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01 fev 2011

ROMBOS E MAIS ROMBOS


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ROMBO PARCIAL
Ontem, o governo federal divulgou o rombo da conta do INSS de 2010: R$ 42,89 bilhões. Atenção: o rombo informado é parcial, pois mostra, exclusivamente, a conta do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), ou, simplesmente INSS.
DUAS PREVIDÊNCIAS
Para completar o festival de rombos da Previdência Social do país, falta, portanto, a divulgação dos números da conta do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) (dos servidores públicos do governo federal e militares), que deve atingir algo como R$ 60 bilhões. Somando os rombos das duas previdências, a encrenca chega perto de R$ 110 bilhões em 2010. Que tal?
SOMA DOS OITO ANOS
Volto a informar: estes são números relativos a 2010, gente. Se fizermos a soma dos déficits apresentados nos oito anos do governo Lula, o rombo da Previdência chega a mais de R$ 600 bilhões. Pois nem assim a Reforma da Previdência é considerada urgente e necessária. Pode?
PAGADORES DE IMPOSTOS
A arrecadação com as contribuições das folhas dos trabalhadores autônomos e assalariados, em 2010, foi de R$ 211,968 bilhões. Como o pagamento dos benefícios previdenciários totalizou R$ 254,858 bilhões, o governo precisou buscar a diferença (rombo), de R$ 42,9 bilhões junto aos pobres pagadores de impostos.
ESPERTEZA DO GOVERNO
Como existem inexplicáveis duas Previdências no Brasil, a outra conta, que atende, exclusivamente, os privilegiados do setor público federal, aquele rombo ainda não foi divulgado. A esperteza do governo consiste no fato de mostrar o rombo do INSS para que muita gente imagine que os R$ 42,89 bilhões representam o déficit total da Previdência. Mas é sabido que será ainda maior.
IMPOSTOS
Como este assunto, por puro interesse do governo, a sociedade brasileira desconhece, ninguém clama por uma correta reforma previdenciária. Quem sabe, através da divulgação constante de que a conta é paga, em grande parte, por impostos, algo ainda aconteça.
PENSE NISTO
Chamo a atenção àqueles que vivem gritando aos quatro ventos de que a nossa carga tributária é insuportável, que só poderemos reduzi-la desde que os rombos deixem de existir. Imagine o que representaria em economia de impostos caso a Previdência se sustentasse com as contribuições dos trabalhadores. Pense nisto.