Artigos

18 fev 2009

LAVAGEM CEREBRAL


DEPOIS DE 13 ANOS

Finalmente, depois de 13 anos em atividade, as escolas itinerantes que têm por objetivo fazer lavagem cerebral nas crianças ligadas ao MST, em acampamentos no RS, parece que vão mesmo fechar as portas. Esta, pelo menos, foi a determinação manifestada pelo Ministério Público do RS, em conjunto com o Governo do Estado.

LAVAGEM CEREBRAL

Essa denúncia de lavagem cerebral eu já havia feito quando ainda apresentava um programa de rádio em Porto Alegre, há quase 10 anos. E, por ter criticado veementemente a prática que era apadrinhada pelo PT gaúcho, acabei como réu de uma ação movida pelo governo Olívio Dutra. De novo: por ter avisado sobre a lavagem cerebral.

ALICIAMENTO

Pois agora, o valente procurador de Justiça, Gilberto Thums, no mesmo nível das minhas críticas lá atrás, também sustenta que o fim das escolas é uma medida em defesa das crianças que vivem nos acampamentos do MST.Segundo Thums, esses estabelecimentos não estão alcançando nenhum objetivo pedagógico a não ser servir como fonte de aliciamento. Os filhos dos sem-terra não precisam reproduzir a ideologia dos pais.

SOCIEDADE SOCIALISTA

Eis o que Gilberto Thums disse ao jornal ZH, que já se sabia: o MST contrata os professores que tenham alinhamento ideológico para ensinar teorias marxistas unilaterais. O Estado não tem nenhum controle sobre o conteúdo programático, então essas escolas fazem uma lavagem cerebral para passar teorias marxistas. Os estudantes recebem uma educação alienante.E completou: se um adulto opta por ser radical de esquerda, não tem problema. Mas não se deve condicionar uma criança a isso. Não acho que o povo queira que seus tributos sirvam para aumentar os conflitos no futuro. Temos de orientar as crianças sobre a possibilidade de se integrarem ao mundo que está aí, ao mundo produtivo. O MST quer implantar uma sociedade socialista.

BABADA BRASILEIRA

Depois da babada fantástica de boa parte da imprensa brasileira, e também do presidente Lula, que condenaram de forma apressada e irresponsável os suíços muito antes de conhecer a verdadeira história da suposta agressão que a tal Paula teria sofrido, o que se espera é o devido retratamento e pedido de desculpas. De todos os precipitados.

INDICIADA

Como se sabe, a tal Paula foi indiciada hoje pela manhã pela promotoria pública de Justiça de Zurique, por suspeita de induzir as autoridades ao erro. Além disso teve o sseu passaporte apreendido, o que significa que não pode deixar a Suíça.

CRÉDITO

O que mais os empresários no mundo todo estão exigindo de sues governos é que haja crédito abundante com prazos elásticos para enfrentar a crise que aí está. Ora, será que ainda náo foi percebido que foi exatamente o crédito excessivo, com prazos absurdos, que formou a bolha que levou a situação atual? É preciso entender, definitivamente, que o crédito não será o mesmo de outrora.

Leia mais

17 fev 2009

MONTADORAS, CHÁVEZ E JARBAS


DESESPERO

As montadoras de veículos, no mundo todo, estão atravessando uma fase de enorme desespero. Na esperança de conseguir manter vivas as suas atividades, evitando assim mais desempregos, quase todas estão implorando por uma ajuda financeira governamental.

SISTEMISTAS

Como se sabe, diante desta fantástica crise iniciada pelo excesso de crédito, não são poucas aquelas que já estão sendo noticiadas como grandes desempregadoras quando, na realidade os sistemistas (fornecedores de auto peças) sejam os maiores empregadores de mão de obra do setor.

FALTA LUGAR

O que me parece importante, embora pouco noticiado, é que o crescimento do mercado de veículos só pode ser considerado imprescindível e necessário desde que haja lugar para que trafeguem. Veículo que sequer consegue andar nas ruas e/ou estradas não justifica minimamente a sua existência.

INFRA-ESTRUTURA

O Brasil, como pode ser constatado diariamente, já mostrou claramente que o número de automóveis é maior do que a capacidade de circulação. Sem obras de infra-estrutura adequada, o melhor é que as montadoras parem de produzir. Só tem justificativa ajudá-las desde que os produtos possam atender as expectativas dos consumidores. O que não está acontecendo, convenhamos.

PARA SEMPRE

A partir de ontem, por decisão eleitoral, no voto, o povo da Venezuela disse, com toda a clareza, que prefere viver submetido à ditadura. É duro, mas essa foi a vontade manifestada, nas urnas, pela maioria do povo venezuelano. Os apaixonados por Hugo Chávez querem elegê-lo para sempre.

NO VOTO

Essa proeza, infelizmente, acabará por influenciar os demais povos latinos, para que sigam o mesmo caminho. Sem surpresas, evidentemente, pois a identificação ideológica já existe e os governantes são todos populistas. Considerando que a maioria deles goza de enorme aprovação popular, o prato está pronto para ser servido.Sendo assim, nada mais lógico do que escolher a ditadura pelo voto. Alguém duvida?

NADA DE ERRADO

O senador Jarbas Vasconcelos, sem qualquer aviso prévio, resolveu chutar o pau da barraca. Mas nem por isso deixou de ser sincero quando disse, alto e bom som, que o seu partido, o PMDB, é ocupado por gente corrupta. Mais: com toda a razão também disse que o Bolsa Família é o programa campeão do mundo em compra de votos. Afinal, Jarbas disse algo errado?

Leia mais

16 fev 2009

MARCHA FÚNEBRE NO CARNAVAL DA ECONOMIA


NÚMEROS PREOCUPANTES

Diante de tantos números ruins já revelados por quase todos os países do primeiro mundo, ninguém esperava um crescimento econômico do Japão, no quarto trimestre de 2008. Como a crise está produzindo estragos mundo afora, os indícios eram de que o Japão também não escaparia da lógica de comportamento das mais diversas economias.

12,7% DE QUEDA

Porém, a notícia divulgada hoje, de que a economia japonesa apresentou contração de 12,7% do PIB, em termos anualizados, no último trimestre de 2008, foi uma bomba. Não foi algo semelhante aos demais países do G7, gente. Estamos falando de uma redução de 12,7% no Japão contra 1,5% na Zona do euro.

FORTE RECESSÃO

Foi o pior resultado em 35 anos. Desde a crise do petróleo de 1974. Pelo expressivo percentual da queda entendo que aí não cabe dizer que o Japão está, tecnicamente, em recessão. Está, isto sim, mergulhado em forte recessão.

RODAS DE CONVERSAS

Nas mais diversas rodas de conversas, quando entra a crise como assunto de discussão, chama muito a atenção o sentimento de inconformidade quanto à falta de previsão da catástrofe. Principalmente dos corretores, analistas, operadores de mercado e, aí com mais raiva, das agências de risco.

MAIS CEDO

Têm toda a razão os prejudicados, por não terem sido informados a tempo e, adequadamente, pelas agências de ratting. Embora, qualquer informação antecipada, e mais efetiva, não conseguiria evitar os mesmos estragos. Pelo excesso de liquidez e crédito, o que poderia acontecer era uma deflagração mais cedo do problema.

REFORMAS

Se por um lado os revoltados se manifestam por falta de um aviso prévio sobre a crise, por outro lado, uma vez que ela aí está, os insatisfeitos têm uma grande oportunidade de recuperação das suas perdas: todos estão sendo pra lá de informados e avisados, em voz bem alta, de que o Brasil precisa adotar medidas efetivas para enfrentar a turbulência. Ou seja: fazer as reformas.

ESPÍRITO COLONIALISTA

A única maneira que dispomos, de modo próprio, para enfrentar esta e as outras crises que ainda vem por aí é consertar o que está errado no país. Temos uma enorme oportunidade de começar por aquilo que mais impede a falta de competitividade dos nossos produtos manufaturados (leis trabalhistas, fiscal, tributária, previdenciária, etc...).Ficar só na dependência das nossas commodities, onde a mão de obra empregada é reduzida significa manter o velho e atrasado espírito colonialista.

Leia mais

12 fev 2009

EFEITOS COLATERAIS


MENTES AFETADAS

Tenho a impressão de que a atual crise econômica global não está afetando somente o bolso e o emprego dos mais atingidos. Muitas mentes já identificam sinais de graves perturbações, pelas manifestações de falta de compreensão sobre os motivos que nos levaram a atual situação.

RECUPERAÇÃO LENTA

Uma delas, que parece não ter sido bem entendida por este mundo afora, é que não há a mínima possibilidade das economias voltarem a apresentar, rapidamente, o desempenho vigoroso mostrado antes da chegada desta crise global.

CRÉDITO

Para que isso voltasse a acontecer seriam necessárias outras medidas irresponsáveis que pudessem produzir uma nova bolha, com igual tamanho e força daquela que provocou a atual crise global. Como o crédito, daqui para frente, deverá ser concedido sob regras mais rígidas e cuidados melhor estudados, além de seletivo terá prazos mais reduzidos.

LONGE DAS BOLHAS

Como nem o mercado nem os bancos vão querer ouvir falar de bolhas por um bom tempo, as economias deverão apresentar comportamentos mais comedidos. Isto não significa que as economias vão deixar de crescer. Mas, por algum tempo, até que os mercados voltem a operar com mais fluidez, e a confiança recuperada, o crescimento não será acelerado.

PROTECIONISMO

O mais preocupante é que um perigoso ingrediente está sendo colocado em prática por diversos países: o protecionismo. Esta prática nefasta, lamentavelmente, vai dificultar ainda mais o retorno do crescimento sustentado da economia global.

TIRO NO PÉ

Imaginando que o protecionismo tem o poder de salvar empregos, o que não passa de um tiro de canhão no pé, o fato é que tal pensamento e procedimento já domina as mentes de muitos agentes internacionais.

PRODUÇÃO INDUSTRIAL

Resultado: A produção industrial não para de despencar em muitos países. Só na zona do euro registrou queda de 12% em dezembro de 2008, com relação a dezembro de 2007, segundo dados de hoje da agência Eurostat. O maior declínio desde que os registros começaram, em janeiro de 1990. É aí que tudo se complica ainda mais.

A BOA ATITUDE DE LULA

Felizmente, o presidente Lula criticou, ontem, durante o almoço com o presidente da Namíbia, Kifikepunye Pohamba, a volta do protecionismo dos mercados dos países ricos durante a crise financeira internacional. Segundo Lula, os países emergentes estão dando exemplo de que a saída para a crise é incrementar o comércio internacional.

Leia mais

11 fev 2009

ATIVOS PODRES


PACOTE

Finalmente, o Tesouro americano anunciou, ontem, que deverá criar uma estrutura de fundos público-privados para retirar pelo menos 500 bilhões de dólares em ativos podres dos balanços dos bancos, incentivando investidores privados a participarem.

CONFUSO

A declaração do governo dos EUA, pelo que entendi, é que os recursos seriam usados para a COMPRA de ativos podres dos bancos para limpar os balanços deles. Fiquei confuso. O que significa comprar ativos podres? Ativo podre tem valor? Será comprado? Por quanto? Ou a notícia está errada ou o contribuinte é estúpido.

DOAÇÃO

Ora, quem compra alguma coisa quer tirar algum proveito da coisa comprada. É o que chamamos de taxa de retorno. Se o ativo adquirido está podre, nada mais óbvio de que não houve uma compra. Houve, isto sim, uma doação. Doação admitida pelos contribuintes, supostamente.

SALVAR O QUE RESTA

Nada tenho contra a prática de fazer doações. Eu mesmo, recentemente, contribui para os vizinhos catarinenses atingidos pelas enchentes. Portanto, quem deve analisar a proposta do governo americano é, exclusivamente, o contribuinte americano. Só ele deve saber o quanto está disposto a gastar para salvar o que pode e resta.

PROPOSTA

O problema, bem demonstrado pela queda dos índices das bolsas, ontem, é que não foi explicada a forma para que as doações sejam feitas. O secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, informa que o plano se propõe a: resgatar o sistema financeiro, retomar o fluxo de crédito, sanear e fortalecer os bancos e prover ajuda para os proprietários de imóveis e pequenos negócios. Só não explicou a forma.

ALAVANCAGEM

O mercado já tem consciência de que muitos bancos americanos estão praticamente falidos. Somando tudo que têm a receber, por créditos concedidos, e comparando com a soma de todos os depósitos recebidos de seus correntistas e aplicadores vai faltar dinheiro. Muito dinheiro. Simplesmente porque a alavancagem foi excessiva.

O PAPEL DO CRÉDITO

Este comentário não objetiva assustar os leitores/assinantes. O meu propósito é só explicar a forma como vejo o grave problema que está acontecendo, que não é pouco. Atenção: não se trata de problema de crédito no Brasil. Longe disso. Principalmente, porque o crédito por aqui, como é sabido, sempre foi muito escasso. O drama todo é que os principais países de primeiro mundo (EUA e Europa) representam mais de 50% do PIB mundial, os quais sempre usaram muito credito para poder crescer. Sem eles funcionando bem, todas as economias entram em parafuso.

Leia mais

10 fev 2009

DINHEIRO PÚBLICO


QUATRO MANEIRAS

O liberal Milton Friedman, que infelizmente é muito pouco citado por aqui onde a maioria prefere Fidel Castro, Che Guevara, Lula e Hugo Chávez, destacou quatro maneiras básicas de se gastar dinheiro, como bem lembra Rodrigo Constantino.

OBSERVAÇÕES À PARTE

Talvez, pelo forte receio reinante de que as idéias liberais de Friedman pudessem mexer com a cabeça do povo brasileiro, os políticos e a imprensa sempre acharam melhor enaltecer e promover as idéias comunistas-populistas. Observaçõs à parte, eis as quatro maneiras apontadas por Friedman:

PRIMEIRA

A primeira é quando gastamos o nosso próprio dinheiro com coisas particulares. Nesse caso há total preocupação com o custo e com o conteúdo do gasto. Trata-se, enfim, das compras que fazemos para nós mesmos.

SEGUNDA

A segunda forma é quando gastamos o nosso dinheiro com terceiros. Exemplo: quando compramos um presente para um amigo. Nesse caso, geralmente, a preocupação é maior com o custo e não com o conteúdo.

TERCEIRA

A terceira é quando o dinheiro dos outros é gasto com terceiros. É o caso, por exemplo, dos gastos governamentais. Aí não há preocupação nem com os custos nem com o conteúdo, pois a conta é paga pelos contribuintes.

QUARTA

A quarta forma é quando o dinheiro dos outros é gasto em benefício próprio. É o famoso desperdício do dinheiro público. A preocupação, no caso, é voltada, exclusivamente para o conteúdo. Para os custos, nada.

SÍNTESE

O que o governo está propondo, à sua maneira, para segurar as pontas da crise, é o aumento expressivo de gastos, ao invés de reduzi-los. A hora é de fazer reformas que representem menor custo para os contribuintes, gente. Observem que, mesmo com a estúpida carga tributária beirando 40% do PIB, o Brasil é deficitário. O enorme superavit primário não consegue cobrir o enorme gasto nominal. A orgia que está sendo promovida pelo governo, com dinheiro público, para com as Perefeituras, hoje, com foco nas eleiçoes de 2010, é o melhor exemplo de Friedman. E ele é o estúpido, por ser liberal. Pode?

Leia mais