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25 abr 2019

NEGOCIAR É PRECISO


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SEGUNDA ETAPA

Concluída a PRIMEIRA ETAPA do CALVÁRIO da PEC DA NOVA PREVIDÊNCIA, as atenções agora se voltam para a SEGUNDA ETAPA, a mais demorada delas, que vai tratar na importante apreciação do MÉRITO da proposta apresentada pelo governo.


40 SESSÕES

Para alegria geral dos brasileiros conscientes, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não perdeu tempo. De imediato, como se viu ontem, Maia tratou da montagem da Comissão Especial que ao final de 40 SESSÕES dirá qual REFORMA DA PREVIDÊNCIA será, enfim, votada em Plenário.


AS ARMAS DO GOVERNO

Até lá, na tentativa de evitar que a PEC da NOVA PREVIDÊNCIA venha a ser MUTILADA, a ponto de deixar de ser uma REFORMA para ser considerada como mais um REMENDO, a equipe econômica do governo usará todas as armas que têm ao seu alcance. Uma delas, por exemplo, é o apoio de quase todos os governadores e prefeitos. E outra é a negociação de cargos  de 2º escalão, mais conhecida por TOMA LÁ DÁ CÁ.


TOMA LÁ DA CÁ

Pois, nesta questão que envolve o tradicional TOMA LÁ DÁ CÁ, volto a afirmar, sem qualquer ponta de ironia ou falsidade, que o governo precisa, urgentemente, ir em frente e atender os desejos dos parlamentares que só votarão pela aprovação da REFORMA DA PREVIDÊNCIA, e outras mais, desde que seus pleitos sejam atendidos.


OS BENEFÍCIOS SÃO MUITO MAIORES

Digo, e repito mil vezes, que sou amplamente favorável a este tipo de negociação porque o preço, independente de valor, cobrado pelos parlamentares -indecisos- ou -vendidos- é simplesmente INSIGNIFICANTE diante dos BENEFÍCIOS que a REFORMA DA PREVIDÊNCIA e outras mais vão proporcionar para desenvolvimento do nosso empobrecido Brasil.


ABRAHAM LINCOLN ESTAVA MAIS DO QUE CERTO

Aliás, esta mesma decisão, de -negociar votos- para aprovação de propostas e emendas, foi tomada por Abraham Lincoln quando, em 1865, se empenhava na aprovação da 13ª Emenda da Constituição dos EUA, que tinha como objetivo acabar com a escravidão no país de forma objetiva.

Quando Lincoln foi informado que alguns deputados só votariam a favor desde que seus Estados fossem de alguma forma beneficiados, não titubeou e atendeu os pleitos. Disse ele, na ocasião, que os valores exigidos, independe do preço, seriam ínfimos diante do BENEFÍCIO que a Emenda produziria. Lincoln, como se sabe, estava mais do que certo!