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09 nov 2009

O MURO E O REGIME


20 ANOS

Hoje, 9 de novembro, boa parte do mundo está comemorando o 20º aniversário da queda do muro de Berlim, cujos festejos se iniciaram na semana passada, principalmente em frente ao Portão de Brandenburgo.

ECONOMIA DE MERCADO

A primeira atitude que os governantes europeus tomaram, tão logo caiu o muro, foi tratar de incluir, o mais rápido possível, os países do leste à Comunidade Européia, transformando aquele Bloco numa economia de mercado.

BLOCO LATINO

Como a queda do muro Berlim simbolizava o fim do regime comunista da URSS, ao mesmo tempo em que muita gente festejava o acontecido, um grupo de esquerdistas latinos, muito revoltados, contrariados e querendo manter acesa a chama do comunismo, resolveu fundar um novo bloco comunista, o qual foi batizado Foro de São Paulo.

EM ATA

Isto veio a ocorrer, de fato, em julho de 1990, no Brasil, na cidade de São Paulo. A iniciativa do encontro, como consta também em ata, partiu do ditador Fidel Castro e do presidente Lula. De novo: não é uma especulação, gente. As atas estão aí para não deixar qualquer dúvida.

O PROPÓSITO

O evento que deu origem à fundação do Foro de São Paulo, recebeu o nome de Encontro Latino-Americano de Partidos e Organizações de Esquerda. E o tema da conferência, como consta em ata, não deixava qualquer dúvida quanto ao seu propósito: O que foi perdido no Leste-Europeu será reconquistado na América Latina.

POUCA IMPORTÂNCIA

Com os olhos voltados para a nova ordem de liberdade e democracia que chegava, sem restrições, em todos os cantos da Europa, ninguém deu muita importância ao que pregavam os comunistas latinos.

20 ANOS DO FSP

Partindo da mesma lógica, no próximo ano, mais precisamente em julho de 2010, os povos da América Latina vão celebrar os 20 anos do Foro de São Paulo e suas conquistas. Uma comemoração, enfim, pela chegada definitiva do velho comunismo, outrora praticado na Cortina de Ferro, ou URSS.

URSAL

Antes disso, a cidade de Porto Alegre, vai sediar a primeira grande festa do comunismo latino, com a volta triunfante do Fórum Social Mundial. Penso que o momento será importante para a fundação definitiva e consagradora da URSAL ? União das Repúblicas Socialistas da América Latina.

PERDA DA LIBERDADE

Pois é, gente. Enquanto alguns vibram pela importante conquista da liberdade, outros, de forma inexplicável, querem perdê-la. E, ainda por cima, mostram grande felicidade ao mergulhar nas trevas do subdesenvolvimento, da miséria e das ditaduras. Triste, não?

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06 nov 2009

O PROBLEMA É O CÂMBIO?


PADRÃO ÚNICO

Na reunião do G-20, que acontece hoje na Escócia, o governo brasileiro vai propor a adoção de um padrão único de gestão do câmbio por todas as maiores economias do mundo.

FLUTUANTE

Caso os participantes concordem, a escolha deverá recair entre o câmbio administrado e o câmbio flutuante. Mesmo que Lula e sua turma tenham criticado de todas as formas a adoção do câmbio flutuante, em 1999, no governo FHC, o modelo a ser defendido por Henrique Meirelles será o flutuante. Curioso, não?

DORES CAMBIAIS

Depois que o Brasil foi descoberto em meio aos escombros da crise, e se tornou a Bola da Vez porque já havia tomado os remédios para a cura das doenças de origem macroeconômica, as dores cambiais passaram a incomodar.

CAUSAS

Essas dores tem como causa o seguinte descompasso: entre o que entra de dólares de investidores que querem aproveitar a onda de crescimento do país, somada às nossas ainda tímidas exportações, e subtraídas as ridículas importações, típicas de um país que ainda carrega o mau pensamento nacionalista.

CONSEQUÊNCIAS

A consequência é que na hora da liquidação do câmbio só há um comprador de dólares: o Banco Central. Como só existe um comprador, tudo acontece através dos leilões de compra. Como não há importadores pesados para competir com ofertas de compra, não há mercado cambial por aqui.

CÂMBIO ADMINISTRADO

Daí esse choro interminável dos exportadores, que passam, através da mídia, a velha ladainha de que para vender lá fora basta um câmbio favorável (pra eles). Assim fica clara a preferência pela volta do câmbio administrado.

ANTES DE TUDO

O que não é dito, infelizmente, é que exportar não é só uma questão de preço de moeda. Antes de buscar o cliente e fechar o câmbio é preciso verificar o peso dos tributos, da burocracia, da logística, etc., por exemplo. A competitividade começa por aí e termina no fechamento da fatura cambial.

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05 nov 2009

SETOR LIVRE E RENTÁVEL


OS QUATRO SETORES

Engana-se quem imagina que na economia só existem três setores. Pois, além do Primeiro Setor (público), do Segundo Setor (privado) e do Terceiro Setor (ONGs ? Organizações Não Governamentais), há um potente e promissor Quarto Setor.

SETOR CRIME

Este Quarto Setor, para quem ainda não sabe, compreende tudo aquilo que está à margem da lei. Em outras palavras, o Setor Crime, cujos atos praticados independem de categoria, tipo, atitude e de valores.

ATENÇÃO ESPECIAL

Como o Setor Crime está presente em todos os lugares do planeta, para tentar impedir o avanço dos atos ilícitos os governantes se esforçam para melhorar a segurança dando atenção especial para dois pontos principais: policiamento e penalidade.

INCENTIVO AO CRIME

No Brasil, infelizmente, não é assim. Além de um policiamento frágil, e muitas vezes envolvido com atos criminosos, as penalidades, quando aplicadas para os poucos que conseguem ser presos, estão mais identificadas como programas de incentivo ao crime.

MAIOR CRESCIMENTO

Com isso, o Quarto Setor, ou Setor Crime, é o que apresenta maior crescimento no país. É incomparável, gente, o desempenho do Crime em relação a qualquer outro Setor. Com um detalhe: o Crime está permeado em todos os demais Setores e fora deles.

NO SETOR PÚBLICO

Ultimamente, o Crime tem crescido muito mais no ambiente do Setor Público. É ali que a corrupção se instalou com força total e descomunal em todos os níveis. Não há um dia sequer que a imprensa não descubra uma falcatrua. E mesmo assim, os envolvidos não são penalizados. Nem são obrigados a devolver o que foi, comprovadamente, roubado diante das câmeras.

VIVA O QUARTO SETOR!

Como grassa um forte desinteresse na correção e/ou diminuição de todo tipo de atos ilícitos, a sociedade como um todo vem contribuindo, abertamente, e cada vez com mais intensidade, para o crescimento do Quarto Setor. Desde o contrabando (de qualquer tamanho), pirataria, falsificação, sonegação, pequenos roubos, tráfico de drogas, etc.

ESCUDO

E, quando alguém se insurge e resolve aplicar a lei, coisa rara, um escudo salvador é acionado pelo infrator: os direitos humanos. Pronto. Aí está um santo remédio para ficar livre de qualquer ameaça, que dirá de uma ridícula pena. Viva o Quarto Setor! Além de promissor é o mais rentável!

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04 nov 2009

O PAÍS DO FUTURO


PORTO SEGURO

Ao longo deste ano, quando as maiores economias do mundo trataram de enfrentar a pesada crise de crédito que abalou o planeta, o Brasil, como tem sido exaustivamente repetido, se revelou como um porto seguro para investimentos dos mais assustados.

DESCOBERTO NOS ESCOMBROS

O curioso é que o nosso país foi descoberto, e admitido como viável, no meio dos escombros da crise. Sim, o Brasil foi descoberto pelas equipes de salvamento de capitais, quando remexiam os restos deixados pelo furacão econômico.

SOLIDEZ FINANCEIRA

O que mais chamou a atenção na operação resgate foi o nosso progresso na macroeconomia. Naquele exato momento o Brasil foi saudado, aprovado e elogiado, principalmente, pela solidez do sistema financeiro, devidamente reformado no governo FHC através do PROER e PROES.

INTENSIDADE DOBRADA

No entanto, tudo de bom que fizemos na macroeconomia, se contrapõe, com intensidade dobrada, na ausência das reformas na microeconomia, que dariam uma sustentação necessária e definitiva para levar o nosso país à categoria de desenvolvido. País, de Primeiro mundo, enfim.

BOLA DA VEZ

Quando ficou comprovado que o Brasil já vinha adotando uma conduta séria no trato do sistema financeiro, o otimismo aumentou com vigor. A partir daí passamos a ouvir, com freqüência, que somos a Bola da Vez, ou o País da Moda.

EXORCISMO

Embora a euforia seja contagiante, o fato é que o Brasil ainda não é uma economia consolidada. O tal País do Futuro, que muita gente já cansou de ouvir falar, não pretende exorcizar os velhos fantasmas que ainda amedrontam os investidores.

MELHOR MOMENTO

Na verdade, pelo que os escombros revelam, o Brasil nunca esteve tão bem para crescer. A lista das atrações, como se sabe, é importante: temos escala, democracia (a perigo, mais ainda existente), regime de metas de inflação, câmbio flutuante, sistema financeiro sólido, matriz energética limpa, base industrial sólida, reserva monetária forte, etc.

HORA DA BESTEIRA

O mundo vê tudo isso e faz do Brasil um país muito atrativo. Mas, por uma questão de índole, coisa já demonstrada em várias oportunidades, quando o otimismo nos atinge, os nossos governantes aproveitam para fazer grandes besteiras. Coisas, por exemplo, que levam os bobos a acreditar que o Brasil é, realmente, o país do futuro.

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03 nov 2009

CIDADÃO BOLIVARIANO


CLIMA ROMÂNTICO

O encontro de Lula com Chávez, na semana passada, aconteceu sob o clima do mais puro romantismo bolivariano. Feliz da vida, o neo-comunista Hugo Chávez comparou Lula a Jesus Cristo, ao dizer que o nosso presidente era o portador da boa nova, qual seja a aprovação da Venezuela no Mercosul, pela Comissão de Relações Exteriores, do Senado.

GRATIDÃO

Em agradecimento ao esforço de Lula, Chávez condecorou o nosso presidente como Cidadão Bolivariano, cujo compromisso é simples: basta seguir os passos dos demais lideres latinos que já incorporaram o espírito difundido e exercitado pelo incendiário fulminante da democracia.

DE ACORDO

É óbvio que diante de tal deferência, a maioria dos senadores votará, em plenário, da mesma forma como ocorreu na Comissão de Relações Exteriores, ou seja, a favor do ingresso da Venezuela no Bloco do Diabo.

ADVERTÊNCIA

É óbvio que as minhas críticas, e de alguns outros mais, não mudarão a idéia e os votos dos nossos senadores. Mesmo assim, para não ficar omisso quanto às certezas que enxergo para o nosso futuro, não deixo de fazer as advertências que me parecem necessárias.

DIARRÉIA VERBAL

Entretanto, o que mais me entristece, é que nem a diarréia verbal de Romero Jucá conseguirá impedir a aprovação. As justificativas usadas pelo petista, em defesa do ingresso da Venezuela no Mercodiabo, e do bolivarianismo, são de amargar.

GELADO

Fiquei gelado quando tomei conhecimento da pretensão do governo do RS, de abandonar o propósito da utilização dos recursos obtidos com o IPO do Banrisul. A bela operação, cujo objetivo era de fazer uma importante poupança para enfrentar o grave problema previdenciário do Estado, está a perigo.

ARRUMAR AS MALAS

Se o governo gaúcho realmente desistir do propósito inicial, desviando os recursos para outra finalidade, estaremos dando um solene adeus ao déficit zero. E prontos para voltar ao período do caos das contas públicas do Estado. Aí não tem jeito: é a hora de arrumar as malas, gente. E sair correndo do RS.

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30 out 2009

PARA UM SERVIÇO COMPLETO


LEI DO INQUILINATO

Mesmo ainda dependendo da votação em plenário e da sanção do presidente Lula, que espero sejam rápidas, já estou aplaudindo a nova lei do inquilinato, aprovada ontem, na CCJ do Senado. Suponho que, finalmente, os senadores entenderam que inquilino bom é inquilino que paga o aluguel. Em dia.

GENTE SEM ALMA

Por muito tempo, a sociedade e seus representantes entendiam que, para o bem social, os credores eram cruéis e por isso deveriam ser punidos. Só pelo fato de exigirem o pagamento de aluguéis, e/ou qualquer dívida contratada já eram considerados anti-sociais e sem coração. Gente sem alma, enfim.

SUMIÇO

Ora, ao saber que a Justiça protegia os devedores, muita gente entrou na festa. Resultado: os investimentos se retraíram e os fiadores sumiram. Afinal, qual a razão para investir num imóvel para aluguel, por exemplo, se o locatário era quem tinha poder sobre o bem locado?

NOS MESMOS MOLDES

Se houve esta boa compreensão por parte dos nossos senadores, para que a obra fique completa é necessário que avancem um pouco mais: o país necessita, com urgência, de uma lei nos mesmos moldes, para resolver o grave problema das dívidas condominiais.

QUOTAS CONDOMINIAIS

Não é possível que proprietários e/ou inquilinos continuem obtendo vantagens de tempo com multa irrisória (2%), quando deixam de pagar as suas quotas condominiais. Ainda mais sabendo que os demais moradores são obrigados a contribuir em dobro para que os serviços contratados pelo condomínio não cessem.

AGILIDADE COM MENOR CUSTO

Já está mais do que na hora de corrigir esta grave injustiça. Urge, portanto, uma solução que proporcione agilidade com menor ônus para quem é realmente a vítima no processo, ou seja, o condômino adimplente. Façam, por favor, o serviço completo.

REDUÇÃO DO IPI

O governo foi sensível e manteve a redução do IPI por mais três meses para a linha branca. E incentivou os produtos que consomem menos energia. Ótimo, não? Pois, por questão de pura coerência, pergunto: por que o governo tributa a produção? Tem sentido isso? Para fazer algum produto o governo precisa receber alguma coisa? Isto é coisa para consumo, nunca para a produção. É duro, gente.

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