brasil, que tem somente 22 acordos preferenciais. Pior: em sua maioria de pouca relevância.ALIANÇA TRANSPACÍFICA
O documento também destaca os avanços dos EUA em direção a um acordo com a UE além de seus esforços em favor da Aliança Transpacífica (TTP), que englobaria além do país a Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Cingapura, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru e Vietnã, que correspondem a quase 25% do comércio mundial.ANTES DO NOVO SONO
Pois, antes que os industriais voltem a dormir, aí vai um dado alarmante: o Brasil é apontado como o país mais protecionista no G-20, grupo das maiores economias desenvolvidas e emergentes, de acordo com o Índice de Abertura de Mercados, publicado nesta terça-feira pela Câmara de Comércio Internacional (CCI), em Paris. Pior que o Brasil entre os 75 países, só mesmo o Quênia, Paquistão, Venezuela, Uganda, Argélia, Bangladesh, Sudão e Etiópia. Que tal?VERÃO EUROPEU
Quando o tempo para fazer turismo é curto prefiro escolher um ambiente onde existem vários pontos de visitação e/ou curtição ao seu redor. Como o verão europeu está chegando, e segundo a meteorologia da região da Emilia Romagna promete ser escladante (ou africano, como dizem aqui) a movimentação nas cidades litorâneas já se mostra intensa neste momento, onde o sol e o calor se fazem presentes.CERVIA
Partindo dessa premissa, depois de passar por vários cruzamentos que levam às cidades-balneários do Adriático, na região de Emilia Romagna, desde que peguei o carro alugado em Veneza, pelo mero acaso resolvi entrar na pequena e agradável Cervia. Foi uma grata surpresa.EMILIA ROMAGNA
Cervia, além de muito bem organizada, fica ao lado da belíssima Cesenástica e de Rimini (litorâneas). E fica perto da medieval Sanarcanjo de Romagna e da República de San Marino (a mais velha República do mundo). Por estarem próximas de Cervia é possível curtir uma praia pela manhã e passar o resto do dia fazendo turismo ao redor. Com um importante detalhe: sem perder muito tempo na estrada.SAN MARINO
Quem está na região não pode deixar de visitar a belíssima República de San Marino. Tudo no lugar, gente. Ainda mais se for levado em consideração que é o mais antigo Estado Soberando do mundo, fundado em setembro de 301. Um boa visita (com direito a andar no teleférico) pode ser feita com muito conforto em menos de um dia. É espetacular.CENTRO DE CERVIA
Além do canal e da marina, que torna agradável e aconchegante qualquer lugar do mundo, o centro anigo de Cérvia mantém seus prédios e monumentos intactos. O número de hotéis é simplesmente incontável (assim como das demais cidades litorâneas) e o movimento já é bem grande neste mes de junho. Principalmente, nos finais de semana.BEACH CLUBS
Chama muito a atenção a organização: ao longo da costa, centenas de Beach Clubs, (ou Day Clubs) um ao lado de outro, cada um com seu bar e restaurante, oferecem farto bicicletário, WiFi Zone, vestiários, banheiros, cadeiras de praia (longas) com guarda-sóis, além de play-grounds, com espaços para jogos (tenis de mesa, basquete, volei, etc.). Um dia, com acesso a tudo (exceto refeições), fica por volta de 22 euros. Detalhe: os Beach Clubs (ou Bagnos) são concessões pública e funcionam, diariamente, das 7h às 20h. Todos os concessionários pagam aluguel ao município, pela área concedida (todas são do mesmo tamanho) e se obrigam a cumprir um contrato com regras rígidas, que começam pela higiene, limpeza e segurança. Que tal? Os guarda-sóis, em torno de 250 por Bagno, são fixos, personalizados, numerados e perfeitamente alinhados, o que proporciona uma bela apresentação e controle. A diferença, que fica a gosto de cada concessionário, para identificar cada Bagno, é a cor do tecido.REGIÃO DAS BICICLETAS
Para quem prefere a caminhada ou andar de bicicleta é de deixar qualquer brasileiro espantado: ciclovias e calçadas é o que não faltam. E para disfrutar ao máximo esta infraestrutura, todos os hotéis oferecem, sem custo adicional, um número razoável de bicicletas para seus hóspedes. O mesmo acontece para os turistas que chegam por trem. Neste caso, para sair pedalando basta apresentar a passagem. Que tal? É bom esse tal de primeiro mundo, não?IRONIA?
A rua principal do centro de Milano-Marittimo, balneário requintado de Cérvia, que retrata o capitalismo puro, é a mais frequentada. Pois, exatamente esta rua, onde estão as mais finas lojas, restaurantes, bares e gelaterias, acreditem, leva o nome de Antonio Gramsci. Parece ironia, não? Ou uma provocação? Só sei que virei fã da rua, a despeito de quem lhe deu o nome, certamente. Que tal?VERÃO EUROPEU
Quando o tempo para fazer turismo é curto prefiro escolher um ambiente onde existem vários pontos de visitação e/ou curtição ao seu redor. Como o verão europeu está chegando, e segundo a meteorologia da região da Emilia Romagna promete ser escaldante (ou africano, como dizem aqui) a movimentação nas cidades litorâneas já se mostra intensa neste momento, onde o sol e o calor se fazem presentes.CERVIA
Partindo dessa premissa, depois de passar por vários cruzamentos que levam às cidades-balneários do Adriático, na região de Emilia Romagna, desde que peguei o carro alugado em Veneza, pelo mero acaso resolvi entrar na pequena e agradável Cervia. Foi uma grata surpresa.EMILIA ROMAGNA
Cervia, além de muito bem organizada, fica ao lado da belíssima Cesenatico e de Rimini (litorâneas). E fica perto da medieval Sanarcanjo de Romagna e da República de San Marino (a mais velha República do mundo). Por estarem próximas de Cervia é possível curtir uma praia pela manhã e passar o resto do dia fazendo turismo ao redor. Com um importante detalhe: sem perder muito tempo na estrada.SAN MARINO
Quem está na região não pode deixar de visitar a belíssima República de San Marino. Tudo no lugar, gente. Ainda mais se for levado em consideração que é o mais antigo Estado Soberano do mundo, fundado em setembro de 301. Uma boa visita (com direito a andar no teleférico) pode ser feita com muito conforto em menos de um dia. É espetacular.CENTRO DE CERVIA
Além do canal e da marina, que torna agradável e aconchegante qualquer lugar do mundo, o centro antigo de Cervia mantém seus prédios e monumentos intactos. O número de hotéis é simplesmente incontável (assim como nas demais cidades litorâneas) e o movimento já é bem grande neste mês de junho. Principalmente, nos finais de semana.BEACH CLUBS
Chama muito atenção a organização: ao longo da costa, centenas de Beach Clubs, (ou Day Clubs) um ao lado do outro, cada um com seu bar e restaurante, oferecem farto bicicletário, WiFi Zone, vestiários, banheiros, cadeiras de praia (longas) com guarda-sóis, além de play-grounds, com espaços para jogos (tênis de mesa, basquete, vôlei, etc.). Um dia, com acesso a tudo (exceto refeições), fica por volta de 22 euros. Detalhe: os Beach Clubs (ou Bagnos) são concessões pública e funcionam, diariamente, das 7h às 20h. Todos os concessionários pagam aluguel ao município, pela área concedida (todas são do mesmo tamanho) e se obrigam a cumprir um contrato com regras rígidas, que começam pela higiene, limpeza e segurança. Que tal? Os guarda-sóis, em torno de 250 por Bagno, são fixos, personalizados, numerados e perfeitamente alinhados, o que proporciona uma bela apresentação e controle. A diferença, que fica a gosto de cada concessionário, para identificar cada Bagno, é a cor do tecido.REGIÃO DAS BICICLETAS
Para quem prefere a caminhada ou andar de bicicleta é de deixar qualquer brasileiro espantado: ciclovias e calçadas é o que não faltam. E para desfrutar ao máximo esta infraestrutura, todos os hotéis oferecem, sem custo adicional, um número razoável de bicicletas para seus hóspedes. O mesmo acontece para os turistas que chegam por trem. Neste caso, para sair pedalando basta apresentar a passagem. Que tal? É bom esse tal de primeiro mundo, não?IRONIA?
A rua principal do centro de Milano-Marittimo, balneário requintado de Cervia, que retrata o capitalismo puro, é a mais frequentada. Pois, exatamente esta rua, onde estão as mais finas lojas, restaurantes, bares e gelaterias, acreditem, leva o nome de Antonio Gramsci. Parece ironia, não? Ou uma provocação? Só sei que virei fã da rua, a despeito de quem lhe deu o nome, certamente. Que tal?