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22 jun 2012

POR QUE SOMOS COVARDES?


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IRREDUTIBILIDADE SALARIAL
Um de tantos males que complicam seriamente o desenvolvimento das atividades públicas e privadas no Brasil é a IRREDUTIBILIDADE SALARIAL. Isto impõe, claramente, que em períodos de encolhimento econômico a lei impede a redução salarial nesse mesmo índice.
O MAIS GRAVE
Se nas empresas privadas esta proibição leva a uma necessária demissão de pessoal, no serviço público a situação é ainda mais grave para os contribuintes, pois além da impossibilidade da redução salarial, nenhum funcionário público pode ser demitido. Considere-se aí que, além de não parar de contratar funcionários, o governo também não para de conceder fantásticos aumentos de remuneração à todas as categorias. Quem pede leva.
FIM DO TETO
Ora, como se isto não bastasse, principalmente neste momento em que a marolinha já causa estragos irreparáveis em vários países, aqui a Comissão Especial (?) da Câmara Federal, sem qualquer pudor aprovou um projeto (só falta passar no plenário) que, na prática, acaba com o teto salarial dos servidores públicos (União, Estados e Municípios).
POR UNANIMIDADE
Eis o que a Comissão Especial aprovou, por UNANIMIDADE: 1- RETIRA O PODER do presidente da República de definir o maior salário pago pela administração pública no País; 2- Essa função, pela proposta, será exclusiva do Congresso, sem a necessidade de passar pela sanção ou veto da presidenta; 3- A proposta ainda vincula os salários dos parlamentares aos vencimentos dos ministros do STF.
COVARDES
Bem, o que dizer depois deste novo escândalo? Muito pouco. Nada, melhor dizendo. Como somos educados, e alertados a todo o momento a não reagir à assaltos, os governantes se aproveitam disso e vão em frente. Contam, obviamente, com a nossa imensa e interminável mediocridade. ATENÇÃO: É por este estado de coisas que, de forma muito clara, o nosso cotidiano foi nos moldando. Ao longo do tempo nos transformamos nos mais legítimos COVARDES.
RETRATO DA COVARDIA
Esta COVARDIA é retratada, nitidamente, por vários interesses, satisfações ou conquistas, como, por exemplo: necessidade de manter o emprego e/ou o próprio negócio; a comida na mesa; uma viagem de férias; um cineminha à noite, etc. Coisas, enfim, que ninguém quer colocar em risco, de jeito nenhum.
ATÉ À MEDULA
De novo: como ninguém quer abrir mão de interesses conquistados, as nossas reclamações ou indignações não vão além da tela dos nossos computadores. Depois de manifestarmos a indignidade que nos faz sofrer voltamos, imediatamente, ao cotidiano da COVARDIA. O que, definitivamente, nos faz BANAIS E BOBOS até à medula. Que tal? DETALHE IMPORTANTE: Felizmente, nesses últimos dias, algumas pessoas (principalmente as mais idosas) resolveram contrariar as autoridades desistindo de uma COVARDIA estúpida e partiram para cima de seus assaltantes, com tiros. Se forem seguidos, só pelo número de pessoas honestas e indignadas os bandidos, inclusive, ou principalmente, os políticos,já estariam mortos. Ou sem incentivo para continuar assaltando e/ou matando.