FALTA DE SINCERIDADE
É pra lá de sabido que as autoridades públicas, independente das instituições que representam, quando proferem seus discursos jamais usam da sinceridade. Mesmo assim as platéias aplaudem os oradores assim como suas falsidades.TUDO PODE
O que leva a isto é o tal do POLITICAMENTE CORRETO. É quando tudo pode sem contestação dos ouvintes. Assim, quando os temas de saúde, educação ou segurança precisam ser abordados, o compromisso com a verdade inexiste. Já o da enganação, da mentira, além de permitido é aconselhável.FALSIDADE ESTIMULADA
É lógico que não tem cabimento, nas cerimônias de abertura e/ou encerramento de eventos públicos, discursos negativos. Fogem totalmente dos propósitos, de momento e de lugar. Só que isto estimula a falsidade dos oradores.ABORDAGEM
É inimaginável, portanto, que qualquer autoridade vá mencionar, no seu discurso, o elevado nível de corrupção alcançado no país. Assim como a total falta de infraestrutura, o excesso de burocracia e os privilégios absurdos existentes.SELEÇÃO DE CORRUPTOS
Neste contexto, não seria apropriado que as autoridades que discursaram no ato de abertura do sorteio das chaves da Copa do Mundo de 2014, no último sábado, no RJ, apontassem as dificuldades que o Brasil enfrenta para sediar o importante evento. Muito menos quanto vai custar aos contribuintes. Não era este o momento, certamente.Porém, como o sorteio das chaves foi transmitido para o mundo todo, só o fato do Brasil ter desfilado, perante as câmeras, com a sua imbatível seleção de corruptos, muita gente por esse mundo afora já deve estar imaginando que tipo de Copa o Brasil vai sediar. Aliás, que time de corruptos e safados, não? Campeões Mundiais na modalidade. Hors Concours.OBRAS DA COPA
Se os oradores pudessem ser minimamente sinceros, pessoal e politicamente, bem que poderiam dizer, com relação às obras da Copa, que no Brasil, para vencer qualquer concorrência pública, o preço menor é o que menos conta.O que conta mesmo é o tamanho da bola que será distribuída através dos desvios dos superfaturamentos. Aquele que oferece maior oportunidade para a corrupção é o grande vencedor.A BOLA VAI ROLAR
Bem, mas deixando de lado estas bobagens, até porque o povo não está nem aí para a corrupção, com ou sem fraude a bola de futebol vai rolar na Copa de 2014 nos gramados dos estádios brasileiros. Acabados ou não.Até lá, a única coisa certa é que muitas outras BOLAS vão rolar, de forma impressionante no país. É bola demais, não? Resumindo: ninguém sabe se a Seleção Brasileira ganha a Copa, mas ninguém contesta que muita gente vai fazer fortuna com o evento. Da forma mais desonesta possível, infelizmente.IDIOMA GLOBAL
Como estamos vivendo um momento ímpar de incertezas globais, a especulação passou a ser o idioma mais falado no mundo todo. E a comunicação entre os povos se dá, basicamente, pelos números apontados pelo desempenho dos ativos financeiros, mormente por moedas e índices das Bolsas de Valores.ANGÚ DE CAROÇO
Como faço parte deste mundo, independente de viver no lugar onde a corrupção já substituiu o oxigênio faz tempo, também quero colocar a minha colher torta neste angu de caroço, que virou o Orçamento dos EUA.BOLHA GOVERNAMENTAL
Até porque, neste momento, o mundo todo já está fazendo a contagem regressiva para assistir, no dia 2 de agosto, o anúncio de concordata acompanhado do estouro da maior bolha de crédito governamental, nunca antes visto no planeta Terra.VAIAS
Como o espetáculo promete ser impressionante, muita gente já está na torcida, fazendo figa e querendo que o Congresso dos EUA não atrapalhe a festa do caos. Portanto, qualquer movimento que aponte para um eventual acordo, o que melaria o anúncio do mega-calote, coisa que pode acontece a qualquer momento, receberá uma tonelada de vaias.ESPECULAÇÃO
Bem, voltando ao fértil terreno da especulação, estou pra lá de convencido de que o Congresso americano acabará suspendendo a festa do caos. Senão no todo, pelo menos em boa parte. Suficiente para que o calote não aconteça, mas não afastando o perigo de uma concordata.NA MESMA PROPORÇÃO
NO meu entender especulativo não creio que o valor pedido pelo presidente Obama, o qual vai a mais de 16 trilhões de dólares, seja atendido assim, sem mais nem menos. As exigências são proporcionais ao tamanho das dificuldades até agora apresentadas para que a autorização seja dada.NOVA ERA
Em resumo: qualquer valor que venha a ser autorizado exigirá uma contrapartida tão complicada para segurar os gastos públicos do país do Tio SAM. O suficiente para que muita coisa mude no mundo todo. Tanto política quanto economicamente.NADA FÁCIL
A difícil autorização do Parlamento americano, para aprovar a elevação do teto da dívida pública, precisa ser melhor entendida. Pelo que tenho ouvido em várias rodas, a simples vontade de ver o assunto resolvido tem levado muita gente a simpatizar com o governo gastador.DÍVIDA CRESCENTE
O fato é que, desde o momento em que os EUA emitiram o seu primeiro título, a dívida americana nunca mais parou de crescer. Tanto é verdade que as autorizações para elevação do teto de endividamento, ao longo do tempo, sempre foram aprovadas pelo Congresso.Vale a pena comentar, pelo que se tem notícia, que nenhum governo solicitou autorização para reduzir o endividamento. Curioso, não?BATEU NO TETO
Como a dívida pública americana atingiu um patamar extremamente elevado, muitos congressistas entendem que é chegada a hora de impedir que a dívida cresça mais do que o PIB. Para esses, portanto, o teto já foi atingido. Mesmo que a redução de gastos, que está sendo negociada, precise ser acompanhada de um aumento de receita, lá, diferente daqui onde os brasileiros adoram ser cada vez mais tributados, os americanos não aceitam, passivamente, o aumento de impostos.COMPONENTE POLÍTICO
É certo que o esgotamento do prazo está gerando uma intensa mobilização, tanto do presidente Obama quanto do povo, que já está pressionando o Congresso. Só que as propostas ainda não convenceram o Congresso quanto à economia efetiva de gastos públicos.Mesmo que o componente político esteja presente nas negociações, o fato é que a dívida chegou ao limite e algo precisa ser feito.NINGUÉM QUER O CALOTE
É óbvio que os senadores dos EUA, assim como o mundo todo, não querem o calote. Isto seria um desastre total e definitivo para aquele importante país. O que está sendo discutido, porém, pela primeira vez, é que a dívida precisa ficar num patamar inferior ao atual.EQUILÍBRIO DAS CONTAS
Neste momento crítico, em que o mundo todo está exigindo de vários países europeus um equilíbrio das contas públicas para evitar calotes e quebradeiras, os EUA não podem agir de forma diferente. Como a economia mundial está debilitada, e os EUA idem, mais razão ainda para tanto cuidado.RETORNO DO CAPITAL
Convenhamos: na medida que uma dívida aumenta, a desconfiança vai atrás, aumentando o risco de uma sempre possível inadimplência. Esta lógica vale tanto para crédito pessoal quanto empresarial ou governamental. Em algum momento o limite é estabelecido. É quando o emprestador foge para não arriscar o retorno do capital emprestado.ABANDONO
Há quem ainda se empolgue com comunismo, por incrível que pareça. Mesmo sabendo que não são poucos os países que, afetados pelo sistema, simplesmente resolveram abandonar o caminho do atraso para se render ao capitalismo.EXEMPLOS CLAROS
A China, pelo seu tamanho, repercussão e importância, já deixou isto bem claro ao se decidir pela economia de mercado. E não demorou muito para que vários países europeus, que viviam sob o comunismo da URSS, abrissem, de uma vez por toda, suas economias para a iniciativa privada.CUBA E AS REFORMAS
Com enorme atraso, a Ilha de Cuba também já está às voltas com reformas que visam tirar o país dos irmãos Castro da miséria absoluta que só o comunismo patrocina.A tarefa, no entanto, não está sendo nada fácil, como confessa José Ramón Machado, que ocupa o cargo logo abaixo de Raul Castro, se é que isto existe em Cuba.PROBLEMAS ENFRENTADOS
Pois, ontem, José Ramon relatou, de forma muito consciente, os problemas que mais dificultam o andamento das reformas propostas por Raul Castro: BUROCRACIA, INÉRCIA, INDOLÊNCIA E PRECONCEITO contra o trabalho PRIVADO. Que tal? Demorou, não?CULTURA PERVERSA
Como se vê este lado cultural, perverso, que foi injetado de forma brutal na cabeça ingênua do povo cubano ao longo desses 50 anos da revolução comunista, acabou por se tornar o inimigo número um de um necessário sucesso empresarial individual da Ilha.TODOS IGUAIS
O povo cubano recebeu 50 anos de educação estúpida. Uma geração inteira aprendeu que só pode haver um empregador e um empreendedor: o governo. Para tanto criminalizaram o mérito e estimularam a ineficiência. Ou seja, tanto faz ser bom quanto ser ruim. Todos são iguais, não?FALTA O PRINCIPAL
O dirigente comunista foi ainda mais incisivo quando disse que é preciso lutar contra a indisciplina trabalhista, a falta de controle dos recursos, as atitudes burocráticas, a indolência e o esquematismo. Maravilha, não?O curioso é que ele próprio se contradiz quando afirma que isto nada tem a ver com o socialismo. Tem sim, e muito, gente.Raúl Castro já promoveu cerca de 300 reformas, que incluem uma abertura para os pequenos negócios privados e o investimento estrangeiro, autonomia empresarial e a eliminação de subsídios para tornar mais eficiente o esgotado modelo centralizado.Isto basta? Absolutamente, NÃO. Falta o principal: a vontade do povo para o trabalho. Isto foi perdido com o tempo, graças à estupidez dos irmãos Castro e do assassino Che Guevara.ATENÇÃO - Os povos que melhoraram de vida trocaram o comunismo pelo capitalismo. Os que pioraram foram aqueles que saíram do capitalismo (como o Brasil pretende) para seguir o triste caminho do comunismo. Isto não basta?PREOCUPAÇÃO MUNDIAL
É indisfarçável o desconforto e a preocupação da economia mundial quanto à possibilidade de um mega-calote de títulos públicos. Principalmente, pelas dificuldades que o presidente dos EUA, Barack Obama, vem enfrentando para conseguir elevar o teto da dívida pública americana.FALÊNCIA DE PAÍSES
Se o calote das dívidas imobiliárias conseguiu levar vários bancos à falência, agora quem está prestes a falir são os países que gastam muito mais do que arrecadam.O pior é que este tipo de calote pode levar à falência, dependendo do grau de comprometimento da renda poupada, inúmeros detentores de títulos públicos desses governos.GRÉCIA
O caso da Grécia, mesmo depois que a zona do euro chegou a um acordo para um novo pacote de ajuda, está deixando muita gente preocupada. Sim, porque ao ser fechado o acordo, e o empréstimo concedido, os credores ficaram com a impressão, e o alívio, de que o calote estaria definitivamente afastado.PREÇO DA LIQUIDEZ
Aí é que mora o engano. O simples fato de ter sido alterada a data de vencimento dos títulos, empurrados para anos à frente, já significa um calote. Calote de prazo. Vejam: o novo prazo estipulado para os títulos públicos, quando negociados no mercado, faz com que ocorra um deságio maior no preço. A liquidez, como se sabe, tem preço.AVALIAÇÃO DO RISCO
O fato da agência Moody?s ter rebaixado, ontem, o rating da Grécia, também não significa que haverá o calote de pagamento. A agência informa a existência de risco, como foi avaliado, mas não a certeza. Esta só poderá ser eliminada depois do efetivo cumprimento do programa estabelecido pelo BCE e FMI, que o governo grego aceitou.SUBPRIME
As agências de classificação de risco, para quem não lembra, foram muito criticadas e responsabilizadas pela crise de crédito iniciada nos EUA em 2008. Com toda razão. Afinal, as notas atribuídas aos títulos subprime, que promoveram o estouro da bolha de crédito imobiliário, eram tão altas que os investidores não viam qualquer risco de inadimplência daqueles títulos.PAPEL CORRETO
Agora, por estarem cumprindo o papel correto de avaliadores e classificadores de risco, ao rebaixar as notas de títulos da dívida de vários países já estão sendo acusadas de intolerantes e fomentadoras de pânico. Pode?Afinal, que papel as agências devem cumprir?APOIO
O Manifesto do - PENSAR!-, publicado na edição anterior (22/07), pelo número expressivo de mensagens que recebi deixou clara a vontade de apoiar, participar, e agir por parte dos leitores/assinantes do Ponto Crítico e das Redes de Relacionamento onde o texto foi disponibilizado.LAMÚRIAS
Esperamos que as entidades de classe, (empresariais e políticas), se interessem muito pelo assunto. Caso contrário vamos ouvir, novamente, as lamúrias de tantos que vivem dizendo que a nossa competitividade é fruto da alta carga tributária que impera no país.PAGANDO A CONTA
Afinal, se a carga de impostos é absurdamente elevada, é porque a sociedade aceita, passivamente, as decisões dos governos Nacional, Estaduais e Municipais. Enquanto o Executivo propõe, o Legislativo, cooptado, trata de aprovar novos impostos e novas alíquotas.Assim, aos contribuintes só tem restado o pagamento da conta, cujos recursos arrecadados, ainda por cima, são mal administrados.MOVIMENTO BRASIL EFICIENTE
Além do Manifesto do - PENSAR! -, o que chamou muito a atenção dos leitores foi o Movimento Brasil Eficiente, recém criado, mas que já conta com um número muito grande de apoiadores e admiradores em vários pontos do país.SEM IDEOLOGIA
Antes de tudo é preciso deixar claro que o Movimento Brasil Eficiente (www.brasileficiente.org.br) não tem ideologia. As propostas do MBE, baseadas em estudos dos economistas Raul Veloso e Paulo Rabello de Castro, são extraídas do mais puro discernimento. Como tal propõem redução, eficiência e mais transparência nos gastos públicos.MENOS DO QUE O PIB
Fazer com que a despesa pública cresça menos, não significa que ela precise parar de crescer. Ela só precisa crescer menos do que o PIB. Aí começa a real possibilidade de uma redução consciente e justa da carga tributária, segundo diz o coordenador do MBE, economista Paulo Rabello de Castro, também membro do - PENSAR! -.Com a diminuição nas despesas, o objetivo é ter mais recursos para investimentos. E, consequentemente, maior crescimento.ABAIXO ASSINADO
Por isso insisto, gente: vamos divulgar ao máximo o Abaixo-Assinado (http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/8425). Com o apoio de todos os brasileiros levaremos as propostas de simplificação fiscal, com redução de impostos, e maior eficiência dos gastos públicos, ao Congresso Nacional.