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22 set 2005

A BUSCA DO INVESTMENT GRADE


NAS NOSSAS MÃOS

Mais uma vez o mercado foi sacudido, ontem, pela expectativa do Brasil conseguir uma melhor graduação de risco, se aproximando assim do cobiçado Investment Grade. O curioso é que tudo aquilo que poderia facilitar a conquista do troféu ambicionado, e de forma definitiva, está só nas nossas mãos, e não nas decisões dos investidores internacionais.

FREUD EXPLICA?

Mas, como até agora sempre nos iludimos e preferimos tomar atitudes pouco suficientes para mexer com as causas que nos colocam em posição de risco sempre elevado, mais parece que gostamos de viver na mediocridade. Esta vocação, ou prazer, se revela muito claramente pela contínua lavagem diária das nossas múltiplas feridas, sem a mínima vontade de curá-las. O choro pela redução do remédio, ou seja, das taxas de juros, já virou um assunto mais para Freud do que para qualquer economista sensato.

CASOS PERDIDOS

Com um discurso confuso, mas típico de um desequilibrado, Severino se despediu temporariamente da vida parlamentar. Disse que empobreceu na política, mas mostra ser um masoquista incorrigível querendo retornar à pobreza. Independente de tantas asneiras ditas e repetidas, Severino se mostrou esperto e mentiroso mais uma vez. Uma coisa é certa: nem o povo que o elegeu vai melhorar de cabeça assim como Severino não vai ganhar mais esclarecimentos. Ambos são casos perdidos. O problema é que o contingente de idiotas anda crescendo neste país de forma exponencial.

FORA LULA!

Tem muita gente ainda, na fila daqueles que queremos ver pelas costas e fora da vida pública. O primeiro, no entanto, ainda está firme por questões estratégicas. É o caso do presidente Lula. A alegação é que falta respaldo popular para o corte definitivo da cabeça do presidente. Ou seja, competência não conta para tirar ou pôr alguém num cargo público. Estranho, não? Na iniciativa privada, os incompetentes saem rápido para não comprometerem os projetos. Na vida pública é o inverso: saem os projetos e fica o incompetente. Isto é o que chamamos de democracia.

O ENGANO

Algumas pessoas pedem que eu diminua um pouco as críticas ao PT e aos petistas. Querem uma trégua, melhor dizendo. Bastante enfraquecidos e fortemente desmoralizados por tanta corrupção que promoveram ao longo dos últimos anos, mesmo assim os petistas comovem muita gente. Têm uma fantástica capacidade de transferir um sentimento de piedade. Dependendo de pouquíssimos petistas até entendo o pedido de clemência, pois imaginam que os todos têm o mesmo caráter destes poucos. Aí o engano.

DOSE DUPLA

Para estes, mais cheios de vontade de perdoar, lembro que os mais agressivos não param de repetir que tudo o que está acontecendo é uma armação das oposições. Ora, isto é o velho princípio gramsciano, de mentir, mentir e mentir até tornar a mentira uma verdade. Perigosos, contaminam com suas manifestações os ambientes menos protegidos de inteligência humana. Agressivos, mais querem mostrar que alguém pode ser pior do que eles. Estas atitudes mostram que são destruidores em dose dupla: pela incompetência onde podem provar alguma inocência, e, corruptos onde não podem mais esconder. Ou seja, dão prejuízos em todos as oportunidades.

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21 set 2005

MAIS VELHA DO QUE A TOSSE


IMPREVIDÊNCIA

O ministro Roberto Rodrigues fez uma forte declaração ao dizer que a crise do setor agrícola no Brasil é maior do que a crise mostrada pela falta de ética na política e em outras atividades. Tem razão o ministro, embora deveria dizer também que adoramos demais conviver com o risco. Um país que prefere vender commodities, e teima em agregar pouco valor aos produtos vai, com muita certeza, viver sempre muito perto das crises. A imprevidência é uma grave doença que os brasileiros do setor agropecuário não querem curar, infelizmente. Esta evidência já é mais velha do que a tosse.

O PREÇO E O VALOR

O exemplo da Alemanha, só para ficar com este, é fantástico e esclarecedor. Mesmo que não produza um pé de café sequer, se transformou na maior exportadora de café embalado e pronto para o consumo. É a melhor forma para definir o quanto é importante agregar valor. As commodities, gente, são o que de mais barato existe. Por isto elas têm preço no mercado. Já a elaboração do produto, a partir da commodity, da matéria prima, é o que transforma o tal preço em valor.

ESPÍRITO COLONIALISTA

Ao elegermos um produto para o nosso consumo, nós estamos pagamos por uma série de coisas e serviços agregados a ele. A matéria prima empregada, mesmo pesando relativamente mais na composição do produto final, é aquilo que pesa menos no custo da mercadoria vendida. Isto, infelizmente, nós não aprendemos ainda. Aqui, basta o preço das commodities despencarem e já estamos fritos. É o velho espírito colonialista impregnado nas mentes dos produtores, apesar de não aceitarem o termo. Mas é a pura verdade.

O FURO É MAIS EMBAIXO

A coleção de fracassos que o governo Lula anda colhendo com a péssima política externa empregada é de lascar. Muita gente até atribui tantos insucessos às questões morais e éticas, aonde o governo vem mostrando grande capacidade e maestria para fazer falcatruas. Não creio nisto, embora estas coisas acabem sempre pesando bastante e até ajudem para nortear as decisões tomadas nas reuniões de cúpulas internacionais.

QUESTÃO DE PRINCÍPIOS

Como os países que nos observam e competem, cada um com seus interesses, não são bobos, as razões para votarem habitualmente contra o Brasil estão ligadas a outras coisas. O que mais pesou até agora foi a aproximação complicada e perigosa de Lula, Dirceu, Marco Aurélio Garcia e outros tantos petistas, a Fidel Castro e Hugo Chávez. A ALCA, meus caros, nunca esteve nas pretensões do PT. Já ficou claro que não se trata de dificuldade de negociação ou transposição de barreiras. É uma questão de princípio petista misturado com ódio e raiva. Não tem ALCA e pronto.

SENTIMENTO CLARO

Os gaúchos entendem perfeitamente este sentimento que me refiro. A Ford para o PT do Rio Grande do Sul foi assim. Em hipótese alguma a empresa poderia ficar no Estado. Pronto. Esta percepção petista chegou aos ouvidos e aos olhos do mundo, da mesma forma como a percepção de que o Brasil sempre apoiou, junto com seus amigos, a formação do Eixo Latino-americano do Mal. Espertos e bem avisados a tempo, os países vizinhos foram caindo fora deste desastre. E nós ficamos mal. Muito mal.

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19 set 2005

CONFIRMANDO O MAU EXEMPLO


DOENÇA CRÔNICA

Embora a ficha política do deputado Augusto Nardes não seja das mais limpas, onde as suspeitas são significativas com algumas confirmações, mesmo assim acabou nomeado ministro do TCU. Considerando que isto tudo é Brasil, não há surpresas, pois é assim que se faz política por aqui, infelizmente. Só que isto é muito grave, uma vez que não há como esperar coisa boa de um Tribunal de Contas onde um de seus ministros tem um passado comprometedor.

APREÇO PELA FRAUDE

Se tudo o que se sabe já deixa complicada a vida do ministro do TCU, piora mais ainda com o conselho que Nardes deu ao amigo que o indicou para o Tribunal. A sugestão de que Severino peça uma licença médica para se afastar da presidência da Câmara mostra o quanto Nardes aprecia a fraude. Só falta o médico concordar com a falcatrua proposta. Aí o círculo fica fechado.

TAREFA IMPOSSÍVEL

A soma dos pleitos que os governadores vêm fazendo ao presidente Lula não cabe nas contas públicas. É uma tarefa impossível até para populistas, os quais usam sempre o artifício da ilusão para nunca atender reivindicações. Mas, o caso do RS valeu pela sinceridade e sensatez de Lula. Para rebater Rigotto, o presidente diz que aceita receber novamente as estradas federais que Olívio Dutra aceitou da União, no governo FHC, para poder pagar a folha dos servidores em dezembro de 2002. Foram quase 2 mil km de estradas federais que passaram para o RS contra R$ 258 milhões para a folha.

MELHOR NEGÓCIO

Se Rigotto fosse um administrador, o negócio deveria ser fechado imediatamente. Seria o melhor dos mundos para o RS. O Estado devolveria uma bomba para o governo federal por um preço ridículo. Nunca houve melhor negócio do que este. Para quem usa as estradas nada mudaria. Nada foi feito pelo governo gaúcho e nada será feito pela União. Mas o RS ficaria sem este compromisso que considera insuportável.

OPORTUNIDADE ÚNICA

Tudo o que Olívio fez quando perdeu as eleições foi transferir o enorme problema para Rigotto só para não deixar de pagar a folha de dezembro de 2002. A incapacidade de Olívio já era do conhecimento dos gaúchos, e o operação feita só aumentou o contingente de convencidos. Rigotto não pode deixar passar a oportunidade de mostrar isto. Caso contrário, mostra não ser melhor do que o ex-governador. Já sei: alguém vai dizer que, caso Rigotto devolva o dinheiro junto com as estradas, vai faltar para a folha. Certo. Mas é isto mesmo que deve fazer. E não ficar reclamando.

O CAOS TOTAL A CAMINHO

A única coisa positiva admitida por Lula e seus admiradores justificando que estão fazendo um bom governo é o resultado obtido pela política econômica. Os próprios petistas, ainda assim, vivem dizendo que é exatamente esta política econômica que precisa ser mudada e que nada tem a ver com o PT. A dedução lógica diante destas afirmações: como não há acertos nas demais áreas, e a única que está dando mais certo não pertence ao PT, o partido e o governo mostram que não acertaram em coisa alguma. Eu sei disto. Mas são eles quem estão afirmando. Imaginem quando desistirem do que está dando certo. É o caos total a caminho. Com calote e tudo o mais.

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16 set 2005

COLÍRIO DE PIMENTA


BASTARIA COPIAR

O governador Rigotto, do RS, está irado. Nesta semana, entre várias críticas que desferiu ao governo central, condenou a timidez do COPOM, por ter promovido a redução do juro básico em 0,25 pontos percentuais, e lamentou a guerra fiscal promovida, principalmente, pelos governos paulista e mineiro. Fantástico. Rigotto, se tivesse algum interesse pelo povo, deveria elogiar e copiar os governos que se mostram preocupados em melhorar suas receitas e governar para o povo, cobrando menos tributos.

DANDO O FORA

Ao contrário, Rigotto ainda faz questão de criticar as coisas boas que estão acontecendo fora do RS. É uma pena que seja assim, até porque ele se diz interessado em se candidatar à presidente. Caso consiga a proeza tenho muito receio com o seu plano de governo. A considerar as suas práticas tributárias estaremos todos fritos. Como demonstra forte paixão por empresas estatais e folhas de pagamento de servidores o negócio é dar o fora daqui o quanto antes.

SENSIBILIDADE

Quando critica o COPOM percebo que tudo aquilo que Rigotto exige do BC é o inverso do que pratica no RS. O COPOM precisaria ser saudado pela redução da taxa Selic. Os impostos sobre telefonia, combustíveis e energia que foram aumentados pelo governador, não sofreram qualquer redução. Nada. Precisamos dar um - Viva!- ao COPOM. Que mostrou mais sensibilidade.

PENA CAPITAL

Os estupradores sabem perfeitamente da pena reservada a eles dentro dos presídios. A pena de morte. Coisa antiga e sempre mantida. Bandido tolera muita coisa, mas não tolera estupro. Creio que uma pena similar, não idêntica, pode começar a ser aplicada no Congresso Nacional. Quem consegue proteção judicial tentando evitar cassação, aí mesmo é que acaba mal. Quando chegar a hora da votação, que pode tardar mas não falhar, até aqueles que ainda poderiam ter votado a favor de certas permanências já terão mudado de idéia. A protelação das cassações, com a interferência do Judiciário, diminui o interesse pela justiça e aumenta mais o espírito da vingança.

SEMANA CHEIA

Chegamos ao final de uma das semanas mais cheias de acontecimentos importantes deste ano. Os resultados foram promissores para demonstrar o quanto somos uma republiqueta no ambiente político. Felizmente, pelo lado econômico, as coisas estão melhores comparativamente. Longe de ser exemplo, mas melhores do que o lado político apodrecido. O difícil é entender que vários países, que outrora foram subdesenvolvidos, não são copiados por nós.

REINVENTAR O MUNDO

Quando a história nos fornece situações que poderiam ser evitadas por serem prejudiciais às pessoas, o lógico é procurar outro caminho. Como os países mais antigos já tentaram todas as formas de governo, e se decidiram por vias mais inteligentes, qual a razão para permanecermos no passado? O aprendizado está em conhecer os fracassos para não persegui-los e conhecer as vitórias para andar com elas. Nós ainda queremos reinventar o mundo. É triste.

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15 set 2005

O CARTÃO VERMELHO E O JUIZ DE FORA


MELHOR EM CAMPO

A safra de cassações começou. O primeiro cartão vermelho que a comissão de arbitragem aplicou foi para o melhor jogador em campo. Por colocar a mão na bola. Roberto Jefferson, sem dúvida, foi quem propiciou o espetáculo e foi quem fez as melhores jogadas. Com grande habilidade deu também os passes e pistas para que outras expulsões venham a acontecer no decorrer do jogo.

JUIZ ESTRAGA-FESTA

Querendo estragar o espetáculo, um juiz alheio ao assunto, que nada tem a ver com o esporte em questão, se intrometeu muito para desmoralizar os árbitros da contenda. Assim, os demais insubordinados que seriam expulsos também vão poder conviver um pouco mais no ambiente da disputa. A decisão não ajudou em coisa alguma. Ao contrário. Foi pior para todos: para o juiz intrometido, para os crápulas mantidos, para aqueles que assumiriam os postos, e, para a sociedade que já está p da cara com toda esta farsa.

MANIFESTAÇÃO DA TORCIDA

Alguns torcedores fanáticos, que não conhecem as regras mas ficam gritando desesperadamente nas arquibancadas conseguiram aparecer com destaque. O mais curioso de todos foi o dep. Henrique Fontana, do PT. Disse um monte de bobagens imaginando que todos os expectadores são do seu time. Um time fracassado, que joga mal, e ainda por cima tenta enganar o árbitros com atitudes de baixo nível, onde dedo nos olhos e outras coisas mais feias gostam de praticar.

AS MENINAS DO JÔ

Há algumas semanas venho acompanhando, às quartas feiras, o programa do Jô Soares, onde acontece um debate com as chamadas -Meninas do Jô-. Entre as quatro sempre presentes, o destaque positivo fica, em primeiro lugar, para Lúcia Hippolito. É uma mulher inteligente, preparada, elegante. E mostra sempre conhecimento suficiente para esclarecer o ambiente político. Nota 10. Também se destaca positivamente a comentarista da Globonews, Cristiana Lobo. Experiente pela convivência com os políticos, consegue apanhar o clima do momento comunicando com clareza e lógica os acontecimentos. Nota 9. Já a Sônia Racy e a Ana Maria Tahan, não passam de duas bobocas. Não há coisa alguma de útil nas suas manifestações e proposições. Medíocres, ficam sem nota.

MONSTRO NA ONU

Fico imaginando o que os participantes das reuniões da ONU, que estão acontecendo desde a semana anterior, pensam sobre os representantes que elegemos. Devem estar apavorados assim como eu estou. Sendo pouco lógicos, já imaginam que somos todos iguais e fracos de cabeça. Na semana anterior, o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti gastou o nosso dinheiro para se apresentar em, NY, onde disse bobagens e idiotices. Cheio de suspeição deu demonstração de caráter complicado ao negar tudo aquilo que o acabou condenando por ser verdade. Enfim, Severino foi mostrar ao mundo que é portador de um estilo fraudulento e mentiroso. Tripudiou até no cadáver de seu próprio filho. Um monstro.

OLHO NO OLHO

Chefe de um partido altamente perigoso, onde vários assessores estão envolvidos em falcatruas fantásticas, Lula também foi para NY. Como Severino, Lula deve estar sendo olhado da mesma forma suspeita como nós aqui também estamos olhando. Afinal, que sina é esta? Além de vivermos cheios de problemas, ainda gastamos o nosso dinheiro para levar e mostrar ao mundo estes maus exemplos. Só fico imaginando o que os demais chefes de parlamentos e de nações estão pensando de nós. Boa coisa não é.

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14 set 2005

A ORIGEM DA RENDA


A RENDA E A SUA DISTRIBUIÇÃO

A sociedade brasileira, em parte, e os governantes, todos, ainda não se convenceram de que a renda é proveniente, exclusivamente, do produto. Quanto mais produtos e serviços existem e são comercializados, mais renda. E a distribuição dela, ou seja, do produto, se faz pela negociação exercida entre os agentes que lidam com ela. Acaciano, não? Pois é. No Brasil, entretanto, as coisas não funcionam bem assim. Aqui, a maior parte da renda é transferida, de forma compulsória, para quem não faz o produto, ou seja, para quem trabalha no setor público. Que, embora escolhidos e pagos para prestar serviços que permitam melhores condições para que o produto exista, não o fazem. Como já constatado.

ASILO PÚBLICO

Por favor, para evitar mal entendido ou qualquer discriminação, não estou afirmando que o setor público não deva existir. E que servidores não sejam necessários. Porém, é certo que hoje, quem produz já entrega a metade do produzido para o setor público usar e se lambuzar. Isto vale para tudo: camisas, gravatas, relógios, automóveis, bifes, enfim, tudo. Não houvesse o dinheiro, o escambo explicaria que 50% dos produtos são entregues, literalmente, pelos produtores, aos funcionários do setor público. E os serviços que deveriam ser prestados, mas não são, acabam adquiridos no mercado. Criamos assim, um asilo público de sustentação privada.

BASE DE REMUNERAÇÃO

Além disso, a mão de obra que elabora os produtos e faz os serviços tem como base de remuneração o tamanho e o valor da inteligência empregada, cujo preço é extraído através do mercado de oferta e demanda das pessoas envolvidas. Se o nosso PIB, ou produto, que está em torno de R$ 2 trilhões, por quê a maioria destas pessoas que fazem os produtos ou prestam serviços ganham pouco? A resposta é mais do que simples, e está bem respondida no bloco acima: o governo e aqueles que não fazem o produto ficam com a maior parte. E não entregam muito pelo que recebem.

240 BILHÕES PARA DISTRIBUIR

Se a carga tributária no Brasil fosse, por hipótese, de 25% do PIB, ao invés dos atuais 37%, sobrariam 12 pontos percentuais, equivalentes a R$ 240 bilhões, que poderiam ser distribuídos entre os agentes produtores conforme a lei da oferta e demanda. O bastante para promover uma mais justa e correta distribuição da renda. Quando alguém reclama da nossa péssima forma de distribuir ganhos deveria entender que tudo isto se deve aos governos, que ficam com o que pertence aos produtores, pois prestam maus serviços que não atendem às necessidades de quem lhes paga.

PRECATÓRIOS

As dívidas dos Estados e Municípios, como todos sabem, foram negociadas com a União. Este mico representa, hoje, mais de R$ 450 bilhões. É quase a metade da dívida pública interna em poder do mercado. Muito embora os Estados e municípios não possam mais emitir títulos ou constituir despesas, como manda a LRF, as coisas não ficam por aí. Uma outra dívida monstruosa e pouco comentada anda aumentado cada vez mais: são as dívidas dos precatórios. O rombo chega, hoje, a R$ 62 bilhões. E cresce constantemente por se tratar de decisões judiciais contra os governos. O pior é que neste particular o calote já chegou. Ninguém paga ninguém. E a proposta do STF para equacionar o problema parece não agradar aos caloteiros. Que praga.

EM ESTADO LAMENTÁVEL

O RS está em estado lamentável. É o pior do país. O crescimento industrial não existe. Ao contrário, ele decresce. Em julho, o decréscimo foi brutal: 8,7%. No ano, menos 4%. Nos últimos doze meses: menos 0,6%. É possível debitar todo este fracasso à estiagem? Nunca. Esta é a colheita do fracasso plantado pelo PT, no governo de Olívio Dutra. Some-se também a este prato vazio, a péssima providência de Rigotto, endossada pela Assembléia do RS, de aumentar os impostos sobre telefonia, combustíveis e energia. Aqui é assim: doença se ataca com veneno. Mata mais rápido.

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