AGUARDANDO O SINAL VERDE
Passados 120 dias deste 2019, ano que a maioria dos brasileiros esperava que o nosso Brasil entraria de corpo inteiro na promissora era econômica/social, o que se vê através dos índices de CONFIANÇA, CRESCIMENTO DO PIB, TAXA DE DESEMPREGO e outros mais, é absolutamente claro: os agentes econômicos só vão participar da corrida depois que o Poder Legislativo Federal dê o tão esperado -SINAL VERDE- cujo acionamento se dará através da aprovação das boas e necessárias REFORMAS.
DISPOSIÇÃO PARA INVESTIR
Ou seja, gostem ou não os deputados e senadores, os agentes econômicos, aqueles que realmente FAZEM OS PRODUTOS E SERVIÇOS, só mostrarão efetiva disposição para INVESTIR NO BRASIL depois que se dignem a aprovar, principalmente, a REFORMA DE PREVIDÊNCIA.
LIBERAR O CAMINHO
Repito, pela enésima vez, e farei isto indefinidamente, que não basta uma boa proposta e/ou uma boa equipe econômica para tornar INDÚSTRIAS, COMERCIANTES, PRESTADORES DE SERVIÇOS E CONSUMIDORES animados e prontos para investir. Enquanto aqueles que têm o poder de liberar o caminho não derem o SINAL VERDE, os agentes econômicos seguirão PARADOS.
SEMANA INTEIRA PARADA
Mais: quanto mais demorarem para pavimentar o caminho e diminuir as curvas que aumentam demasiadamente o risco de acidentes, menores as chances de alguém querer entrar na competição. Aliás, para quem não sabe, a tramitação da REFORMA DA PREVIDÊNCIA ficará suspensa ao longo desta semana, na Câmara dos Deputados, porque dia 1º de maio, quarta-feira, é feriado. Pode?
SÍNTESE
Em síntese, tudo que acontece no nosso empobrecido Brasil é CONSEQUÊNCIA da enorme preguiça somada à uma inexplicável falta de vontade misturada com absoluta irresponsabilidade , interesse e discernimento daqueles que foram eleitos para decidir o futuro do no nosso País.
LDO
A propósito: a LDO -Lei de Diretrizes Orçamentárias- que foi encaminhada ao Congresso Nacional na semana passada, prevê –SEM UMA BOA E CORRETA REFORMA DA PREVIDÊNCIA – um aumento anual acima de R$ 50 bilhões a partir de 2020 das despesas previdenciárias com servidores públicos (sem contar militares) e trabalhadores do setor privado.
Tais DESPESAS, é importante esclarecer são OBRIGATÓRIAS. Considerando as limitações do teto de gastos públicos, isto significa que os GASTOS DISCRICIONÁRIOS, aqueles que o governo tem liberdade para manejar, ficarão ainda menores. Que tal?
FRACASSOS
Quem se dispõe a fazer um balanço rápido de boa parte daquilo que aconteceu nesses 519 anos da descoberta do Brasil pelos portugueses (há controvérsias), verá, com absoluta clareza, que a partir de 1974, quando Ernesto Geisel assumiu o governo, o nosso empobrecido Brasil passou a acumular ENORMES FRACASSOS e/ou FANTÁSTICAS INJUSTIÇAS.
ESTOQUE DE INJUSTIÇAS
Para PROIBIR DEFINITIVAMENTE que em algum momento aparecesse alguém disposto a diminuir o ESTOQUE DE INJUSTIÇAS, os governantes que o sucederam, apoiados fortemente pelas mais diversas CORPORAÇÕES, trataram de BLINDAR grande parte delas através de nojentas LEIS PÉTREAS (DIREITOS ADQUIRIDOS).
DIMINUIR O ESTOQUE
Com isso, principalmente a partir da promulgada Constituição -NADA CIDADÃ- de 1988, em cujo texto os DEVERES são praticamente ignorados, enquanto os DIREITOS aparecem em praticamente todas as linhas, o Brasil ganhou o rótulo de PAÍS SEM CONSERTO. Ou seja, o que na melhor das hipóteses pode acontecer é apenas e tão somente uma DIMINUIÇÃO DO ESTOQUE DE INJUSTIÇAS.
DESTAQUES
Fazendo um resumo, o que há de mais importante neste momento é que boa parte do povo brasileiro começa a se dar conta de que na enorme prateleira onde estão empilhados os fantásticos problemas que impedem o CRESCIMENTO ECONÔMICO do nosso empobrecido Brasil, o que mais se destaca é a PREVIDÊNCIA SOCIAL. Tanto pelo TAMANHO EXTREMAMENTE AVANTAJADO quanto PELA FOME INSACIÁVEL DE IMPOSTOS.
PLEBE E ELITE PRODUZEM ROMBOS FANTÁSTICOS
Vejam que a PREVIDÊNCIA que atende a PLEBE, ou brasileiros de -SEGUNDA CLASSE-, que se aposentam pelo INSS, produziu, só em 2018, um ROMBO de R$ 192,5 bilhões (déficit per capita de R$ 1.974,35).
Já a PREVIDÊNCIA que atende a ELITE, ou -PRIMEIRA CLASSE- composta por servidores públicos – União, 26 estados, DF e 2.123 municípios mais ricos, com apenas 10,2 milhões de participantes (6,1 milhões de contribuintes e 4,1 milhões de beneficiários) gerou, em 2018, um ROMBO da ordem de R$ 187,1 bilhões (déficit per capita de R$ 18.343,14) - (dados oficiais fornecidos pelo economista Ricardo Bergamini).
INSUPERÁVEL
Portanto, se estamos impedidos, por força da blindagem constitucional, de atacar TODOS OS PROBLEMAS, o que nos resta é concentrar todos os esforços na DIMINUIÇÃO DO ESTOQUE. Para tanto, o mais correto é atacar àqueles que produzem mais ROMBOS. E, neste caso, ainda que não sejam poucos aqueles com TAMANHO DESCOMUNAL, a PREVIDÊNCIA é simplesmente INSUPERÁVEL.
SEGUNDA ETAPA
Concluída a PRIMEIRA ETAPA do CALVÁRIO da PEC DA NOVA PREVIDÊNCIA, as atenções agora se voltam para a SEGUNDA ETAPA, a mais demorada delas, que vai tratar na importante apreciação do MÉRITO da proposta apresentada pelo governo.
40 SESSÕES
Para alegria geral dos brasileiros conscientes, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não perdeu tempo. De imediato, como se viu ontem, Maia tratou da montagem da Comissão Especial que ao final de 40 SESSÕES dirá qual REFORMA DA PREVIDÊNCIA será, enfim, votada em Plenário.
AS ARMAS DO GOVERNO
Até lá, na tentativa de evitar que a PEC da NOVA PREVIDÊNCIA venha a ser MUTILADA, a ponto de deixar de ser uma REFORMA para ser considerada como mais um REMENDO, a equipe econômica do governo usará todas as armas que têm ao seu alcance. Uma delas, por exemplo, é o apoio de quase todos os governadores e prefeitos. E outra é a negociação de cargos de 2º escalão, mais conhecida por TOMA LÁ DÁ CÁ.
TOMA LÁ DA CÁ
Pois, nesta questão que envolve o tradicional TOMA LÁ DÁ CÁ, volto a afirmar, sem qualquer ponta de ironia ou falsidade, que o governo precisa, urgentemente, ir em frente e atender os desejos dos parlamentares que só votarão pela aprovação da REFORMA DA PREVIDÊNCIA, e outras mais, desde que seus pleitos sejam atendidos.
OS BENEFÍCIOS SÃO MUITO MAIORES
Digo, e repito mil vezes, que sou amplamente favorável a este tipo de negociação porque o preço, independente de valor, cobrado pelos parlamentares -indecisos- ou -vendidos- é simplesmente INSIGNIFICANTE diante dos BENEFÍCIOS que a REFORMA DA PREVIDÊNCIA e outras mais vão proporcionar para desenvolvimento do nosso empobrecido Brasil.
ABRAHAM LINCOLN ESTAVA MAIS DO QUE CERTO
Aliás, esta mesma decisão, de -negociar votos- para aprovação de propostas e emendas, foi tomada por Abraham Lincoln quando, em 1865, se empenhava na aprovação da 13ª Emenda da Constituição dos EUA, que tinha como objetivo acabar com a escravidão no país de forma objetiva.
Quando Lincoln foi informado que alguns deputados só votariam a favor desde que seus Estados fossem de alguma forma beneficiados, não titubeou e atendeu os pleitos. Disse ele, na ocasião, que os valores exigidos, independe do preço, seriam ínfimos diante do BENEFÍCIO que a Emenda produziria. Lincoln, como se sabe, estava mais do que certo!
A PRIMEIRA DE SEIS ETAPAS
Ontem, depois de 9 horas de acaloradas discussões, a PEC da NOVA PREVIDÊNCIA conseguiu cumprir a PRIMEIRA de um total de SEIS ETAPAS impostas pelo CALVÁRIO que se faz necessário para que o povo brasileiro possa, se tudo der certo, dar as boas-vindas a um novo e próspero tempo econômico e social.
PASSAPORTE
Vale lembrar que o cumprimento da PRIMEIRA ETAPA confere apenas o passaporte que a Comissão de Constituição e Justiça confere para ingressar na SEGUNDA ETAPA, qual seja a Comissão Especial da Câmara, onde os deputados escolhidos devem analisar o mérito da PEC da NOVA PREVIDÊNCIA.
PARTIDOS DO ATRASO
De antemão, no entanto, o que posso afirmar, com todas as letras, é que os DOENTIOS DEPUTADOS DOS PARTIDOS DO ATRASO (leia-se PT, PSOL E PDT, notadamente) que forem escolhidos para compor a Comissão Especial da Câmara, vão repetir aquilo que fizeram, ontem, os integrantes da CCJC, que, de forma unânime, simplesmente reprovaram o relatório da admissibilidade.
CALVÁRIO
Como se vê, o caminho que tem a pretensão de proporcionar a necessária RECUPERAÇÃO ECONÔMICA E SOCIAL do nosso empobrecido Brasil não será fácil nem terá tempo curto. Vejam que passando na Comissão Especial a PEC da NOVA PREVIDÊNCIA pula para a TERCEIRA ETAPA, que consiste na VOTAÇÃO EM PLENÁRIO. Se tudo der certo, uma vez concluídas as TRÊS ETAPAS na Câmara o mesmo CALVÁRIO se repete no Senado.
INFLUENCIADORES EQUIVOCADOS
O que mais lamento neste crucial momento é a brutal incapacidade que inúmeros -influenciadores e/ou formadores de opinião- mostram ao apontar, de forma sempre muito equivocada, as CONSEQUÊNCIAS como responsáveis diretos pelo ínfimo crescimento econômico do País assim como a alta taxa de desemprego.
PAÍS FALIDO
Ora, o volto a afirmar: o PIB não cresce por falta de INVESTIMENTO. O desemprego idem, por duas razões principais: 1- o custo dos encargos trabalhistas e, 2- porque os investidores aguardam a aprovação das REFORMAS - PREVIDENCIÁRIA E TRIBUTÁRIA. Afinal, ninguém se dispõe a investir em PAÍS FALIDO.
IMUNIZADOS COGNITIVOS
Aos poucos, mesmo enfrentando a força descomunal exercida pelos IMUNIZADOS COGNITIVOS, que seguem muito focados no megaprojeto de destruição total do nosso empobrecido Brasil, o governo Bolsonaro avança na sua agenda de reformas que tanto agradou seus eleitores.
CORPORAÇÕES
Estes IMUNIZADOS COGNITIVOS, como já era esperado, contam com o apoio -carregados de enormes interesses- de todas as CORPORAÇÕES que representam, tanto os servidores públicos quanto os funcionários das estatais, notadamente daquelas que o governo promete DESESTATIZAR.
FORÇAS DO BEM
Sabedores que as FORÇAS DO MAL seguirão dispostas e determinadas no sentido de impedir que o Brasil receba qualquer tratamento que tenha como propósito permitir que possa caminhar sem o auxílio de aparelhos, mais do que nunca precisamos nos unir as FORÇAS DO BEM para apoiar o governo e suas boas e certeiras medidas que começam a ser tomadas.
DRAMA FISCAL
Infelizmente, a BAIXA VELOCIDADE imposta pelo Regimento Interno da Câmara para tramitar a PEC da REFORMA DA PREVIDÊNCIA, mesmo que viesse a contar com razoável boa vontade dos deputados, onde grande parte sofre forte influência da MÍDIA e/ou das CORPORAÇÕES não combina, minimamente, com a ALTA VELOCIDADE imposta pelo nosso pavoroso DRAMA FISCAL.
LEI ROUANET
Ainda assim, como vimos ontem, o governo segue avançando na direção certa. Ontem por exemplo, o Ministério da Cidadania anunciou novas regras para a Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). A principal é a queda do valor máximo por projeto inscrito, dos atuais R$ 60 milhões para R$ 1 milhão. E o valor máximo por empresa do setor cultural, que também era de R$ 60 milhões, passa para R$ 10 milhões. Isso significa que, por ano, uma única empresa não pode ultrapassar os R$ 10 milhões captados no somatório de todos os seus projetos.
NOVOS TALENTOS
Mais: - Projetos classificados como “festas populares” terão um limite maior, de R$ 6 milhões. No vídeo divulgado pelo Ministério da Cidadania, o ministro Osmar Terra cita o Festival Amazonas de Ópera, o Natal Luz, o Festival Folclórico de Parintins e feiras de livros, mas não deixa claro qual o critério para essa classificação.
"Com isso, vamos enfrentar a concentração de recursos nas mãos de poucos. Com o mesmo dinheiro, só que melhor distribuído, vamos ter muito mais atividades culturais e artistas apoiados, dando oportunidade para os novos talentos”, diz Osmar Terra no vídeo.
Ou seja, algo para festejar!
MATÉRIA JORNALÍSTICA
Li, neste final de semana, no jornal Zero Hora, uma matéria econômica assinada por Caio Cigana, com o título –POR QUE O BRASIL NÃO RETOMA O CRESCIMENTO ECONÔMICO-.
O jornal ZH, lamentavelmente, tem se pautado por mostrar apenas as -CONSEQUÊNCIAS-, deixando as CAUSAS absolutamente intactas. Assim, além de não levar os necessários esclarecimentos sobre os nossos graves problemas econômicos, o jornal produz mais confusão na cabeça dos pobres leitores.
MATÉRIA
A matéria inicia dizendo o seguinte: -Da produção à confiança de empresários e consumidores, passando por vendas e taxa de desemprego, não faltam dados do primeiro trimestre para justificar a reversão de expectativas-
A seguir informa que -Os indicadores econômicos conhecidos do primeiro trimestre mais fracos do que o esperado, a queda da confiança de empresários e consumidores e o desemprego alto mostram que, mais uma vez, o país vê adiada a possibilidade de ter uma retomada vigorosa da atividade. Embora ainda sejam uma minoria, projeções mais sombrias, com possibilidade de até uma leve retração do PIB, começaram a aparecer recentemente. O último recorte de três meses com resultado negativo foi observado no final de 2016.
INDICADORES
Mais: - Números para justificar o pessimismo não faltam. Indicador do Banco Central (BC), o IBC-Br, por exemplo, teve retração de 0,73% na passagem de janeiro para fevereiro, após recuar 0,41% no primeiro mês do ano frente a dezembro. O Monitor do PIB, calculado pela FGV) aponta recuo de 0,4% em fevereiro, apesar do avanço de 0,3% em janeiro.
CRESCIMENTO
Frustrados essencialmente pela desorganização política do Planalto na busca por angariar apoio para a aprovação da reforma da Previdência no Congresso, analistas financeiros consultados pelo Boletim Focus, do BC, diminuem há sete semanas consecutivas a previsão de alta do PIB para 2019. Em janeiro, no auge do otimismo, a mediana indicava crescimento de 2,57%. Na última edição do documento, divulgado na segunda-feira (15), o percentual estava em 1,95%. (hoje a projeção para a taxa de crescimento do PIB 2019 caiu para 1,71% e, para 2020, para 2,50%)
CAUSAS
Ainda que o texto contenha, basicamente, apenas –MAIS DO MESMO-, o fato é que tudo que está escrito é, exclusivamente, CONSEQUÊNCIA, e não CAUSA dos problemas que precisam ser enfrentados.
Em nenhuma linha, o jornal gaúcho diz, por exemplo, que a ECONOMIA NÃO CRESCE porque está diretamente atrelada à TAXA DE INVESTIMENTO, que no Brasil é extremamente baixa (15,3%); e à TAXA DE POUPANÇA, que é irrisória (14%).
CÍRCULO VICIOSO
Ora, sem INVESTIMENTO não há como PRODUZIR; sem PRODUZIR, não há como empregar; sem EMPREGO o CONSUMO não cresce; menos CONSUMO... Este CÍRCULO VICIOSO acontece (CAUSA) porque o ESTADO, além de altamente burocrático e/ou ineficiente, ainda se apropria de boa parte da RENDA E DA CONFIANÇA dos brasileiros.
CÍRCULO VIRTUOSO
Concluo: mais do que nunca o Brasil precisa sair deste CÍRCULO VICIOSO e entrar, de corpo e alma no CÍRCULO VIRTUOSO do crescimento econômico. Para tanto é necessário passar por várias e importantes REFORMAS: 1- a REFORMA DA PREVIDÊNCIA, cujo maior propósito é atacar o já CRÔNICO e INSUSTENTÁVEL DÉFICIT FISCAL; 2- a REFORMA TRIBUTÁRIA, para diminuir substancialmente o custo e a imensa burocracia que impõe o caótico sistema tributário brasileiro; 3- as PRIVATIZAÇÕES, para diminuir o tamanho do Estado, e por ai vai...
Portanto, os corretos índices publicados no jornal ZH apenas focaram o ânimo dos agentes econômicos. Ou seja focaram exclusivamente as CONSEQUÊNCIAS.