PRIMEIRA EDIÇÃO EM MAIS DE 30 ANOS
Os painelistas que se apresentaram, ontem, segundo e último dia do 32º Fórum da Liberdade, reforçaram aquilo que escrevi no editorial anterior: esta foi a primeira Edição do Fórum, em mais de 30 anos, realizada num ambiente governamental mais identificado (não totalmente) com propostas liberais.
PRIMAVERA LIBERAL
Como bem referiu o economista Gustavo Franco no painel -DESEMARANHANDO O BRASIL-, o Brasil passa por uma -PRIMAVERA LIBERAL-. Ainda assim, reforçou Franco, é importante destacar que o "terraplanismo" e "charlatanismo" econômico não estão mortos e, sim, num momento de fraqueza, que deve ser utilizado como oportunidade para aumentar a liberdade econômica no Brasil.
TRÊS RAZÕES
As ideias liberais estão mais populares por três razões:
1- ideias melhores que as outras mais à esquerda;
2- "imperativos práticos" que trouxeram essas ideias para o centro do debate; e
3- o fracasso das políticas de governo de Dilma Rousseff.
TAXA DE INVESTIMENTO
Com relação aos "imperativos práticos", Franco fez eco ao que tenho escrito, exaustivamente, nos meus editoriais: a nossa baixíssima formação bruta de capital fixo (taxa de investimento) é CAUSA direta do pífio crescimento do PIB brasileiro.
Mais: não se espera que o governo brasileiro, que enfrenta um forte déficit em suas contas, consiga fazer aportes via investimentos públicos. Ou seja, é preciso do setor privado para o País voltar a crescer.
DESTAQUES
Dos painelistas que se apresentaram ontem no Fórum da Liberdade, os que mais se destacaram, no meu exigente ponto de vista, foram: a liberal cientista política guatemalteca, Gloria Alvarez; o CEO do Instituto Mises Brasil, Hélio Beltrão; o economista Marcos Lisboa (Insper); e, notadamente, o Secretário Especial de DESBUROCRATIZAÇÃO, GESTÃO E GOVERNO DIGITAL NO MINISTÉRIO DA ECONOMIA, Paulo Uebel.
BUROCRACIA
Paulo Uebel, que presidiu o IEE nos anos 2006/2007 (20ª Edição do Fórum da Liberdade) e se destacou como crítico da alta burocracia governamental, está no lugar certo e pronto para enfrentar aquilo que nunca suportou. Hoje, ocupando a Secretaria Especial de DESBUROCRATIZAÇÃO, Uebel disse que este é o momento de começar algo novo para mudarmos a sociedade brasileira.
Como tal é preciso fazer do nosso Brasil um bom ambiente para negócios, coisa que a excessiva BUROCRACIA não só impede como estabelece uma estrutura fértil para a corrupção.
PÚBLICO ENTUSIASMADO
O Fórum da Liberdade, promovido desde 1988 pelo IEE -Instituto de Estudos Empresariais, o qual, em 2013, foi reconhecido pela Revista Forbes como o maior espaço de debate político, econômico e social da América Latina, chega a sua 32ª edição contando, como nunca, com um público fortemente entusiasmado.
GOVERNOS SOCIALISTAS
Este entusiasmo se dá por uma razão que considero muito simples: ao longo de todas as edições anteriores, o Brasil e quase todos os estados e municípios tiveram governos pautados e/ou administrados por socialistas, ainda que em diferentes graus.
AMBIENTE MAIS LIBERAL
A rigor, portanto, esta (32ª) é a primeira vez que o Fórum da Liberdade acontece num ambiente onde ideias liberais estão sendo amplamente propostas, adotadas e/ou implementadas, tanto do Brasil quanto em vários Estados e Municípios.
DECISÕES EQUIVOCADAS
Nesses últimos 30 anos, tudo que era discutido, criticado e sugerido nos mais diversos painéis dos Fóruns não passava de um exercício de indignação contra decisões governamentais equivocadas, porém intencionais, que levaram a um descomunal aumento do tamanho do Estado e de um crônico aumento de rombos nas Contas Públicas.
LIBERAIS OCUPANDO CARGOS PÚBLICOS
Se em muitas edições anteriores, os críticos estavam nas plateias e via de regra no palco, defendendo ideias liberais, nesta edição grande parte desses LIBERAIS INDIGNADOS estão ocupando cargos públicos, tanto do Executivo quanto do Legislativo, prometendo, com boas ações, transformar o BRASIL.
ENTUSIASMO PALPÁVEL
Ontem, depois de ouvir as importantes apresentações feitas por Onix Lorenzoni, Salim Mattar, Gustavo Franco, Winston Ling, Alexandre Garcia, Leonardo Fração, por exemplo, a plateia saiu confiante de que a indignação dos últimos anos está dando lugar a um entusiasmo palpável. O dia de hoje, pelo visto, promete muita coisa boa.
BRAZIL CONFERENCE AT HARVARD & MIT
Ao longo do final de semana, dias 5, 6 e 7, com o lema #JUNTOS SOMOS+, a comunidade brasileira de estudantes em Boston, EUA, promoveu a edição 2019 da BRAZIL CONFERENCE AT HARVARD & MIT, com o propósito de debater ideias sobre o passado, o presente e, principalmente, o futuro de um Brasil.
SEM SURPREENDER
Entre tantos convidados para palestrar no evento, quatro deles -Geraldo Alckmin, Ciro Gomes, Luciano Huck e Hamilton Mourão, por muito daquilo que disseram, sem surpreender em momento algum, me chamaram a atenção.
GERALDO ALCKMIN E CIRO GOMES
O ex-governador paulista, Geraldo Alckmin, de forma educada, afirmou que Jair Bolsonaro comanda um governo IMPROVISADO E HETEROGÊNEO, com PAUTA EQUIVOCADA. Por sua vez, o sempre muito MAL-EDUCADO ex-governador cearense, Ciro Gomes, disse que o presidente Bolsonaro é um IMBECIL. Que tal?
LUCIANO HUCK
Já o apresentador da TV Globo, Luciano Huck, um dos apoiadores do Grupo RenovaBR, depois de tecer críticas ao governo Bolsonaro, disse que a proposta do RenovaBR é fazer com que o Brasil seja um país mais JUSTO E AFETIVO.
CRÍTICAS
Em nenhum momento Huck fez qualquer referência ao nojento papel da imprensa brasileira, que sonega e/ou distorce os acertos do governo e enaltece, sempre de forma exagerada, os equívocos cometidos. Em nenhum momento citou as barbaridades jornalísticas promovidas pela TV Globo, emissora na qual trabalha.
AS REFORMAS PARA ESTABELECER JUSTIÇA
Mais: Luciano Huck, por tudo que falou durante a sua apresentação, deixou claro que ainda não entendeu que o Brasil, para ser JUSTO E AFETIVO, precisa passar por várias REFORMAS. Mal sabe ele que grande parte delas já foram anunciadas, sendo que a primeira, pelo tamanho da INJUSTIÇA que impõe aos brasileiros em geral, é a da PREVIDÊNCIA. Acorda, Huck.
OPORTUNIDADES PERDIDAS
Aqueles que se propõem a estudar a verdadeira história do nosso empobrecido Brasil sabem muito bem que em várias oportunidades estivemos muito perto da possibilidade de mudar para melhor a vida dos brasileiros em geral.
MORRENDO NA PRAIA
Ainda que algumas boas medidas conseguiram emplacar, o fato é que as mais importantes, do tipo que certamente fariam do Brasil um -PAÍS DE PRIMEIRO MUNDO-, aí, nas poucas vezes que resolvemos atacar os grandes problemas acabamos sempre MORRENDO NA PRAIA.
DUAS DOENÇAS GRAVES
Para facilitar a vida dos interessados nas CAUSAS da nossa ineficiência, tudo aquilo que o Brasil já poderia ter feito e resolvido, simplesmente não aconteceu porque o povo se deixou contaminar pelo POPULISMO. Este potente vírus escancarou várias doenças, das quais duas delas produzem forte destruição do tecido cerebral: a MIOPIA ECONÔMICA/SOCIAL e a IDEOLOGIA SOCIALISTA.
PROGRAMA ECONÔMICO E SOCIAL
Pois, para alegria dos brasileiros cansados de tanto insucesso, a excelente equipe econômica do governo Bolsonaro escreveu e desenhou (para aqueles que o analfabetismo funcional não permite a interpretação) um programa -ECONÔMICO E SOCIAL- sob medida, com o propósito de tirar o Brasil do imenso atraso provocado pelas terríveis e violentas doenças contraídas ao longo do tempo.
GUARDIÕES DAS DOENÇAS
A situação do paciente Brasil é de uma gravidade tal que não se resolve com uma ou duas cirurgias, pois todos os órgãos estão fortemente contaminados. E, na maioria deles as CORPORAÇÕES , os grandes GUARDIÕES DAS DOENÇAS, não admitem, em hipótese alguma, qualquer CORTE E/OU AMPUTAÇÃO.
NADAR PARA CHEGAR VIVO NA PRAIA
Como cabe a equipe econômica, além de escancarar o sério diagnóstico e, a partir daí propor medidas realmente salvadoras, quem deve dar o devido consentimento é o povo, mesmo que isto contrarie a vontade de muitos de seus representantes.
Ora, se nas vezes anteriores acabamos sempre MORRENDO NA PRAIA, desta vez, pelo resultado das urnas, o povo brasileiro parece disposto a NADAR PARA CHEGAR VIVO NA PRAIA. Que tal?
NO CAMINHO CERTO
Ontem, na medida em que avançava a longa e divertida audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal, que contou com a presença marcante do valente ministro da Economia, Paulo Guedes, o meu sentimento de que a REFORMA DA PREVIDÊNCIA será aprovada aumentava paulatinamente.
FORA DA CASINHA
É bem possível que muita gente, do tipo que normalmente se deixa influenciar pelos noticiários dos maiores meios de comunicação do País, esteja achando que este meu convencimento é típico de quem está -fora da casinha-.
MAUS FORMADORES DE OPINIÃO
Para estes mais descrentes sugiro que antes de se deixar levar pelos -maus formadores de opinião- tratem de se informar sobre o que aconteceu ao longo da audiência pública na CCJ. A partir daí, com total isenção, estou convencido de que até aqueles que têm apenas um neurônio estarão de acordo quanto à urgente necessidade da aprovação da PEC da REFORMA DA PREVIDÊNCIA.
ÓDIO, INCOMPREENSÃO E MÁ EDUCAÇÃO
Mais: para facilitar o entendimento do quanto urge a aprovação da PEC proponho que deem pouca ou nenhuma importância para o que disse, com muita precisão, seriedade e conhecimento o ministro Paulo Guedes, e se divirtam com as participações dos mal intencionados deputados comunistas (PT, PDT e PSB, etc.), que lá estavam, de forma muito organizada, com o propósito de destilar ódio, incompreensão, confusão e farta má educação.
EXÉRCITO DE UM HOMEM SÓ
A análise também revelará uma estranha COVARDIA de parte dos aliados do governo, que simplesmente ficaram mudos durante a audiência pública. Mesmo assim Paulo Guedes foi em frente e lutou sozinho contra tudo e contra todos. Tal qual Dom Quixote, o ministro se apresentou como EXÉRCITO DE UM HOMEM SÓ, como bem referiu o pensador André Burger no Facebook.
COLABORAÇÃO PETISTA
Vi, portanto, com nítida clareza, que o PT e assemelhados ajudaram bastante no convencimento geral de que a REFORMA DA PREVIDÊNCIA é fundamental. A colaboração destes atrasados de sempre, que de antemão se notabilizam por serem os maiores responsáveis pelo CAOS das finanças públicas, foi simplesmente pontual e extraordinária. A ponto de deixar tornar desnecessários e/ou insignificantes os bons e esclarecedores argumentos usados por Guedes.
SALÁRIO MÍNIMO REGIONAL
Ontem, o governo do RS protocolou, na Assembleia Legislativa do Estado, o projeto que propõe um reajuste de 3,4% do salário mínimo regional, ou estadual.
COMPARAÇÃO COM O PIB
Ora, em primeiro lugar é importante que fique bem claro que enquanto o PIB brasileiro cresceu apenas 1,1% em 2018, o PIB gaúcho cresceu míseros 0,7%. Pois, mesmo assim, o governo gaúcho usou como base o ano de 2018 para definir o aumento de 3,4% do SMR. Pode?
SEM CABIMENTO
Em segundo lugar, o fato da sociedade gaúcha deixar/e ou aceitar que um governante, e não o mercado, é quem deve dizer qual o preço mínimo da mão de obra, não tem o mínimo cabimento lógico e como tal está longe de ser uma atitude democrática.
PAÍSES TOTALITÁRIOS
Aliás, este tipo de intervenção governamental, utilizada em países totalitários, por si só serve como uma prova clara do quanto estamos longe de ver o livre mercado funcionando no nosso empobrecido Brasil.
CAPITALISMO
No Brasil, volto a afirmar, muita gente ainda se mostra plenamente convencida de que a culpa do nosso -crônico- fracasso econômico está no CAPITALISMO, sem se dar conta que no nosso empobrecido País as benesses deste maravilhoso sistema ainda não foi experimentado.
INDEXAÇÃO
Ao invés de enviar um projeto propondo o fim da maldita INDEXAÇÃO, o governo do RS entende que é seu dever se intrometer com remuneração da mão de obra que trabalha na iniciativa privada. Mesmo assim, o governo também não deu bola alguma para o pífio crescimento do PIB (Brasil e RS) como mostra o projeto enviado a ALRS.