JIM ONEILL
Com a dissipação da forte neblina que impedia a visão clara da realidade do Brasil imagino que o próprio Jim O?Neill, que apostava no crescimento maior dos países que ele mesmo definiu como BRICS, já se convenceu de que o Brasil não gostou muito da ideia.
NA ONDA
Se pararmos para pensar, da mesma forma com que nos sentimos atraídos por algum ponto turístico quando alguém diz que vale a pena uma visita, o estudo dos países que formam o BRICS provocou efeito idêntico. Muita gente acabou indo na onda e misturou curiosidade com confiança.
LETRA B, DE BRASIL
O que proporcionou isto foi, indiscutivelmente, a forte propagação do estudo de O?Neill no mundo todo. Como os investidores estavam apavorados com a situação econômica mundial foram em busca de novas oportunidades. Como o BRICS começa com a letra B, de Brasil, o olhar de vários investidores se voltou para o nosso tabuleiro.
PAVOR E PRAZER
O que esses mesmos investidores não imaginavam é que tanto o governo quanto o povo brasileiro, em geral, tem pavor de desenvolvimento. O nosso prazer está voltado, exclusivamente, para uma total e absoluta falta de infraestrutura; para o alto custo de tudo que é produzido; e para uma extraordinária carga tributária.
NÃO TEM PRA NINGUÉM
Ah, antes que me esqueça, o povo brasileiro adora o silêncio. Donde se conclui, sem medo de errar, que em matéria de corrupção não gostamos de competidores. Neste ponto, simplesmente, somos muito exigentes: não tem pra ninguém. Pode? Assim, os únicos infelizes, que sofrem com o forte desencanto que a dissipação da neblina inebriante começa a revelar, são os poucos que ainda alimentam a ideia de uma melhor sorte para o país.
ATRAÇÕES FANTASMAS
Como se vê é estranho o gosto pelo sofrimento. Como parece não haver remédio para isso, aos mais esclarecidos só resta comprar ingresso para curtir o velho parque de diversões: O PARQUE DOS SUBDESENVOLVIDOS. Além do Trem Fantasma, o parque dispõe de Rodovias, Portos, Aeroportos, Estatais e muitas outras atrações também FANTASMAS.
CAMPEÕES DO ATRASO
Se os gaúchos já são conhecidos como campeões do atraso, os porto-alegrenses são HORS CONCOURS. Vejam só que belo exemplo: um grupo de moradores (FURIOSOS) de uma rua que leva o nome de Anita Garibaldi está em pé de guerra. Não admitem, em hipótese alguma, a construção de uma importante via que visa melhorar o trânsito da região. Acreditem. É pura verdade, gente. Pode?